MESS L O V E I S M E S S Y 0 1 E M I L Y G O O D W I N DISPONIBILIZAÇÃO: MERLIN CAT E SORYU MONTEIRO TRADUÇÃO: DAY, RI E GISLAINE V. REVISÃO: PAIXAO E...
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LOVE IS MESSY 01 EMILY GOODWIN
LANÇAMENTOS
BOO KS
MERLIN CAT E SORYU MONTEIRO TRADUÇÃO: DAY, RI E GISLAINE V. REVISÃO: PAIXAO E FREYJA LEITURA FINAL: AKASHA E HECATE FORMATAÇÃO: CIRCE
DISPONIBILIZAÇÃO:
MESS
LOVE IS MESSY 01 EMILY GOODWIN
IS MESSY BY EMILY GOODWIN
MESS
LOVE IS MESSY 01 EMILY GOODWIN
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MINHA VIDA É UMA
SOZINHA, TRABALHANDO E CRIANDO DUAS FILHAS, É UM MILAGRE QUE A GENTE SE LEVANTE, SE VISTA E SE ALIMENTE TODAS AS MANHÃS. ESQUEÇA O NAMORO, NINGUÉM TEM TEMPO PARA ISSO. MESMO QUE O AMOR NÃO ME DEIXASSE CANSADA, NÃO ESTOU ME CONFORMANDO COM NADA MENOS QUE PERFEITO DESTA VEZ. SORTE A MINHA, O HOMEM PERFEITO POR ACASO TRABALHA NO MEU ESCRITÓRIO. MAS, HÁ APENAS UM PEQUENO PROBLEMA: ELE É MEU CHEFE, E ESTÁ TOTALMENTE FORA DOS LIMITES. MAS EI, SE FOR PARA SER, VAMOS ENCONTRAR UM CAMINHO, CERTO? ENTÃO UMA NOITE FORA COM OS AMIGOS SE TRANSFORMA EM UMA NOITE CLICHE COM O (TANTO ANDANDO QUANTO FALANDO) BAD BOY BARMAN. É APENAS UMA NOITE. NENHUM MAL, CERTO? EXCETO QUANDO O BARMAN SEXY É O IRMÃO PROBLEMÁTICO DO MEU CHEFE, QUE QUER MAIS DO QUE APENAS UMA NOITE COMIGO. QUANTO MAIS RESISTO À FAÍSCA ENTRE NÓS, MAIS ME SINTO QUERENDO ELE TAMBÉM. O QUE ME COLOCA NO MEIO DO QUE PODERIA SER A MAIOR RIVALIDADE ENTRE IRMÃOS DO SÉCULO. A VIDA É CONFUSA.
EO
?
BEM, O AMOR É MAIS CONFUSO AINDA.
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Para todos os pais solteiros... Vocês estão fazendo um grande trabalho.
MESS
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CAPÍTULO 0 1
Alexis
Algum dia, vou conseguir dar a volta por cima. Hoje, no entanto, não é esse dia. Levo meu café aos meus lábios e me viro tropeçando sobre o cão. A caneca bate em meus dentes e café quente desliza na minha blusa marfim. — Realmente, Pluto? Você tem que deitar no meio da cozinha durante a hora do rush? — Eu olho para o pequeno vira-lata que ainda está olhando para mim, e depois para sua tigela vazia. — Eu não esqueci de te alimentar. — eu digo pegando uma toalha no balcão da cozinha. Ainda está úmida de secar os pratos da noite passada, mas vai funcionar. Esfrego a frente da minha camisa, praguejando sob minha respiração. Eu vou ter que me trocar e já estou atrasada. Tomo um gole do meu café e voo para a despensa. — Filho da puta. — eu xingo quando enfio a mão no grande saco de ração. E só sinto migalhas. — Mãe, você disse uma palavra feia. — Grace se queixa, seus pequenos pés batendo contra o piso frio quando ela vem atrás de mim. Eu solto um suspiro. — Essa é uma palavra para as mamães. Só as mamães podem dizer essas palavras. — Pego o saco de comida para cães e olho para minha filha de seis anos. — Você alimentou Pluto ontem à noite? — Alimentei. — Ela diz toda orgulhosa. — Quanto você colocou? Ela encolhe os ombros e olha para longe, um movimento que ela dominou anos atrás.
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— Eu não sei. — Você o alimentou com tudo que tinha dentro do saco. — eu digo, fechando meus olhos. Eu planejei mentalmente dar sua comida esta manhã e pegar um saco no caminho do trabalho para casa. — Ele está de dieta, lembra? Só temos que dar uma xícara à noite. — Mas ele estava com fome! — Diz Grace, e seus ombros caem. — Eu sinto muito mamãe. — Está tudo bem, querida. — Eu digo e sorrio. Ela é tão doce quanto é atrevida. — Obrigada querida por ajudar ontem à noite. Cuide bem do seu filhote. Isso traz um sorriso ao seu rosto. —Você pode arrumar o meu cabelo? — Ela pergunta, segurando uma escova de cabelo. — Sim, apenas me deixe encontrar algo para Pluto primeiro. Você escovou os dentes? Ela balança a cabeça e escala um banco de bar, para esperar por mim. Encontro uma vasilha de frango com arroz de três dias atrás na geladeira e o coloco no micro-ondas. Enquanto a comida está esquentando, eu corro para Grace, tomando outro gole de café enquanto ando. Coloco a caneca no chão e pego sua escova, deslizando através de seus cachos morenos. — Seu cabelo está ficando tão longo. — eu digo a ela, escovando cuidadosamente seus cachos enrolados. — E tão bonito. O elogio a faz sentar-se um pouco mais reta, e posso dizer sem olhar que ela está sorrindo. — Eu quero um coque como o seu. — ela diz e eu internamente me encolho. Meu próprio cabelo loiro escuro, um dedo ou dois mais curto do que o dela, está na habitual confusão bagunçada. Eu não estou falando o tipo bonito e na moda. Estou falando do tipo se-eu-pôr-um-moletom-com-capuz-vou-parecer-uma-usuária-dedrogas. Mas, pelo menos meu cabelo está limpo. — E quanto a uma trança? — Eu pergunto e inclino para trás, olhando para a sala de visitas onde minha filha de três anos está. Paige está enrolada no sofá assistindo desenhos. Uma onda de tristeza e culpa me bate quando a vejo. Diferente da sua mãe e irmã mais velha, ela naturalmente não é uma pessoa matutina. No entanto, ela está de pé, vestida e alimentada antes das sete da manhã, para que eu possa deixá-la na creche antes do trabalho.
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— Pode ser. — Grace diz quanto à trança. Eu volto minha atenção para ela, com o coração doendo. Trabalhei meio período quando Grace era pequena e fazia a maior parte do meu trabalho em casa. Ela não precisava ir à creche ou levantar cedo. Passei minhas manhãs e tardes com ela, brincando e me aconchegando, vivendo a vida que sempre imaginei. E então eu me divorciei e tudo mudou. Tranço cuidadosamente o cabelo de Grace e pego as sobras do micro-ondas, despejando no prato de Pluto. — Vou comprar ração esta noite. — eu prometo a ele. — Mas não aja como se não preferisse isso. Ele levanta e trota para a sua tigela, cheirando seu café da manhã. Dou um afago na cabeça, feliz por ter conseguido mantê-lo. Russell, meu ex, e eu o adotamos no aniversário de Grace há três anos. — Ok, meninas — eu digo. — Casacos e sapatos, por favor! Grace salta do banquinho e vai até o corredor para a porta dos fundos. Paige precisa de um pouco mais de persuasão e me pede para sentar e aconchegá-la por um minuto. Eu não posso resistir. Sento-me no sofá, desligando a TV e a puxando para os meus braços. — Eu te amo até a lua, ida e volta, ervilha doce. — sussurro em seu ouvido. Ela olha para mim, seu cabelo marrom dourado caindo em seus olhos. — Eu também te amo, mamãe. — diz ela de volta e me abraça. — Posso ficar em casa com você? Por favor, mamãe? Meu coração se parte. — E os seus amiguinhos? Você não quer vê-los? — Oh sim. Meus amigos! — Ela levanta e sai do sofá, tagarelando sobre sua amiga da escola, Olivia. Essa é a minha salvadora. A menina é uma borboleta social carismática, embora eu não saiba de onde isso vem. Eu não sou exatamente o que você chamaria de "sociável" na maioria dos dias. Eu deixo Pluto fora, em nosso pequeno cercado no quintal, enquanto passamos pelo processo de nos vestir para o clima fresco de primavera, colocando sapatos e carregando mochilas e almoços para o carro. As meninas começam a lutar por quem vai segurar o macaco inflável que foi descartado e esquecido por semanas no chão do carro. Bem, até agora.
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— Vire. — Digo, colocando o macaco nas mãos de Paige. — Quando Paige chegar à escola, você pode segurá-lo, eu digo a Grace, muito cansada para dizer a ela que crianças não devem brigar por um macaco de pelúcia. Olho para o relógio e encolho quando vejo que deveríamos ter partido há dez minutos. Droga. Eu afivelo Paige no carro e verifico o cinto de Grace. Então corro de volta para a casa, deixando o cão entrar, pego minhas coisas, e deslizo no assento do motorista. — Você cheira café. — diz Grace depois que saímos da garagem, percorrendo duas milhas abaixo na rua. Droga. Eu olho para baixo, lágrimas ameaçando se formar e vejo a mancha na minha blusa. Eu não posso trabalhar com isto e não quero essa mancha arruinando minha camisa. Eu não tenho escolha, vendo que não há tempo para me trocar. Como esqueci de trocar? Uma pergunta ainda melhor seria como eu esqueci que minha camisa ainda estava molhada? Estou em uma confusão com algum tipo de comida ou bebida derramada em mim? Este vai ser um dia longo. Merda, e é só a porra da segunda-feira. — Mamãe? — Grace pergunta, inclinando para frente em sua cadeirinha. — Você está bem? — Sim, querida. — eu digo e pisco as lágrimas. — Estou bem. Eu lanço meu olhar para o espelho retrovisor e vejo minhas duas preciosas filhas. E eu realmente me sinto bem.
. — Noite difícil? — Jillian me pergunta quando entro apressada no escritório. — Você poderia dizer isso. — Eu coloco minha bolsa na mesa e hesito antes de tirar o casaco. Eu deixei um cardigan preto no carro há pelo menos um mês. Ele estava um pouco amassado e cheirando a roupa guardada, mas era melhor do que a minha blusa manchada. Abotoei até o topo tentando esconder a mancha em minha blusa. — Paige teve pesadelos novamente. — Eu me afundo na cadeira com rodinhas e ligo meu computador, olhando para Jillian, que está empoleirada na borda da minha mesa. Seu cabelo foi escovado com perfeição, caindo sobre seus ombros em uma onda de cachos loiros, e sua maquiagem está impecável. Ela está na Black Ink Press
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quase o mesmo tempo que eu e nos tornamos boas amigas pela nossa afinidade por livros. — Eu fiquei até tarde lendo o meu último de submissão. O livro é ótimo, a propósito, um pouco lento no ritmo, mas nada que eu não possa resolver. Assim que deitei, Paige acordou gritando sobre o homem em sua porta. Eu sei que eles dizem que é uma fase, mas isso está começando a me assustar. Desabotoo o casaco, esperando Jillian dizer alguma coisa. Livros são sua primeira paixão e moda é a segunda. Ela está sempre bem vestida e não hesita em apontar aqueles que não estão. Mas desde que minha vida desmoronou, ela abrandou as coisas para mim. Eu meio que a odeio por isso... Tanto quanto a amo por isso. — Você precisa mandar benzer sua casa. Juro que Russ enviou vibrações vodus para fazer você querer sair. Eu balanço a cabeça. — Eu não me surpreenderia. — Quem ficou com a casa depois que nos separamos teve mais sofrimento do que qualquer outra coisa. Bem, além de quem ficou com as crianças. Ele lutou com unhas e dentes por elas no início e jurou que estaria em suas vidas, tanto quanto possível. Ele foi formidável durante os primeiros seis meses e então começou a namorar novamente. Se pelo menos agisse como um pai mal-humorado antes do divórcio, poderíamos ter terminado as coisas mais cedo e poupado a mágoa. Embora, se eu tivesse saído da primeira vez que pensei que não tinha jeito, eu poderia não ter Paige. Ou Grace. Ou casado em primeiro lugar. Ter esperança de que as coisas iriam funcionar foi a minha maior falha. Vivendo, aprendendo e tudo mais, certo? — Eu não sei como você cuida de suas filhas e ainda consegue trabalhar em tempo integral. — Jillian diz, enquanto caminhamos para a sala de descanso. Eu não posso começar o dia sem um bagel1 e um pouco de café. — Sou apenas eu, meu gato e às vezes meu namorado em minha casa. Sério, eu não sei como você faz isso. Encolho os ombros e encho um copo descartável com café. — Eu também não. Mas, apenas faço. Não tenho escolha a não ser continuar e é somente pela graça de Deus que eu cheguei até aqui. — Espalho o queijo em um É um produto de pão tradicionalmente feito de massa de farinha de trigo fermentada, na forma de um anel, feito sob medida à mão e que primeiro é fervido em água e depois assado. 1
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bagel e balanço minha cabeça. — E para ser honesta, não sinto que estou fazendo um trabalho muito bom. Estou lutando tanto, Jill. Ela põe a mão no meu braço. — Apesar desse ninho de rato em sua cabeça e sua escolha interessante de roupas, não parece dessa maneira. Eu não sei se isso é útil ou não, mas sei que o resto do mundo não pode dizer que não. — Obrigada. — Você está indo muito bem, Lexi. Não seja tão dura consigo mesma, e não esqueça de cuidar de você. Você merece alguma felicidade. — Você está falando de masturbação novamente? — Desta vez não, mas não esqueça de fazer isso também. Eu sei quanto tempo faz desde que você fez sexo. O que eu quis dizer é que você deveria sair e se divertir. Talvez pensar em namorar novamente. Eu acrescento creme no meu café, balançando a cabeça enquanto mexo. Um milhão de argumentos correm em minha cabeça, listando as razões pelas quais eu não estou pronta para começar a namorar. Abro a boca para cuspi-las, mas paro. Porque eu quero namorar novamente. Eu queria namorar novamente antes do divórcio ser oficial. Passei a maior parte da minha última gravidez evitando meu marido, o pai das minhas filhas, porque estar perto dele era mais doloroso do que ficar sozinha. Ninguém adverte como o amor pode ser doloroso. — Você está certa. — eu digo. — Eu sei que você desejava esperar mais tempo, mas já passou da hora, você concorda comigo? — Jillian joga o cabelo dela por cima do ombro, seus cílios se juntam enquanto ela pisca. — Eu sei. Você está certa. Acho que está na hora. E acho que estou pronta. — Nós fechamos as tampas de nossos copos de café e lentamente voltamos a nossos escritórios. — Estou me sentindo solitária. — admito a ela. — Estou sozinha há muito tempo. — Eu sei. — ela diz suavemente. — Vamos sair no sábado, só por diversão. Você pode praticar suas habilidades de flerte e deixar sair algumas frustrações. Russ ficará com as crianças neste fim de semana, certo? Eu cuidadosamente saboreio meu café quente.
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— Ele vai ficar com elas. Ela sorri, seus olhos azuis brilham de emoção. — Eu tenho um top novo que ficou muito largo em mim, mas vai parecer assassino em suas curvas. Venha para casa no sábado, me deixe fazer seu cabelo, maquiagem e você parecerá muito sexy. Eu rio. — Claro que vou. — Você é MILF2, Lex. Não me venha com besteiras. — Então, quando eu conhecer esses caras sexys, eu digo que tenho filhos ou não? Porque eles precisam saber que eu sou mãe para ser uma dessas MILF que eles gostariam de foder, certo? — Sim. Mas se certifique de dizer que você teve a vagina costurada, que ela está mais apertada a cada vez que você empurrou um bebê para fora. Gerry, um dos editores, levanta as sobrancelhas enquanto passa. Eu suspiro. Tanto quanto eu quero encontrar um parceiro novamente, o pensamento sobre namoro me assusta. Russell e eu nos conhecemos na faculdade, casamos aos vinte e dois anos e engravidamos apenas alguns meses depois. Olhando para frente agora, foi um tempo desde que estive no mercado. — Não se estresse. — Jillian diz, lendo minha mente. — Isto é apenas diversão. Encontrar um cara sexy para levar para casa e usá-lo como prática. — Eu nunca tive um caso de uma noite só. — Estou bem ciente. — Se eu tiver, você pensará que eu sou vulgar? Ela olha para mim, sem piscar. — Não, você sabe como eu me sinto sobre isso. Você é uma mulher madura. Se você quiser dormir com um homem diferente todas as noites, bom para você. Você possui seu corpo e sua sexualidade. Faça o que quiser. — Eu adoro quando você fala toda feminista comigo. Ela sorri. — Vou enviar um texto para Lori e Erin e ver se elas querem vir também. Nós quatro não saímos juntas há muito tempo. 2
Uma mulher atraente e com filhos.
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Não posso contestar isso. Lori e Erin também estavam envolvidas no mundo dos livros, como nós. Lori trabalha na sessão de marketing para a Black Ink Press e Erin recentemente fez a transição de ser uma editora como eu para uma agente literária. Ela tem filhos também e embora estejam na escola secundária, é bom ter outra mãe como eu para sair. Entramos em nossos pequenos escritórios e começamos a trabalhar. Pego meu bagel enquanto abro meu e-mail, estremecendo quando vejo minha caixa de entrada crescendo. Os leio, marcando os importantes, movendo para uma pasta e, em seguida, verifico o Twitter e Facebook enquanto termino meu café. Eu sou sugada para uma discussão em um post público entre dois agentes de agências rivais, desperdiçando quinze minutos preciosos de minha manhã. Então estou de volta aos e-mails, respondendo a autores e agentes sobre os projetos que estou trabalhando. Abro um documento de Quinn Harlow, uma autora com quem trabalhei desde o início da Black Ink Press, surpresa por ela ter enviado as alterações de seu romance. Inclino na minha cadeira e começo a ler, sou sugada para seu romance sobre uma herdeira bilionária e um ex-condenado. A hora do almoço chega e o número de e-mails na minha caixa de entrada dobra. Estiro meus braços sobre minha cabeça, me recusando a deixar que isso me estresse. Eu vou me organizar esta semana e vou ser capaz de sair na sexta-feira de manhã ou tirar o dia inteiro para gastá-lo com minha filha de três anos de idade. Eu carrego o livro de Quinn no meu Kindle para que eu possa ler enquanto almoço, verifico o Twitter e o Facebook novamente, saio do escritório, encontrando Jillian no lobby. — Erin está na área. — ela diz, sem desviar o olhar de seu telefone. — Ela está no The Salad Bar. Querer ir? — Claro. — eu digo, mas me sinto culpada. A comida é boa, mas odeio pagar mais de vinte dólares por um prato de salada coberto por molhos. É saudável para o seu corpo, mas não para a sua carteira. — Eu não trouxe almoço hoje, de qualquer maneira. Ou fazia o lanche das meninas ou o meu, mas não os dois. Erin nos abraça quando a vemos e não posso deixar de sorrir ao ver minha amiga. Pedimos a nossa comida e juramos que não vamos tocar no assunto trabalho, mas apenas alguns minutos depois, Erin está contando sobre uma nova autora que ela assinou contrato. — Ela tem alguns livros auto publicados que fizeram sucesso. — diz ela. — E tem uma base de fãs decente já, mas... — Ela sacode a cabeça e puxa a página da
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autora no Facebook. — Vai ser duro vender o marketing. Ela posta um monte de vídeos bêbados em sua página. — Ela levanta o telefone para que possamos ver um vídeo da autora conversando com a câmera, acenando uma bebida ao redor. — E ela não aceita muito bem as críticas das outras autoras do mesmo gênero. Encontrei um monte de postagens de outros autores, ela os trata como lixo. — Ugh. — eu digo. — Ninguém gosta de pessoas assim. — Ela teria que ter um livro incrível para me fazer compra-los. — admite Jillian. — Já tentou falar com ela? — Sim e não resolveu. Como eu disse, grande escritora, mas um comportamento de merda. — Erin suspira e abaixa o telefone. — Chega de falar sobre trabalho. Como vai a vida. Aaron ainda não propôs casamento? — Ainda não. — diz Jillian, encolhendo os ombros. Ela age como se não a incomodasse, mas depois de cinco anos juntos, a falta de compromisso fica sob sua pele. — Como estão seus filhos? — Sua mudança de assunto só prova o quanto isso a perturba. — Me levando a loucura. — Erin admite. Seus olhos se encontram com os meus. — As pessoas dizem que fica mais fácil quando as crianças ficam mais velhas. É mentira. Não acredite nisso. Elas ficam mal-humoradas e maldosas e a mãe é a última pessoa com quem elas querem ser vistas. Eu os deixo por um tempo com você. Não tem como eu desistir de ter meus bebês. — Passa rápido. — Erin diz. — Aproveite. Antes que você perceba, você terá duas adolescentes que só se preocupam com o que você está fazendo para o jantar e quanto dinheiro elas podem tirar de você. Nós rimos e o assunto muda para livros e publicações novamente. Dizemos adeus e voltamos ao trabalho. De volta ao meu escritório, respondo a mais alguns emails e inclino na minha cadeira para ler o resto das modificações de Quinn. Uma dessas modificações é uma cena adicional de sexo e, oh meu Deus, está quente. Eu não percebo que estou mordendo meus lábios e inclino mais e mais perto da tela do meu Kindle até que alguém bate na porta do meu escritório. Eu pisco, me sentindo um pouco desorientada, Quinn ficará feliz em saber disso e olho para cima, esperando ver Gavin ou mesmo Jillian. O sorriso em meus lábios congela no lugar e minhas bochechas coram ainda mais do que antes. Meu estômago vibra e eu momentaneamente entro em pânico que eu possa ter alface presa em meus dentes. Eu não verifiquei, então, é inteiramente possível.
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— Cole. — eu finalmente digo, ainda sorrindo como uma idiota para meu chefe. — Oi. — Ser apanhada lendo uma cena de sexo é uma coisa. Ser pega por alguém com quem você tem fantasiado atuar essas cenas impertinentes de sexo que você lê é outra. Especialmente quando essa pessoa acontece ser seu chefe. — Olá, Alexis. — ele diz, sorrindo de volta para mim, seus olhos castanhos brilhando na luz do sol da tarde. Ele é uma das poucas pessoas que sempre me chama pelo meu nome completo. Isso me irrita quando os outros fazem, mas é sexy quando está saindo de seus lábios. — Como você está? — Bem. Estou apenas repassando as últimas mudanças para o último livro de Quinn Harlow. — Perfeito. — ele diz e entra no escritório, deixando a porta aberta. — Isso é realmente sobre o que eu queria falar com você. Acabei de sair de uma reunião com a equipe de marketing e eles querem acertar a data de lançamento. — Ele inclina sobre a mesa, olhando para o meu Kindle. A Black Ink é uma das maiores editoras do ramo e não é estranha aos romances eróticos ou tabu, mas de repente eu me sinto tímida que meu Kindle esteja aberto em uma página, toda a página, dedicada ao sexo oral. Talvez seja porque eu me questionei sobre como seria a sensação de ter a cabeça de Cole entre minhas pernas? Pare com isso. Ele está bem a minha frente. Eu já estou quente e incomodada com a cena do sexo. Eu não preciso da imagem do rosto bonito de Cole lentamente descendo meu corpo enquanto ele beija meu pescoço, meus seios e a pele macia da minha... Pare! — Para quando? — Eu pergunto e limpo minha garganta. — Quando eles querem liberar, eu quero dizer. E isso muda o plano de marketing? Quinn vai querer saber. — Eles querem mudar a data de lançamento para um mês e o marketing já começou. — Acho que podemos fazer isso, então. Ele sorri para mim, e minha calcinha derrete imediatamente. — Eu sabia que você seria capaz de lidar com isso. E somente entre você e eu, estou feliz por você estar trabalhando no livro dela. Você é uma das melhores que temos aqui.
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Eu balanço a cabeça. — Você é muito gentil. — Sério. — ele diz e se move um pouco mais perto. — Eu preciso trazer à tona o livro Esposa de Mentirinha? — Ele pergunta com uma risada. Eu coro e balanço a cabeça. Eu fiz uma aposta na estreia do thriller de um autor há não muito tempo atrás, e o livro explodiu. O filme saiu durante o verão e foi um sucesso. — Você consegue defender um livro ruim. Como você faz isso? Eu encolho os ombros, olhando para ele. — Eu só sei o que eu gosto e me aprofundo nele. — Eu não disse isso para soar como um flerte como ele faz. Estou prestes a desviar os meus olhos e jogar algo aleatório para tirar a tensão, mas Cole fala antes que eu tenha a chance. — Eu gosto disso em você. — ele diz timidamente, me dando um sorriso sexy como o inferno. — Você vai falar com Quinn Harlow ou seu agente hoje? — Sim. Vou enviar um e-mail para os dois imediatamente. Ele continua contando os detalhes de tudo e faço o meu melhor para ouvir. Eu anoto alguns pontos importantes para que eu possa explicar tudo em perfeitos detalhes quando eu falar com o agente de Quinn. Minha mente começa a mover para o rosto perfeito de Cole e a maneira sedutora que ele cheira. Cole Winchester é o editor-chefe da Black Ink Press e é objeto de muitas fantasias das mulheres do escritório. No momento em que você o conhece, fica óbvio o porquê. Além de sua aparência, um cara alto, atlético, sexy, bonito e robusto, Cole é um diamante bruto. Ele é respeitoso com seus funcionários. É responsável e sempre alto astral. Ele é um cara bom, mas ainda pode fazer molhar sua calcinha sem ao menos tentar algo. Cole atende a todos os critérios na minha lista para se envolver. No entanto, ele deixou bem claro que nunca sairá com ninguém do trabalho. “Não cague onde você come”. Embora eu goste de pensar que eu poderia ser sua exceção, como uma das heroínas nos romances. E há essa esperança aumentando novamente no meu peito. Foi dito que nem tudo está perdido quando se tem esperança. Mas, ser otimista pode apenas prolongar a mágoa.
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CAPÍTULO 0 2
Luke
O assassinato é sempre um crime? Empurro meus ombros de volta para o couro atrás de mim e ranjo meus dentes. Empurro os botões do controle em minhas mãos, tendo a satisfação de esmagar zumbis virtuais até a morte com um pedaço de madeira estilhaçada. Esse é o único assassinato que está acontecendo hoje. — Luke, eu sei que você pode me ouvir. — meu irmão diz novamente. Ele fica ao meu lado, com os braços cruzados sobre o peito. — Luke. — ele repete. — Você esteve em casa o dia todo. Por que há pratos na pia? É um esforço muito grande manter a aparência de que esses fones de ouvido anulem todo o ruído. Não lavei a louça porque não sou a sua maldita empregada. Eu limpei a minha merda, mas não sou pago para limpar sua sujeira. — Luke. — Cole se move para minha frente, bloqueando minha linha de visão. Estou meio que tentado continuar olhando para frente, fingindo que ele não está lá. Passei três semanas fingindo que ele era invisível quando éramos crianças. Dez anos mais tarde, e nada mudou. Mas, estou perto de subir de nível no meu jogo. Então aperto pausa e olho para cima, com o sangue fervendo. Inspiro. Seguro. Deixo o ar sair lentamente. Eu não posso perder essa fase. Cole pode ser mais velho do que eu, mas posso levá-lo em uma briga. Facilmente. E ele sabe disso. — Eu não vou lavar seus pratos. — eu digo calmamente, orgulhoso do meu tom nivelado. — Eu trabalho o dia inteiro. Você não. Me ajude a organizar as coisas se você quiser morar aqui.
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O controle faz um estrondo ao cair no chão. Eu salto para cima. Tento manter minha calma. — Você esqueceu que eu trabalho à noite? Quer jogar este jogo? Mesmo? Eu o olho, me perguntando onde nós erramos. Cole é dois anos mais velho do que eu e ele sempre me odiou. Seu comportamento me pressiona até a típica rivalidade entre irmãos. Eu também não entendo. Cole e eu somos tão diferentes quanto os irmãos podem ser. Fisicamente, compartilhamos uma ligeira semelhança. Seu cabelo é mais leve e seus olhos são mais escuros. Eu sou mais alto por vários centímetros, com quilos a mais de músculos. Cole me superou academicamente e eu era bom em esportes. Fomos separados na faculdade e nosso relacionamento foi tolerável por vários anos. No entanto, aqui estamos nós, juntos novamente. Foda-se a minha vida. Cole dá um passo para trás. — Você veio para cá. Para a minha casa. Você tem que seguir minhas regras. — Você tem que estar brincando comigo! — Minhas narinas dilatam enquanto a raiva pulsa através de mim. — Esta não é a sua casa. Tinha que ser uma espécie de piada doentia para a nossa avó deixar está ostentosa casa de Manhattan para nós. Nós. Mamãe diz que foi a tentativa final da vovó em fazer algo que ela não conseguiu: fazer com que Cole e eu nos déssemos bem. Ao contrário do meu irmão, saber que a discórdia entre nós causou angústia a nossa mãe e avó, me perturbava. Eu nunca quis machucar nenhuma delas, mas eu não sou bom em ficar de braços cruzados enquanto meu irmão narcisista pensa que sua merda não fede. Embora eu me arrependa de tê-lo empurrado no dia de Ação de Graça há quatro anos atrás. Mas, só porque ele derrubou uma garrafa de vinho tinto na poltrona antiga da mamãe. — Você é um idiota. — assobio, pegando meu controle do chão. Eu reajusto os fones de ouvido e me sento. Mantenha-se calmo. Não vale a pena. Não mais. — Depois de tudo o que aconteceu, pensei que você me daria um pouco de folga. — Eu olho direto nos olhos do meu irmão. — Você é como papai. — Retire o que disse! Eu não sou nada como ele!
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Ignoro Cole, tomando satisfação com o insulto. Nosso pai não era um bom homem. Eu retomo o jogo e eventualmente Cole deixa a sala, murmurando sobre como ele não pode ficar vivendo comigo. Uma onda de tristeza me atravessa, não é como antigamente, mas desejo apenas por um segundo que Cole e eu nos déssemos bem. Estou em Nova York por apenas algumas semanas e depois de toda a merda que aconteceu há alguns meses atrás, eu poderia tê-lo como amigo. Tanto faz. Isso é temporário. Eu vou voltar para Chicago eventualmente. Minha vida está lá. Algum dia estarei pronto para voltar. O problema é que não tenho ideia de quando. O fogo ainda estava em chamas quando saí, queimando todos os aspectos de minha vida, levando tudo o que eu tinha de mim, e transformando em cinzas.
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CAPÍTULO 0 3
Alexis
Acordei com um pé pressionando minhas costelas. Eu rolo, cuidadosamente me afastando de Paige. A menina dorme como um polvo e já virou de cabeça para baixo na cama. Eu levanto, esticando minhas costas rígidas e a coloco em sua cama mais uma vez. — Amo você até a lua, ida e a volta. — eu sussurro, beijando sua testa. Na ponta dos pés eu caminho para fora de seu quarto e verifico Grace, cujo quarto está do outro lado do corredor. Eu desligo o livro áudio que ela adormeceu ouvindo, e verifico a hora. Ótimo. Dormi por quase três horas. Era muito necessário, mas agora vou ficar acordada até mais tarde, terminando a leitura do romance de Quinn. Embora eu não possa negar que estou um pouco animada para voltar a ele, apesar da minha exaustão. Tenho trabalho interminável a fazer, eu realmente amo meu trabalho. Tomo um banho rápido, visto meu pijama, coloco os cabelos longos em uma trança sobre o meu ombro e desço para aquecer a xícara de café que despejei depois do jantar e esqueci. Eu coloco minhas coisas na mesa da cozinha, procurando propositadamente um espaço para o trabalho que não seja confortável. É menos tentador fechar os olhos e adormecer novamente. Deixei os personagens de Quinn no meio de uma transa, em uma piscina no terraço de Manhattan, nada menos. Volto e releio a página, instantaneamente sendo sugada para a história. Eu passo minha mão sobre a página na minha frente, sentindo um remorso de saudade familiar no meu coração. Meus olhos se fecham e eu exalo, desejando tanto que pudesse deslizar entre as linhas e desaparecer no livro.
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Eu termino meu café, tiro a tampa da minha caneta vermelha e mergulho de volta na história. Não importa o quão duro eu tente, eu imagino o personagem, o menino bad boy ao extremo que está na cadeia, como Cole. Cada palavra me excita e estou focada junto aos personagens, ficando tão estimulada que mal posso suportar. E então eu acho um erro nas reestruturações de Quinn, assim coloco freios nos pensamentos da minha mente fodendo meu chefe. O que é provavelmente uma coisa boa, desde que tenho que vê-lo amanhã cedo para discutir sobre um projeto novo. Eu respiro fundo e exploro através dos próximos dois capítulos. Eu já li o final e Quinn me assegurou que ela deixou o capítulo final intocado. Tenho a intenção de apenas percorrer, mas acabo absorvendo cada palavra. Aquela mulher é uma poetisa sem tentar. Cada palavra, cada linha fala comigo, despertando alguma parte de minha alma. Com um sorriso no rosto, eu viro a última página e escrevo uma pequena nota para Quinn, dizendo como estou orgulhosa de quão longe ela foi. Ela era uma nova autora quando aceitei seu primeiro romance. Estar junto com ela nessa transição de novata para regularmente na lista do New York Times Bestseller tem sido divertido. Ela é realmente vários anos mais velha do que eu, mas a natureza do nosso relacionamento me faz sentir um pouco como uma mãe orgulhosa. O sorriso desaparece do meu rosto quando olho para longe do livro e vejo a minha confusa cozinha. Os pratos empilhados na pia, a máquina de lavar louça está cheia, mas ainda não foi ligada e eu me esqueci de colocar a sobra de espaguete e almôndegas na geladeira após o jantar e agora deve estar ruim. — Merda. — eu murmuro, balançando a cabeça. E eu preciso fazer o almoço das meninas. Por que fiquei até tão tarde novamente? Oh sim. Trabalho. É importante e tudo. Eu sou uma editora, mas não tenho tempo para editar no escritório muitas vezes. Meus dias são preenchidos respondendo e-mails, conversando com agentes, autores e aprovando obras de arte para capas. Sentando e me envolvendo em uma história. Eu deixo Pluto ir lá fora e abro a máquina de lavar louça. Que deveria ter sido ligada ontem e fede a lixo. Eu adiciono alguns pratos, e a início, então empilho todo o resto da louça em um lado da pia. Encho o outro lado com água e sabão, dizendo a mim mesma que estou deixando as panelas de molho durante a noite, assim vai ser mais fácil de lavá-las na parte da manhã antes do trabalho. É uma mentira, mas se eu não pensar muito nisso, acredito e isso me faz sentir melhor em deixar a casa uma bagunça. Eu coloco as almôndegas na tigela de Pluto, jogo fora o
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macarrão, que endureceu por ter ficado lá por horas, e adiciono mais umas coisinhas a pilha de louça na pia. Debatendo sobre beber mais café ou não, eu começo a fazer o almoço das meninas para amanhã. Eu sou meticulosa em me certificar que elas tenham uma refeição saudável e equilibrada, o que é engraçado desde que eu me esqueço de me alimentar assim muitas vezes. Desenho um coração e um rosto sorridente em um guardanapo branco e coloco dentro da lancheira de Paige. Escrevo a Grace uma pequena nota (eu te amo, tenha um bom dia e aprenda algo novo!) e coloco dentro da lancheira dela. Ambas as lancheiras entram na geladeira, e deixo Pluto voltar. Eu faço o trabalho mais rápido sempre limpando os balcões, juntando as migalhas com meus pés e corro para minha cama, puxando meu edredom até meu queixo. Uma vez que o divórcio foi oficial, eu tive que reorganizar o quarto principal e conseguir uma cama nova. Se eu tivesse tempo e dinheiro, eu repintaria o quarto, mesmo que ame as paredes roxas claras. Foi uma luta convencer Russell me deixar pintar o quarto de uma cor de "menina", embora o roxo seja tão suave que parece quase cinza em pouca luz. A maior e melhor mudança foi ser capaz de alinhar a parede em frente a mim com estantes. Eu possuo livros suficientes para estocar pelo menos três livrarias, e por algum motivo isso incomodava Russell. Ele odiava os livros e tentou várias vezes jogá-los fora. Jogar. Livros. Fora. Era como esfaquear meu coração. Eu tinha de fazer tudo o que eu pudesse para fazer o quarto parecer diferente. Este foi o nosso quarto e enquanto ele ainda abrigava as poucas boas memórias que tenho do meu casamento, me fazia lembrar um monte de maus momentos também. Eu me estico na cama, tentando não pensar em como eu me sinto sozinha. Eu estou sozinha porque Russ não está mais na cama comigo. A casa ficou dez vezes melhor uma vez que ele se foi. Eu estava sozinha muito antes disso, mesmo quando nós compartilhávamos essa cama, quando nos víamos horas por dia e meu marido fazia tudo o que podia para me evitar. Ver meu casamento desmoronar foi a coisa mais difícil que já fiz. Você só pode se dobrar algumas vezes antes de quebrar, e eu estava constantemente chegando ao limite, pegando as peças e lutando como louca para colocá-las juntas. Rastejando na cama ao lado de um homem que já não me amava, já não pensava em mim com desejo, um homem que me disse mais de uma vez que eu já não era boa o suficiente para ele, ser ferida era pior do que rastejar em uma cama vazia. Ver meu marido todos os dias era um lembrete de que eu falhei, por culpa
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minha, por não ser a esposa que ele queria. E nada que eu fizesse poderia mudar isso. Meu marido se apaixonou por mim no início. No entanto, depois de algum tempo eu fui a única que continuou apaixonada, aterrissando dolorosamente no fundo do poço sem uma pista de como me recuperar. Mas, você sabe o que eles dizem: caia sete vezes e levante oito. Não aconteceu até que percebi que estava agarrada em algo que eu fosse capaz de segurar. Estava com tanto medo de estar sozinha. De começar de novo. De criar as meninas sozinhas. O pensamento de dividir a custódia doeu. Eu não queria não ter minhas filhas no Natal. E tanto quanto eu detestava Russ pelo jeito que ele me fez sentir no final, eu não queria que ele sentasse sozinho nos feriados porque as meninas estavam comigo. Então, eu tentei. De novo e de novo. Tentei muito. Os pedaços de nosso casamento começaram a cair mais rápido do que eu podia pegá-los e comecei a ficar enterrada nos escombros. Eu procurava desesperadamente por uma saída, magoada e ferida, mas com um rosto corajoso, escondendo o quão quebrada eu estava por dentro. Russ estava tão infeliz que começou a ficar cruel: chamando-me de nomes feios, criticando tudo o que eu fazia. O jantar estava cozido demais ou cru. Eu poderia passar o dia inteiro limpando a casa e ele encontrava uma coisa que não estava perfeita e descarregava sua frustração sobre mim. Eu ficava até tarde editando. Eu não trabalhava tantas horas quanto deveria. Eu não poderia ganhar. No entanto, me segurei na esperança de que de alguma forma eu colaria a última peça e as coisas iriam voltar ao lugar. Nós nos amamos uma vez. O suficiente para ficarmos juntos. O suficiente para planejar um casamento e começar a nossa família. Houve solavancos ao longo do caminho, mas todo mundo luta de vez em quando. Nós fomos felizes. Poderíamos ser felizes novamente, certo? No fundo, eu sabia que Russ me amava. Ele tinha que amar. Ele era meu marido. No entanto, dia após dia, ele me ignorava, dizia que não podia estar ao meu lado, dizia que somente a me ver o deixava zangado e encontrava qualquer maneira que pudesse para me depreciar enquanto isso o fazia se sentir melhor. Ele viu o quanto me machucou. Ele me ouviu chorar. E não fazia uma maldita coisa sobre isso.
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Ele não me amava e tanto quanto eu temia estar sozinha, doía mais estar em um relacionamento onde eu já estava sozinha. Paige nem tinha um ano quando nos separamos. Mas, a esperança estava de volta, que viver separado e longe de suas filhas iria enviar Russ a um choque de realidade e perceberia o quão idiota ele foi. Não aconteceu. Ele tinha uma nova namorada antes que os papéis do divórcio fossem assinados. Então, aqui estou eu, sozinha, estressada, mais apertada financeiramente do que gostaria de estar. Mas estou muito mais feliz agora. A dor de me afastar não foi nada comparada à dor de permanecer. E eu tenho duas meninas que viverão pelo meu exemplo. O pensamento de uma delas casar com alguém como seu pai era a última gota. Fecho meus olhos, minha mente vagando para Cole e seus olhos castanhos. Eu o conheço há vários anos e enquanto ele tem o cuidado de permanecer profissional no trabalho, eu tive vislumbres de sua personalidade interior em mais de uma ocasião. Um homem que lê é sexy o suficiente por conta própria. Um homem responsável com um emprego estável é sexy também. Emparelhe todos esses adjetivos junto a Cole Winchester, editor extraordinário, é o que cada mulher leitora ávida quer. Além disso, basta acrescentar, ele é gostoso. E em uma sexta-feira causal fatídica em que Cole usava calças esportivas para trabalhar, Jillian e eu descobrimos que ele tem um pau monstruoso. Levou mais ou menos uma semana inteira para sermos capazes de olhar ele nos olhos sem rirmos depois disso. Havia estímulo para ir ao escritório, algumas pessoas até apostaram dinheiro para pedir a alguém para dizer que um esboço de “A Besta” era visível, mas ninguém era corajoso o suficiente para dizer. Ou estúpido o suficiente para arruinar nosso prazer visual do dia. Eu começo a relaxar e caio no sono, pensando em Cole e como ele foi bom para mim durante o divórcio, e como ele estava animado quando eu finalmente aceitei passar de tempo parcial para tempo integral. Homens como Cole Winchester não aparecem com muita frequência. Eu não tenho pressa de me contentar, ou até mesmo namorar alguém, e não vou trazer para casa um homem até ter certeza de que ele tem algum potencial sério. Eu não posso controlar, mas o vejo lá quando olho para Cole. Ele pode não sair com ninguém do trabalho, mas serei condenada se não tentar.
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. Estou correndo em duas horas e meia de sono, o que é bom, porque me permitiu ficar em casa hoje e passar esta sexta-feira ensolarada com Paige. Saímos para o café da manhã, levamos Pluto para uma caminhada, brincamos no playground e nos aconchegamos no sofá enquanto assistíamos um filme. — Nós temos que ir buscar sua irmã em breve. — eu digo a ela, tomando uma rápida pausa de brincar com as Barbies para responder a alguns e-mails. Minha caixa de entrada está perto de explodir, está tão cheia, mas posso verifica-la amanhã de manhã. Eu normalmente não gosto de trabalhar nos fins de semana, mas quando as crianças estão na casa de Russ, eu gosto de ficar ocupada. — Não. — Paige faz uma careta e pende a cabeça. — Brinque comigo, mamãe! — Temos meia hora. — digo a ela, e digito uma resposta rápida a um agente que enviou uma proposta. O livro é para um romance paranormal adulto sobre um caçador de demônios e uma bruxa, que é muito diferente dos livros que eu costumo editar. Eu tendo a evitar qualquer coisa remotamente arrepiante, mas fiquei interessada pela pequena amostra que li, então solicitei o livro completo. Pressiono enviar e penso sobre a autora, querendo saber o quão animada ou nervosa ela vai estar ao ver o pedido do manuscrito completo. Eu não solicito o livro completo com muita frequência. Tenho que estar realmente na proposta para o romance, tenho que ter uma reputação de ser uma editora dura. Mas, prefiro não aceitar tudo o que soa um pouco interessante. Eu tenho que enviar menos rejeições dessa forma e odeio fazer isso. Embora desde que voltei em tempo integral, tenho um assistente e posso encaminhar os e-mails para Gavin. Ele é o único que realmente tem que digitar as palavras e enviá-las. Ainda assim, dói e espero que a rejeição não mate os sonhos do escritor esperançoso. — Brinque com Anna. — Paige diz, segurando sua princesa Anna para mim. Eu desligo meu telefone e pego a Barbie, movendo para o outro lado do castelo de gelo de plástico para fazer a boneca bater nas portas. Nós brincamos por mais vinte minutos, então entramos em seu quarto para colocar seus animais de pelúcia favoritos em sua bolsa de dormir. Eu faço o mesmo com a de Grace e acrescento roupas íntimas limpas, pijamas e uma muda de roupa extra de cada menina também. Apenas no caso de sujarem. Elas têm coisas na casa de seu pai. Não tanto como aqui, mas o suficiente para o fim de semana. Ainda assim, é difícil para mim deixar ir e confiar nele para
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ser tão atento como eu sou. Não é nada pessoal. Eu não confio em ninguém para ser tão atenta como eu sou. — Está pronta, querida? — Pergunto a Paige. — Pluto pode vir? — Isso depende de seu pai — digo a ela. Russell ainda gosta do cão e o deixou ir antes. Ele tem um quintal maior do que nós e nunca deixa de me lembrar que é perfeito para as meninas e o cachorro. Ter Pluto comigo me ajuda a não me sentir tão sozinha quando as garotas estão fora, mas como posso dizer não a Paige?
. Ótimo, a senhorita siliconada está aqui. Ela fica no canto da sala, observando as meninas correrem para Russell gritando "Papai!" Em um coro de felicidade. Às vezes eu desejo que elas não amassem seu pai tanto quanto elas amam e isso me faz sentir como uma mãe de merda no mundo inteiro. Eu tenho que me lembrar que Russ não é uma pessoa má. Ele era um mau marido. Ele poderia ser um grande marido se casasse com alguém, isto é, alguém que pudesse manter seus padrões ridículos. Eu suspiro e coloco um sorriso. Isso não está ajudando. Nós nos magoamos por tanto tempo que os sentimentos de indiferença vêm facilmente. Nós dividimos e seguimos nossos caminhos. Não há necessidade de abrigar negatividade e desperdiçar meu tempo sendo miserável por causa dele. Não mais. — Você parece cansada. — diz Russ, olhando para mim. Estou no hall, segurando as malas da noite para as meninas e a coleira de Pluto. Esse cão ainda fica animado por ver Russell também. — Até tarde trabalhando? — Sempre estou. — respondo sem rodeios. É estranho que, apesar de toda a merda que passamos, ainda é natural iniciar uma conversa com ele sobre livros. — Descanse um pouco. — ele diz suavemente, o que me pega desprevenida. — Eu pretendo. — Eu fecho a porta atrás de mim e solto Pluto. Ele corre, balançando seu caminho entre Russell e as meninas. — Quais são os seus planos para o fim de semana? Russell pega Grace com um braço e Paige no outro. Vê-las com seu pai, todos os sorrisos, corações cheios de amor e felicidade, sempre puxam meu coração. Eu
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queria tanto que as coisas pudessem ter funcionado entre nós, que nós quatro pudéssemos ficar juntos formando uma bela família. Miss silicone tenta se aproximar, oferecendo um sorriso educado. Seu nome é Maggie, e ela não tem sido nada além de agradável e educada comigo, essa vadia. Ela é vários anos mais nova que Russell e trabalha em seu escritório. Eu quase me sinto mal por ela, porque eu sei que ela está muito mais séria sobre esse relacionamento do que Russell. — Minha irmã acaba de comprar um barco. — diz ela timidamente. — Nós íamos levar as garotas no lago, se isso estiver bem para você. — Claro, está tudo bem. — esbraveja Russell. Eu pisco e olho para Russell. — Não está meio frio para isso? — Nós não vamos entrar na água, e se você se incomodasse em olhar para o tempo, saberia que vai chegar a 30°C amanhã sem nuvens. — Certifique-se de que elas usem coletes salva vidas, por favor. — Elas vão. É a lei. Não aja como se eu fosse muito estúpido para cuidar das minhas próprias filhas. E agora lembro por que eu o deixei de novo. Eu digo adeus a minhas meninas. Vê-las partir ainda não ficou mais fácil. Será que alguma vez ficará? A casa está muito tranquila. Ligo a TV, sirvo um copo de vinho e passo às três horas seguintes limpando, me amaldiçoando o tempo todo por deixar as coisas ficarem desordenadas. Eu não tento abordar os quartos das meninas. Ou o meu. Ou o banheiro principal. Desistindo, tomo banho e coloco meu pijama. Caio cedo na cama e durmo até as dez no dia seguinte. Acordo assustada, mas instantaneamente lembro que minhas garotas não estão. Levanto e começo a limpar de novo até que Jillian envia um texto na parte da tarde, dizendo que fez reservas para jantar as sete e para nos encontrarmos no apartamento dela antes disso para nos prepararmos. Respondo que estarei lá em torno das cinco e começo a ficar nervosa. Levo um tempo para descobrir o porquê. Esta noite, eu deveria sair e flertar. Hoje à noite, eu poderia pegar algum cara quente pela primeira vez em bem mais de um ano. Hoje à noite, estou finalmente seguindo em frente.
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CAPÍTULO 0 4
Alexis
— Eu sinto que devemos fazer um brinde. — Jillian começa, segurando seu copo cheio de uísque. — Um brinde a nossa amizade. — A amizade. — Erin, Lori e eu dizemos juntas, erguendo nossos copos no ar. O copo de Erin bate no meu e as bebidas derramam, rolando pelo meu braço. Nós duas rimos e tomamos nossas bebidas. Abaixo meu copo e lambo o uísque do meu pulso, ainda rindo. Está perto da meia-noite e tenho um bom momento acontecendo. Passei as últimas horas falando, rindo e bebendo com minhas amigas. Eu me sinto bem, e pela primeira vez em um bom tempo, eu acho que estou bem. Só precisou de um copo de vinho para me convencer que Jillian estava certa ao sugerir que eu usasse jeans apertados, um top decotado e saltos. Ela enrolou meu cabelo com perfeição e me ajudou a passar delineador preto que era apenas espesso o suficiente para delinear meus olhos verdes. — Aquele barman ficou olhando para você durante toda a noite. — Erin diz, me dando uma cotovelada e apontando para o outro lado da sala. Eu agarro seu pulso e puxo sua mão para baixo. — De jeito nenhum e você é tão óbvia. Ela explode em risos novamente, o que naturalmente me faz rir. O barman apenas calha de ser exuberante. As pupilas azul-celeste esboçadas em uma borda azul-marinho, cabelo marrom escuro que é denominado nesse olhar desarrumado de eu-apenas-quero-ter-sexo. As tatuagens coloridas cobrem seus braços musculosos e espreitam para fora de sua camiseta preta. Não que eu estivesse olhando.
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Mas tive que olhá-lo de cima a baixo para encomendar estas bebidas. — Ele está sim! — Jillian diz, inclinando-se sobre a mesa. — Ele é gostoso. Vá em frente. Eu balanço a cabeça e me viro para olha-lo novamente, sendo tão óbvia quanto Erin, mas muito bêbada para perceber. — Por favor. Ele parece ter uns... Vinte e dois anos... — Vinte e cinco. — Dizem as minhas três amigas. — É apenas diversão hoje à noite. — Jillian acrescenta com uma piscadela. — E sabe o que mais, desde que eu fiz o seu cabelo, maquiagem e tudo, você está perfeita. — Ele está olhando para cá novamente. — Diz Lori. — Vá flertar com ele e tente trazer algumas bebidas grátis. Eu sorrio e começo a ficar de pé, olhando através da multidão no bar. O Gostoso McBarman chama a atenção e me dá um meio sorriso. Eu me encolho no assento. — O que eu disse? Minhas amigas riem e Jillian empurra seu Martini de romã na minha frente. — Aqui. — Diz ela. — Acabe com isso, faça uma pausa para fazer xixi, então vá falar com ele antes que alguém se mova para dentro daquele belo pedaço de bunda. Eu rolo meus olhos para ela e trago o copo para os meus lábios. — Ele está trabalhando. Ele não pode simplesmente se afastar e vir sentar conosco. — Bem, ele sairá alguma hora. Então ele pode vir falar com você. — Isso seria legal. — eu murmuro e depois balanço a cabeça. — Apenas vá. — diz Jillian. — Você precisa voltar à ativa. Já faz mais de um ano desde o seu divórcio e você não conseguiu um número sequer. É hora de seguir em frente. — Fiquei casada por cinco anos. Não é algo que eu possa facilmente superar. — Eu sei. — Jillian diz suavemente. — É por isso que você precisa colocá-lo em sua calcinha, apenas para ele tirá-la. Sem pressão, sem amarras, basta ter alguma experiência com os homens novamente, e então você pode passar para algo mais
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sério. Apenas vá se divertir. Faça isso por mim. Porque eu teria muita diversão com ele. Tomo outro gole de sua bebida e procuro o barman novamente, mas não consigo encontrá-lo através da multidão ao redor do bar. Continuamos falando, rindo e alguém no palco nos lembra que o microfone está aberto essa noite e que a fila está diminuindo. Eu volto a tentar encontrar o barman no palco. — Vamos cantar alguma coisa! — Erin diz, seguindo meu olhar. Eu gosto de cantar e posso tocar piano, o que foi o resultado da minha sogra pagando antecipadamente por vários meses de aulas de piano para Grace no ano passado. Claro, ela perdeu o interesse e em vez de lutar contra ela ir, eu tive as lições em seu lugar. Eu sei algumas noções básicas e memorizei facilmente uma canção. — Você sabe que eu tenho medo de estar em público. — confesso. — Enfrente dois de seus medos esta noite. — Erin me encoraja. — Flertar e tocar. O que, eu acho que poderia ser a mesma coisa desde flertar leva a tocar. Não quero te assustar ainda mais. Eu levanto uma sobrancelha e sorrio para ela antes de respirar fundo. Passei tantos anos deixando o medo dominar minha vida. Medo de estar sozinha. Medo de perder minhas filhas. Medo de cometer um erro ao pedir o divórcio, que eu lamentaria estar solteira, que Russ seguiria em frente e eu estaria abandonada... Em troca, passei muito tempo sendo miserável. Foi uma lição difícil de aprender, mas agora sei que a vida é muito curta para desperdiçar um segundo deixando o medo te segurar. No final, o arrependimento assombra você mais de qualquer maneira. — Foda-se. — eu digo e levanto. — Vamos fazer isso. Mas, preciso beber primeiro. — Isso vai te atingir em um minuto. — diz Jillian, observando seu Martini vazio. — Eu quis dizer água. — eu digo a ela. Saio da cabine e espero Erin me seguir. Colocamos nossos nomes para abrir o microfone da noite, vou ao banheiro, então luto através de um mar de corpos para chegar ao bar. — Merda. — Erin olha para o telefone, franzindo a testa. Ela põe ao ouvido, enrugando o nariz enquanto tenta ouvir o correio de voz sobre a música. — É o David. Algo sobre Stephen entrando furtivamente na casa de uma menina. — ela me diz. — Juro por Deus que esse menino vai ser a minha morte. Eu já volto. Ela sai correndo do bar para ligar para o marido. Eu posso vê-la de pé junto à porta, o rosto contorcendo em raiva enquanto ela fala ao telefone. Estou tão ocupada observando,
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que não percebo que é a minha hora de pedir bebidas até que o barman inclina para frente no bar de madeira. — Você quer algo? — Ele pergunta. Eu viro e meus olhos se fixam nos dele. Ele parte os lábios e inclina a cabeça para baixo, sorrindo e brincando. — Algo que eu possa pegar, quero dizer. De repente minha boca seca. — Água. Ele arqueia uma sobrancelha. — Desistindo já? — Apenas por eu estar pedindo água? — Eu estalo. — As pessoas normalmente pedem água quando têm muito e estão tentando desesperadamente recuperar o controle. Ela não funciona, a propósito. Já está no seu sistema. Você só tem que esperar passar. Leva tudo o que tenho para não cruzar meus braços e olhar para ele. Eu não faço, mas principalmente porque não confio em mim mesma para não me interessar. Estou reagindo a ele fisicamente, embora quem o visse não me culpasse. — Eu pareço bêbada? Ele se endireita e passa lentamente seus olhos por todo o meu corpo. Estamos separados, e ainda assim parece que suas pontas dos dedos estão varrendo minha carne enquanto seu olhar se move. Eu tremo. — De modo algum. Então, suponho que você está pegando água para uma de suas amigas. Aquela que desapareceu um minuto atrás. — Ele sorri e maldição ele fica bem quando ele faz isso. — Ela deve ter corrido para o banheiro para vomitar, eu acho. — Não. Você está errado. Agora posso ter a minha água, por favor? Estou com sede. — Você é atrevida. Eu gosto disso. Respiro fundo, sentindo o Martini me atingir de uma vez só. Eu rolo meus olhos. — Sim, é tão petulante esperar para ter uma bebida que eu pedi. Ele pega um copo de plástico e o enche com água.
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— Por conta da casa. — ele diz com um sorriso, me fazendo sorrir de volta sem perceber. Ele ainda está me olhando, os lábios se separando como se quisesse dizer outra coisa. Então meu nome é chamado. Tomo outro gole de água e de repente me sinto aterrorizada. Volto minha atenção para o barman quente. — Me dê uma dose. — Uma dose de quê? — Eu não me importo. Apenas se apresse. — Você é uma coisa curiosa, sabe? — Sim. Sim. Conte mais tarde. Se apresse! Ele levanta as sobrancelhas, ri e depois se afasta, voltando segundos depois com um copo cheio de líquido cor de âmbar. Pego, bebo, estremeço e lavo o gosto com água. — Coloque na minha conta. — digo a ele enquanto me apresso para voltar. Erin está longe de ser vista. Eu praticamente dou uma volta inteira procurando por ela, finalmente a encontro amontoada perto da porta, ainda no telefone. Ela está em seu modo "mãe" e sei que ela está em uma conversa verbal aquecida com seu filho mais velho. Merda. Ela não pode ir agora e eles simplesmente chamaram nossos nomes de novo. Não posso fazer isso. Eu não sou o tipo de pessoa que canta em público. Eu também não sou o tipo de pessoa que leva merda e espera que as coisas melhorem. Agora ou nunca. Meus dedos tremem quando pego o corrimão de madeira. Agarro, atiro um dos pés para cima e instantaneamente subo os três lances de escadas que levam ao palco. Algumas pessoas param o que estão fazendo para olhar para mim, mas a maioria está curtindo sua noite. Falando, bebendo, e não se importando que alguma menina aleatória esteja no palco. Eu vejo minhas amigas na multidão. Jillian pisca um grande sorriso e Lori me dá um aceno de encorajamento. Erin ainda está na parte de trás, a um passo de sair correndo, em seu estilo mãe. Eu sento ao piano, com os dedos pairando sobre as teclas. Meu cérebro ameaça fechar, fingindo esquecer como tocar e até mesmo esquecer a letra da música
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que estou prestes a cantar. Eu fecho meus olhos, respiro fundo e me sinto melhor. Pode ser a dose de uísque que acabei de tomar. Meus dedos varrem as teclas marfim e eu sigo em frente, endireitando meus ombros. O segundo em que a primeira nota soa, algo vem sobre mim e eu sou sugada para a música. Meus dedos movem sem esforço e as palavras saem de mim, liberando uma parte de minha alma que eu não sabia que estava presa. O bar explode em brindes quando eu termino, os gritos vêm das minhas amigas... E do barman. Nossos olhos se encontram e ele levanta as mãos acima da cabeça, batendo palmas. Eu sorrio de volta para ele e volto para a minha mesa. — Você arrasou, garota! — Jillian diz. — Estou com ciúmes dessa voz. Eu não posso cantar uma melodia para salvar minha vida. Eu coloco uma mão em meu quadril e a outra em meus lábios. — É apenas mais um dos meus muitos talentos. — eu brinco, então sento ao lado dela. — Foi divertido. Realmente engraçado. Eu não sei por que estava tão assustada antes. — Você não tem nada a temer. — Lori diz e rola os olhos para o palco. Um grupo de garotas está lá agora, cantando desafinadas. — Você é uma das melhores, se não a melhor cantora esta noite. Eu aceno com a mão para ela. — Eu não sou a melhor. De longe não. Mas, obrigada. Erin volta e agarra seu casaco. — Preciso ir. Aparentemente, meu filho não pode manter seu pau em suas calças e o pai de sua namorada não está feliz agora. Deseje-me sorte. Eu enrugo meu nariz. — Boa sorte. Ela solta uma respiração pesada. — A oferta ainda está em pé para trocar suas doces meninas por meus meninos. — Vou passar. Novamente. — digo com uma risada. Ela abraça todas nós, dá adeus, e então corre para porta. — Quer outra rodada? — Apenas mais uma e então eu devo ir também. — diz Lori. — Não quero ser uma estraga prazer ou qualquer outra coisa. Mas Chad está chateado que eu não estou em casa. Eu não posso decidir se é irritante ou bonitinho.
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— É irritante. — Jillian cospe fora. — Só porque ele não tem amigos não significa que você não pode ter. Os olhos de Lori arregalam. — Ele tem amigos e ele não tem nenhum problema com eu sair! Você entenderia o que é estar longe de seu marido se tivesse um. — Estou indo pegar bebidas. — digo. Eu não quero me envolver nesse drama. Um banco no bar está vazio. Pego meu telefone da minha bolsa, verificando se há mensagens ou chamadas perdidas. Grace ligou no Facetime antes de dormir, precisando me ouvir para dizer boa noite antes de adormecer. Paige já tinha apagado, mas eu pelo menos consegui vê-la dormindo profundamente. Russell cuida bem das meninas. Ele sempre cuida. Mas eu não seria uma mãe se não me preocupasse. — Eu sinto que te devo um pedido de desculpas. Eu não tenho que olhar para cima para saber a quem pertence essa voz profunda e sensual. Bloqueio minha tela e deixo o telefone cair de volta em minha bolsa. Uma pressa passa por mim no segundo em que olho para cima, encontrando seu rosto perto do meu. — Por quê? — Por julgar você. Desta vez eu cruzo meus braços. — Como você poderia me julgar? Você não me conhece. — Exatamente. — ele diz enquanto coloca dois copos no balcão. — Eu presumi que você estava bêbada, primeiro de tudo. — Ele pega uma garrafa de uísque e derrama uma dose em cada copo. — E eu não pensei que você tivesse bolas para levantar e cantar assim. — Você pensou sobre minhas bolas? — Eu pergunto e observo o líquido dentro do copo quando ele o empurra na minha frente. — Sim. Estou pensando nelas agora. — ele diz e abaixa a bebida. Ele põe o copo para baixo e morde o lábio. É um movimento deliberado, tenho certeza, um feito para parecer inocente e não planejado. E porra, está funcionando para ele.
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Eu inclino para frente, tentando esgueirar um olhar para baixo na quantidade de líquido que ele despejou, me esforçando para não parecer tão óbvia em minha surpresa, corro o meu dedo ao redor da borda do copo. — Talvez minhas bolas estejam cheias de surpresas. — Acho que suas bolas estão cheias de surpresas. — E do que a sua está cheia? — Espere, o quê? Eu realmente disse isso em voz alta? Oh Deus. Não é possível realmente morrer de embaraço, certo? Fecho os olhos em um piscar de olhos, agradecida pela camada extra de base que Jillian aplicou em minha pele. Está ajudando a mascarar o rubor de minhas bochechas que estão queimando agora. Eu não posso olhar para cima, não posso encontrar seus olhos. Em vez disso, eu trago o copo para os meus lábios e quase sufoco com o gosto áspero de álcool. Suave, seja suave Lexi. É por isso que vou ser solteira até o dia que eu morrer. — Então, você é cantora? — O quê? — Eu pergunto, ainda tentando me recuperar da queimadura do uísque. Quem diabos está bêbada agora? — Você é uma cantora? Tentando fazer sucesso na Broadway? — Uh. — eu gaguejo, minha mente girando pensando em como responder. Não tenho nenhuma razão para mentir. Mas, também não tenho razão para dizer a verdade. Isto deveria ser prático, certo? Minha própria vida não é tão emocionante. Aposto que posso mantê-lo falando mais tempo se eu inventar algo. — Não, eu não sou. — Você tem uma grande voz. — Obrigada. Estava com medo de chegar lá e cantar, para ser honesta. E agora não entendo o porquê. Não foi tão assustador. Estava longe de ser a coisa mais difícil que já fiz. Ele inclina para frente, penetrando seus olhos azuis em mim. — Qual foi a coisa mais difícil que você já fez? Inspiro e fecho meus olhos em um piscar de olhos. — A coisa mais difícil que já fiz foi aceitar um pedido de desculpas que nunca recebi.
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Abro os olhos para encontrá-lo olhando para mim, com sua expressão suavizada. O momento passa logo, e o sorriso arrogante está de volta. Ele ignora o cara ao meu lado, que está pedindo um Jack e Coca-Cola, e mantém seus olhos treinados nos meus. — O que fez você levantar e cantar esta noite? Eu balanço a cabeça. — Alguma coisa estranha aconteceu a algum tempo que me fez perceber que a vida é muito curta para não correr riscos. Eu prefiro ir para a cama à noite pensando ‘não posso acreditar que fiz isso’ do que desejando que tivesse feito. Você tende a se arrepender mais de coisas que não fez, afinal. — Se você diz. Eu não saberia. Eu não me lembro da última vez que não fiz algo que queria fazer. — Isso é besteira. — eu digo. — Não no sentido que você está falando. Eu resisto a vontade de revirar os olhos, sorrindo e admirando a maneira como seu traseiro parece naquela calça jeans escura. Ele preenche o Jack com CocaCola e está de volta para mim. — Bem, você não tem sorte. Ele ri e abre aquele sorriso sexy novamente. Tenho certeza de que minha calcinha se derreteu em uma poça agora. — Eu sei o que quero e vou atrás. — Você diz como se sempre conseguisse o que quer. De repente, ele está se aproximando de mim, com a garrafa na mão. — Eu consigo. Puta merda. Como duas palavras podem ser tão intensas? Eu lentamente respiro, envolvendo meus dedos ao redor do copo vazio. — E o que você quer agora? Ele derrama mais uísque no meu copo. — Acho que você sabe a resposta para isso. Arrepios percorrem minha espinha e eu me sinto como uma menina virgem novamente, colocando meus olhos no Santo Graal dos adolescentes. Minha mente
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pisca em sua carne contra a minha, e eu me sinto muito curiosa sobre o resto de suas tatuagens. Sacudo a cabeça e os cachos soltos caem sobre meu rosto, escondendo minhas bochechas coradas. — Eu... Eu... Uh... Eu não sei. — Eu gaguejo, apertando o vidro tão duro que poderia quebrar e me machucar. — Vou dar uma dica. — ele diz e coloca os cotovelos no balcão, inclinando para perto. Um sorriso joga naqueles lábios cheios, e eu posso cheirar sua colônia sobre o cheiro pesado de álcool vindo do bar. Então ele desloca seu olhar sobre meu ombro. — Parece que você tem problemas. Eu viro e vejo Lori se afastando da mesa, os lábios pressionados juntos em uma linha fina. Ela vem até mim, as sobrancelhas enrugadas de raiva. — Jillian está me irritando, então eu vou embora. — diz ela. — Tchau, Lexi. — Como você vai para casa? — Eu pergunto quando ela me dá um abraço de adeus. Lori é sempre um pouco dramática e isso fica amplificado um milhão de vezes quando ela bebe. — Eu chamei um Uber. Então Chad irá me encontrar. — OK. Se cuide. Obrigada por vir, Lori! Ela me dá um abraço apertado, e então se dirige para a porta do bar. — E então já se foram duas. — diz o barman. Eu me viro, a cor imediatamente voltando para minhas bochechas. — Você está indo também, Lexi? — Ele diz, depois de ter ouvido Lori me chamar pelo nome. — Eu realmente não quero ir para casa ainda. — confesso antes de levar o copo aos meus lábios. Não queima tanto ao descer desta vez. Eu devo estar bêbada. Não vou beber mais. Conheço os meus limites, tendo empurrado uma ou duas vezes no passado. — Você sabe, eu não queria nem sair esta noite. Colocar um sutiã e calcinha é apenas um compromisso nestes dias. O barman ri. — Você poderia tirá-los. Eu sacudo a cabeça, esperando que ele não possa ver que eu gostaria de tirar minhas roupas. Ele se afasta, atendendo mais ordens de bebidas. Puxo meu telefone da minha bolsa de novo, como se estivesse no piloto automático. Sentando aqui e não fazendo nada? Psshh. Não posso fazer isso. Eu poderia parecer uma perdedora.
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Pelo menos tenho meu telefone que pode me fazer companhia e parecer que tenho tantos amigos que eu não consigo acompanhar suas mensagens e e-mails. Eu entro no Facebook em vez disso, percorrendo sem pensar através do meu feed de notícias. — Ei menina. — Jillian diz, vindo por trás de mim. — Tentar colocar algum sentido em Lori me deu uma dor de cabeça. Quer voltar para minha casa? Tenho vinho e podemos assistir a Gossip Girl. — Na verdade. — eu começo. — Eu meio que quero ficar. Jillian inclina a cabeça, olha para o copo vazio na minha frente e depois para o barman. — Boa escolha! — Estamos apenas conversando, mas estou gostando. — Essa é a minha garota. Eu balanço a cabeça. — Eu preciso praticar, certo? É apenas por diversão. Ele não é meu tipo. Ela olha para mim, incrédula. — Ele não é seu tipo? Estamos falando sobre o mesmo barman? Eu o mergulharia em chocolate e o lamberia até deixa-lo limpo se eu pudesse. — Ela põe a mão dela na minha. — Apenas esteja segura, certo? Certifique-se de que ele não é um assassino em série nem nada antes de ir para casa com ele. — Tranquilo, Jillian. É por isso que eu não posso ter uma noite aleatória com um cara qualquer. Há muitos anormais por aí. Ela mastiga seu lábio, olhando para o barman. — Ele pode estar em alguma merda bizarra, mas eu iria me conectar com ele. Sem nenhum material na extremidade. A menos que você esteja nisso. — Não. Eu não estou. Como sei se ele é um assassino? Jillian ri. — Estou brincando, Lex. Eu já perguntei a garçonete sobre ele para você. Ela disse que ele é novo na cidade e é um cara legal. Talvez um jogador, mas não um assassino. Divirta-se. Foda-se o cérebro. E ligue se precisar de alguma coisa. Estou indo embora de táxi. — Ela me abraça, sai pela porta, e eu fico sozinha no bar, esperando que o Sr. Sexy voltar.
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Um pouco mais tarde, ele ainda está bebendo e conversando com outros clientes. A multidão está diminuindo e ninguém está cantando mais. Eu verifico o horário no meu telefone, percebendo que o bar fechará em vinte minutos, e de repente me sinto estúpida. O que estou fazendo? Pego uma nota de vinte da minha carteira e a coloco no balcão, e depois me levanto para sair. — Me deixando já? Estava esperando que pudesse pagar uma bebida para você. Eu viro. Rápido. Muito rápido. Eu tropeço nesses malditos saltos e me seguro no balcão, olhando para os olhos azuis do barman. — Uma bebida? Ele ri. — Isso é totalmente original vindo de mim, eu sei. Há algo em seu sorriso que faz com que meus próprios lábios se curvem também. —Apenas uma. E suponho que posso permitir isso. — Ele segura meu olhar enquanto eu ando de volta para o bar, tomando o mesmo assento que eu tinha. — Eu sou Luke, a propósito. — diz ele. — Prazer em conhecê-lo, Luke. — Você tem olhos incríveis. — ele diz, me deixando nervosa. — O verde é a cor de olhos mais rara. — eu desabafo, amaldiçoando minha compulsão por tornar tudo desajeitado. — Eu ouvi isso. — Ele põe a mão dele na minha, as pontas dos dedos roçando minha pele. Eu nunca pensei que um gesto tão pequeno pudesse ser descrito como erótico, mas santo inferno, meu corpo inteiro está formigando. — O que eu posso te servir? Leva um segundo para processar o que ele está perguntando sobre bebidas. — Humm, me surpreenda. Ele me traz uma “Mula de Moscou3”.
É uma bebida servida em uma caneca estilizada feita com vodca, "ginger beer" e limão. É uma bebida forte, perfeita para o friozinho invernal. 3
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— Você teve uma quando veio ao bar pela primeira vez. — ele diz, e eu estou surpresa que ele me notou naquela época. — Boa memória. — eu digo e tomo um gole. — Você não é o tipo de mulher que eu poderia esquecer. É tudo que eu posso fazer para não rir, porque eu não concordo. — Você não acredita em mim? — Ele pergunta, se aproximando novamente. — Eu? Não sou nada especial. Eu sou apenas... Só eu. Ele pega minha mão novamente, deslizando seus dedos para o meu pulso. — Eu não a conheço muito bem ainda... Mas, pelo que eu vi, você parece muito especial. Eu rio novamente e tomo um gole da bebida. — Obrigada. Olha para baixo por um momento, considera suas palavras e olha então para mim. Eu sei pela luxúria em seus olhos, que ele está pensando em sair e me levar. Quero ir com ele. Faz tanto tempo que não faço sexo. Russell e eu paramos de dormir juntos meses antes do divórcio. Eu gostei de conversar com Luke, e tenho certeza que vou gostar dele ainda mais se transarmos. É apenas uma noite. Posso lidar com isso, certo? Porra. Eu não sei. Talvez eu não possa. Seus olhos se encontram com os meus e esse sorriso sexy está de volta. Eu engulo meu coração batendo. — Você quer sair daqui? — Ele pergunta.
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CAPÍTULO 0 5
Luke
Ela hesita e meu coração para de bater. Eu não me sinto estranho em ter uma garota de uma noite só, embora tenha passado um tempo, mas algo sobre esta mulher deixa meu estômago em nós por causa de sua hesitação. Se ela disser que não, então vou ser confrontado com ir para casa sozinho, mesmo que tenha alguém para vir comigo. Compartilhar minha cama com alguém, mesmo que só para a noite, pouco faz para preencher o vazio. Fisicamente, talvez não fique sozinho nessas curtas horas, mas ainda estou tão só quanto antes, embora me doa admitir isso. Eu me diverti perseguindo mulheres. Quebrei corações e tive o meu quebrado uma ou duas vezes, embora nunca fosse nada que eu não pude recuperar. Eu tive um choque de realidade há alguns meses atrás e eu não me recuperei. Não sei se vou. Eu faço meu máximo para não pensar sobre isso, mas não posso manter a escuridão longe para sempre. Quando ela rasteja sem ser convidada, ela evoca sentimentos dentro de mim que quero pegar e enterrar profundamente dentro da minha alma. Evoca sentimentos que me fazem desejar algo mais. Lexi empurra os cabelos para trás e abre a boca. Seus olhos encontram com os meus e é como se eu pudesse sentir seu coração batendo contra o meu. Rápido. Duro. Emocionado. Ela molha os lábios e inala, se aproximando.
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— Sim. — ela sussurra, suas próprias palavras enviando um calafrio pela espinha. Cílios longos se unem enquanto ela pisca. — Sim, eu quero sair daqui. Seus olhos estão arregalados e ela está apertando sua bolsa firmemente em uma mão. A outra repousa no bar, dedos apenas a um fio de cabelo do meu. Talvez ela nunca tenha feito isso antes, o que explica a cor em suas bochechas. Se for uma experiência que ela está procurando, eu sei que posso ajudar. — Ótimo. — eu digo. — Me dê um minuto para encerrar. — Ela acena e vai em direção ao banheiro enquanto eu fecho o bar. Minutos depois, estamos saindo para o ar noturno. — Para onde estamos indo? — Ela pergunta, e eu não posso estar inteiramente certo de que ela sabia que eu estava pedindo que ela voltasse para minha casa para nos conectarmos. — Eu não moro longe daqui. Ela para. — Eu não conheço você. — Você pode me conhecer. — digo devagar, observando seu rosto. Tanto quanto eu quero ficar nu, eu não quero que ela acorde e se lamente sobre isso pela manhã. Ela levanta uma sobrancelha. — E se você quiser me levar para casa e me matar? — Eu quero fazer um monte de coisas com você, mas matar não é uma delas. Bem, pelo menos não no sentido literal. — Como você faria? — Fazer o que? — Eu pergunto. — Me matar. Eu preciso saber. Vai ser lento e doloroso? Ou rápido e prazeroso? Eu acho que se você está me cortejando em seguida, me levando para casa, você teria alguma cena do tipo O Silêncio dos Inocentes, certo? Por que mais você tomaria seu tempo falando comigo e me conquistando? Eu rio. — Você me enfeitiçou. E você está certa. Mas, seria mais estilo Dexter e eu nunca seria pego. — Isso foi o que pensei. — ela diz com um aceno de cabeça, e vira a cabeça para o céu. — É meio triste que as estrelas sejam tão difíceis de ver.
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Sigo seu olhar acima de nós. A noite é nebulosa, que, misturada com a poluição luminosa, torna as estrelas impossíveis de ver. Já as vi algumas vezes em noites claras. — É fácil esquecer que estão lá. — diz ela, ainda olhando para o céu escuro. — Talvez se nós as víssemos mais frequentemente, recordaríamos o que é importante. Às vezes lembrar como você é pequeno no grande esquema de coisas ajuda você a não ser um idiota. — Você é muito filosófica. — eu digo pegando sua mão e começo a descer a rua. Ela entrelaça seus dedos finos através dos meus e o calor passa por mim. — Já me foi dito. Eu não sou Yoda, mas tenho algumas teorias muito boas sobre por que o mundo é uma merda. — Yoda? Você gosta de Star Wars? — Eu adoro. — ela diz imediatamente. — Eu vi o filme novo quatro vezes no final do ano passado. Eu até levei minha sobrinha de seis anos. Ela também gostou. — Temos que começar jovens. Eu vi três vezes. Você me fez lembrar. Ela se vira para mim e sorri. — Minhas amigas disseram para não falar sobre Star Wars. Ou Harry Potter. Sinto muito que você pensa que sou infantil. Não posso deixar de rir. — Eu não acho que você é infantil por gostar de qualquer um desses. Eu nunca vi Harry Potter. — Você leu os livros? — Nós cruzamos em uma esquina e começamos a descer o quarteirão. — Não. — Mas você lê, certo? — Eu gosto. — confesso. — Eu tenho mais tempo de inatividade agora do que eu costumava fazer. — O que você gosta de ler? — Ela pergunta, e então balança a cabeça. — Livros são outra coisa que eu não deveria falar. A menos que você queira falar sobre isso a noite toda. Eu olho para ela, pegando um vislumbre de seu sutiã roxo escuro sob sua camisa preta. Falar sobre livros é a última coisa que quero fazer com ela a noite toda.
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Não é? Porque falar com ela agora é bom. Realmente muito legal. — Principalmente os de suspenses. E você? — Suspense ocasional é bom, mas eu prefiro o romance. Principalmente romance erótico, ou pelo menos romance com algum vapor. Preciso de alguma boa ação e sexo descritivo em meus livros. Eu pisco. Eu não estava esperando isso. Ela passa a me falar sobre o último livro que ela leu e está falando tão rápido que fica difícil de acompanha-la. Não demora muito para chegar à minha casa. Desenterro minhas chaves do bolso do casaco e desbloqueio a porta da frente. O alarme começa a soar, avisando que tenho apenas trinta segundos para desarmar a coisa. Ignorando, dou um passo para trás, abrindo a porta para Lexi. Ela tenta entrar e eu sigo atrás dela, desligando o alarme, acendendo a luz do hall. — Uau. — ela diz calmamente, olhando ao redor enquanto tira seus sapatos. A casa é grande, muito grande e com um século de idade. Foi cuidadosamente restaurada ao longo dos anos pelos meus avós, e profissionalmente limpa uma vez por semana. Eu cresci passando férias e parte dos verões aqui. No entanto, ainda me sinto em um museu, grande, frio, e pouco acolhedor. — Este lugar é bonito. — diz Lexi e desabotoa seu casaco. — Está tudo bem. — respondo com um meio sorriso. Ela ainda está olhando ao redor enquanto tira os braços de seu casaco e uma das finas alças pretas em sua parte superior cai de seu ombro. A luxúria me bate tanto que não consigo parar. Eu salto sobre ela, prendendo-a entre meu corpo e a parede. O movimento súbito a pega de surpresa por uma fração de segundo, e então seus braços se enrolam em torno de mim e ela traz seus lábios para os meus. Eu acredito que você pode dizer muito sobre uma pessoa pela maneira como ela beija. E o primeiro beijo é particularmente importante para saber como a noite será. Lexi abre lentamente seus lábios enquanto seus dedos enrolam em minha nuca, puxando o meu cabelo. Eu gosto do gosto do brilho labial de morango que ela colocou antes de sairmos do bar. Ela inclina a cabeça e abre a boca, querendo mais. Eu deslizo uma mão acima de sua cintura e a outra em sua bochecha, aprofundando o beijo. Seu aperto em mim se intensifica quando minha língua passa por seus lábios e seus quadris pressionam os meus. Eu começo a me afastar, mas Lexi não está
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ajudando. Ela move a mão para o meu rosto, trazendo meus lábios de volta para os dela. Ela se encarrega, me beijando como se sua própria existência dependesse disso. Esta noite vai ser boa. Eu movo meus lábios para seu pescoço, beijando e sugando sua pele. Sua cabeça cai de encontro à parede, e suas mãos caem de volta à minha cintura. Um gemido escapa de seus lábios e é sexy para caralho. Eu passo meus dedos através de sua clavícula delicada e encontro a alça que já está pendurada fora de seu ombro. Eu percorro meus dedos acima de seu braço e os engancho sob sua outra alça do sutiã, trazendo para baixo também. Eu corro meu dedo ao longo da sua camiseta e então mergulho minha mão para dentro, aconchegando em seu peito. Lexi geme de novo e eu movo minha boca de volta para a dela. Eu a beijo suavemente, provocando, círculo meu polegar sobre seu mamilo. Ela inala profundamente, e seus seios sobem e pressionam em minha palma. Um arrepio a percorre e ela empurra sua língua de volta em minha boca ao mesmo tempo em que desliza suas mãos sob minha camisa. Seu toque é suave e quente, mas cheio de luxúria. É tão bom ter suas mãos em mim, chegando cada vez mais perto do meu pau. Eu continuo beijando, sentindo seu mamilo endurecer contra a minha palma e então movo minhas mãos para baixo. Pego as mãos dela nas minhas e as elevo acima da cabeça, prendendo contra a parede. Ela empurra contra a minha mão, me testando, o que é muito sexy. Estou a beijando novamente, duro, rápido e desta vez, sentindo como se minha existência dependesse disso. Ela me beija de volta com o mesmo desespero de luxúria, arqueando as costas para que seus quadris pressionem nos meus. Ela amplia as pernas, dou um passo mais perto e sei que estou deixando-a louca por não poder me tocar. Eu sorrio enquanto a beijo e aperto minha mão em seus pulsos. Eu movo minha boca para seu pescoço novamente, beijando, chupando, fazendo ela geme. Ela torce o braço, se liberando de minha mão. Com uma mão, ela abre meu jeans e desliza os dedos para dentro, encontrando meu pau semiduro e envolvendo seus dedos ao redor dele. Ela pega meu lábio entre os dentes e agora eu sou o único que está gemendo. Faz tanto tempo que não me sinto assim. O entorpecimento dentro de mim cresceu em meu novo ser. Esqueci o que é sentir. Porra. Eu preciso dela. Agora.
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Eu pego Lexi e a levo através do corredor escuro para a cozinha. A luz do micro-ondas está acesa, lançando um suave e dourado brilho sobre a sala. Coloco Lexi no balcão da ilha, com os braços envoltos em torno da cintura estreita. Ela me puxa para ela, e lá vamos nós de volta, a deito no balcão e ela bate em uma tigela de frutas. Maçãs saem rolando para o chão, mas nenhum de nós se importa. Agora, tudo o que importa é Lexi e estou vivendo e respirando seus beijos. A ganancia assume e eu quero mais. Preciso de mais. Pego a bainha de sua camisa e a puxo sobre sua cabeça, a deixando para trás. Eu me inclino para trás apenas o suficiente para olhá-la, para correr meus olhos sobre seu corpo e apreciar sua beleza. Eu pisco e olho para seu rosto, surpreso que ela pareça nervosa, lançando um olhar para baixo. — Não seja tímida. — eu digo. — Você é muito bonita. Ela toma uma respiração audível, os lábios se separando. — Você acha mesmo? É como se um interruptor fosse virado e ela passasse de estar no controle para insegura. Por algum motivo, isso me faz querer mais. Porque isso a torna real. — Meu Deus, sim. Ela morde o lábio e sorri. — Bom. — Tire seu sutiã. Ela ainda parece insegura, mas me olha bem nos olhos e acena com a cabeça. Outro sorriso brinca em seu rosto, e ela varre suas mãos ao longo de seu estômago, então lentamente sobre seus seios. Meu pênis pressiona contra o meu jeans, implorando para ser tocado novamente. Eu lambo meus lábios, observando com ganância como ela desengancha seu sutiã. Seus seios caem juntos e meu pau dói enquanto ela desfaz o fecho. Ela se move devagar, provocando deliberadamente. — Você gosta disso? — Ela pergunta timidamente. — Você quer que eu tire isso, não é? Então, o que você vai fazer? Deus, essa mulher. Um minuto ela é tímida e insegura, então no próximo ela está falando sujo. Eu mergulho de volta para baixo, lábios batendo nos dela. Ela pega a bainha da minha camisa nas mãos e a puxa, jogando através da cozinha. Nós colidimos de novo e seus grandes seios esmagam meu peito. Fico entre suas pernas,
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empurrando para o balcão. Ela passa as mãos pela cintura das minhas calças, as pontas dos dedos alisando a ponta úmida do meu pau. Então ela os move para trás, arrastando as unhas ao longo das minhas costas. Estou tão envolvido que não percebo quando seus dedos alisam o grande remendo, a cicatriz nas minhas costas até ela toca-la. Mas ela não para, não me empurra, ou pede uma explicação. Ela apenas move a mão para baixo e continua a me beijar. Eu caio, arrastando beijos de seus lábios para seu peito, e para baixo em seu estômago. Ela cai de volta em seus cotovelos, mãos em meu cabelo, quando eu desabotoo seu jeans. Ela levanta seu traseiro do balcão e eu tiro sua calça, deixando cair no chão. As minhas, vindo depois, caindo em meus tornozelos. Eu saio delas, colocando minhas mãos no balcão e levando suavemente Lexi para trás. Eu separo suas pernas e caio para baixo, pousando na borda de um banco de bar. Começando em seus tornozelos, eu passo meus dedos habilidosos em suas pernas. Ela estremece quando meus dedos varrem seu centro, ainda coberto com sua calcinha preta e roxa. Pego uma de suas pernas e a coloco sobre meu ombro. Lentamente, viro a cabeça e beijo a pele macia dentro de sua coxa. Seu calor combina com o meu e me dói tanto levar meu tempo. Tudo que eu quero é gozar agora. Sua pulsação se intensifica, batendo contra meus lábios. Eu movo minha boca mais perto de sua boceta, usando cada grama de autocontrole, que eu tenho para não saltar sobre ela e fodê-la duro. Farei isso mais tarde. Vou fazê-la gozar primeiro. Eu beijo, chupo, belisco sua pele, sentindo seu calor intensificar. Seus músculos se contorcem e sua respiração acelera como se estivesse à beira de um orgasmo. E ainda nem tirei a calcinha dela. Eu inclino para trás, tirando minha boca de Lexi. Eu sinto seus olhos em mim, e depois olhando para cima, sou cumprimentado por um olhar "não se atreva a parar porra". Eu dou um sorriso, lambo meus lábios e coloco minha cabeça entre suas pernas novamente, rolando sua calcinha para baixo de suas pernas com mais paciência do que eu pensei ser possível, até que ela está pendurada apenas em um tornozelo. Eu não hesito desta vez e ela grita no segundo em que minha língua chega à sua umidade. Ela inclina, tomando um emaranhado de meus cabelos enquanto eu vou para o caminho da felicidade, fazendo-a ter um orgasmo em apenas alguns minutos. Suas pernas apertam ao redor de meu pescoço e ela geme. Ainda não terminei. Eu deslizo um dedo para dentro, sinto seu pulso contra mim e é quente pra caralho.
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Ela se contorce de prazer, boca aberta, olhos apertados. Suas mãos ainda estão no meu cabelo, segurando minha cabeça entre suas pernas. Não demora muito até ela voltar, gemendo alto enquanto o orgasmo rola. Sua cabeça cai para o lado enquanto ela se recupera, e o rubor vermelho está de volta em suas bochechas. Ela traz a mão para o peito, sentindo o seu coração. — Luke. — ela geme incapaz de abrir os olhos ainda. Ela ainda fracamente procura por mim, e sua mão pousa em meu ombro, bem no remendo de carne queimada. É como se não estivesse lá, como se minha pele fosse normal e não a incomodasse. Ela me puxa, tentando me colocar em cima dela. O banquinho de bar raspa no chão de azulejo enquanto eu levanto e subo para o balcão, abaixando para Lexi. Suas pernas estão tremendo e seu abraço está mole. Coloco meus lábios nos dela e ela me beija. Saber que ela está se degustando me deixa louco. — Isso foi... Foi... Intenso. — ela sussurra, lábios roçam nos meus enquanto fala. — Estou apenas começando. — eu gemo, colocando minha boca de volta sobre a dela. Pego um punhado de seus cabelos e enrolo em meu punho. Eu movo minha boca para seu pescoço, os dentes em sua pele. Ela suspira bruscamente, seguido por outro gemido. Então ela está chegando para baixo, deslizando a mão dentro de minha boxer. Eu derreto nela no momento em que seus dedos envolvem meu pau, bombeando para cima e para baixo antes que a necessidade nos consumisse e juntos arrancamos minha boxer fora. Ela inclina os joelhos, me dando as boas-vindas entre as pernas. Eu a beijo enquanto eu deslizo para dentro e, porra, me sinto incrível. Lexi agarra minha bunda, cravando os dedos em minha pele enquanto eu a fodo. Ela balança seus quadris junto comigo, me segurando contra ela. Ela arranha as unhas ao longo das minhas costas, e a dor amplifica o prazer. Sabendo que beijar seu pescoço a faz arrepiar, movo minha boca lá novamente e momentos depois, ela está gozando. Sentir suas paredes internas contraírem em torno do meu pau me empurra e um minuto depois estou gozando. Duro. Mais duro do que eu fiz em um tempo. Nós dois estamos ofegantes, corações batendo forte. Abaixo sobre ela, meu peito subindo e caindo tão rápido quanto o dela. Ela deixa cair um braço sobre o balcão e descansa o outro nas minhas costas por um segundo antes de passar os dedos pelo meu cabelo. Viro meu rosto para o dela e coloco meus lábios nos dela novamente.
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No segundo que nos beijamos, eu sou atingido com outra coisa. Arrependimento. E sei que Lexi é errada para mim. Não estou lamentando algo que fiz. Estou lamentando levá-la para casa assim. Porque, tanto quanto estou tentando não admitir isso para mim, sei que uma noite com Lexi não vai ser suficiente.
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CAPÍTULO 0 6
Alexis
— Isso é incrível. — eu digo, enfiando meu garfo na massa coberta de queijo. Eu olho do outro lado cozinha para Luke. Ele está vestindo sua boxer e nada mais, e está de pé junto ao fogão, salteando cogumelos por cima da massa. — Onde você aprendeu a cozinhar assim? Ele olha por cima do ombro para mim e meu coração vibra. Afastei essa sensação, não querendo sentir nada além da luxúria sexual por ele. Este encontro é só de uma noite. Com o objetivo de ter sexo sem amarras, eu preciso não ter sentimentos por Luke. — Meu avô era cozinheiro — diz. — Ele me ensinou tudo que sei e depois que meus pais se separaram, tentei cuidar das coisas e cozinhar para que minha mãe não precisasse. Ela trabalhou em horas loucas como enfermeira. Porra. Empurro um garfo com massa na boca para não falar. Eu gosto de massas. Amo queijo. Ainda estou me recuperando da foda épica que acabamos de ter, observo Luke com todas as tatuagens e músculos no fogão cozinhando para mim. Eu pego o copo de vinho tinto na minha frente e bebo. Maneira de escolher isso... Não só Luke é o homem mais esteticamente agradável que eu já coloquei os olhos, mas ele fode como um deus do sexo, cozinha bem e tem esta casa incrível. Eu deveria sair daqui. Porque tem que haver algum problema. É apenas uma questão de tempo antes que ele me tranque no porão ou me mostre sua coleção de bonecas, certo? — Você gosta de cozinhar? — Pergunto, incapaz de me controlar. Preciso de mais vinho. Sei que não será bom para mim. Mas, é como se meus dedos estivessem
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colados naquela maldita taça. Bem, exceto quando elas soltam para pegar o meu garfo. Porque amo queijo por cima da massa. — Eu adoro. — ele diz, me dando um meio sorriso. —Odeio lavar os pratos depois e não cozinho assim muitas vezes. Mas, cozinhar me lembra um pouco da minha infância. Me chame de bobo, nostálgico, ou o que quiser. — ele acrescenta com uma risada. O resto do meu vinho se foi. Eu aperto meus olhos fechados e cheiro, então os abro e olho ao redor da cozinha. Está limpa. Tipo impecavelmente limpa. Não há marcas d'água no refrigerador escorrendo para baixo do distribuidor de água filtrada e não há impressões digitais na máquina de lavar louça. Ele é gay, tem uma esposa, ou uma governanta. Ele é muito bom no sexo para ser gay e não vejo nenhuma evidência de mulher em qualquer lugar da casa. Barmans ganham o suficiente para contratar governantas? Ou mesmo viver nesta casa imensa? A alternativa é tão difícil de acreditar: Luke é um unicórnio. Raro e mítico e eles simplesmente não existem. Admito, eu não o conheço bem, mas pelo o que vi, ele é um cara legal e pode cozinhar e foder como um deus. Sim. Eu vou acabar morta no porão. Desculpe, meninas. — Quer mais vinho? — Luke pergunta, se aproximando para saltear cogumelos no meu prato. Não, estou bem, obrigada. Ele se serve e depois senta na minha frente. Nós dois estamos ocupados comendo e o silêncio enche o recinto. Deve ser estranho, mas não é. Nada sobre isso é, e em algum nível, isso me deixa inquieta. É o meu nível elevado de álcool no sangue, certo? Se eu não tivesse nada para beber, isso seria estranho. Porque sentar aqui apenas de calcinha e sutiã não é algo que eu faço. Eu não sou uma mulher confiante. Tenho pequenas estrias ao redor de meus mamilos por amamentar dois bebês e os músculos no meu estômago nunca se recuperaram completamente da gravidez. Eu tenho cabelos grisalhos que por sorte são difíceis de ver contra os meus cabelos loiros, mas eles estão lá, me lembrando de quanto eu me esforço para me colocar junta em uma base diária. Eu raspei minhas pernas pela primeira vez em dias apenas para hoje à noite e ostentar um sutiã e calcinha correspondentes da Target era raro.
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Eu não me sinto sexy e mesmo assim Luke está me tratando como uma rainha. Estou com medo de que se eu piscar, isso tudo vai desaparecer. — Você quer sobremesa? — Luke pergunta alguns minutos depois, de pé pegando meu prato vazio. Eu observo seu corpo, admirando seu abdômen e tatuagens coloridas. Tem um remendo de carne áspera em seu ombro que vai para baixo até suas partes traseiras. A iluminação aqui é fraca, mas eu acho que é uma queimadura. As linhas coloridas de suas tatuagens se fundem em uma bagunça dolorosa de carne derretida e tecido cicatricial. Alguns podem olhar para ele e achar que é feio, mas acho que é muito bonito. As cicatrizes contam nossas histórias, embora a maioria delas não sejam visíveis. — Hum. — Eu digo e pego o copo de água que Luke colocou sobre a mesa entre nós. Tomo um longo gole da bebida e deixo meus olhos rastejarem sobre seu corpo novamente. Ele parece tão bom quanto o senti, uma mistura de músculos e tinta e uma trilha de cabelo que leva meus olhos direto para aquele pau grosso. Eu fico molhada pensando nele. — Sim, por favor. Seus olhos se estreitam e ele me dá aquele sorriso genuíno novamente, aquele que promete que ele vai me foder com tanta força que eu não vou poder andar pela manhã. Ele estende a mão e me ajuda a ficar de pé. O sigo até a grande escada, que nos leva a uma vasta superfície que dá para ver o hall de entrada abaixo. A luz da cidade brilha através das janelas, refletindo sobre os pisos de madeira polida. Existem várias portas ao nosso redor, e todas, exceto duas, estão fechadas. O quarto de Luke é o mais distante de nós. Seus braços estão ao meu redor no momento em que atravessamos a entrada, caindo para trás em sua cama, que está bem-feita e cheira como os lençóis limpos. Sério. Quem é esse cara? Minha mente diz, vale a pena a minha morte prematura por outro orgasmo? Sim. Eu acho que vale. Porque sei que não vou ter apenas um quando se trata de Luke. Ele não perde tempo, me encontra forte e duro. Se abaixa e eu envolvo meus braços em torno de seus ombros. Nossos olhos se encontram novamente e eu vejo algo que não notei antes. Por trás do brilho arrogante, a confiança e o sorriso afetado de menino-mau. Desespero.
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Um que conheço bem. Desespero por pertencer. Desespero para ser feliz. Desespero para ser amado. De sentir. Eu não posso beijá-lo com força suficiente. Passo minhas mãos pelas costas dele, puxando para mim. A ponta molhada de seu pau sai de sua boxer. Eu não tive a chance de tomar um minuto para admira-lo ainda, mas eu pude senti-lo dentro de mim, ele tem um pau grande e grosso. Eu arqueio minhas costas, pressionando meu núcleo em oferta contra ele. Ele remove meu sutiã e então coloca sua boca em meu pescoço, sabendo que ter seus lábios contra mim é quase o suficiente para me fazer gozar. Ele não tira sua boca de mim enquanto puxa minha calcinha para baixo, deixando cair do lado da cama. Cada nervo de meu corpo está acordado e vivo, sentindo tudo. Luke se move para baixo, espalhando minhas pernas e mergulhando sua cabeça no meu meio. — Eu amo o seu gosto doce. — ele murmura, sua boca contra mim. A barba por fazer em seu queixo é áspera contra minhas coxas, que contrasta com sua língua morna, macia. Levanto a cabeça e observo ele trabalhar, sentindo meus músculos apertando enquanto o prazer serpenteia por dentro. Minha cabeça cai de volta na cama e eu torço os cobertores em uma mão, e pego um punhado de cabelo de Luke na outra. Minha respiração acelera quando eu chego ao clímax. Vem forte, enviando impulsos de prazer através de mim, do meu centro até meus pés, curvando meus dedos. Corre até minha cabeça, fazendo meus ouvidos ouvirem sinos. Eu não estou ciente que estou puxando o cabelo de Luke, torcendo em meu aperto enquanto me contorço debaixo dele. Ele não para, não para. Ele desliza um dedo dentro de mim, pressionando contra minhas paredes internas e encontra aquele ponto doce que envia mais uma sacudida de prazer. Ele trabalha seus dedos no mesmo ritmo que sua língua. Minhas pernas estão tremendo pela força do segundo orgasmo que rola sobre mim. Um homem impecável com uma casa impecável que dá um oral impecável? Ficarei viva depois disso? Luke se move para cima de mim e pressiona seus lábios nos meus. Eu estou em um coma temporário induzido pelo sexo, ainda sentindo o pulso do orgasmo através de mim, ouvidos ainda tocando, e estrelas percorrendo em minha visão. Eu não conseguiria levantar e andar mesmo se a casa estivesse pegando fogo agora. Tentando recuperar o fôlego, levanto meus braços e abaixo sua boxer. Ele move sua boca para o meu pescoço, belisca minha pele e entra em mim, empurrando
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lento e profundo. O sentido volta às minhas pernas e eu agarro os quadris de Luke, empurrando. Eu mordo meu lábio e sorrio, então o empurro para baixo sobre o colchão. Eu subo no topo, desfrutando cada minuto dele. — Você é gostosa pra caralho. — ele geme, pegando meus seios em suas mãos. Solto um gemido, saboreando o quanto isso é incrível. Não apenas o sexo que é absolutamente-o-melhor-de-todos-os-tempos, mas como eu me sinto livre. Sentada nua em cima de Luke, desfrutando ter relações sexuais com um homem que acabei de conhecer. Finalmente, poder possuir minha própria sexualidade é tão poderoso. Gozamos quase na mesma hora e depois desabo sobre a cama, sem fôlego. Luke puxa os cobertores e nos cobre, me puxando para perto dele. — Gozei duas vezes em você sem preservativo. — diz ele, com a voz ofegante. — Desculpa? Suas palavras me atingem e eu percebo que ele é apenas o segundo homem que eu já deixei entrar em mim sem um preservativo. Eu não era virgem quando conheci Russell, mas eu fui bem rígida com meus namorados antes, aterrorizada em ter um bebê não planejado. — Eu tenho um DIU para prevenir a gravidez. Você não tem nenhuma doença? — Não que eu saiba. — ele diz. —Você? — Não, estou limpa. — Bom. — Eu descanso minha cabeça em seu peito e desmaio.
. A luz do sol enche o quarto, brilhando através de uma grande janela que tem vista para a rua abaixo. O braço de Luke está ao meu redor e seu corpo nu está pressionado contra o meu. Estou com sede e preciso fazer xixi, mas não me atrevo a me mover ainda. Fecho meus olhos e me aconchego um pouco mais perto de Luke por mais alguns minutos. Todo o álcool está fora do meu sistema e estou pensando claramente pela primeira vez desde que conheci Luke. Ele é basicamente um estranho, um estranho atraente que só pode ser um deus do sexo, mas é tão bom ter outro corpo quente ao meu lado. Esqueci o quanto perdi isso.
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Eu me estico e Luke me aperta. Parte do meu coração, a parte que está escurecida e fria há tanto tempo, anseia por isso durar mais do que uma vez, e eu esmago a esperança antes que ela tenha a chance de me segurar e me preparar para a decepção. Homens como Luke não namoram mulheres como eu. Divorciada. Com crianças. E mal capaz de manter minha cabeça acima da superfície. — Dia. — ele diz suavemente, levantando a cabeça do travesseiro. Seu cabelo é uma bagunça e ele parece adorável. — Dia. — eu sussurro de volta, e ele beija minha testa. — Vou usar o banheiro. Ele balança a cabeça e cai para baixo, rolando para o outro lado. O lençol vem junto, expondo sua bunda. E que bunda é essa. Eu coloco minhas roupas e olho em volta procurando minha camisa. Eu não consigo encontrá-la, então pego a de Luke e puxo sobre a minha cabeça enquanto caminho, parando quando abro a porta do quarto dele. Estamos no segundo andar e não tenho certeza de onde o banheiro está. Eu lentamente me esgueiro para baixo no corredor largo e não posso controlar, mas sinto como estou no cenário de Gossip Girl. Eu olho por uma varanda que está acima do hall. Sério, como alguém pode pagar por um lugar como este? Acho o banheiro, faço xixi, e passo alguns minutos tentando limpar minha maquiagem borrada e enxaguar a boca com água. Estou voltando para o quarto de Luke quando ouço algo lá embaixo. Eu congelo. Uma porta abre e fecha, seguida de passos. Meu coração salta uma batida e eu me apresso de volta para Luke. — Alguém está em sua casa — digo, fechando a porta atrás de mim. Merda. Meu telefone está lá embaixo na entrada... A qual eu acho que não fechamos ontem à noite. — Meu irmão. — Luke resmunga em seu travesseiro. — O quê? — Eu rastejo de volta para a cama, com as mãos tremulas. — Meu irmão — diz ele, virando. — Ele também mora aqui. — Oh. — Eu solto a respiração, me sentindo um pouco boba por entrar em pânico. Viver só me tornou um pouco paranoica. Russell era um idiota, não prestava
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para nada, mas pelo menos teria proporcionado distração suficiente para que o ladrão me desse tempo para conseguir pegar as meninas e nos trancar no quarto. — Volte para a cama. — Luke diz e estende sua mão para mim. Estou prestes a deitar ao lado dele novamente quando vejo o relógio. São mais de nove e as garotas podem estar acordadas. Preciso pegar meu telefone e me certificar de que não tive uma chamada perdida delas. — Eu vou. Em um minuto. Luke murmura uma resposta, ainda meio adormecido e eu saio do quarto e desço as escadas. O irmão de Luke está na cozinha, mas se eu for rápida, talvez ele não me veja, embora eu suponha que não importe. Ele provavelmente deve ter nos ouvido ontem à noite e não ficaria surpreso ao me ver. Pego minha bolsa e viro para subir pelas escadas quando o vejo sentado no balcão da ilha tomando café e comendo torradas. Cole Winchester. Meu chefe.
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CAPÍTULO 0 7
Alexis
Não posso deixar de olhar. Estar aqui congelada como um veado em frente aos faróis é a última coisa que devo fazer, já que estou vestida apenas com roupas íntimas da noite passada e com a camiseta preta de Luke. Preciso me mover. Preciso correr pelas escadas, me esconder no quarto de Luke e nunca sair. No entanto, meus malditos pés não se movem. Cole pega sua torrada, dá uma mordida e depois a põe de volta. Em cima do balcão. O mesmo balcão que minha bunda nua estava na noite passada, sendo fodida por... Seu irmão – Oh meu Deus – Cole é o irmão. Eu inalo bruscamente quando a realidade me bate. Eu tive uma transa, indecente, de uma noite só com o irmão do meu chefe. O sangue sai do meu rosto e eu acho que posso desmaiar. Eu pisco mil vezes, me certificando de que isso estava realmente acontecendo. Então Cole olha para cima e eu corro para fora de sua vista, batendo na parede. Meu rosto sente o peso do impacto. — Olá? — Cole chama da cozinha. Eu o ouço falar do banco do bar que ele está sentado e minhas pernas nunca se moveram mais rápido em toda a minha vida – e eu estava na equipe de atletismo na faculdade. Meu coração está disparado quando chego ao quarto de Luke. Eu fecho a porta atrás de mim e uso cada grama de autocontrole para não pular na cama e me esconder debaixo das cobertas. Luke está estirado na cama, lençóis brancos torcidos sobre suas pernas, escondendo seu pênis, mas deixando exposto o suficiente para produzir luxúria. Luz do sol penetra através do quarto, iluminando a cama. Ele parece algo que pertence a uma capa de livro. Um livro erótico, isso é.
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Seus olhos se abrem quando ele ouve o clique da porta, e lentamente se senta. Nossos olhos se encontram e meu coração diminui a batida. Há algo nele reconfortante, o que não faz sentido. Eu realmente não o conheço. Seu corpo, isso eu conheço. Mas, o que se passa dentro dessa cabeça, como é a sua vida... Eu não tenho a menor ideia do que se passa. Bem, além do fato de que ele é irmão de Cole Winchester. — Eu fiquei um pouco preocupado que você saiu. — confessa. Ouvir sua voz tira um pouco do pânico. Ele senta e lança suas mãos sobre sua cabeça. Ver seus músculos flexionarem quando ele se estende não machuca também. — Pensei nisso, mas não consigo encontrar minhas roupas. — digo timidamente. Meu jeans ainda está na cozinha. Com Cole. Talvez? Eu não sei. — E eu não posso sair assim. Ele se move rapidamente para a borda de sua cama e me agarra pela cintura, puxando-me para ele. Nós caímos para trás na cama e ele desliza as mãos quentes sob a camisa. — Bem, se for esse o caso, eu nunca vou devolvê-las. — Seus lábios se encontram com meu pescoço e eu sou atingida por um louco desejo por ele novamente. — Então eu vou ter que roubar as suas. — Tudo bem por mim, desde que isso signifique que eu posso ter você de novo. — Ele corre os dedos pelas minhas costas, dentro da minha calcinha, e agarra minha bunda. — Isso pode ser arranjado. — digo. Estou olhando em seus olhos, me movendo para um beijo quando meu telefone toca. As garotas. Eu me afasto tão rápido que deixa Luke parecendo magoado, e me esforço para pegar meu telefone da minha bolsa. Meu coração acelera e eu estou me sentindo culpada agora por não o verificar no momento em que eu peguei minha bolsa. Não é o número do Russell. Solto um suspiro e silencio o chamado de Jillian. Ela está querendo detalhes sobre a noite passada e provavelmente se perguntando por que eu ignorei os seis textos que ela me enviou. Não tenho outras chamadas ou textos perdidos. As meninas provavelmente ainda estão dormindo. Vendo seus
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rostos sorridentes no fundo do meu telefone me lembra que estou tão longe da mulher com quem Luke pensou que estava na noite passada. Ele é um sujeito sexy como o pecado, vivendo sem arrependimentos. Eu sou uma mãe divorciada de duas meninas que questiona seu julgamento a cada dia. Ele fugiria gritando se soubesse a verdade. — Você quer o café da manhã? — Ele pergunta e se levanta, indo para a janela. Santo inferno... Essa bunda. — Uh, claro. — É padrão ter café da manhã depois de uma noite de sexo casual? Esta é a minha primeira vez. Eu não sei as regras. Espera? Café da manhã. Na cozinha. Com Cole lá. Não posso ir para lá. Cole não pode saber que estou aqui. Ele não pode saber que foram os meus gritos que ele inevitavelmente ouviu na noite passada. Nós nunca seremos capazes de olhar um para o outro se ele me vir como aquela garota, a pessoa que vai para casa com algum cara aleatório do bar. E Luke... Luke foi divertido. Dizer que ele é fácil de se envolver é um eufemismo, mas ele não pode ser nada mais. A diversão foi boa, mas não sou aquela que sai à procura de diversão. Eu quero um cara de longo prazo, e o Sr. Tatuagens e Músculos aqui é o oposto disso, não é? — Na verdade. — eu começo, não sei como dizer qualquer coisa sem soar duro. Embora Luke esperasse mais alguma coisa? Ele se ofereceria para me levar para casa depois de um curto tempo de conversa. Não é como se ele esperasse que isso se transformasse em algo sério, certo? — Eu deveria ir. — Certo. Tenho certeza que você tem merda a fazer. — Sim. — Eu passo minha mão pelo meu cabelo. — Eu tenho. Minha calça, entretanto. Onde elas estão? Ele se aproxima de sua cômoda e puxa um par de calças de pijama da gaveta superior. — Lá embaixo, eu acho. Vou buscá-la para você. — Seria ótimo. Obrigado.
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Ele balança a cabeça e não tenho certeza se é decepção que vejo em seus olhos. Ele abre a porta e solta um suspiro, balançando a cabeça. Sigo seu olhar e vejo Cole subindo as escadas. — Luke. A cozinha está um maldito desastre. Você deixou pratos por toda parte. — Ele diz e eu posso ver imediatamente que ele está chateado. O pânico inunda minhas veias. Ele não pode me ver. Assim não. Faço a primeira coisa que me vem à mente e puxo Luke. Dou um passo para trás e o jogo na cama. Luke põe um sorriso e me puxa para ele. Nós nos beijamos e a sensação envia arrepios através da minha coluna e por uma fração de segundo, eu esqueço que meu chefe está no corredor. Então Cole resmunga e fecha a porta do quarto. Crise evitada. E, no entanto, não tenho vontade de parar de beijar Luke. Eu afasto minhas pernas e o recebo entre elas. Sua pele ainda está quente por estar debaixo das cobertas, a sensação é maravilhosa contra a minha. Sua língua desliza para além dos meus lábios e ele move sua mão para baixo, empurrando sob o material fino da minha calcinha. Cole não está mais em minha mente.
. — Você não pode recusar o café da manhã agora. — Luke diz, puxando suas calças. Eu sento, segurando o lençol sobre meus seios. — Estou com fome. Ele vira para mim, piscando aquele sorriso arrogante. — Vendo quantas vezes tive que trabalhar para abrir seu apetite. Lembra de quantas vezes você gozou? Vou ter que lavar os lençóis. Minhas bochechas, que já estão ruborizadas, ficam ainda mais vermelhas. — Eu deveria me desculpar por isso? — De jeito nenhum. É maravilhoso ver você gozar. — Ele fecha seu jeans e puxa uma camiseta de manga comprida. — Aonde você quer ir para tomar café da manhã?
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— Uh. — eu começo. — Ir para o café da manhã? Não comer aqui? — Eu ouvi, mas preciso de uma confirmação. E agora eu provavelmente soo estranha. Droga. Espere... Por que me importo? Não vou mais ver Luke depois disso. Eu não posso vê-lo novamente depois disto. — Sim, eu não sou o melhor cozinheiro. Eu levanto uma sobrancelha. — Sério? — Bem. Eu sei que sou um bom cozinheiro. — ele suspira. — Para não te aborrecer com drama familiar, eu não posso lidar com meu irmão. Meu coração para de bater no meu peito. — Por quê? — Digo bruscamente, então me arrependo. Ele não sabe que eu conheço seu irmão e precisa ficar assim. Eu não vi Cole. Não reconheceu minha voz. Eu alcanço sobre a cama minha roupa interior. — Longa história, ele é um idiota. Sempre foi, sempre será. Eu mordo meu lábio e deslizo minhas pernas em minha roupa íntima, tentando avaliar o que é conversa normal e o que é curiosidade, porque estou muito curiosa sobre meu chefe... Por quem eu tive uma paixão secreta nos últimos seis meses. — Me desculpe. — eu digo. — Eu tenho uma irmã mais velha. Nós odiamos uma a outra enquanto estávamos crescendo, mas agora ambas temos nossas vidas, ambas estamos ocupadas com, uh, coisas adultas assim agora nos damos bem. — Sorte. — Ele pega seus sapatos e meias e senta na cama para colocá-los. — Vou pegar suas roupas lá embaixo. — Ele beija minha testa e sai do quarto. Coloco minha cabeça em minhas mãos e respiro fundo. Em que tipo de confusão eu me meti? Eu me forço seriamente para esquecer o pensamento de ter um relacionamento com Cole. Mesmo que ele me quisesse, queira se estabelecer e adicionar outros dois filhos à nossa pequena família, eu ainda seria a garota que dormiu com seu irmão. Transamos e gozamos três vezes. E eu não me arrependo, nem um pouco. — Oh meu Deus. — eu gemo. As minhas esperanças para com Cole podem ter sido exageradas, mas as esperanças de continuar a trabalhar na Black Ink Press não são. Não posso perder meu emprego. Eu mal estou conseguindo como está. Meu telefone vibra novamente e pego sobre a cama. É Jillian novamente, me perguntando
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o que está acontecendo desde que ela não ouviu falar de mim ainda. Eu começo a digitar uma resposta e paro, apago minhas palavras, e começo de novo. Luke volta ao quarto, carregando minhas roupas, sapatos e jaqueta. Seus olhos azuis são tão claros quanto o céu sem nuvens acima de nós. Eu olho para eles, sentindo aquele estranho conforto novamente. Agora que estou olhando especificamente, posso ver semelhanças entre ele e Cole. Ambos são altos e ombros largos. Eles têm as mesmas maçãs do rosto e mandíbula cinzelada. O cabelo de Luke é um pouco mais escuro e ele tem um certo vigor sobre ele, me fazendo pensar que ele definitivamente tem uma motocicleta e mais entalhes na cabeceira do que deveria ser legalmente permitido. Cole é refinado, centrado e atraente. Deus, esses dois são perigosamente sexy a sua própria maneira. Eles são como os malditos irmãos Hemsworth. Luke me joga as roupas e vai para a janela novamente. Seu rosto escurece momentaneamente quando olha para a cidade, e a tristeza transparece em seus olhos azuis. Ele toma fôlego e esse sorriso arrogante está de volta. Eu desvio os meus olhos enquanto ele vira, sabendo que ele não queria que eu visse aquele momento verdadeiro por trás da arrogância que ele carrega. Eu queria não ter visto. Gostaria que tudo o que houvesse em Luke fosse tatuagens e apelo sexual. Gostaria que ele se esquecesse de mim e eu pudesse voltar para a confusão quente e agitada que é a minha vida. Mas, esse milésimo de segundo onde suas paredes caíram mudou tudo. Porque agora eu quero mais.
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CAPÍTULO 0 8
Luke
Lexi coloca a caneca de café nos lábios e toma um gole. Ela relaxa visivelmente quando o líquido cai. Eu vejo os músculos em seu rosto ficarem frouxos e ela até fecha os olhos por um segundo ou dois. Ela moveu o cabelo para o lado em uma trança desordenada e está usando uma de minhas camisetas. Apesar do sol brilhante, o ar manteve o frio noturno e o material fino do top de Lexi não era suficiente. Ela põe sua caneca para baixo, olha para mim e sorri. Eu não posso controlar, mas acho que poderia me acostumar com isso. O que é totalmente ridículo, eu sei. Começamos a noite clássica: menina conhece cara no bar, o cara leva menina para casa. Não pode ser nada mais... Ou pode? Pode ser que não haja algo lá, mas talvez ela possa querer me ver depois disso, me deixar levá-la em um encontro real antes de saltar para outro novamente. Ou talvez não. Mas, se a vida me ensinou alguma coisa nos últimos meses, é que essa vida de solteirão não é tudo o que estou louco para ter. Ter alguém lá, alguém que me conhece, conheça minhas malditas falhas e me aceita por isso, ajuda quando a merda fica feia. E não pode ficar muito mais feio do que já está. Lexi toma outro gole de café, suspirando alegremente. Eu sorrio. — Quer que eu te deixe sozinha com isso?
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— Huh? — Ela pergunta, colocando o café para baixo. — Oh, o café. Sim. Você pode, ou ficará ciumento por quão facilmente me entrego por apenas um pouco de cafeína. Eu rio. — Pelo que lembro na noite passada... E então esta manhã... O café não tem nada a ver sobre você se entregar facilmente. Ela cora um pouco, parecendo inocente. — Quantas vezes você gozou ontem à noite? Eu perdi a conta. — Luke! — Ela sussurra gemendo. — Você não pode falar assim em público! — Eu não posso? Parece que posso. — Porra. Implicar com ela e deixá-la nervosa, isso não deveria me excitar. É sexy pra caralho, me colocando em risco de ter uma ereção agora no meio do café lotado. — Se alguém soubesse, ficariam ciumentos. — Eles dão uma olhada em você e ficariam com ciúmes. — ela murmura, tentando não rir. — O mesmo para você. Ela enruga o nariz e ri novamente, como se a ideia de alguém a desejando fosse engraçada. Então ela percebe o que ela está fazendo e para, parecendo envergonhada. Porra. Vê-la assim tão crua, desarmada, não está ajudando a situação de tentar não ficar duro. — Essa não é a primeira vez que você agiu com surpresa ao ouvir que é desejável. — Eu sei. — ela admite e sua honestidade me deixa surpreso. — Mas, é passado. Estou bem. Você é bom. Nós estamos bem. — Ela se enterra em seu café novamente. — Ontem à noite você disse que não me conhece. — eu começo. — Você sente que conhece agora? Ela põe sua caneca para baixo, lábios curvando para cima. — Partes. Hum. Embora eu tenha algumas perguntas. — Atire. — Quantos anos você tem? — Vinte e nove. Você?
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— Vinte e sete. Qual é a tua cor favorita? — Azul. — respondo. — Eu gosto de amarelo. Agora, estas próximas perguntas podem fazer ou quebrar você como pessoa boa. Você está pronto? Inspiro, agindo nervoso. — Eu não sei. Vou dar a você uma chance. — Cubs ou Sox?4 — Cubs. — eu respondo. — Você gosta de Nickelback? — Não. — Você já viu Game of Thrones? — Sim, cada episódio pelo menos uma vez. — eu digo a ela. — Você gosta de filmes de terror? — Eles vão bem. Não tão bom como os filmes de terror de quando eu era criança. — O que você faz quando um daqueles comerciais da ASPCA5 com músicas tristes aparecem? — Mudo o canal o mais rápido que puder. Ela acena com a cabeça, como se estivesse mantendo mentalmente a pontuação. — Bom, Luke, você deveria estar feliz em saber que não é uma pessoa horrível. — Eu passei em seu teste? — Sim. — ela diz seriamente. — Você passou. Nós dois rimos. — Vê? — Eu digo. —Você pode conhecer alguém depois de uma noite. — Você sabe. — ela começa, pegando um pacote vazio de açúcar para brincar entre suas mãos. — Eu nunca fiz isso antes.
4 5
Times de Basebal RIVAIS. Associação americana de prevenção à crueldade contra animais.
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— Fez o que? Ela estreita os olhos para mim, depois olha para o pacote de açúcar, rasgando em dois enquanto fala. — Ter um caso de uma noite só. — Quem disse que tem que ser de uma noite? — As palavras escorregam antes que eu tenha a chance de pensar sobre isso. Meu coração bate no silêncio que se segue. Merda. O que diabos eu estava pensando? — Você quer fazer isso de novo? — Seus lábios cheios puxam em um sorriso. — Eu não recusaria. — Bem, nem eu. — Seus olhos se encontram com os meus e ela sorri. Meu peito se solta, me fazendo perceber o quanto eu quero ver essa mulher novamente.
. — Luke. Uma mão pesada cai no meu pé e o empurra do sofá. Eu acordo assustado, lutando ainda disperso entre um pesadelo para a realidade. Eu pisco, meus olhos se ajustando à luz solar da tarde brilhando através das janelas da sala. Eu adormeci no sofá assistindo TV e minha mente, aquela traidora, me levou de volta para o inferno que eu deixei em Chicago. Cole está de pé ao meu lado, as sobrancelhas juntas com preocupação. — Você estava tendo um pesadelo. — diz ele. — Eu presumi que era sobre... Bem, você sabe. — Era. — confesso e sento passando minha mão pelo meu rosto. Cole ainda está parado lá, ainda parecendo preocupado. É estranho e fora de seu caráter, faz tempo que ele deixou de desempenhar o papel de irmão mais velho. Considerando o que aconteceu, ele tem meses de atraso. — Obrigado. — eu murmuro e olho para o relógio. — Porra, estive dormindo há horas. Eu pretendia ir à academia. Você já foi? — Eu não estou sugerindo exatamente para irmos juntos, mas vou colocar a oferta para ele tomar. Nós dois trabalhamos fora. Por que não dividir um táxi? — Você não teria caído no sono e perdido a hora da academia se não tivesse ficado acordado até tão tarde ontem à noite.
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Claro, meu irmão é um idiota. Talvez realmente o mate ser agradável por mais de um minuto. — Sim, bem, valeu a pena. — eu digo e me espreguiço, tentando mentalmente fazer meu corpo parar de reagir à dor e ao fogo. Meu coração está batendo um milhão de quilômetros por hora. Eu lanço um sorriso para encobrir como estou em pânico ou como me sinto por dentro. — Talvez para você, mas eu não aprecio ser acordado no meio da noite pelo que você estava fazendo. — Oh, você sabe muito bem o que eu estava fazendo. — Apenas o pensamento de Lexi nua em cima de mim, ao meu lado, enrolada em meus braços, é suficiente para acalmar meu coração acelerado. — Eu ouvi o suficiente. Me poupe dos detalhes. — Cole sacode a cabeça. — Não seja ciumento. Você poderia sair e conhecer alguém também. — Não é assim que eu quero conhecer alguém. — Ele me lança um olhar crítico. — O tipo de mulheres que vão para casa com você do bar não são o tipo de mulheres que eu quero estar namorando. Uma onda de proteção vem sobre mim e eu tenho que defender Lexi. — Isso é provocação. — Não, não é. Você não vai encontrar uma companheira que valha a pena em uma noitada. — Referir-se a uma mulher como uma companheira que valha a pena "certamente não faz de você um.” Ele balança a cabeça. — Você sabe o que eu quero dizer. Valer a pena no sentido que a levaria para casa para ver a mãe, ou que você ache que os dois possam ter um relacionamento real. — Você ainda está errado. Porque a mulher que eu conheci e trouxe para casa comigo ontem à noite, mais do que vale a pena. Ela é esperta e engraçada e mamãe gostaria dela. — Ela ainda dormiu com você no primeiro encontro. Espere, não, nem era um encontro. Isso diz muito sobre ela. — Sim, diz que ela gosta de foder e não há nada de errado com isso. Além disso, prefiro saber imediatamente se as coisas são boas no departamento de sexo
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antes de me comprometer com uma senhora. Nada arruína um relacionamento mais rápido do que o sexo ruim. Cole sempre foi do lado conservador quando se trata de falar sobre sexo e relacionamentos. Então, é claro, eu o deixo tão desconfortável quanto possível. Ele me dá um olhar carrancudo, sua marca registrada e entra na cozinha. Preciso comer antes de ir à academia, eu o sigo e abro a geladeira. — Você sabe, se você tirar essa vara de sua bunda você pode ser capaz de conhecer alguém também. Ou pelo menos, fique disposto em não ser um idiota. — Olho por cima do ombro para Cole, que tem ingredientes para um sanduíche. — Você está insinuando que tem outros planos com sua chamada noitada. — ele diz e coloca dois pedaços de pão em um prato. Eu pego a Tupperware com sobra do macarrão da última noite e esquento no forno de micro-ondas. — Eu tenho. — eu minto. — Eu te disse, ela não é assim. Ela é diferente. Ela é legal e fácil de conversar. O sexo foi ótimo, muito bom, mas há mais nela do que isso. E nem mesmo você pode negar que mulheres assim são poucas. Cole apenas rola os olhos e olha para longe, se concentrando em fazer seu sanduíche. Agora é a minha vez de ter simpatia, embora eu nunca vá deixar Cole saber disso. Não muito tempo atrás, Cole propôs a sua namorada, Heather. Ela era minha parceira em um projeto da faculdade e conheceu Cole quando veio trabalhar nele. Eles ficaram entre idas e voltas desde então. Ela disse sim apenas para dizer não alguns meses mais tarde, colocando um ponto final em todos os planos de casamento. Ele chocou todos perguntando a ela em primeiro lugar, desde que os dois se separaram e voltaram mais vezes do que Ross e Rachel6, e eu acho que ele só pediu para ela casar com ele porque tinha trinta anos e sentiu que estava na hora. Ainda assim... Ser abandonado mexeria com a mente de qualquer um, mas quando você está no limite, psicótico e tenso como meu irmão, o transforma ainda mais em um idiota. E ninguém quer sair com um idiota. Ele tem estado sozinho desde então, ele tem padrões tão ridículos que ninguém consegue alcança-los. É um mecanismo de defesa para impedir que se machuque novamente, mas eu não sou seu psiquiatra. Eu nem vou tentar entrar nisso com ele. — Você vai ligar para essa maravilhosa mulher misteriosa? — Ele resmunga.
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Referência a série FRIENDS.
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— Seria uma perda não fazer isso. — digo para aprofundar nosso argumento, mas não poderia ser mais verdadeiro. Porque Lexi é realmente diferente. Havia realmente algo mais do que sexo sem amarras entre nós. — E estou morrendo de vontade de levá-la para a cama de novo. — Você é um mulherengo. — Apenas honesto. — Eu assisto o cronometro no micro-ondas terminar, e meu estômago resmunga. — Você sabe o que seria bom? — O quê? — pergunta Cole. — Você mostrar apenas um pouco de felicidade quando eu disse que conheci uma mulher incrível. Cole se irrita e ergue os olhos para encontrar os meus. — Você precisa limpar o sofá. — O sofá? Por quê? — Pergunto com falsa inocência. — Você sabe por quê. Eu balanço a cabeça. — Não. — Porque vocês dois... Você sabe... — Nós não fizemos sexo no sofá. — Eu ouvi vocês aqui embaixo. — ele resmunga. — Oh, certo. Nós fizemos sexo aqui embaixo. Só não no sofá. Mas, onde você está sentado... E comendo... Foi onde nós fizemos sexo.
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CAPÍTULO 0 9
Alexis
Entro no chuveiro, com a cabeça a mil. Faço o meu melhor para não pensar em Luke. Ou Cole. Ou as coisas malucas que eu poderia fazer com os dois. Ao mesmo tempo. A água começa a sair gelada pelo tempo que estou debaixo do chuveiro, não querendo me mover para enfrentar o mundo. Eu levo o meu tempo aplicando a loção no meu corpo. Qualquer coisa para me comprar tempo. Qualquer coisa para impedir que minha mente volte para ele. Para eles. Eu me visto e pego meu telefone. Uma chamada perdida e quatro textos perdidos olham para mim de forma ameaçadora, eu me esforço a ver para garantir que nenhuma delas seja de Russell em relação às garotas. Eles não são. A chamada perdida é da minha mãe, e os textos são de Jillian e minha irmã Kara, que quer saber se eu posso ir para sua casa com as meninas depois da escola na próxima semana. Eu digo a ela que provavelmente sim. É tão difícil se comprometer com qualquer coisa que não seja daqui a cinco minutos. Eu sempre tive um relacionamento decente com minha mãe, mas nos tornamos especialmente próximas depois do divórcio. As meninas e eu ficamos com meus pais por alguns meses até que todas as coisas legais fossem resolvidas. Tanto quanto eu odiava voltar a viver em casa novamente, me fez apreciar tudo o que meus pais fizeram por mim quando criança. E ainda mais quando adulta. Eu ligo para minha mãe. Ela pergunta como estamos e diz mais uma vez que gostaria de me juntar com o filho de seu amigo, que é médico. Isso é algo que ela me recorda pelo menos três vezes em nossos dez minutos de conversa. Depois de
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desligar, eu respondo a Jillian, pedindo que ela venha até a minha casa. Ela responde imediatamente que já está a caminho. Ela sabe que é sério quando eu peço para vir. Eu pego uma caneca de café, mudo para um copo de vinho no último minuto. Mesmo bebendo o suficiente para matar uma baleia ontem à noite, preciso de sanidade líquida para superar. Encho um copo e me inclino contra o balcão. Vai demorar um pouco até que Jillian chegue aqui, não só porque ela está vindo de Manhattan, mas porque ela não pode ir a lugar nenhum sem aplicar sua maquiagem. Ela é linda sem ela, e tem a pele tão suave e impecável como uma criança. Precisando matar o tempo, eu entro no computador e começo a ler um livro paranormal. A escrita é brilhante e sou sugada imediatamente... Até encontrar um caçador de demônios chamado Luke. É o destino ou o quê? Estou tentado fazer uma substituição em massa do nome para algo diferente. Eu leio outra página. E outra. Porra, este livro é bom. Bom, mas um pouco assustador. Eu fico com medo facilmente, então este será o dia de ler. Sim, eu sei que é apenas um livro e posso fechá-lo a qualquer momento. Mas, é muito mais do que isso. É tão difícil de explicar para as pessoas que ainda não experimentaram. Uma vez que abro a primeira página, sou sugada para dentro. Todo o resto desaparece e só as palavras escritas a minha frente existem. Minha mente molda os personagens e lugares, colocando toques pessoais em cada um deles. Essa é a coisa sobre os livros. A leitura é um processo íntimo, como pessoas e lugares, aqueles que você está familiarizado. E metade do tempo eu nem percebo e isso simplesmente acontece. E aconteceu bem naquele momento, porque eu pulo quando a campainha toca uma hora mais tarde. Fecho o computador e corro para atender. — Que merda, Lexi? — Jillian diz, caminhando para dentro. Ela está vestida de uma maneira fácil. — Você parece Han Solo. — eu digo, observando seu colete e botas. — Quem é? Não importa. Derrame. — Como você não sabe quem é Han Solo? — Pergunto, incrédula, e fecho a porta atrás dela. — É uma coisa do Star Trek, eu sei. — ela diz seriamente, me dando um olhar morto. — Brincadeira. Eu sei o que é Star Wars. Você sabe que gosto de brincar com você. Então, por favor, não entre na diferença entre os dois novamente.
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Eu apenas balanço a cabeça e aceno indicando a cozinha. Pego outro copo de vinho, percebo que ele saiu sujo da máquina de lavar louça e foi guardado assim mesmo aparentemente, eu rapidamente o coloco na pia antes que ela o veja. Pego outro e faço uma rápida inspeção dos resíduos de máquina de lavar louça. — Então, ontem à noite. — eu começo. — Eu fui para casa com o barman. — Ohh, eu sei. O que aconteceu? Ele era horrível na cama? Tem um pau pequeno? Você surtou? Ele chorou depois que gozou? Ouvi falar de alguns caras fazem isso. — O que? Não, ele não chorou. — Vou até a geladeira e pego o vinho, enchendo os dois copos. — Você surtou, não é? Tudo bem se você fez. É compreensível depois de tudo o que você passou. Volto e lhe dou o copo de vinho. Tomo um gole da bebida. — Eu não surtei. O sexo foi incrível. Estou falando de sexo de qualidade. — Uau. Então... Qual é o problema? Fecho os olhos, lembrando-me do corpo nu de Luke enrolado nos lençóis. Ele parecia tão bom e me fodeu melhor ainda. E então eu desci e tudo foi para o inferno. — Seu irmão estava em casa. Jillian estremece. — Ele entrou em você, não foi? — Não, graças a Deus. — Tomo outro drinque, pensando no que teria sido. De repente, estou rindo tão forte que estou engasgando com o vinho. Eu trago a minha mão para o meu rosto, certa que vinho vai sair do meu nariz a qualquer segundo, e começo a tossir. — Que merda está acontecendo com você? — Jillian bebe seu vinho com as sobrancelhas arqueadas. Levo mais alguns segundos para me controlar. — O barman, Luke. — eu começo, limpando minha boca. — Ele foi ótimo. Tudo o que o envolvia era realmente ótimo. — Então o que? Meu Deus? Você fodeu seu irmão também? — O que? Não, meu Deus, não! Isso teria sido muito estranho por que... Porque Luke é irmão de Cole.
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— Cole? — Cole Winchester. Nosso chefe. A boca de Jillian se abre um pouco e ela me olha, piscando. — O Sr. Barman sexy é o irmão de Cole? — Sim. — E você fez sexo com ele. — Sim. — eu digo, internamente. — Três vezes. Jillian se inclina para trás. — Três vezes? — Sim, duas vezes à noite e uma de manhã. Jill, isso é horrível! Eu fiz sexo com o irmão de Cole. Cole, que deixou bem claro que não combina negócios com prazer. E Luke me disse que eles se odeiam muito. — Eu abaixo o vinho e cubro meu rosto com minhas mãos. — Meu Deus. Fizemos no balcão da cozinha e na manhã seguinte eu desci para pegar minha bolsa e lá estava Cole, sentado no mesmo lugar onde as coisas ficaram sujas, tomando o café da manhã. Jillian, ele não usou um prato. Ele colocou sua comida onde fizemos sexo! Minha bunda e outros fluidos. Os olhos de Jillian se encontram com os meus e nós duas explodimos em gargalhadas. Ela está sacudindo a cabeça para mim, tentando recuperar a compostura. — Ele a viu? — Acho que não. Eu corri em uma parede tentando fugir. Eu trombei. Literalmente. Ela está rindo de novo, tão forte que ela tem que enxugar as lágrimas. — Lex, acalme suas mamas. Eu não sei por que você está surtando de qualquer maneira. Você dormiu com Luke, que é o irmão de Cole. Isso não é contra a política da empresa ou algo assim. — Mas, se ele descobrir... — E daí? Eu realmente não acho que ele vá chegar até você no trabalho e dizer: hey, lembra-se da noite que você esteve com o meu irmão? Ou qualquer coisa assim. Ele simplesmente não vai falar disso. — Eu sei, mas... — A confissão morre na minha garganta. Jillian sabe que eu tenho uma queda por Cole, mas não sabe a profundidade disso e certamente não
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sabe como eu fantasiei sobre ele, tanto sexualmente como quanto parceiro. Quem dorme com o irmão do cara que você está fantasiando por meses? Ah, certo, eu. — De todas as pessoas, vou para casa com o irmão do meu chefe. Jillian coloca os cotovelos no balcão. — Como é a casa dele? O que Cole estava vestindo? E por que ele vive com seu irmão se eles se odeiam? — A casa é incrível. É uma daquelas grandes casas históricas que as pessoas não devem ser capazes de pagar. Tinha uma camiseta e provavelmente calças de pijama. E eu não tenho certeza. Luke não disse e eu não perguntei. No entanto, ele me levou para tomar o café da manhã fora, em vez de comermos na casa dele apenas para evitá-lo. — Espere. Rebobine. Você e Luke saíram para o café da manhã? — Sim. — eu admito. — Uma noite sem amarras normalmente não inclui café da manhã no dia seguinte. — Ele pagou também. — eu disse rapidamente. — Ele pediu meu número. E eu dei a ele. — Lexi! Merda. Certo, agora podemos enlouquecer. — Por quê? Duvido que ele ligue. E mesmo que ligue, isso não se transformará em algo. Luke é um menino mau como em um livro bem escrito. E eles não se apaixonam por mães solteiras. Jillian não diz nada enquanto olha para mim. — Quer que ele ligue? Eu olho para longe e encolho os ombros. — Nah. Quero dizer, ele foi fenomenal na cama e conversamos por horas como velhos amigos, mas ele não é nada especial. Ela cruza os braços. — Mesmo? — Mesmo. Foi apenas uma noite... E depois uma manhã. Eu sabia que entrar nisso não se transformaria em algo mais. Luke não significa nada para mim. Não nos conhecemos. Não é como se eu pudesse sentir falta dele ou algo assim. Veja amanhã, vou encarar Cole, superar meu embaraço e seguir em frente. Eu estarei de volta ao meu velho eu mãe-solteira. Nem me lembro de Luke e muito menos penso sobre ele.
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Me dê alguns dias e vou dizer: Luke? Quem é Luke? Não conheço ninguém chamado Luke. — Uh-aham. Ela não acredita em mim. E para ser honesta, eu não acredito em mim também.
. — Bom dia, Alexis. Cole. — Bom... Bom dia. — Eu gaguejo, olhando para o meu café tão intensamente que a coisa pode explodir em chamas. Meu coração começa a acelerar e minhas bochechas estão vermelhas. Eu mudo meus olhos para Jillian, que está totalmente entretida em nossa conversa. Estamos na sala de descanso, nos enchendo de café e carboidratos antes do trabalho. — Como foi o seu final de semana? Você fez alguma coisa divertida? — Cole pega um copo descartável de isopor e a garrafa de café. Merda. Ele está me testando, certo? Ele sabe o que fiz neste fim de semana porque ele veio para um lanche à meia-noite e me viu espalhada no balcão da cozinha com a cabeça do seu irmão entre as minhas pernas. — Sim. — Eu ainda não consigo olhar para cima. Eu posso sentir os olhos de Cole em mim e sei que ele está se perguntando o que está errado comigo. Eu sempre falo com ele ou, pelo menos, olho para ele. — Você? — Foi sem intercorrências. Fiquei em casa e consegui trabalhar. Casa. Estava naquela casa. Me divertindo pra caralho com seu irmão. — Eu também. — Jillian diz, com um sorriso nos lábios. — Eu li esta interessante apresentação sobre a família e isso me fez pensar sobre o quanto meu irmão afetou minha vida. Você tem irmãos ou irmãs? Ela está falando sério, agora? Eu atiro punhais nela com os olhos. — Tenho. — Cole diz simplesmente e coloca a jarra de café de volta. — Interessante. E vocês são próximos?
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— Eu gostaria de poder dizer que sim. — ele nos diz e coloca uma tampa em seu café. — Tenho que ir trabalhar. Vejo vocês duas na reunião matinal. — Ele força um sorriso e se apressa. — O que foi isso? — Eu sussurro querendo mesmo gritar. — Tentando obter informações. — ela sussurra de volta. — Eu não preciso de informações. Preciso fingir que esse fim de semana nunca aconteceu. Jillian revira os olhos e enche sua xícara de café. — Atenda quando ele ligar. — Ele não vai ligar. — Eu adiciono creme ao meu café. — Vamos ver. — ela brinca enquanto caminhamos para nossos escritórios. Eu sento na minha mesa bagunçada e empurro os papéis para abrir espaço para o meu café. Eu não quero que Luke ligue tanto quanto eu quero, o que é tão confuso quanto parece. Quando eu li mais sobre esse romance paranormal na noite passada, o caçador de demônios sexy assumiu a forma de Luke em minha mente. Estava a meio caminho de uma cena de sexo antes mesmo de perceber e uma vez que eu fiz, não podia parar. Não que eu quisesse, é claro. Não importava. Luke foi apenas diversão. E isso é tudo o que ele pode ser. Eu passo a minha manhã respondendo e-mails, verificando as mídias sociais e lidando com um artista gráfico que não está compreendendo o conceito de "romance erótico sutil". Então vou para a reunião de segunda-feira e volto ao meu escritório, até parar para o almoço. Estava indo imprimir o primeiro capítulo do livro que aceitei naquela manhã, quando Cole entra. — Romance paranormal? — Ele pergunta com um sorriso brincalhão. Pequenas rugas formam em torno de seus lábios, e seus olhos castanhos brilham. — O inferno está congelando? — Engraçado. — respondo, ainda incapaz de olhá-lo nos olhos. Eu deveria dizer a ele que é mais romance do que paranormal e a heroína é uma das mais agradáveis que eu li ultimamente. Ela é honesta e real sem ser chorosa. Ela não aceita merdas, mas não é uma cadela. E ela é corajosa, incrivelmente corajosa, fazendo qualquer coisa pela pessoa que ela ama. Eu quero ser mais parecida com ela. Devo dizer tudo isso, mas não faço.
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Meus pensamentos voam para cima de novo, mesmo sabendo que ele não me viu ter relações sexuais com seu irmão, ele definitivamente me ouviu. Essa casa era grande, mas não grande o suficiente para abafar os gritos de estrela pornográfica que vieram dos meus lábios. — Você está bem, Alexis? — Ele pergunta. Eu costumava gostar de ouvi-lo dizer meu nome completo. Ninguém me chama assim. Eu sou Lexi para todos, até minha mãe me chama pelo meu apelido. Agora, ouvir Cole falar todas as três sílabas me faz sentir como uma criança no escritório do diretor. — Sim. — digo e me forço a erguer os olhos e olhar para seu rosto. — Estou cansada. Fiquei lendo até tarde e depois tive que acordar cedo com as crianças. — Ah, entendo. Estou ansioso para... — Ele interrompe quando meu telefone toca. Ele está sentado com o rosto para cima na minha mesa e não há nada de estranho nisso. Autores, agentes e outras pessoas da Black Ink me ligam o tempo todo. Mas, quando um número desconhecido com um código de área de Chicago aparece, meu sangue corre frio. Luke é de Chicago. Eu não sou boa em lembrar números, mas esses dígitos parecem familiares. E se eu posso reconhecê-los um pouco, então Cole certamente o fará. Eu desesperadamente tento pega-lo e acabo derrubando meu telefone de minha mesa. Em um traço louco, eu mergulho no chão, batendo meu pulso em minha mesa. Eu internalizo a dor, recuso a chamada e levanto. Aperto meus olhos, torcendo que Cole não tenha visto isso. Talvez se eu ficar assim, parada com os olhos fechados, Cole vá embora e eu não terei que enfrentá-lo novamente. Hah. — Alexis? — A voz de Cole é apreensiva, e quando eu finalmente me forço a se virar, ele parece ser pego desprevenido. — Tudo certo? — Sim está. Acho que era meu ex. — eu cuspo, magoando minha habilidade de não mentir no local. — Você acha? — Sim sim. Eu, uh, não reconheço esse número. — Certo, Lexi. Continue falando besteira. Basta pegar a arma e puxar o gatilho enquanto você tenta. Cole olha para mim, olhando fixamente pela janela. É muito longe para ver qualquer coisa abaixo, e a vista não é de morrer ou qualquer outra coisa daqui de
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cima. Ele pisca, então move seu olhar para mim e de repente, é como se ele estivesse me olhando pela primeira vez. A impressora imprime a última página e um novo silêncio preenche meu pequeno escritório. Cole inspira profundamente, dá um passo em direção à porta e acena com a cabeça. — Deixe-me saber como é o livro paranormal. E se sinta livre para contar comigo se ficar muito dark. — acrescenta ele brincando. — Você lembra que eu não gosto de coisas assustadoras, certo? — Você parece chocada. — ele diz com uma risada. — Bem, não é algo que eu falaria. Você sabe, é meio embaraçoso. Seus olhos castanhos perfuram os meus e eu não posso deixar de notar as semelhanças que ele compartilha com seu irmão. As diferenças se destacam ainda mais e de repente eu sinto um desejo de olhar nos olhos azuis frescos de Luke. — Considere isso nosso pequeno segredo então. — Ele me dá uma piscadela antes de virar para sair. Ele fecha a porta atrás dele e eu afundo em minha cadeira e solto um suspiro. O correio de voz de Luke me assombra e eu quero ouvi-lo tanto quanto não quero. Olho para a tela do meu telefone, me sentindo tão em conflito que eu poderia gritar. Então a porta do escritório abre e eu praticamente salto da minha pele. — Entre aqui! — Eu sussurro, agitando minha mão no ar como uma lunática. — Depressa! Feche a porta! Jillian entra, seus olhos arregalados de excitação. — O que está acontecendo? — Luke ligou. — eu digo assim que a porta se fecha. — Ahh, sim! Eu sabia que ele iria. Disse que o encontro de manhã para o café não fazia parte de uma noite normal. O que ele disse? — Eu não sei. Eu não atendi. Cole estava aqui. Jillian ri. — Ele viu o número? — Eu acho que não. — Pego o telefone na mão, e vou até a janela. Passaram apenas alguns segundos entre a chamada e o correio de voz. A mensagem não é longa. — Ele me deixou uma mensagem.
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— Luke? — Mantenha sua voz baixa! — Eu sussurro. Jillian revira os olhos. — Você ainda não ouviu a mensagem? — Não. Estou com medo. — Por que você está com medo de ouvir uma mensagem? — E se eu não gostar do que ele tem a dizer? E se ele quiser me ver novamente e então não gostar de mim? Caras como Luke não namoram mães solteiras, confie em mim. Talvez ele tenha descoberto que trabalho para Cole e vai gritar comigo. Ou dizer que temos que dizer a ele! E se ele já não gosta de mim e está ligando para dizer isso. — Lex! — Jillian olha para mim, com olhos arregalados, e levanta dois dedos, a um centímetro de mim. — Estou tão perto de dar um tapa em você, embora não ache que vá funcionar. Respire e se acalme. Inspiro devagar e aceno com a cabeça. — OK. — Primeiro, você tem que parar com as referências da Buffy, A Caça Vampiros. Ninguém mais assiste. Em segundo lugar, Luke não vai ligar apenas para dizer que não gosta de você ou para gritar. O fato de ele ter telefonado significa que você deixou uma impressão nele. Talvez ele queira te foder novamente ou talvez ele queira mais, eu não sei. Ouça essa mensagem e depois ligue de volta. E sabe de uma coisa? Você deve convidá-lo para sair. Sei que você gosta dele. — Eu não. Jillian põe uma mão em seu quadril e arqueia uma sobrancelha. — Mesmo? — Mesmo. — Certo. Porque você está enlouquecendo com um cara que não gosta? Nem um pouco. Coloco minha cabeça em minhas mãos. — Vou ouvir a mensagem. E talvez ligue para de volta. Mas, não vou pedir para sair novamente. — Oh vamos lá. O pior que ele pode dizer é não.
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— Isso literalmente é o pior. Eu não sei em que realidade alternativa você vive, mas aqui no mundo real, ser rejeitada quando pergunta para alguém é geralmente considerado uma coisa ruim. Ela levanta a mão, com a palma baixa. — Não me faça dar uma bofetada em você. — Por favor. Eu vou te bater duas vezes mais forte. — Cadela. — Vaca. — Lexi! — Ela resmunga. — Ouça o correio de voz. Ele ligou, isso significa que ele gosta de você de alguma forma pelo menos. Escute. E se for apenas sexo, você pode ser a única a dizer não... Ou sim. Não há problemas em ter um amigo de foda. — Está bem. Ok. — Eu desbloqueio meu telefone e pego o correio de voz, colocando no viva voz. — Ei, Lexi. É o Luke. A noite foi fascinante, se você quiser me ver novamente, talvez repetir a noite de sábado, mas podemos jantar primeiro. Me liga. Repito a mensagem, só para ter certeza que ouvi tudo corretamente. — Oh, uau. — Jillian diz secamente. — Ele realmente colocou o martelo para baixo. Você está certa. Ele te odeia totalmente. Como ele ousa querer levá-la para jantar, então fazer sexo com você de novo. Que idiota! — Cale-se. Parecia um pouco nervoso, não acha? — Sim, um pouco. O que é bonitinho. Ligue de volta agora! Estou tentando não sorrir. Por que achei que namorar novamente era tão difícil? Eu vou ligar de volta. Mas, não até sairmos do escritório. Jillian engancha seu braço no meu. — E que bom que já é hora do almoço. — Devo dizer a ele que tenho filhos? Jillian sacode a cabeça. — Eu honestamente não tenho ideia. Se você acha que há algo entre vocês que seja mais que sexo, então provavelmente sim. — Certo. Deixá-lo saber antes de nos envolvermos. Bem, se ele quiser se envolver comigo.
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— Pare de ser tão dura consigo mesma. Ele totalmente quer você. Mas eu concordo, você deve deixá-lo saber antes que ele descubra sozinho. Nem todo mundo quer filhos e não há nada de errado com isso. Isso significa que vocês não são compatíveis. Eu aceno com a cabeça, pego meu casaco e bolsa, minha mente vai para Luke. Estou ansiosa para vê-lo novamente, mesmo que não seja nada mais do que ficar nus e suados juntos. Eu nunca tive um amigo de foda antes, mas talvez esteja finalmente madura o suficiente para experimentar. Eu não sou ingênua o suficiente para entrar nisso esperando que as coisas funcionem e Luke perceba que não pode viver sem mim. Afinal de contas, a vida não é um romance, não importa o quanto eu queira que seja. Eu vou colocar limites sobre isso, vou encontra-lo e após um mês eu saio, então não haverá nenhum risco de qualquer um de nós ficar ligado. Um pouco de diversão inofensiva nunca machucou ninguém, certo? Eu abro a porta do meu escritório, me achando um pouco quente e incomodada por pensar em um amigo secreto só para sexo e de repente Cole está na minha frente. Dois mundos colidem. — Indo almoçar? — Ele pergunta. — Uh. — eu balbucio, me sentindo como tivesse sido pega no ato. Novamente. — Sim. — Eu também. — diz Cole. — Se importa se eu me juntar a você? Agora Jillian está pulando. Nunca em um milhão de anos Cole se juntou a alguém para o almoço. Jillian vira lentamente para mim com a boca aberta. Ela está sem palavras. Jillian está realmente sem palavras. Eu nunca em momento algum vi Jillian não poder formar uma frase. Minha cabeça pode implodir. — Dieta de suco. — diz Jillian. — Estamos fazendo uma dieta de suco e não estamos comendo comida de verdade. Cole ri. — Quando isso aconteceu? Juro que vi vocês duas comendo donuts esta manhã. — Eu tinha um bagel. — diz Jillian. — Eu saí da dieta esta manhã. E preciso voltar. Eu sei que ela está tentando me ajudar, mas não podemos destruir Cole assim. Durante anos, nós o convidamos a se juntar a nós para o almoço. E ninguém neste edifício acreditará por um segundo que estou fazendo uma dieta da moda.
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— Poderia largar. — eu digo com um sorriso. — Você sabe que eu não consigo manter. — Bem então. — Cole diz, ainda sorrindo. — Tenho uma mesa esperando no Mickey´s House. Você quer alguma coisa? Por minha conta. Mickey's é uma pequena pizzaria entrecruzada em uma rua estreita a várias quadras daqui. Eles têm a melhor pizza de queijo e breadsticks7 e fabricam a sua própria sangria, que é chamada de limite dos orgasmos. Jillian e eu começamos a ir lá para o almoço quando eles ainda eram desconhecidos, mas foram descobertos e agora estão sempre insanamente lotados. Ter uma reserva requer reconhecimento de nome ou um dinheiro pesado "taxa de reserva". Cole tem um pouco de ambos. — Claro. — eu digo, porque isso seria uma enorme bandeira vermelha. E tenho certeza que entrei na Zona Crepúsculo. — Nós não vamos lá há um tempo. — Ótimo. — diz Cole. — Encontro vocês no saguão. Ele continua andando para seu escritório para pegar seu casaco e carteira. Jillian agarra meu braço e se inclina. — Que merda é essa? Cole nunca almoça com ninguém. — Eu não sei. Estou um pouco assustada. — Eu também. Tanto, que vou ligar para minha mãe e deixa-la saber aonde vou, caso eu desapareça. —E como você vai ligar, porra, ele está vindo. — Vou enviar um texto. Jillian revira os olhos. — E assim, você pode ligar para Luke. — Engraçado como as coisas funcionam. — digo e um sentimento estranho se forma em meu estômago enquanto Cole vem em nossa direção. Não sei ao certo a favor de quem o destino está trabalhando.
São palitinhos de pão, petiscos deliciosos e que vão muito bem servidos com queijo cheddar, molhos. 7
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CAPÍTULO 1 0
Luke
Deus, ela é linda quando goza. Durante todo o dia, seu rosto de prazer, os olhos fechados e a boca ligeiramente aberta, ficou preso em minha cabeça. Eu diria que não sei por que essa mulher me afetou, mas isso seria uma mentira. Quero vê-la novamente. Eu anseio sua honestidade descarada, a maneira não filtrada como ela fala, a maneira como vê o mundo. Eu posso dizer que já foi ferida antes, e usa o passado como armadura. Eu quero saber o que aconteceu com ela e quero tirar sua dor. Eu não deveria. Não deveria me importar. Não deveria pensar nela. Não deveria demorar para estar dentro dela novamente. E tenho certeza que não deveria ter seu número no telefone, e meu dedo pairando sobre o botão verde "chamada". Foi só um dia. Quase vinte e quatro horas desde a última vez que a vi. Eu não deveria querer ligar. Eu não deveria. Mas faço. Antes de me dar tempo para recuar, eu ligo. Eu me inclino contra o sofá, os pés para cima na mesa de café e espero. Seu telefone toca. Uma vez. Duas vezes. Três vezes. Em seguida, vai para o correio de voz. Três toques. Ela desligou? Eu me importo mesmo para deixar uma mensagem? Porra. Pare de agir como um adolescente. Quero ver Lexi novamente. Tudo o que eu disse sobre ela ser diferente é verdade. Não há nenhuma razão para negar que a intenção era nos conectarmos e seguirmos em frente, mas algo aconteceu ao longo do caminho, algo inesperado. E geralmente, o inesperado é o mais real. Se houver uma chance de ver essa mulher novamente, tenho que tentar. Tenho que tentar. Lamentamos o que não fazemos, afinal.
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— Hey Lexi. — eu começo. — É o Luke. Minha mente está em branco e me sinto como aquele adolescente de novo, chamando uma garota pela primeira vez. Eu sempre fui bom com as mulheres. O que há nessa mulher que me faz ficar sem fala? — Eu estava querendo saber se você quer se encontrar novamente algum dia, talvez repetir a noite de sábado, mas podemos jantar primeiro. Me liga. Eu desligo e rolo meus olhos para mim mesmo. Ela não vai ligar depois do desastre que foi essa mensagem. Balançando a cabeça, eu atiro o telefone na almofada ao meu lado e pego minha comida. Estou a meio caminho da minha comida chinesa quando meu telefone vibra com um texto. Puta merda, é Lexi.
Lexi: Ei, desculpe. Estou no trabalho, almoçando com meu chefe. Não posso ligar. Mas recebi sua mensagem. Posso te ligar mais tarde?
Trabalho. Certo. Ela disse que trabalha no centro da cidade, com horário de trabalho diurno e muito trabalho em casa. Estou curioso sobre o que ela faz.
Eu: Vou deixar isso passar desta vez. Como está o teu dia? Lexi: Ocupado, mas isso é normal. E o seu? Eu: Apenas começando. Eu não sou uma pessoa da manhã. Lexi: Eu também. Gosto de ficar acordada até tarde, mas tenho horas estúpidas de trabalho diurno. Eu: Eu acho que tenho sorte agora nesse aspecto. Não sou bom em levantar no horário. Lexi: Eu também. Gosto da noite. Há algo calmo, mas misterioso sobre ela. O mundo está quieto, silencioso, mas a escuridão contém segredos. Fico acordada até muito tarde lendo. Eu: Você é uma grande leitora?
Ela não responde, e isso me joga longe para o tanto que quero que ela faça. Mas, ela está no trabalho e eu tenho merda a fazer. Eu termino de comer e levo o meu prato para a cozinha para colocá-lo na lava louça. É estranho ter tempo livre assim. Estranho e provavelmente a última coisa que preciso agora, dado tudo o que
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aconteceu. Talvez se mudar para cá tenha sido um erro. Eu disse a mim mesmo que era um novo começo. Mas realmente, eu estava fugindo. Meu telefone toca e estou correndo pelo corredor para pegá-lo no caso de ser Lexi. E não estou brincando com a ideia de fazê-la falar sujo comigo no trabalho. Só imaginando suas bochechas corem e seus olhos se arregalarem em minha pergunta me excitam. Observá-la empurrar seus próprios limites é sexy pra caralho. Não é Lexi, e eu quase recuso a chamada de minha mãe. Ela e meu padrasto se aposentaram na Flórida no ano passado e ela telefona muito para verificar as coisas, especificamente eu. Conversamos por alguns minutos e garanto a ela que estou bem pelo menos três vezes antes de desligar. Eu visto roupas de treino e estou saindo pela porta quando Lexi me liga. — Ei. — ela diz e o som de sua voz me aquece. — Eu tenho um minuto longe do meu chefe. Como você está? — Bem. Você? — Estou bem, obrigado. E sim, eu sou uma grande leitora. Oh certo, a última coisa que eu perguntei a ela foi sobre livros. — Você é um leitor? — Sua pergunta sai apressada, como se tudo dependesse de como eu respondo. — Sim — eu digo honestamente. — Eu tive mais tempo livre desde que me mudei para cá e acabei o suspense que se tornou um filme, A Esposa de Mentirinha. Foi ótimo. Ela não responde, e agora estou me perguntando se ela acha que há algo errado com o gosto de suspense psicológicos. — Você já leu? — Eu pergunto. — Mais de uma vez. — ela diz lentamente. — É realmente um bom livro. A edição foi ótima, você não acha? — Uh, claro. O que você está fazendo neste fim de semana? — Eu pergunto antes que tenha a chance de arruinar as coisas. Eu não sei por que, mas parece que estou no limite com ela, não quero cair e perder a minha chance. — Nada realmente. — Posso levá-la para sair? — Gostaria disso.
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— Sábado à noite? — Pergunto. — Oh. Eu, uh, não posso. Não no sábado. Ou sexta-feira. — acrescenta. Mas, estou livre quarta-feira, que não é um dia normal de sair à noite, eu sei. E terá que ser cedo. Desculpa. — Não se desculpe. — eu digo a ela, embora o dia e a hora sejam um pouco estranhos. Vou pegar o que puder. — Quarta-feira está bem. Significa que posso te foder mais cedo. — Oh meu... — ela diz, e eu imagino seu sorriso, o que me faz pensar em sua boca, e meu pau salta ao pensamento. — A que horas e onde você gostaria de ir? — Você está me pressionando? — Ela ri. — Droga, você adivinhou. Eu não estou muito familiarizado com a cidade ainda, ou sei o que você gosta. — Há um lugar não muito longe de sua casa que tem os melhores tacos, se você gostar, é um bom lugar. — Eu gosto. — Ótimo, vou enviar o endereço. Nos encontramos lá às quatro e meia? — É um encontro.
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CAPÍTULO 1 1
Alexis
Coloco minha cabeça em minhas mãos e fecho os olhos, soltando um suspiro pesado. Fique calma. Não perca a sua merda. — Paige. — eu repito. — Você precisa parar isso agora. Os dentes têm que ser escovados todas as noites antes de dormir. É uma hora depois de sua hora de dormir e pela maneira como Paige está rolando no chão em lágrimas, você acharia que estou tentando ligá-la na terapia de choque elétrico, não a colocando por escovar os dentes com pasta de dente sabor tutti-frutti. Eu ajoelho com a escova de dente em uma mão e tento alcançar minha filha de três anos. Paige grita e cobre o rosto com as mãos. — Você é um bebê! — Grita Grace, aparecendo na entrada. Paige levanta a cabeça para olhar para sua irmã. — Vá embora! — Ela grita de volta. — Bebê! Bebê! Bebê! — Pare com isso, Grace. — eu repreendo. — Volte para o seu quarto. Grace bate o pé e cruza os braços. — Por que estou encrencada? Não sou eu quem age como um bebê! — Eu não sou um bebê! — Paige grita. Ela certamente está agindo como um. — Você é má! Vá embora! — Ela bate a mão no ar para sua irmã, mas acaba me golpeando no rosto e derrubando a escova de dente coberta de pasta das minhas mãos. Pasta rosa cai sobre o tapete branco. Eu fecho meus olhos, a ansiedade e a frustração aumentando.
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— Grace! — Eu explodo. — Por favor, vá para o seu quarto! — Eu quero uma história para dormir. — ela responde enquanto eu pego a escova de dente. Paige se inclina para frente. — Não, eu quero uma história para dormir! — Os bebês não conseguem histórias. — Grace resmunga. — Você é um bebê! Você é um bebê! — Não, você é um bebê! — Paige explode em lágrimas de novo e Grace continua gritando com ela. Eu gasto os últimos trinta minutos limpando a sujeira. Eu ainda tenho que limpar a lata derramada de Pepsi no balcão da cozinha, tirar o lixo antes do cão entrar, fazer os lanches para as meninas, esvaziar a máquina de lavar louça e lavar a roupa se quiser roupa intimas para amanhã. E eu prometi a Quinn que ligaria. Estou no meu limite. Lágrimas mordem os cantos dos meus olhos e meu coração acelera. — Isso é o suficiente! — Eu grito. Ambas param seus argumentos para olhar para mim com olhos arregalados e até mesmo Pluto. Eu não sou de gritar. Eu odeio levantar a minha voz. Russell gritou comigo sem parar durante nossas brigas, e isso me fez sentir uma porcaria. Eu me controlo para não gritar quando estou com raiva. Não ajuda nada. As lágrimas que estou tentando segurar vêm em uma fúria. O lábio inferior de Paige treme e ela começa a chorar de novo, mas desta vez porque se sente mal. Eu coloco a escova na mesa de cabeceira e abraço minha filha. Grace corre e joga seus braços em volta de mim. — Eu não vou ser ruim nunca mais. — Paige solta. Eu não consigo lembrar se ela me prometeu a mesma coisa dois dias atrás. — Desculpe, mamãe — diz Grace, fungando. Ela pressiona seu rosto encharcado de lágrimas contra minha bochecha. Sento-me no chão e puxo as duas meninas para o meu colo. — Está tudo bem, bebês. — eu sussurro, segurando um soluço. — Eu não estou brava. Eu só estou cansada. Muito cansada. — Vamos para a cama sem histórias. — oferece Grace.
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— Eu gosto de ler histórias para dormir. — eu digo. — Vamos, vamos para a cama. Eu deixo Grace escolher os livros enquanto Paige senta um pouco imóvel enquanto eu escovo seus dentes.
. São duas da manhã quando vou para a cama e estou oficialmente atrasada. Eu me convenço de que vou compensar amanhã. Tudo o que tenho que fazer é ficar acordada praticamente a noite toda, mas uma noite sem dormir não vai me matar. Estou mentindo, mas se não pensar nisso, vou acreditar o suficiente para dormir e não entrar em pânico sobre tudo o que tenho que fazer. Para manter minha mente sã, eu mudo meus pensamentos para Luke. Ele traz uma onda diferente de ansiedade e não é ruim. Estou ansiosa para o nosso encontro de quarta-feira, mas não vou me permitir ficar muito esperançosa sobre ele. O cara é provavelmente só sexo, afinal. Eu faço uma lista mental de todos os prós e contras de ter um amigo de foda e verifico o horário em meu telefone. Porcaria. Eu preciso dormir agora se quiser ter mais de quatro horas de sono antes que meu alarme dispare. Assim que eu começo a me distrair, me preocupo com o que vestir. Estou indo do trabalho, mas posso mudar antes de sair do escritório. Ou talvez colocar um suéter sobre um vestido preto sexy para torná-lo adequado ao escritório ou algo assim. Só que não tenho um vestido preto sexy que pode tanto ser usado para trabalho como para encontros. Eu tenho algum dinheiro extra que economizei, mas queria surpreender as garotas com o novo conjunto de quarto American Girl que acabou de sair. Tenho certeza que posso encontrar algo no meu armário que vai funcionar. Finalmente, adormeço apenas para levantar algumas horas mais tarde e começar a rotina agitada da manhã novamente. Eu saio apressada para pegar o metrô. Chego meia hora atrasada para o trabalho, mas ninguém parece notar quando entro. Ninguém, além de Cole. — Ei Alexis. Tudo bem? — Ele pergunta, saindo de seu escritório e se estabelecendo ao meu lado enquanto eu me encaminho para o café. — Sim, apenas o transito. Eu mandei uma mensagem para Jillian. Ela não lhe disse?
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— Sim, ela disse. Você parece estressada. — Obrigada. — digo com uma risada estrangulada. — Ah, desculpe. — Cole diz rapidamente. — Eu não quis dizer isso de uma forma que você pareça ruim. Porque você não parece ruim. Você parece o oposto, realmente. E um pouco... Uh... Estressada. Eu sei o quão duro você trabalha e quero ter certeza que você sabe que você é apreciada por aqui. Eu viro e olho para ele. Cole é bem mais alto do que eu. Seus olhos castanhos são gentis, e ele me oferece um meio sorriso simpático. — Obrigada. Mesmo. Significa muito. — Se você precisar de alguma coisa. — ele começa, encontrando meus olhos. — Não hesite em pedir. — Obrigada, Cole. Ele sorri e volta para seu escritório. Encho meu copo com café e vou para minha sala. Jillian está no telefone e eu me sinto um pouco culpada que esteja feliz com isso. Não estou com vontade de falar com ninguém agora, o que é uma merda, porque tenho um milhão de telefonemas a dar. Resmungando, eu bebo meu café e começo. O primeiro telefonema que tenho que fazer é para Erin, o que não é uma maneira má de começar o dia. — Ei, querida. — ela atende ao telefone. — Como você está? — Cansada. — eu suspiro. Levaram duas horas para dormir. — Lembro-me desses dias. — diz ela. — Eu não invejo você. Embora eu prefira lidar com isso a ter que deixar a noite de garotas para conversar com meu filho adolescente sobre sexo seguro. O pensamento me faz tremer. — Eu não estou pronta para isso. — Como foi o resto da noite? — Ela pergunta. — Você já falou com o barman? Meu coração pula uma batida. — Uh, eu fiz mais do que falar com ele. — De jeito nenhum! Você tem o número dele? — Isso e um encontro. Vamos sair na quarta-feira. Eu vou te dar detalhes completos outra hora. Não posso falar sobre isso aqui. — Ohhh, isso parece suculento!
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— Super suculento. — Eu balanço a cabeça, pensando na situação precária. Erin e eu vamos para os negócios, que é a autora bêbada que ela está representando. Esquematizamos e planejamos uma maneira de conseguir um editor que queira trabalhar com ela, então passo para o próximo projeto. Lavar. Enxaguar. Repetir. Eu almoço na minha mesa, tentando recuperar o tempo perdido. Estou tão exausta hoje, não quero ficar acordada até tarde esta noite e estou me sentindo culpada por não ter um tempo de qualidade com as meninas. Depois do jantar, quero que elas tenham toda a minha atenção até a hora de dormir. Eu gasto minha última hora na verdade editando e luto para enviar um capítulo aprovado para o revisor antes de me arrumar e sair. Recebo um e-mail de Cole antes de desligar o computador. É um formulário, enviado a todos os editores aqui na Black Ink, lembrando que ele vai estar fora da cidade de quarta à sexta-feira em uma convenção de livros. Eu nunca fui a uma, mas pelo que ouvi, é uma grande reunião envolvendo pessoas no mundo literário na qual você pode ficar louco. Em boas e más maneiras. Algum dia, eu adoraria ir a uma. Especialmente desde que a Ink Black paga a passagem aérea, o hotel e todas as refeições. Algum dia, quando as crianças estiverem mais velhas e deixá-las não cause ansiedade. Embora, eu tenha um sentimento de que sempre vou ter ansiedade, mesmo quando elas estiverem casadas com seus próprios filhos. Arrumo minhas coisas, corro para o metrô e depois pego as meninas, as surpreendo com sorvete e uma ida ao parque para desfrutar do ar quente do dia. Eu persigo as garotas, brincando de pega-pega, ajudando Paige a subir no playground para acompanhar Grace. Estamos todas rindo e tendo um ótimo tempo e meu coração está cheio. Eu amo minhas meninas mais do que a própria vida e um olhar para elas é tudo que eu preciso para me impedir de ficar amarga. Russell poderia ser um miserável bastardo, mas ele me deu Grace e Paige. Ele me deu o meu coração tanto quanto ele quebrou. — Mamãe! — Paige retarda para recuperar o fôlego. — Posso balançar? — Claro, querida. — digo a ela e a coloco em meus braços. Ela ri quando beijo suas bochechas. — Você quer experimentar o balanço das garotas grandes?
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— Sim! Sim! — ela diz maravilhada. — Eu sou uma menina grande. — Você está ficando tão grande! — Eu digo a ela, sentindo uma pontada no meu coração. O tempo passa tão rápido. Ambas as meninas estão no balanço, rindo quando as empurro "tão alto que tocam o céu". Deixamos o parque para ir para casa jantar, levar Pluto para uma caminhada ao redor do quarteirão, em seguida, nos apressamos para o banho e deitar. Estou exausta quando sento no meu computador um pouco depois das nove da noite. Uma nova mensagem de Katie James, a autora do livro paranormal, me cumprimenta quando entro em meu e-mail. Ela está em êxtase de ter seu livro publicado e seu entusiasmo me faz sorrir. Adoro quando os autores com quem trabalho estão entusiasmados com seus livros. Eu respondo a ela, marcando uma hora durante o dia de amanhã para um telefonema, dou uma olhada rápida no resto da minha caixa de entrada. Recebo meia dúzia de e-mails respondidos, três pedidos enviados para o departamento de marketing da Black Ink e leio através de um punhado de submissões de agentes. Em seguida, chego a um e-mail de Quinn. Espero que seja sobre o seu mais novo livro, estou chocada e totalmente lisonjeada quando ela me pergunta se estou aberta a qualquer trabalho freelance. Uma de suas amigas tem um livro pronto para ser lançado em poucas semanas e o editor que ela reservou desistiu no último minuto. Ela me recomendou a sua amiga porque fui "a melhor editora com quem ela já trabalhou". Ela me envia um anexo de um capítulo exemplo e diz que sua amiga é uma autora independente incrivelmente bem-sucedida e está disposta a pagar uma taxa. Mesmo sem a taxa extra, não poderia recusar esse dinheiro agora. Na verdade, minha mente pisca para trabalhar como uma editora freelance para autores independentes. Eu seria tão ocupada, mas poderia trabalhar em casa e não desperdiçar preciosas horas longe de minhas filhas atravessando a cidade. Afastei esse pensamento da minha cabeça. Não consigo desistir do meu emprego porque me pediram para fazer um trabalho de edição. Eu respondo a Quinn, que diz que vai encaminhar tudo para sua amiga. O trabalho extra me deixa ansiosa, mas agora eu posso comprar as meninas o quarto de boneca, bem como levá-las para comprar roupas novas neste fim de semana. Não é nada tão esplendoroso, mas é o suficiente para enviar uma onda de felicidade através de mim, me energizando o suficiente para enfrentar outro capítulo de edições antes de adormecer. Eu não tenho sido capaz de levar as meninas às compras sem uma bola de pavor formando no buraco no meu estômago preocupada
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com a conta. Uma das melhores coisas da minha vida desmoronando foi aprender a apreciar as pequenas coisas.
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CAPÍTULO 1 2
Luke
Eu vou admitir, deixar a casa poucos minutos depois das quatro não faz com que esse encontro pareça um encontro. O sol ainda está alto e as ruas estão movimentadas de pessoas deixando o trabalho. A escuridão da noite é sexy e nos faz ir para casa juntos depois do jantar o que é mais natural. Eu jogo minhas roupas na lavanderia e faço a minha cama. Cole está viajando por causa do trabalho, graças a Deus. Por que eu achei que viver juntos seria uma boa ideia? A melhor coisa que já aconteceu entre nós foi ele ir para a faculdade no meu primeiro ano do ensino médio. Nós crescemos separados, vendo somente um ao outro nas reuniões familiares e quando a casa estava ocupada com primos, tias, tios, e avós, era fácil permanecer fora do caminho do outro. Agora que somos apenas nós dois... Nenhuma casa é grande o suficiente para não nos encontrarmos. É preciso uma enorme quantidade de energia para não recorrer a tendências infantis quando se trata dele. Como no outro dia, quando eu estava terminando meu café e vi um manuscrito em cima do balcão. Tinha que ter mais de cem páginas impressas. Sem numeração. Derruba-lo, observando as páginas espalhar através do piso do azulejo seria tão gratificante. Eu não as derrubei no chão, mas só porque não queria lidar com ele depois do fato. Ele está na minha garganta desde o dia em que nasci e ainda acho que as pessoas que dizem que se dão bem com seus irmãos estão mentindo. Pego meu casaco, soco no código de alarme e saio da casa. Eu caminho até o restaurante e chego cedo o suficiente para conseguir uma mesa e pedir os drinques. Peço uma cerveja para mim e uma margarita de morango para Lexi.
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Às quatro e meia, ela me envia um texto dizendo que está atrasada. Dez minutos mais tarde, eu me pergunto se ela irá comparecer. Termino minha cerveja e me preparo para partir. Então olho para cima e a vejo correndo pelas portas. Seu cabelo louro comprido está puxado sobre seu ombro em uma trança bagunçada. A bolsa de couro preta em seu ombro deve pesar uma tonelada. Ela está usando botas sobre jeans escuros e um top de cor marfim que flui frouxamente em torno de seu corpo fino. Sua feição demonstra estresse, mas no momento em que nossos olhos se encontram, tudo derrete. Ela desvia das mesas. E para centímetros frente a mim, escovando o cabelo fora de seu rosto. — Sinto muito. — ela diz e põe sua bolsa para baixo. — Houve um problema com uma impressora e... — Ela solta um suspiro e olha nos meus olhos. — Eu me sinto uma idiota por estar atrasada para o nosso primeiro encontro oficial. — Ela puxa o lábio em sua boca, nervosamente mordendo entre seus dentes. Pensar em sua boca leva a pensar sobre a minha boca, e onde eu gostaria de colocá-la. Enterrada profundamente entre suas pernas, é claro. Eu quero senti-la gozar, pressionado contra o meu rosto, pernas apertadas em torno do meu pescoço. Eu quero olhar para cima a tempo de vê-la gozar, para ver a euforia torcer seu rosto, olhos fechados e boca aberta. — Não se sinta como idiota. — eu digo e a puxo para um abraço. — Você está aqui agora. — Seus braços vão ao meu redor, seios macios esmagando meu peito. Um aroma suave e floral se agarra à sua pele e seu cabelo cheira a lavanda. É intoxicante. Passo minhas mãos até as costas dela, empurrando sua cintura para a minha. Ela está segurando meus ombros, e nenhum de nós se importa que o casal idoso perto da janela esteja nos olhando. — É bom ver você de novo. — ela diz, olhando diretamente nos meus olhos. Deus, ela é linda. A casualidade de encontrar uma conexão com alguém quando eu menos esperava faz com que a luxúria construída dentro de mim vá a um ritmo perigoso. Eu quero derrubar as batatas fritas e a salsa da mesa, colocar Lexi em cima dela e fodê-la sem sentido. Em vez disso, dou um passo para trás e puxo a cadeira para ela. — Acho que seu dia foi agitado? — Eu começo. Ela segura a margarita e toma um gole.
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— Para dizer o mínimo. Enfrentamos uma crise com uma impressora. Você pensaria que o céu abriu e as trombetas soaram pela maneira como as pessoas estavam enlouquecendo. — Ela revira os olhos e sorri. — Mas, o suficiente sobre o trabalho. Eu não quero aborrecê-lo com detalhes. Meus dias são chatos o suficiente até eu fico entediada com ele, então você definitivamente ficaria entediado também ao ouvir sobre isso. E eu disse "entediado" como cinquenta tons de entediado. — A cor corre para suas bochechas quando ela está envergonhada. Não muito, mas o suficiente para dar a ela um brilho de eu-apenas-quero-ter-sexo. É sexy pra caralho. — E você? — Ela pergunta, mudando de assunto. — Como foi o seu dia? — Sem intercorrências, o que é estranho, mas agradável. — Por que é estranho? — Ela se serve de batatas fritas, e eu estou feliz que ela seja uma mulher que não tem medo de comer o que ela quer em um encontro. — Não estou acostumado com esse tempo de inatividade. — Ah, certo. Você é novo na cidade. O que você fez antes? — Eu era bombeiro. Seus olhos se arregalam, e sua mão paira no ar com as batatas fritas. — Está brincando né? É uma reação que eu estou acostumado, uma reação que eu sou capaz de tirar proveito mais vezes do que não. — Não estou brincando. — Então por que você deixaria isso e viria para cá? Agora isso não é algo que eu estou acostumado. É algo que não quero pensar. Agora não. Nunca. — Eu me machuquei no trabalho e... E... É uma longa história. — digo, meus olhos caem de seu rosto para a mesa. Minha mente pisca ao fogo, a fumaça enchendo a sala. O remendo de pele queimada do meu lado começa a doer como sempre acontece quando penso no fogo. — Uma longa e chata, e estamos evitando o chato, certo? Lexi me dá um pequeno aceno de cabeça, e depois sorri. Seus ombros relaxam e ela estende a mão, deslizando seus dedos sob os meus. Ela sabe que era uma mentira, mas não está perguntando. — O que você gosta em Nova York?
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— É diferente, com certeza. Mas depois deste fim de semana, acho que gosto ainda mais. Lexi tenta não sorrir. Tenta, e falha. Como é possível para ela ser tão adorável e pecaminosamente sexy? — Bem. — ela diz, envolvendo seus dedos longos em torno do copo de margarita. — Estou feliz em ajudar. — Então. — eu digo depois que pedimos nossa comida. — Além do trabalho e da noite de microfone aberto, o que mais você gosta de fazer? Ela morde o lábio novamente e eu percebo que é um hábito nervoso. O rubor correndo para suas bochechas quando ela está nervosa, e essa mordida sexy no lábio, eu realmente quero empurrá-la. Se eu tiver sorte, ela vai empurrar de volta. — Não muito, para ser honesta. Eu gosto de ler, assistir séries se eu tiver tempo. Eu finalmente pude acompanhar Once Upon a Time. Levo o meu cachorro para caminhadas diariamente quando o tempo está bom. — Você tem um cachorro? — A palavra de três sílabas puxa meu coração e eu penso em Sadie. — Sim. Pluto. Ele é uma coisinha insignificante, mas nós... Eu... O amo. — Bom. Que tipo de cachorro? — Nós... Eu acho que é uma mistura Basenji, mas não tenho ideia. Eu fui a um abrigo de animais anos atrás para olhar os filhotes, mas quando vi uma fila, uma fila imensa de pessoas esperando para vê-los, sabia que eles iriam ser adotados rapidamente. Então, pedi para ver o cão que estava lá por mais tempo. Eu me apaixonei no segundo em que nos conhecemos. Prova que o amor à primeira vista existe, certo? Eu rio junto com ela, mas sinto algo dentro de mim, algo que eu não me permiti sentir em muito tempo. Esperança. — Isso é muito gentil da sua parte. Eu aposto que os voluntários no grupo ficaram entusiasmados. — Eles ficaram, o que torna muito mais triste saber que as pessoas não queriam o pobre cão velho que está lá há meses. E até hoje, eu não tenho ideia por que ninguém o queria. Ele é um pouco pateta, admito, e teve uma queda de pelo devido a sarna na época, mas ele é um cachorro bom com crianças e outros cães. —
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Ela pega uma batata e mergulha no molho de salsa. — Eu não sou perfeita, então por que eu esperaria que meu cachorro fosse? Eu inclino para trás na minha cadeira, aquele sentimento estranho e quente no meu peito se espalhando. Lexi é tão refrescante. Tão natural. Tão real. — Você não tem nenhum animal de estimação, certo? — Ela pergunta, trazendo a batata a sua boca. — Eu tinha um labrador preto chamado Sadie que faleceu no ano passado. A tristeza enche seus olhos é genuína. — Eu sinto muito. Eu desvio o olhar e aceno com a cabeça, o assunto ainda é doloroso. Foi o que desencadeou o efeito dominó do pior ano da minha vida e preciso reprimir e seguir em frente. Essa é a coisa saudável a fazer, certo? — Bem. — ela diz. — Se você precisar de uma dose de cachorro, tenho certeza de que Pluto vai brincar alegremente com você no parque de cães. Ele gosta de ir. — Se ele trouxer sua dona, eu acho que gostaria disso. — Eu digo e a faço sorrir novamente, olhos verdes brilhando. — O que você quer dizer com pateta? Ela ri e escava em sua bolsa seu telefone. — Eu vou te mostrar. Parece um grande Chihuahua. — Você é uma daquelas pessoas que tem um milhão de fotos de seu cão no telefone? — Eu sou. É tão ruim. Eu mal tenho espaço na memória do meu telefone por causa de todas as fotos de cães e gato. — Você também tem um gato? — Uh, não. Mas há alguns turistas ao redor da casa. — diz ela rapidamente e se concentra em seu telefone. Ela está passando por um monte de fotos como se estivesse procurando por uma do cachorro, o que não faz sentido com o que ela disse sobre tirar toneladas de fotos dele. — Aqui está ele. — Ela levanta o telefone, mas não me dá. Talvez eu esteja lendo isso demais, mas é como se ela não quisesse que eu pegasse e acidentalmente, visse outra foto. — Ele é um filhote bonito. — eu digo, olhando para a foto do cão marrom dourado. — Ele está usando uma coleira Caça Fantasmas? — Sim, ele está. Sou um pouco fã.
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— O original ou o mais recente? — O original, é claro, mas o novo filme foi realmente muito bom. Eu sou um fã de remakes com elenco feminino. Falamos de filmes e depois de música até chegar a nossa comida. A conversa nunca parou enquanto comemos, e continuamos conversando e rindo depois que a comida se foi. — Você quer voltar para minha casa? — Eu pergunto. E tenho certeza que ela sabe que estou a convidando para foder novamente. Só espero que ela saiba que quero mais do que o que está entre suas pernas. Eu a quero. Ela verifica as horas em seu telefone. Certo. Ela disse que não poderia sair tarde. — Sim, eu quero. — ela diz, seus olhos se encontrando com os meus. Ela puxa os braços e morde o lábio inferior novamente. Ela está nervosa. Animada. Empurrando as paredes de sua zona de conforto. E é tão quente. Saímos do restaurante e eu pego a mão dela enquanto caminhamos pela calçada movimentada. Lexi vai de um lado para o outro entre a fala, a mão frouxamente na minha, os dedos entrelaçados, ficando calada e tensa. Eu não consigo imaginar o porquê e isso a torna ainda mais intrigante. Quando chegamos à minha rua, ela pega o telefone de sua bolsa e chama sua vizinha, perguntando se ela pode deixar o cachorro sair. — Ela o deixa sair durante o dia para mim. — ela explica, colocando o telefone de volta em sua bolsa. —Eu não moro na cidade, então não posso ir para casa durante o dia de trabalho. — É bom que ele saia. — Sim. Sinto-me mal por ele estar em casa assim. Eu não trabalhava nas mesmas horas que agora quando o peguei. Eu concordo. — Eu me sentia culpado deixando Sadie quando trabalhava durante a noite.
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— Sim, culpada é exatamente como me sinto. — Ei, parece que ele tem um ótimo lar e tem alguém para deixá-lo sair, então não se sinta mal. — Obrigada. E Poppy gosta de ter um emprego, por isso é um ganha pão para ela, eu acho. — Poppy? — Ah, minha vizinha. Ela é uma espécie louca, mas é ótima com animais. — explica Lexi. — Ela anda com alguns cães no bairro e a faz sentir como se tivesse um propósito. Ela está cuidando de Pluto para nós há mais de um ano e isso é ótimo. — Legal. — eu digo, percebendo que ela disse "nós". Essa não é a primeira vez que ela se refere a si mesma como mais de uma pessoa. Subimos os degraus de pedra até a porta da frente. — Meu irmão não está em casa. — eu digo quando destranco a porta. — Oh, certo. — ela diz como se estivesse se lembrando do que disse. — Quero dizer, isso é bom. Eu acho que é. Certo? Você mencionou que não gostava muito dele. Ela está ficando nervosa de novo e o desconforto que sai dela é tangível. Eu soco no teclado para desligar o alarme e convido Lexi para dentro. Vamos para a sala de estar. — Quer alguma coisa para beber? — Eu pergunto. — Apenas água. — diz ela e eu trago um copo. — Obrigada. Eu sento ao lado dela no sofá, minha mão caindo em sua coxa. Ela inala rapidamente, seus seios se levantando. Eu inclino e coloco uma mão em seu rosto, segurando sua bochecha. Seus olhos caem fechados e ela abre os lábios, antecipando o beijo. Coloco minha boca na dela, a língua escorregando por seus lábios. Seus braços me rodeiam, e a paixão não gera. Explode. Nós caímos no sofá, nos beijando com desespero, puxando as roupas um do outro. — Luke. — Ela coloca as duas mãos no meu peito e me empurra para longe. — Espere. — Está tudo bem? Ela respira outra vez.
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— Não. Eu gosto mesmo de você. Eu rio. — Obrigado? Ou me desculpe? — Eu não sou quem você pensa que sou. Nós nos sentamos. — Do que você está falando, Lexi? — Eu. Olha... Eu acho que nós dois sabemos que o que aconteceu na outra noite deveria ser uma coisa de uma única vez, certo? — Sim. — digo, aliviado por ela ter levantado essa questão. — Mas, esta não é uma noite. — Não, não é. Foder você uma vez não é o suficiente. — digo. — E estar com você, apenas conversando e saindo... Bem, eu gosto disso também. Lexi sorri, enrugando o nariz. Ela é tão fofinha. — Mesmo? — Sim. É por isso que te pedi para jantar e não mandei um texto às três da manhã pedindo para vir. — Você é tão lógico. — diz ela. Pego suas mãos na minha e gentilmente a puxo para mim. — Você estava dizendo algo sobre não ser quem eu pensei que você era. — Certo. Hora da confissão. Eu levanto uma sobrancelha. — Você é uma assassina em série, não é? Ela assente com a cabeça. — Mas, eu realmente não cometo o assassinato. Eu tenho um grupo louco de seguidores que fazem o trabalho sujo para mim. — Eu sabia. Bem, acho que posso esquecer isso. Só não me envolva. Odeio mentir para a polícia. — Combinado. Vou esconder os corpos.
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— Que bom que conseguimos tirar isso do caminho. — eu digo e a beijo novamente. Lexi fica tensa por meio segundo, depois relaxa, derretendo contra mim. Tudo o que ela tem a dizer pode esperar.
. Eu odeio comprar presentes, e não é que eu não goste de dá-los. Porque eu gosto. É porque existe muita pressão quando se trata de presentear. O que você dá a alguém carrega muito peso e é extremamente estúpido. Dê o presente errado e parece que você não se importa. Não gastou o suficiente? Então você não se importa. Mas, só o fato de tentar agradar, você está tentando algo muito duramente. Eu deveria apenas enviar um cartão presente para a minha mãe pelo seu aniversário. Ir às compras em um sábado é estúpido da minha parte. As ruas lotadas são ainda mais lotadas do que o habitual com compradores de fim de semana e turistas. Ando pela Quinta Avenida, olhando pelas vitrines as lojas movimentadas. A maior diferença entre Nova York e Chicago são as pessoas. Eles dizem que as pessoas do centro-oeste são mais amigáveis, e é verdade. Embora não seja como se eu fosse sair do meu caminho para sorrir e acenar para as pessoas nas ruas. Decido ir para a próxima loja, entro e acabo saindo com um lenço de seda, então lembro que mamãe se mudou para a Flórida e não vai precisar mais de um cachecol. Droga. Eu prefiro assumir a perda a lidar com a tortura da troca. Suspirando, eu continuo caminhando com um plano para ir para a próxima loja que eu vir e comprar alguma coisa. Qualquer coisa. Embora eu saiba, não importa o que eu escolha, não será o que ela quer. Ela deixou claro que ela tem tudo o que precisa e só deseja uma coisa. Netos. Com Cole sendo, bem, Cole e eu lidando com a minha situação atual, não acho que isso vá acontecer tão cedo. Presente na sacola de compras na minha mão e eu paramos na esquina, esperando que o trânsito pare para que eu possa atravessar. Eu não sei como a vejo através das ondas de pedestres e carros, mas o vejo. Lexi sai de um prédio com toldos vermelhos, segurando vários sacos grandes em uma mão e uma garotinha na outra. Ela caminha com uma criança em seu quadril e
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olha para baixo para a outra criança, a instruindo a segurar seu braço em torno das sacolas de compras enquanto elas esperam para atravessar a rua. Lexi olha para cima e nossos olhos se encontram. Um sorriso instantaneamente se espalha em seu rosto, então ele desaparece e suas bochechas coram. Os carros param e as pessoas começam a cruzar, mas Lexi não se move. Ela não tira os olhos de mim e ela traz o braço para trás para manter a mais velha das duas meninas de andar para frente. — Me perseguindo? — Eu digo brincando quando me aproximo dela. Lexi não ri, não atira de volta com sarcasmo espirituoso. Ela só me olha como um cervo nos faróis. Então ela suspira bruscamente e dá um passo para trás, saindo do caminho. — Ei, Luke. Como você está? — Ela finalmente diz, seu aperto sobre as crianças se intensifica. Elas me olham com curiosidade. Eu aceno de volta, e ela sorri, então esconde seu rosto no cabelo de Lexi. — Estou bem. — eu digo a ela. — E você? — Bem. — Seus olhos estão arregalados e seus ombros estão tensos. — Quem é você? — A menina mais velha pergunta. — Eu sou Luke. — eu digo. — Você se parece com Flynn. — diz ela. — Uh, obrigado? — Eu aceno, sorrindo para a garota que não pode ter mais de cinco ou seis anos. Seu cabelo é mais escuro que o de Lexi, e ela tem os mesmos olhos. — Flynn Rider — balbucia Lexi. — Ele é de um filme da Disney. E você meio que parece. Nunca reparei nisso antes. — Espero que isso seja bom. — É. — diz Lexi e sorri. O gesto parece forçado, e ela olha para a garota, que ainda está me encarando. — Esta é Grace. — diz Lexi, apresentando a garota mais velha. — E esta é a Paige. São minhas filhas.
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CAPÍTULO 1 3
Alexis
Luke olha de Grace para Paige e depois para mim. Ele pisca uma vez, duas vezes e depois sorri. — Prazer em conhecê-las. Parece que sua mãe levou vocês para fazerem compras. — ele diz para as meninas, sorrindo calorosamente. — Eu tenho coisas da American Girl. — Paige começa, e sacode os meus braços. Eu a coloquei no chão, e ela lança uma conversa com Luke, contando tudo sobre a American Girl chamada Alyssa e o novo conjunto de quarto que acabamos de comprar. Luke agacha até seu nível e segue o melhor que pode. — Ele é seu amigo? — pergunta Grace, ainda olhando curiosamente para Luke. — Sim — digo, ciente de que Luke pode ouvir nossa conversa. — Ele é. — Como é que eu não o conheci? — Nós não nos conhecemos há muito tempo. — eu digo, sentindo constrangimento com o aumento da estranheza. — Ele pode vir almoçar conosco? — Uh, eu não tenho certeza se ele quer. — eu murmuro, vendo Luke refletir a emoção de Paige sobre seus novos acessórios de boneca. Eu não o vi desde quartafeira, quando tive todas as intenções de dizer a ele que eu era uma mãe solteira. Mas, passei todo o tempo que tinha fazendo atividades não verbais com ele e então tive que sair em uma corrida para ter certeza que estaria em casa a tempo para as meninas. Nós nos enviamos mensagens algumas vezes desde então, e ele tentou me fazer vir para o bar novamente ontem à noite desde que ele estava trabalhando.
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Obviamente, eu não pude, e agora ele sabe por quê. — Como você sabe se você não perguntar? — Ela brinca, torcendo a minha fala "como você sabe que não gosta se você não experimentar?" Ela está usando a psicologia comigo. Luke olha para cima, depois de ouvir tudo. Virar e fugir é tão tentador agora. Correr enquanto carrego Paige e todos os sacos e arrastar Grace atrás de mim não é exatamente a fuga rápida que eu tenho em mente. — Nós vamos comprar pizza. — diz Grace. — Faça a dança da pizza! — Paige grita. Luke ri. — Qual é a dança da pizza? Paige acende, emocionada que alguém pediu para mostrar sua dança tosca. Ela põe os braços para cima e começa a balançar a bunda, então sacode os braços sobre a cabeça e gira ao redor, enquanto grita: — Pizza! Pizza! Pizza de macarrão! Não posso deixar de rir. Ela é tão extrovertida. E é incrível como ela é diferente de sua irmã, que era dolorosamente tímida até recentemente. — Macarrão pizza? — Luke repete com uma risada. — Ela chama de macarrão de pepperoni — explica Grace. — Ela é apenas uma garotinha. O sorriso de Luke se alarga. — Eu conheço está dança da pizza. Você sabe, eu faço uma semelhante quando como pizza. Ou tacos. — Ele olha para mim, ainda sorrindo. Meu coração, que está correndo com medo, pula uma batida por uma razão inteiramente diferente. — Como a pizza de Nova York se compara à pizza de Chicago? — Pergunto. — Não se compara — Luke responde. — Mas, com a companhia certa, é muito boa. — Você quer se juntar a nós? — Eu pergunto, sentindo meu coração bater novamente. — Você não precisa. Quero dizer, você provavelmente está ocupado e tudo, certo? Não se preocupe se você...
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— Lexi. — ele diz, parando o meu divagar. — Sim. Eu gostaria de me juntar a vocês. Agora estou sorrindo tão loucamente como Paige. — Bom. E a pizza de Nova York é a melhor. Ele levanta e dá um passo mais perto. — Não está nem perto. — Ele olha para os sacos. — Deixe-me pegar esses. — Está tudo bem, eu, uh, ok. Obrigada. — Ele tira as sacolas de mim e eu aperto o meu braço. Estou acostumada a ser uma dama que carrega as coisas, ao mesmo tempo em que carrego Paige, mas isso é legal. Pego Paige de volta, a sentando no meu quadril e pego a mão de Grace, ignorando o revirar de seus olhos. Ela tem seis anos. Eu serei condenada antes de deixar seis ser "velha demais" para segurar a mão de sua mãe. Além disso... As ruas de Nova York me deixam um pouco estressada. Ter Luke andando ao meu lado ajuda, tanto quanto não quero admitir. Mas, não posso negar os perigos de ser mulher em uma cidade grande. — O que você está fazendo hoje? — Eu pergunto enquanto caminhamos. — Estou tentando encontrar um presente de aniversário para minha mãe. — diz Luke. — Tentando e falhando. — As mães são sempre difíceis de comprar algo. — Eu viro minha cabeça, e roubo um olhar em seu rosto bonito. Ele não se barbeou em pelo menos um dia, e sua barba por fazer parece bem nele. Muito bem. — Eu comprei um lenço. Mas, ela mora na Flórida. Não posso deixar de rir. Alguns segundos depois, ele está rindo também. Continuamos conversando enquanto percorremos pelas ruas movimentadas do restaurante. Uma vez que estamos sentados e as meninas estão ocupadas colorindo seus desenhos, eu viro para Luke. — Então... Eu tenho filhas. — eu começo. — Você está zangado? Ele ergue uma sobrancelha. — Isso é uma coisa estranha para se estar bravo. — Mas, eu não disse. — Eu não teria imaginado. — ele admite. — Você ficaria furiosa se dissesse que eu tinha um filho? Eu balanço a cabeça.
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— Você tem? — Não. Também não há filhos. Pego minha água, pegando uma gota de condensação enquanto rola pelo copo. Em alguma parte do meu cérebro, sei que deveria parar de falar. Pare de insistir, Luke disse que não está incomodado com o fato de eu ter filhos. Mas, esse não é o meu estilo. — Se não quiser me ver novamente depois disso, não precisa. Não que você tenha dito que queria mesmo antes disso, porque não é obrigado, então não sinta que precisa e meus sentimentos não... — Lexi. — Luke diz e coloca a mão dele na minha. Ele está ao meu lado e inclina um pouco mais perto. — Eu a beijaria para calar sua boca, mas não tenho certeza se está bem fazer isso na frente de suas filhas. — Ele olha para o outro lado da mesa para as meninas, que ainda estão ocupadas colorindo. — Eu disse que não teria imaginado que você tinha filhos, mas isso não significa que de repente eu não gosto de você. Eu aceno, e me sinto estupidamente emocional. — Obrigada. Ele ri. — De nada. E acho que esta é a razão pela qual você não podia sair este fim de semana, certo? — Certo. — Eu pensei que você estava vendo outra pessoa. Embora agora saiba que está vendo duas pessoas e não acho que eu possa competir com elas. Eu aperto a mão de Luke, sorrindo. — Ninguém pode. Paige olha para cima e enruga o nariz. — Você desenhou em seu braço? — Ela pergunta a Luke. Ele estende o braço para que ela possa olhar para suas tatuagens. — Outra pessoa fez. Ambas estão fascinadas com a tinta na pele de Luke. Eu inclino contra a cabine e assisto, tentando impedir meu coração de voar. Eu não quero pensar muito nisso, começar a esperar que Luke seja uma parte da minha vida. Eu não quero me
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machucar novamente e preciso ser prática para o bem das meninas. Se fosse apresentar Luke como mais do que meu amigo, isso poderia machuca-las também. E eu tenho que encontrar alguém que seja bom para mim, assim como para elas. Tanto quanto essa esperança estúpida dentro de mim tenta florescer, preciso lembrar de que qualquer passo em potencial mais longe precisa ser confiável. E eu não sei o que fazer com Luke trabalhando em tempo parcial como barman e ansioso para ter uma noite de sexo. Eu sei, eu sei. Não é o fato de ele ter um trabalho noturno. Cada um na sua, eu estou tão cheia de ouvir de qualquer pessoa – homem ou mulher – que é uma vadia e devia se envergonhar por fazer algo que tem vontade de fazer. O que me preocupa é se Luke gosta de misturar isso, tendo esse sexo selvagem noturno, louco a cada vez. Porque a vida real não é assim. O sexo não é sempre selvagem e louco. Às vezes é chato, e às vezes não acontece tão bem. Algumas noites vou estar muito cansada, ou posso simplesmente não sentir como ele desde que eu tenho muito trabalho a fazer antes de dormir. Ninguém poderia culpar Luke se isso não é o que ele quer. Ele tem o direito de procurar o que o satisfaz, assim como eu. Eu simplesmente não consigo acreditar que ele me queira.
. Eu perdi a conta do número de mentiras que disse a mim mesma. Eu olho para o relógio, esperando talvez que se eu olhar tempo suficiente, o tempo vai de alguma forma retroceder duas ou três horas e eu possa desmoronar na cama. Eu jurei que não iria trabalhar no fim de semana, bem como ficar até três horas da manhã acordada. Esfrego os olhos e caminho até a cama, não me preocupando em fechar o meu computador ou guardar nada. Depois do almoço, fomos dar um passeio pelo Central Park e Luke foi também. Ele nos acompanhou até o metrô, levando nossas sacolas de compras o tempo todo. Não querendo que as garotas o vejam como algo diferente de um amigo platônico, nós não nos despedimos. Antes de sair, Luke disse que queria me ver novamente. Marcamos um encontro para sexta-feira e pensando nisso agora, sextafeira parece tão longe.
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Eu tiro minhas roupas e caio na cama, com o telefone na mão. Abro minhas mensagens de texto e mando uma para Luke, que deveria estar chegando em casa do trabalho agora.
Eu: Obrigada novamente por hoje. Todos nós nos divertimos. Luke: Eu também. Porque ainda está acordada? Eu: Trabalhando, mesmo que eu tenha prometido a mim mesma que não iria trazer qualquer trabalho do escritório para casa. Luke: Viciada em trabalho. Eu: Eu sei. Eu sou a pior. Além disso, sexta-feira está longe. Luke: Muito longe. Não podemos nos encontrar mais cedo?
Seu último texto chega, seguido por um imediatamente depois.
Luke: Você e suas meninas, quero dizer.
Eu mordo meu lábio tentando parar de sorrir. Eu quero dizer sim e começo a digitar, então paro. Como é que toda essa coisa de namoro, pós-divórcio, trabalho, crianças podem estar envolvidas? Será bom para elas saberem que estou namorando de novo? Russell tem uma namorada. Uma namorada que dorme em sua casa quando as garotas estão lá, uma namorada que ele beija e dá adeus na frente das garotas. Elas sabem que mamãe e papai não estão juntos. Dor de cabeça de repente chega e piscinas de lágrimas formam em meus olhos. Paige não sabe o que é ter seus pais juntos. Ela era apenas um bebê quando Russell e eu nos divorciamos. Grace lembra e perguntou no passado se nós vamos voltar. Quando Russ se juntou com sua última namorada, foi difícil para Grace ver seu pai com outra mulher. Me ver agora com Luke faria o mesmo com ela? Saio das minhas mensagens e faço uma pesquisa no Google. Eu entro "namoro após o divórcio com filhos" e clico no primeiro artigo que encontro. Bem, já estraguei tudo, de acordo com isso. Eu não deveria ter deixado as crianças conhecerem Luke ainda. Entro em outro artigo o mais rápido possível, sabendo que preciso responder a Luke em breve ou ele vai pensar que não estou interessada. A culpa de que as
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garotas já o conheceram vem em ondas quanto mais entro neste artigo. Minha única graça salvadora é que a reunião não foi algo planejado. Estava errada ao convidá-lo para almoçar? A partir de agora, as meninas conhecem Luke como meu amigo e nada mais. Tenho amigos do sexo masculino com os quais já sai e as meninas os conhecem. Eu nunca pensei nada disso desde que eu não tinha planos de ter um relacionamento. Eu exalo, sabendo que estou me metendo em território perigoso. Foi incrivelmente adequado que Luke conhecesse as meninas. Ele sabe que não posso sair durante a semana sozinha. Embora eu pudesse. Mamãe viria em uma batida de coração se pedisse e sei que ela ficaria feliz em saber que tenho um encontro. Faz um tempo desde que Russell e eu nos separamos legalmente e ainda mais desde que nos separamos. Mamãe está insinuando por um tempo que eu preciso voltar à ativa. Eu volto para minhas mensagens de texto, apago o que comecei a digitar e envio uma nova mensagem.
Eu: Sim, eu adoraria. Quarta-feira novamente?
Um minuto passa antes que Luke responda.
Luke: Eu trabalho nesta noite. Terça? Eu: Isso deve funcionar! � Combinamos os detalhes na parte da manhã? Luke: Parece bom. Eu vou te ligar. Boa noite. Eu: Boa noite, Luke ♥
Envio a mensagem, abaixo o meu telefone, então me preocupo se o emoji de coração foi demais. Eu balanço a cabeça para mim mesma, deito e adormeço rapidamente.
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CAPÍTULO 1 4
Luke
Estar com Lexi e não ser capaz de tocá-la, puxá-la para perto e pressionar meus lábios nos dela é doloroso. Vê-la no sábado pareceu coisa do destino. De todas as pessoas da cidade, eu a vejo. Houve um tempo em minha vida em que eu acharia tudo isso uma merda. Eu não acredito no amor ou acho que poderia haver uma pessoa que você está destinado a estar. Eu já tive namoradas antes, mas sempre preferi ficar sozinho. Livre para fazer o que quisesse e toda essa merda. Estava bem antes. Mas agora, depois de quase perder tudo, minhas prioridades mudaram. Eles dizem que sua vida pisca diante de seus olhos antes de morrer, e posso atestar isso. De alguma forma, pelo menos. E no momento em que eu não pensei que viveria para respirar novamente, tudo mudou. Eu vivi minha vida por mim mesmo e quando tudo estava dito e feito, eu não tinha nada porque não tinha ninguém. Ninguém com quem compartilhá-la. Ninguém para amar ou cuidar. Ninguém para cuidar de mim ou me amar. Demorou quase me queimar até a morte para admitir a mim mesmo que eu estava sozinho. A luz do amanhecer atravessa a janela. Eu rolo, tentando ficar confortável. Ainda é muito cedo para estar acordado, mas não consigo voltar a pegar no sono. Não com Lexi em minha mente. Descobrir que ela tem filhos me deixou surpreso. Não que seja ruim ou qualquer coisa, apenas inesperado. Fiquei atraído por ela no momento em que a vi e cada minuto que passamos juntos solidifica meu desejo por esta mulher. O fato de
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ela ter duas meninas não muda isso. Se for algo, é que isso me deixa nervoso e eu nunca estive nervoso quando persegui uma mulher antes. Mas, aquelas garotinhas elevam a expectativa. Não só o coração de Lexi está na reta, mas o delas também. E isso é muita responsabilidade. Eu não quero foder isso. Alguns de meus amigos em Chicago têm filhos. Estou naquela idade, chegando aos trinta anos, quando o grupo de solteiros se torna a minoria entre os grupos. Minhas interações com crianças são limitadas. Contanto que as crianças não sejam mimadas, nós parecemos conviver muito bem. As crianças são divertidas. Eu gosto de diversão. Sem problemas. Finalmente, eu adormeço, não acordando novamente até meio-dia. É domingo, o que significa que Cole vai ficar em casa o dia todo. Normalmente, o pensamento me incomodaria. Mas hoje, eu realmente não me importo. Eu pretendo comer, ir à academia e depois jogar videogame. Dia fácil e mais fácil ainda será ficar fora do caminho um do outro. Eu levanto, deixando as cobertas caírem do meu corpo, atravesso o frio chão de madeira para chegar a minha cômoda. Eu me visto e desço as escadas. — Está vivo. — diz Cole, sem levantar os olhos dos papéis que está lendo. Uma caneta vermelha está ao lado do manuscrito. Ah, ele está no modo edição. Que por alguma razão o deixa ainda mais idiota. Se ele odeia seu trabalho tanto, então ele deveria sair imediatamente. — Sim. — eu digo. — E é um grande dia para estar vivo. — Eu abro a geladeira e pego ingredientes para fazer omeletes. Posso sentir os olhos de Cole em mim, esperando que eu diga outra coisa. Como costumo fazer. Mas hoje não. Empurrar seus botões não parece divertido hoje. — Você perdeu a metade do dia. — continua ele. Eu encolho os ombros. — Depende de como você olha para isso. Eu durmo a mesma quantidade de horas que você, apenas em um momento diferente. — Eu quebro um ovo e começo a misturar. — Quer um? Cole olha para cima da pilha de papéis. — Certo. Obrigado. — Sem problemas. — Você está de bom humor. Há uma garota lá em cima?
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— Hoje não. Cole inclina para trás. — Já se foi? Chacoalho a cabeça, tentando não o deixando chegar a mim. Por que ele tem que ser tão idiota? Em geral, ele não é a pessoa mais agradável, mas eu sei que ele não é assim com ninguém. Regalias de ser o irmão mais novo, certo? — Ela saiu há uma semana. — Você ainda está vendo a mesma garota? — Estou. Saímos ontem. E vou vê-la novamente na terça-feira. — Se ela desistir, posso ver por que você continua voltando. Eu me afasto do forno e olho para Cole. Minha paciência está se esgotando, eu aperto a espátula, grato que não seja uma faca. Não posso prometer derramamento de sangue agora. — Será que mataria você estar feliz por mim? Eu percebo que isso não é notícia de primeira página, mas estou vendo uma mulher incrível e sim, estou de bom humor por causa disso. O que você quer, Cole? Você tem estado assim desde o dia em que eu nasci e isso piora a cada ano. — Eu não tenho tempo para isso. — diz Cole, levantando o manuscrito. Eu realmente quero empurrá-lo e vê-lo cair fodendo tudo. A raiva surge através de mim e a próxima coisa que eu sei, estou a centímetros do rosto de Cole. — Deixe-me sozinho. — ele rosna. — Ou o quê? — Eu inclino minha cabeça. — O que você vai fazer? Bater em mim? Continue. Experimente. Cole estreita os olhos e vira para sair. Meus braços se contraem enquanto resisto de levantar meu punho para cima para encontrar seu rosto. Meu telefone toca e eu desvio meus olhos de meu irmão por um segundo para ver quem está ligando. Cole usa isso em sua vantagem e sai da cozinha como um covarde de merda. Não que eu queira que ele comece uma briga. Eu sei que vou chutar seu traseiro e embora eu não possa suportá-lo, ele é meu irmão e não quero mais sangue derramado entre nós do que já existe. Lexi está ligando. Eu exalo antes de atender e no momento em que ouço sua voz, toda a raiva se dissolve. — Ei. — ela diz, voz suave como mel. — Como você está?
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— Bem. Apenas começando meu dia. Você? — Bem também. Cansada, se for honesta. As meninas levantaram às sete. Volto para o fogão e viro a omelete. — Isso é brutal. — Sim, mas é o que é, certo? E é minha culpa. Vou dormir cedo esta noite. Eu rio. — Por que não acredito nisso? — Porque é uma grande e gorda mentira. Terça-feira... Quando e onde você quer ir? Minha mãe pode pegar as meninas na escola para que eu possa encontrá-lo em algum lugar da cidade. — Você não tem que vir a Manhattan. — Mas, é aí que estão os bons restaurantes. Estou rindo de novo. — E não há nada de bom onde você mora, o que tem aí...? — Brooklyn. E há lugares agradáveis aqui. Muitos deles. Mas, isso é muito longe para você e... — Eu não sou o único com crianças que tem que levantar na manhã seguinte para o trabalho. Eu prometo que não me importo de ir ao Brooklyn. — Certo. Desculpa. Eu não estou acostumada a, uh, a tanta gentileza. — Bem, se acostume.
. Eu paro o carro no parque e verifico o endereço na caixa postal com o qual eu entrei no GPS. Vendo que está correto, eu saio e mando a Lexi um texto para que saiba que estou aqui como ela pediu. Estaciono próximo a calçada, olhando para a casa de tijolos de dois andares. Uma luz acende dentro de uma sala na frente da casa e alguns segundos depois, um cão late. Foi ideia dela se encontrar assim, querendo poupar suas filhas de um encontro-e-cumprimentos. Ela divagou sobre suas palavras enquanto me explicava, ficando cada vez mais nervosa enquanto continuava falando, preocupada por estar me ofendendo. Mas eu entendo. Não arrisque ficar apegados se não vai funcionar.
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Passam alguns minutos antes dela sair da casa. Seu cabelo pendura em ondas soltas ao redor de seu rosto, enquadrando perfeitamente. Ela está usando um vestido roxo escuro que destaca suas curvas da melhor maneira. Minha mente salta lentamente para o movimento, até que seu traseiro esteja exposto. — Luke. — ela diz e ouvi-la dizer meu nome não está me ajudando a não fodê-la mentalmente agora. Eu desço do carro, encontrando-a no meio do caminho. Meu coração pula no segundo em que meus braços estão em torno dela, e eu a puxo para um abraço apertado. — Você cheira bem. — diz ela, com uma respiração quente no meu pescoço. Seria cafona sugerir foder no carro? Porque não sei quanto tempo posso aguentar. — Você parece bem. Melhor do que bem. Incrível. — Eu deslizo minhas mãos de seus ombros para seus quadris, deslizando contra os meus. Ela inclina a cabeça para a mim, mesmo nas pontas dos pés ela é mais baixa que eu, e me beija. Seu beijo é profundo. Desesperado. Apaixonado. Foder ela no carro parece uma ideia brilhante agora. Eu a aperto mais contra mim, o sangue correndo para o meu pau. O que há nessa mulher que me deixa tão ferrado? Nós tropeçamos para trás, nos beijando desajeitadamente e andando, até que chegamos ao carro. Não posso evitar. Eu a prendo entre a porta do passageiro e eu. Eu movo meus lábios para seu pescoço, suavemente escovando seus cabelos loiros para fora do caminho. Lexi estremece e engancha seu tornozelo ao redor do meu. O cão late novamente, fazendo com que nos separemos. Como me esqueci de que não éramos os únicos ali. — Antes de irmos. — ela começa, deixando as mãos caírem de minha cintura. — Tem certeza de que não se importa que eu tenha filhos? — Eu não. — digo a ela e pego sua mão, levando para o meu pau. — Isso é o que você está fazendo comigo, se isso ajudar. A cor corre para suas bochechas. — Isso ajuda. — Sua mão ainda está sobre o meu pau, e ela inclina a cabeça, seus olhos indo para o meu pênis. — Mas, isso provavelmente não está ajudando você. Envolvo meus braços em volta dela e coloco meus lábios em sua orelha. — Você não tem ideia do quanto eu quero foder você.
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— Eu tenho uma ideia muito boa. — ela sussurra de volta e esfrega sua mão contra mim. Eu gosto por um segundo, em seguida, dou um passo para trás. — Vamos. Antes que eu te deite no banco de trás. Ela assente com a cabeça. — Pelo menos, vire a esquina primeiro. Por uma fração de segundo, acho que ela está falando sério. Então nós dois rimos e eu abro a porta para ela. — Só para não haver mais dúvidas. — eu digo enquanto dirigimos para o restaurante. — Meus sentimentos por você não mudaram desde que descobri que você tem filhos. — Bom. — ela suspira. — E sinto muito não ter contado antes. Eu queria, mas o momento certo não surgiu. E naquela noite, quando pensamos que isso não iria acontecer novamente, eu não vi o ponto de envolvê-las, sabe? — Você não precisa se explicar, Lexi. — Há bagagem suficiente no meu próprio passado, merdas que precisam ser conhecidas antes que alguém queira um compromisso sério comigo. Mas, como ela disse, o momento tem que ser certo para essa porcaria seja colocada para fora. Movo uma mão do volante e a coloco sobre a coxa. Ela enrola os dedos sob os meus e muda de assunto. Falamos sobre tudo e qualquer coisa durante o jantar e nunca há um momento de aborrecimento. É tão fácil conversar com Lexi, nós fazemos nosso pedido de sobremesa após o jantar, comemos o mais lento possível para que este encontro não tenha que terminar. Eu a encaminho até a porta da frente, um braço ao redor de sua cintura. Antes que ela possa pegar suas chaves, minha boca está sobre a dela de novo. Seus braços vão em torno de meus ombros e eu mergulho suas costas, segurando-a apertada. — Uau. — ela sussurra, levantando o ar. — Você é muito bom nisso. — Eu sei. — Eu sorrio, ansioso para ela me chamar para entrar. Ela abre a bolsa e puxa as chaves. — Eu convidaria você, mas minha mãe ainda está aqui. Eu pisco. Merda. — Oh, certo. Acho que não vou conseguir nada hoje à noite. Ela balança a cabeça.
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— Não. Desculpe-me por isso. Você vai ter que esperar até sexta-feira. — Você vale a pena esperar.
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CAPÍTULO 1 5
Alexis
— Isso foi o beijo de boa noite. — diz mamãe no segundo em que eu entro na porta. — Mãe! — Exclamo. — Você estava me espionando? — Estava apenas tentando impedir Pluto de latir e acordar as meninas. Tirei os sapatos e olhei para minha mãe. — Claro, mãe. — Por que você não o convidou para entrar? Eu adoraria conhecê-lo. Pelo que eu vi, ele parece delicioso. — Ai credo. Mamãe. Nunca diga isso de novo. Mamãe acena com a mão no ar e ri. Nosso relacionamento mudou para melhor depois do divórcio. Eu sou aberta e honesta com mamãe como eu seria com uma amiga. Foi um pouco estranho no começo, mas agora é ótimo. — Estou feliz que você saiu em um encontro, Lexi. Com nada menos que um homem bonito. Você trabalha tão duro e merece ser feliz. Eu pisco as lágrimas. Pensar em namorar novamente e a felicidade traz um oceano de emoção. Um oceano em que me afogarei se eu pensar demais nisso. — Obrigada, mãe. Eu só espero que possa fazer direito desta vez. — Querida, você não fez nada de errado antes. Todos nós achamos que Russell era um ótimo cara quando você o conheceu. — Obviamente, estávamos todos errados. — Eu suspiro. — Eu não sei como não cometer o mesmo erro duas vezes. O que eu faço?
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— Gostaria de saber a resposta. Eu suspiro. — Eu também. — Mas, basta pensar sobre o que era ou o que poderia ser. Me fale sobre seu encontro! Ele pagou? — Tivemos um tempo muito legal. Ele e ótimo. Fácil de falar, ele me faz rir, e ele é um cara legal. E ele pagou e deu gorjeta de mais de 20%. Não sou boa o bastante em matemática para fazer contas e descobrir a porcentagem de cabeça, no entanto. — Mas? — Mas o que? Ela levanta as sobrancelhas e espera. Eu recebi meus olhos verdes de mamãe, mas é aí que as semelhanças terminam. Minha irmã mais velha, Kara, é uma cópia em carbono de nossa mãe, enquanto eu me pareço com meu pai. — Você vai encontrar algo errado com ele, alguma razão para afastá-lo. Eu conheço você, Alexis. Merda. Minha mãe realmente me conhece. — Não há nada de errado com ele. — eu suspiro. — Na verdade não. Apenas... Digamos que vamos a mais encontros. E as coisas ainda são boas. Eu ainda gosto dele, ele gosta de mim e queremos que as coisas sejam sérias. — Como isso é um problema? — Ele é um ótimo cara, mãe. Muito bom. Mas eu não sei se ele é, bem, maduro o suficiente em alguns aspectos para ser um padrasto. — Você não está falando sobre sexo, não é? — Não, ele é ótimo lá, mas vou poupar os detalhes. — Já transou com esse homem? Sento no sofá e rolo os olhos. — Eu sou adulta, mãe. Tenho filhos. Você não pode mais fingir que sou uma virgem inocente. Mamãe segura os lábios dela. — Huuum...
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— Enfim. — continuo, ignorando seu comentário. — Eu pensei que iria acabar com alguém que tivesse uma carreira profissional e tenha controle sobre ela. Alguém o oposto de mim que pode me manter na linha e dizer que colocar a panela elétrica de molho na água com sabão todos os dias durante uma semana não vai dissolver a sujeira. Não um barman de meio período que vive com seu irmão. Mamãe toma um assento ao meu lado e bate em minha mão. — Você acabou de descrever Russell. — ela diz gentilmente. — E no final, ele fez mais do que dizer para você lavar os pratos. As palavras de mamãe me atingem e não sei por que me levou até este momento para perceber que eu estava procurando por um Russell 2.0. — Você está certa. — eu digo devagar. — Ser organizado e ter um trabalho bem remunerado é bom. — continua mamãe. — Mas, isso não deve determinar quem você namora. Essa revelação me pega desprevenida. Minha mente vai a um milhão de milhas por minuto. — Acho que ter alguém responsável é o melhor para as meninas. Elas precisam de estabilidade e segurança. — Você dá isso a elas. Alexis. — mamãe diz e fica com os olhos cheios de lágrimas. — Os últimos anos não foram fáceis para você. Mas, nem uma vez você deu a essas meninas nada além de um lar estável, amoroso e toda a segurança de que precisam. E agora meus olhos estão cheios de lágrimas e o meu lábio inferior está tremendo. Olho para Pluto, tentando encontrar uma distração. — Se você entrar em outro relacionamento, as meninas precisam de um modelo. Elas precisam ver um homem que trate sua mãe como a alma maravilhosa que ela é. Lágrimas rolam pelas minhas bochechas, o que desencadeia as de mamãe. — Ok. — eu grito. E me aconchego em Pluto, que ainda está abanando o rabo da excitação por eu voltar para casa. — Eu não tenho ideia do que estou fazendo. — confesso. — Nenhum de nós, querida. Se você gosta deste homem e ele está fazendo você feliz, então continue com os encontros. Mantenha casual até que saiba se quer ter um compromisso com ele e não estou falando sobre casamento. Pode demorar
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alguns meses, pode demorar alguns anos. Não há limite de tempo. E se o homem certo aparecer, ele também não colocará um limite no seu relacionamento. Eu aceno, concordando com tudo o que ela diz. — Mas e se quem eu namorar quiser filhos. Não sou tão jovem, e não é justo fazê-lo esperar. — Você tem vinte e sete anos. Eu tive você quando eu tinha trinta e dois, e você desenvolveu muito bem. — Isso é discutível. Mamãe ri e põe o braço em volta de mim. — Seu pai e eu estamos orgulhosos de você, Lexi. Você lidou com muita coisa e fez isso muito bem. Eu mantenho meus comentários sarcásticos para mim mesma. Não há necessidade de alarmar minha mãe dizendo que mal estou mantendo minha vida em ordem. — Obrigada, mãe. — Te amo querida. — Eu também te amo, mãe. Ela me abraça e fica de pé. — Agora, coloque sua bunda na cama. Eu sei que está ficando até tarde na edição de novo, não é? — Não tão tarde. Apenas até duas ou três da manhã. — Você vai ficar doente. Eu exalo pesadamente. — Eu não tenho muita escolha. — Hoje à noite, você faz. Ou melhor, eu faço. Estou dizendo para você ir para a cama. — Ok, mãe. Eu vou. Obrigado por olhar as garotas. Elas foram boazinhas? — Como Anjos. Grace leu duas histórias de dormir para Paige e elas foram dormir sem problemas. Posso olha-las qualquer dia. Eu levo mamãe até a porta, a acompanho pela janela para ter certeza que ela entrou em seu carro com segurança, então vou para a sala de estar. Coloco a série
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Gilmore Girls e sento no sofá. Estou me recompensando com um episódio. Apenas um. Então terei que enfrentar o resto dos e-mails que não visualizei durante o dia e editar um capítulo do livro paranormal. Três episódios e meia dúzia de Oreos mais tarde, estou me odiando em um novo nível. Levo uma hora e meia para passar por um capítulo. Tenho algumas sugestões de reescrita importantes para tornar o arco de caracteres mais forte, mas se o autor aprovar, significa voltar ao capítulo dois e mudar as coisas para a consistência. É um monte de trabalho, mas o livro será muito melhor no final. Passo para os e-mails seguintes, respondendo, marcando e fazendo anotações de merda que tenho que fazer até que eu mal consiga manter meus olhos abertos. Mamãe lavou a louça depois que as meninas foram para a cama, graças a Deus. Eu deixei o cão sair, limpei os balcões, em seguida, chamo Pluto de volta para dentro, no segundo em que ele atravessa a porta, eu posso sentir o cheiro de merda em suas patas. Literalmente. Eu faço um movimento e ele se afasta, pensando que isto é um jogo. Ele atravessa metade da cozinha antes de eu colocar meus dedos sob sua coleira. Eu resmungo, cubro meu nariz com a manga e verifico que a pata é a culpada. Eu limpo o chão e sua pata com um alvejante para matar os germes. Enxaguo, enxugo e controlo o pânico de que os produtos químicos vão queimar sua pele ou se infiltrar em sua corrente sanguínea e envenená-lo. Uma rápida pesquisa no Google diz que a minha falta de julgamento não vai matar o meu cão, desde que eu não faça isso de novo. Sentindo-me culpada, eu me aconchego no sofá com Pluto enquanto o alimento com biscoitinhos. Estou começando a cochilar quando ele salta e late. — Pluto. — eu murmuro. — O que é. Eu me assusto quando um baque vem da varanda. Meu sangue gela e não consigo me mexer. Pluto late novamente. Minhas mãos tremem. Eu não sei o que fazer. As luzes estão acesas e eu não fechei nenhuma cortina. Quem está lá fora pode me ver. Meu coração está na minha garganta. Pluto para de latir e senta à porta, rosnando. Eu prendo minha respiração e escuto. Nada. Mas, isso não me livra do medo. Sentindo como se pudesse desmaiar, eu saio do sofá e verifico as trancas. Então ligo a TV para fazer parecer que alguém está
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acordado, pego uma faca e subo as escadas. Verifico as garotas, ambas dormem profundamente e sento no corredor. Meu primeiro pensamento é chamar Luke. Tenho certeza que ele virá, mas ele está pelo menos a meia hora de distância. O assassino que está lá fora nos matará antes que Luke possa chegar aqui. Devo ligar para a polícia? Tudo que eu ouvi foi um baque. Poderia ser qualquer coisa, o vento ou aqueles malditos ratos gigantes que Grace diz que não os alimenta. Será que a polícia viria para isso? Esfrego os olhos, muito assustada para estar cansada. Pluto se junta a mim no chão. Eu coloco a faca para baixo, deslizando a lâmina debaixo da porta de armário para evitar me apunhalar ou ao filhote, envolvo um braço em torno dele. Inclino contra a parede, tentando não pensar em todas as maneiras que eu poderia morrer violentamente, protegendo os minhas filhas. Em algum momento por volta das quatro da manhã, fui acordada por Paige. Está tendo um pesadelo outra vez e diz que há um homem em sua porta que a olha em seu sono. Desde que eu estava sentada contra a parede do lado de fora da porta, isso me arrepia mais do que deveria. Ela tem três anos. Ter pesadelos como esse é normal, certo? Eu subo na cama com Paige, pulando a cada barulho. Minha cabeça lateja de exaustão, meu corpo implorando por algum tempo com olhos fechados. Eu não relaxo o suficiente para adormecer até o sol raiar. Coincidentemente, meu alarme dispara também.
. — Você parece uma merda. — Obrigada, Jillian. — eu digo, as palavras saem ligeiramente arrasadas. — Você está doente? Eu balanço a cabeça e pego o café. — Não dormi ontem à noite. — Vá sentar. Vou pegar café para você. Meus pés se arrastam através da sala de descanso e eu caio em uma cadeira, dobrando meus braços sobre a mesa para descansar a cabeça. Eu ouço as pessoas se mexendo, amaldiçoando pelo sono que tiveram ontem à noite. Meu telefone vibra. Eu o puxo, piscando algumas vezes para ler o texto.
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Luke: Eu tive um ótimo tempo ontem à noite, mesmo que não acabou com você nua. Eu: Da próxima vez, eu prometo ; ) e eu tive uma ótima noite também. Estou surpresa que já esteja acordado. Luke: Alguma pessoa estava em minha mente e eu não conseguia dormir. Como anda o trabalho? Eu: Apenas começando, mas vai ser um dia longo. Eu não dormi muito ontem à noite, o que é sempre estressante.
Eu mando o texto, então me preocupo se estou sendo muito chorosa. Embora neste momento, estou muito exausta para me importar. E eu fico chorosa quando estou cansada.
Luke: Está tudo bem? Eu: Sim. Apenas ocupada com o trabalho, Paige não dormiu bem. Ela está passando por uma fase de pesadelos e acorda muito à noite e eu não posso fazê-la voltar a dormir. Luke: Estou indo para academia. Quer que eu leve café? Vou dizer à balconista que temos uma situação de Freddie Kruger acontecendo e pedimos tiros duplos de café expresso.
Suas palavras trazem um sorriso instantâneo ao meu rosto e um agito familiar passa por mim. É familiar, mas não sinto há muito tempo. Antes que eu possa responder, Jillian se aproxima, entregando o meu café. — Aqui seu café. — Ela senta ao meu lado, adicionando adoçante sem calorias em seu próprio café. — Isso foi resultado do seu encontro ontem à noite? — Desejava que fosse, mas não. — Como eu era capaz de me divertir e ir para a faculdade de manhã? Desde quando fiquei tão velha? — Foi o resultado da má gestão do tempo, trabalhando a noite toda, então o que mais provável era um espírito demoníaco em minha casa. Alguma coisa bateu na porta às três da manhã e depois acordou Paige. — Alguém bateu à sua porta às três da manhã? — Talvez. Ouvi um barulho e Pluto latiu. Estava assustada demais para dormir, então sentei no corredor e fiquei de guarda pelas meninas até que cochilei,
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então Paige acordou dizendo que um homem estava observando ela dormir novamente. — Eu já disse que você precisa benzer aquele lugar. — Jillian brinca. — Mas sério... Você parece esgotada, Lex. — Estou bem. — eu digo e trago meu café aos meus lábios. — Eu vou para a cama logo depois que as meninas dormirem esta noite e então estarei de volta ao normal. Ela balança a cabeça, não convencida. — Como foi o encontro? — Muito bom. Nós nos damos muito bem, mais do que eu já me dei com qualquer cara antes. Isso é estranho? Não deveria o começo desse relacionamento ser preenchido com momentos embaraçosos e silêncio desconfortável? — Talvez você finalmente encontrou a pessoa certa. Tomo outro gole de café e resmungo. — Eu sei que estamos literalmente no negócio do amor de conto de fadas e finais felizes, mas isso não existe. Não é a vida real. Não há uma pessoa lá fora para todos. Algumas pessoas acabam sozinhas. Ou pior: com a pessoa errada. —Você é mal-humorada quando está cansada. — Desculpa. Eu sei que sou. — Eu tomo outro copo de café, esperando a cafeína fazer efeito. Meu olho direito está fadigado como resultado de ser forçado a abrir. Tudo que eu quero fazer é fechar meus olhos. — É a segunda vez que saímos e não dormimos juntos. — Eu sabia que ele gostava de você. Levá-la para o café da manhã foi um prêmio inesperado, ele não queria apenas uma noite. — Jillian sai da mesa e vai até o balcão, enchendo uma tigela de frutas. Está substituindo seu bagel usual e adicionando essa porcaria de falso açúcar em seu café. Se eu não estivesse tão cansada, eu iria informa-la sobre o quão errado é fazer outra dieta da moda. Descanso minha cabeça em minhas mãos, saboreando os quarenta segundos de silêncio onde posso fechar os olhos. As visões da minha cama brilham diante dos meus olhos. Eu posso sentir o cheiro do amaciante em meus lençóis, sinto o envoltório suave em torno de meus ombros. — Lex? Eu estremeço, piscando.
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— Sim? — Tem certeza de que está bem? Eu passo minha mão sobre o meu rosto. — Totalmente. — Estou preocupada com você. Suas mãos estão tremendo. Coloco-as sobre a mesa. — Estou bem. — Hum, você não está. Você deve ir para casa e descansar. — Quem deve ir para casa e descansar? — Cole diz, entrando na sala segurando uma caneca de café de cerâmica. Ele para, olhando para mim. — Alexis? Você está bem? — Estou bem. — reitero. — Apenas exausta. Trabalho, além das crianças me manterem acordada a noite toda. Cole parece imediatamente preocupado. — Você não tem que trabalhar à noite. Você sabe disso, certo? — Eu sei. Quero dizer, estava trabalhando. — Eu balanço a cabeça. — Não. Espere. Me deixe pensar nisso um minuto. Cole se aproxima e senta ao meu lado, sinalizando para Jillian nos dar algum espaço. — Está tudo bem? — Ele pergunta calmamente. — Tudo bem em casa? — Sim. Mesmo. Estamos todas bem e felizes. Foi uma noite difícil. Eu fiquei até um pouco mais tarde do que o costume respondendo a alguns e-mails. Então eu pensei ter ouvido alguém em minha varanda e para ser honesta, isso me assustou muito. E minha filha tem pesadelos às vezes que a acordam na madrugada, é difícil fazê-la voltar a dormir depois disso. — Alguém estava na sua varanda no meio da noite? Tentando entrar? — Eu ouvi um barulho. — Explico. — Nada confirmado. Só... Um barulho mesmo. Então, realmente, eu não sei. Estar só com as meninas... Isso faz eu me sentir vulnerável, tanto quanto eu odeio admitir isso. Meu emocional está abalado e quando estou cansada eu divago e gemo. É um mecanismo de defesa estranho que desenvolvi na faculdade. Continue falando
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para que não caia no sono na aula. Minhas palavras podem não fazer muito sentido, mas pelo menos estou acordada. Os olhos castanhos de Cole se enchem de preocupação. — Por que você está aqui? — Eu trabalho aqui. — digo devagar. Cole ri, e vejo pequenas semelhanças com Luke. — Quero dizer, por que você não ligou e tirou um dia de folga? — Eu não estou doente. — Você não pegou nenhum dia de folga durante todo o ano. Vá para casa e descanse um pouco. — Você realmente quis dizer isso? — Eu pergunto com tanto alívio que posso chorar. — Sim. Eu preciso de você inteira e focada. Forçar-se a ficar acordada não é bom para você, Alexis. Vá para casa e vá para a cama. Sem e-mails. Sem edição. Cuide-se. Lágrimas enchem meus olhos. — Obrigada. — eu digo, dificilmente sendo capaz de não chorar com sua bondade. Cole é um bom homem. Ele me abraça, acariciando minhas costas suavemente. Ele usa a mesma colônia que Luke. É inquietante, e me faz querer afastá-lo. Esse cheiro é o cheiro do meu Luke. Isso me lembra Luke. Cole não pode me fazer lembrar de Luke. Não está certo. — Não se preocupe com isso. E eu falo sério. — ele diz, me oferecendo uma mão para me ajudar a ficar de pé. — Sem trabalho. Eu aceno, limpo meus olhos, e pego minha bolsa. Agradeço mais uma vez, digo a Jillian que vou para casa e entro no elevador. Pego o texto sem resposta de Luke e respondo.
Eu: Não precisa. Eu pareço uma bagunça tão grande que o chefe está me mandando para casa para dormir.
Um minuto depois, meu telefone toca. Saio do elevador e entro no lobby. — Ei. — eu respondo.
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— Venha. — Luke diz imediatamente. — Venha aqui. — Isso parece tentador. Mas, eu deveria ir para casa. Talvez pegar Paige mais cedo, abraçar ela e Pluto no sofá. — Lexi, se você está exausta, não é seguro dirigir. Não sendo desagradável, mas vi alguns acidentes causados por pessoas que adormecem ao volante. Ah, certo, ele era um bombeiro e atendeu acidentes assim. Eu não quero arriscar ninguém, muito menos meu bebê. — Você trabalha no centro da cidade, certo? — Ele pergunta. Eu disse a ele que eu trabalhava na publicação, o que é verdade, mas vago o suficiente para não levantar questões. — Eu moro no centro da cidade. Venha aqui, cochile por algumas horas, então vá para casa. É o mais seguro para todos. E eu vou te ver. — Você aponta vários pontos positivos. Não vou te atrapalhar? — Bem, agora que você mencionou, você vai. É por isso que eu convidei você em primeiro lugar. — Hah. Muito engraçado. Vejo você em breve. Tem café pronto? — Vou fazer agora mesmo. Pego um táxi e chego a casa de Luke em poucos minutos. A excitação para ver Luke envia um tremor através de mim, e não estou em risco de adormecer em meus pés depois que bato em sua porta. Meu coração incha no momento em que olho para ele. Seu cabelo está bagunçado de sono e ele está usando calças de pijama xadrez e uma camiseta branca. Ele me puxa para um abraço e eu descanso minha cabeça contra seu peito musculoso. Ele beija minha testa e pega meu casaco, pendurando no hall. — Obrigada por me deixar vir dormir. — Você não tem que me agradecer. Embora estaria mentindo se dissesse que não estava esperando conseguir uma rapidinha antes de você desmaiar. — Ele abre seu famoso sorriso e estou sorrindo de volta para ele, balançando a cabeça. — Você deveria subir e tirar essas calças. Elas não parecem confortáveis para dormir. — Boa tentativa. Ele pega minha mão e me leva lá em cima. — Não negue.
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A cama está desfeita e as roupas que Luke usou na noite passada estão em uma pilha no chão. Dar uma boa olhada em seu quarto como ele realmente é, me deixa confortável. Luke olha para mim, colocando as mãos na minha cintura. — Deixe-me ajudá-la a tirar essa camisa. Isso também não será confortável. E seu sutiã... Eu ouvi que esses são os piores. Eu rio e balanço a cabeça, passando os braços em volta dos ombros dele. — Então, o que eu vou vestir? — Durma nua, é natural, você sabe. Os especialistas recomendam. — Bem, nesse caso, seja meu convidado. Luke puxa minha camisa sobre minha cabeça e eu desengancho o fecho do meu sutiã. Em seguida minhas calças saem fora, e eu sou deixada apenas com uma calcinha cor-de-rosa clara. — Você está realmente tão cansada? — Luke pergunta, olhando para mim com luxúria em seus olhos. — Exausta. Mas, acho que posso te dar quinze minutos. — Trinta. — Vinte. Ele sorri e me beija. — Combinado. Nós vamos para a cama, e Luke aconchega seu corpo ao redor do meu. Ele me segura apertado e beija a parte de trás do meu pescoço. — Isso é legal. — eu sussurro e meus olhos se fecham. Luke passa os dedos para cima e para baixo do meu braço, me relaxando e acalmando meu sono. Estou nesse estado nebuloso entre acordar e dormir quando ele move sua mão para baixo na minha frente, sobre o meu estômago e em minha calcinha. Eu gemo com seu toque suave, pequenos pulsos de prazer me sacudindo. Mantendo meus olhos fechados, eu rolo em minhas costas e empurro sua mão entre minhas pernas. Ele varre seus dedos sobre meu clitóris e então desliza um dedo para dentro. Eu avanço para ele, minha mão pousa em seu pau duro. Ele geme e aninha sua cabeça contra mim. Eu puxo suas calças para baixo e rolo para o meu lado novamente para que ele possa entrar em mim por trás. Estou tão confortável na cama de Luke, envolta em lençóis macios e sob cobertores quentes. O ar é fresco no quarto, uma mistura perfeita para aconchego e
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sexo. Meus olhos ainda estão fechados e minha mente está quase bêbada, pairando perto do sono, mas ainda mais perto de vir. Luke empurra mais e mais rápido, seus dedos ainda esfregando sobre o meu doce ponto. Eu amo a queima lenta do sexo preguiçoso, a maneira como nós dois nos aproximamos cada vez mais e gozamos quase ao mesmo tempo. Luke se mantém junto a mim, gemendo enquanto ele chega ao clímax e então relaxa contra a cama, braços ainda ao meu redor. Depois de um momento, ele volta a massagear meus ombros e estou dormindo em minutos.
. — O que é isso? — Uma voz alta masculina vem da porta. Acordo assustada, batendo em Luke, que ainda está emaranhado ao meu lado dormindo. Estou de frente para a janela, cobertores puxados até meus ombros. Estou confortável, quente e não quero mover, não quero levantar e ver se alguém está realmente gritando conosco ou se eu sonhei. — Luke. — a pessoa na porta grita, e meu coração para de bater. Conheço essa voz. Oh. Meu. Deus. Passos pesados ecoam pelas paredes quando ele entra no quarto. Uma raiva tangível enche o ar. Cole.
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CAPÍTULO 1 6
Luke
— Nos deixe em paz. — resmungo, puxando Lexi mais perto. Cole expressou sua aversão por ter uma mulher na casa, mas este é um novo nível de besteira. Estou no meu quarto. Adormecido. Durante o dia de trabalho, onde ele só aparece para o almoço, em seguida, dirige de volta para o escritório meia hora mais tarde. Cole entra, a fúria é visível em seus olhos. — O que é isso? Tiro meu braço do de Lexi, que ficou tensa quando Cole entrou no quarto e se sentou. — Que porra você está fazendo? Saia daqui. Seus olhos não estão em mim, mas em Lexi. Ele está tentando dar uma boa olhada? Salvar uma imagem dela para uma punheta mais tarde? Uma onda de proteção surge dentro de mim e eu salto da cama pronto para socar Cole na sua fodida cara. — Alexis? — Ele pergunta e eu paro. Lexi é Alexis. Ela me disse que não gosta de ser chamada pelo nome completo, e até mesmo seus pais cederam e agora a chamam de Lexi. Como ela conhece Cole? — Alexis. — ele exige. — Deixe ela em paz — digo e me movo pela cama, me colocando entre Cole e Lexi. — Eu não me importo que história você tem com ela. Você não vai entrar aqui e exigir. — Eu endireito meus ombros e dou um passo mais perto de Cole. — Saia — digo com os dentes cerrados. — Agora. — Está tudo bem, Luke. — a voz de Lexi treme. Eu viro a cabeça. Ela está sentada, segurando os cobertores até o queixo. Seus olhos estão arregalados, e seu
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rosto pálido. Seus olhos estão em mim, mas é como se ela estivesse se esforçando para evitar olhar para Cole. Ela o conhece. Eles têm uma história. Eu nunca estive mais ciumento em toda a minha vida. Cole avança, levantando o punho para me bater. Pego seu pulso e torço seu braço. Cole tenta me socar de novo e eu o empurro de volta. Eu realmente não quero bater nele, sabendo que eu poderia bater no seu traseiro facilmente. Sempre aconteceu quando éramos mais jovens. — Parem! — Lexi grita. — Luke! Cole! Parem com isso! Cole sacode a cabeça para ela, lançando um olhar tão cheio de julgamento que não posso evitar. Meus dedos se curvam por vontade própria, e eu o estalo diretamente em seu rosto. As mãos de Cole voam para seu nariz, e Lexi se move para frente, agarrando meu braço e me puxando de volta para a cama. Ela fica atrás de mim e leva um segundo para perceber que ela não quer que Cole a veja nua. Eu puxo os cobertores sobre seu colo, dando a sua privacidade. Cole abaixa as mãos, procurando sangue. Ele não está sangrando. Eu não o acertei o suficiente para isso. Embora se ele disser algo de novo, ele estará no chão. Seus olhos estreitam e ele atira dardos em Lexi. — Eu não posso acreditar que eu deixei você ir para casa por isso! Você mentiu sobre seus filhos mantendo você acordada a noite toda, não foi? Então você poderia vir para... Para ele. Não acredito nessa merda. — Ele sacode a cabeça e então sai batendo a porta. — Oh meu Deus. — Lexi balbucia e sai da cama. Ela pega suas calças e cai em sua tentativa de não entrar em pânico. — Meu Deus. Eu pisco, demasiado atordoado para que faça sentido imediatamente. Então me bate. — Cole é seu chefe. — Sim, embora ele possa não ser mais porque provavelmente perdi o meu emprego. — diz ela, tão estressada que poderia chorar. Mas, suas palavras trazem um sorriso a meu rosto. Ela e Cole não ficaram. Ele não é um ex-amante ciumento. Apenas o chefe dela.
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Oh, porra. E ela provavelmente está certa. Cole é um bastardo amargo e me odeia. Qualquer coisa associada a mim é odiada por padrão. — Lexi. — eu começo e ela balança a cabeça. — Eu tenho que falar com ele. — ela diz bruscamente, ainda lutando para conseguir suas calças abotoadas. Desistindo, sai do quarto, só para voltar a procurar o resto de suas roupas. Seus olhos estão cheios de lágrimas e de repente me sinto terrível com isso. — Eu vou falar com ele. — ofereço. — Deite, se quiser. Ela balança a cabeça. — Não. Não posso. Eu... Eu deveria explicar tudo. Se ele acha que eu menti para sair do trabalho, ele poderia me demitir. Não posso perder meu emprego. Eu poderia perder as meninas. Russell adoraria isso. Ele as tiraria de mim em um piscar de olhos. Russell deve ser seu ex. Ela me disse brevemente que foi casada por cinco anos e aqueles cinco anos estavam cheios de mágoa. — Você não vai perder o seu emprego. Cole não pode demiti-la por isso. — Sim, ele pode. — Ela brinca nervosamente com seu cabelo. — Ele virá com outra coisa. Algo pequeno relacionado a trabalho, mas realmente, será por causa disso. Eu coloco minhas mãos em seus ombros, e ela relaxa. — Pare. Ele não vai demitir você. Cole é um idiota, mas ele não vai arriscar um processo por demiti-la sem motivo. Ela pisca suas lágrimas. — Você acha? — Eu sei disso. — Eu a beijo, querendo tirar o medo dela. — Por que vocês dois se odeiam tanto? Eu encolho os ombros. — Eu honestamente não sei. Ele sempre foi desse jeito, e só ficou pior. — Então por que você está aqui? — Ela diz bruscamente. — Desculpe, isso foi rude. Não precisa me dizer. Na verdade, você não deveria me dizer agora porque eu realmente deveria falar com Cole. — Coloque seu sutiã primeiro. Posso ver seus mamilos através dessa camisa.
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Seus olhos fecham e suas bochechas ficam avermelhadas. Eu sei que ela não está envergonhada por eu vê-los, mas se eu podia, Cole também. Ela se veste, checa seu telefone por chamadas perdidas da escola das meninas. — Quer que eu vá com você? — Eu pergunto. — Sim. Não gosto que gritem comigo. — Eu não vou deixar ele gritar com você. — Eu pego sua mão e juntos descemos as escadas. Cole está na cozinha, olhando para o almoço. — Cole? — Lexi pergunta humildemente. — Posso falar com você? Ele olha para cima de sua comida e olha para mim. — Sim. Mas, ele não. Levanto as mãos e dou alguns passos para trás, entrando no corredor. Estou fora da linha de visão de Cole, mas ainda capaz de ouvir tudo o que ele diz, apenas no caso de eu ter que pular dentro. — Eu não menti para você. — Lexi começa. — Eu realmente não dormi ontem à noite porque estava trabalhando e Paige teve pesadelos. Estava indo para casa e Luke sugeriu que eu viesse aqui, já que está mais perto. O plano era eu dormir um pouco e depois dirigir para casa. É pelo menos quarenta e cinco minutos para ir do escritório para a minha casa e isso envolve pegar o metrô, então dirigir de lá para casa. Alguns segundos passam antes que Cole fale. — Vocês dois... Estão juntos? Eu dou um passo para frente. Lexi e eu não discutimos o status de nosso relacionamento e estou de repente nervoso pelo que ela vai dizer. Eu nunca estou nervoso. Nunca sou nada menos do que completamente confiante. Lexi é minha kriptonita. — Sim. — ela diz, mas não parece certa. — Nós estamos. Você não vai me demitir, vai? — Não. Não vou despedi-la, Alexis. Um cara como Luke é a última pessoa com quem pensei que você sairia, mas quem sou eu para julgar? — Obrigada. — Há quanto tempo vocês estão juntos? — Não muito. Há duas semanas. — As palavras de Lexi morrem em sua garganta enquanto a realização a alcança. Cole sabe que fizemos sexo no balcão. Ele nos ouviu foder três vezes ao longo de apenas algumas horas.
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E agora Lexi sabe que a ouviu gritando meu nome quando ela veio. — Bem, vejo você no escritório amanhã. — Lexi diz, com voz apertada. — Sim, uh, vejo você. Ela sai da cozinha, com o rosto vermelho beterraba. — O trabalho vai ser divertido amanhã. — ela resmunga. E nós vamos para a sala de estar. — Você trabalha com meu irmão. Ela assente com a cabeça. — Eu trabalho por anos. Mundo pequeno, certo? — Descobrir isso é mais chocante do que sobre seus filhos. — eu digo isso como uma piada, mas assim que as palavras saem da minha boca, eu gostaria de poder engoli-las de volta. Lexi fica tensa, reagindo fisicamente a seu desconforto. — Isso saiu errado. Lexi, eu gosto de você e quero continuar vendo você, se você também quiser. Ela encolhe os ombros. — Suponho que vou manter você por perto. Afinal, você é bom. — Isso é tudo que eu sou para você. — Você não é muito pobre em algumas outras coisas. — Ela balança as sobrancelhas e eu rio. — Você sabe, ninguém nunca entrou em uma briga por mim assim antes. Eu acho que realmente não foi por mim, mas você sabe o que quero dizer. Obrigada por defender minha honra. Eu acho que... Talvez? Eu realmente deveria parar de falar. — Ela respira fundo e inclina contra o sofá. — Você ainda está cansada? — Pergunto. — Não tenho certeza. A adrenalina ainda está correndo. Mas, eu dormi por mais tempo do que pretendia, então acho que estou bem. Eu deveria ir para que eu possa surpreender Paige. Vou levá-la para um almoço tardio ou algo assim. Tem certeza de que ainda quer sair na sexta-feira depois de saber de tudo isso? — Tudo isso, quer dizer...? — Trabalhar na Black Ink Press com seu irmão e ter filhos. — Sim.
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— Bem. — Sua mão pousa na minha coxa. Ela me dá um sorriso apertado e eu sei que ela ainda está desconfortável com tudo o que aconteceu. Cole seu fodido. — Eu realmente deveria ir. — Certo. — Eu a levo até a porta, dou mais do que apenas um beijo de despedida e asseguro que eu vou ligar amanhã em vez de hoje à noite desde que eu trabalho e vai ser tarde no momento em que eu sair. Uma vez que ela se foi, vou para a cozinha agindo como se eu estivesse aqui apenas para almoçar. Cole está comendo seu sanduíche à velocidade da tartaruga. Ele está disposto a chegar atrasado para o trabalho, a fim de me tirar do sério. Ótimo. — Durante todo esse tempo que você estava falando sobre essa mulher incrível, você estava falando sobre Alexis. — diz ele. — Sim. Lexi, como ela gosta de ser chamada, é incrível. O que você deve saber já que ela trabalha com você por anos. — Você sabe que ela é divorciada e tem filhos, certo? — Sim. Eu almocei com elas durante o fim de semana. — eu atiro de volta. — Elas são boas garotas. — O que você está fazendo com ela? — Se você precisa que eu responda a isso, você tem mais problemas do que eu pensava. O que não me surpreenderia. — Encho um copo de água e me sento no balcão da ilha. — Por que você se importa? Você pode ser chefe dela durante o dia de trabalho, mas uma vez que ela deixa esse escritório ela é livre para fazer o que quiser. — Eu conheço Alexis há muito tempo. — ele diz, e não está apenas declarando um fato. Ele está se gabando. — E sei que ela merece alguém melhor do que você. Eu rolo meus olhos. — Como quem? Você? Os olhos de Cole encontram os meus. Ele sorri e seu olhar diz tudo. Ele não teve nenhum interesse romântico em Lexi nos anos que ele a conheceu. Ele nunca fez um movimento uma vez que ela ficou solteira novamente. Mas, agora que ele sabe que eu gosto dela, agora que sabe que foi ela quem me fez tão feliz nos últimos dias, ele fará qualquer coisa para tirar isso de mim. — Sim. Alguém exatamente como eu.
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CAPÍTULO 1 7
Alexis
— Mamãe disse que você foi a um encontro ontem à noite. — diz minha irmã Kara. A noite passada parece que aconteceu há muito tempo. A soneca que tirei aconchegada ao lado de Luke ajudou imensamente, mas eu ainda estou me arrastando. Paige e eu levamos Pluto para o parque de cães e em seguida, na loja de animais, assim ficamos sem tempo para levá-lo para casa, é por isso que ele está no carro latindo para nós. Kara tem gatos, e Pluto se dá bem com eles. Ele é do tipo de quero-brincar-com-você, que resulta com ele os perseguindo por toda a casa. Nós tentamos isso uma vez e Pluto teve seu convite rescindido permanentemente. — Eu tive. — Bom, Lex. Eu não quero que você seja uma solteira solitária para sempre. — Tecnicamente, eu não posso ser, certo? Tenho filhos. — Bem, tanto faz. E mamãe disse que esse cara, Luke, certo? É muito bonito. Me fale sobre ele! — Ainda não o conheço muito bem. Mas ele é incrivelmente bonito, é ótimo na cama e até agora, me tratou bem. — Não faça isso! — Fazer o que? Dormir com ele? Mamãe te disse para me dizer isso? — Hã? Não. Suponho que logo estará dormindo com ele. Eu fiz Jeff esperar até a nossa noite de núpcias, afinal. Eu rolo meus olhos.
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— Claro que sim. — Eu fiz! — E é por isso que Taylor nasceu oito meses depois do seu casamento. — Ela veio cedo. — Ela pesava três quilos. — Enfim, o que quero dizer é não diga 'por agora' como você esperasse que ele se transformasse em Você-Sabe-Quem. Eu suspiro. — Isso é o que o terapeuta disse também. Eu fui para a terapia por seis meses após o divórcio, é tudo o que o seguro permitiu. Eu não posso comparar e não posso projetar minhas decepções em Russell pelo resto da vida. Mas… — Mas é difícil. Eu entendo e eu faria o mesmo. Vocês vão sair de novo? Eu concordo. — Sexta-feira. — Ohhh! Ele deve pensar que você é muito boa na cama também. — ela brinca. — Já disse alguma coisa às meninas? — Não sobre nós namorando. Nós saímos com as meninas no fim de semana, então elas sabem quem é ele, mas eu disse a elas que ele era apenas um amigo. Eu não vou apresentá-las a qualquer novo parceiro até que estejamos sérios. Kara acena com a cabeça. — Essa é uma boa ideia. Conte mais sobre Luke! Eu rio. — Bem, há uma coisa que você vai achar muito engraçada. Conhece meu chefe, Cole? — O cara sexy que você alegou não ter uma paixão? Eu faço uma careta. — Sim, ele. Bem, Luke é seu irmão. Os olhos verdes de Kara se arregalam. — Mesmo? Foi assim que o conheceu? E agora estou rindo de novo, dizendo a minha irmã como Luke deveria ser o meu primeiro encontro de uma noite.
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— Então, digamos que isso funcione. O que vou dizer às crianças quando elas perguntarem como nos conhecemos? — Você pode dizer que você o encontrou em um bar. Você não precisa dar todos os detalhes, Lexi. — Oh, certo. Pare de ser tão fácil. — Eu sou a irmã mais velha. É o meu trabalho. — Obrigada. — Fico de pé e subo as escadas para encontrar as meninas. A filha de Kara, Taylor, tem sete anos e se dá bem com Grace, já que elas são tão próximas na idade. Paige gosta de sair com as "meninas grandes" e não consegue ver sua prima tanto quanto Grace faz. Ela quer ficar um pouco mais, e às vezes eu sou uma idiota. Eu não posso deixar Pluto no carro, então ando com ele por todo o quarteirão enquanto as garotas brincam.
. — Você nunca pensou em mandá-los se acalmar no quarto? — Não. — digo a Jillian na manhã seguinte. — Eu poderia estar fazendo uma suposição aqui, mas não acho que Luke ou Cole estariam bem com isso. Ela aperta o botão no elevador para nos levar até o escritório. — Ei, você nunca sabe até perguntar. — Eu não acho que estou nesse nível. — Sexo a três pode ser legal se os caras sabem o que estão fazendo. Falando por experiência própria. Uma senhora mais idosa que sobe conosco se vira e eu estremeço, esperando que ela nos repreenda por falarmos tão abertamente em público. — Ela está certa. — A senhora sussurra. — Fica muito melhor se pelo menos um deles já fez isso antes. — O elevador para. Ela pisca e sai. Minha boca se abre um pouco. — Se isso não é um sinal de Deus, eu não sei o que é. Eu dou uma cotovelada em Jillian. — Não. Eu não vou fazer um ménage com Luke e ele.
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— O que, é Cole Voldemort? — Não, mas ele trabalha neste prédio. — eu sussurro enquanto mais pessoas entram no elevador. — Eu já não tenho certeza se vou ser capaz de passar o dia sem morrer de vergonha. Por favor, não adicione isso a minha imaginação. Ela me olha inocentemente. — Mas, isso é divertido. Minha vida é chata. Estou vivendo indiretamente através de você. Atirei um olhar incrédulo. — Mesmo? — Ok, não. Mas eu gosto de brincar com fogo. Você sabe disso. E é ainda mais divertido quando não sou eu quem vai ser queimada. — Você é tão narcisista. Por que sou sua amiga? Ela ri e passa o braço no meu. — Anos de jogos mentais para construir lentamente uma co-dependência. — Ah, certo. Como eu poderia esquecer? — Esse foi meu objetivo o tempo todo. — Você é boa. Ela sorri. — A melhor. Aprenda com a mestra. Eu rio e saio do elevador, indo no piloto automático para o escritório. Assim que as letras grandes, em negrito que soletram a BLACK INK PRESS ficam visíveis na porta, eu congelo. — Não posso entrar lá. Jillian para e se vira. — Sim, você pode. E você vai. Eu balancei minha cabeça, o calor aumentando em meu peito. — Não. — Lex, quanto mais estranha você agir, mais estranho será. Cole não vai falar nada sobre isso. Ele é profissional. E estamos todos ocupados. Oh, e ontem a fofoca que estava acontecendo foi algo que aconteceu na divisão britânica, que faz com que todos os tipos de drama que você conhece se vá.
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— Eu odeio ouvir que isso me dá paz. Ela bate em minhas costas. — Parece que eu não sou a única narcisista. — Pegamos o café e comida e então vamos para nossos escritórios, separadas. Cole está em seu escritório, no telefone com a porta fechada. Eu o observo por um segundo através da grande janela de vidro. Suas costas estão viradas, e posso dizer que ele está estressado por sua linguagem corporal. Espero que eu não esteja adicionada a esse estresse. Minha caixa de entrada está tão cheia que recebo um aviso de que estou ficando sem espaço. Demora toda a manhã para classificar os e-mails. Uma hora antes do almoço, me sinto lenta, precisando de mais café. Eu fui para a cama antes da meia-noite ontem à noite, mas é claro, o sono era indescritível e deitei na cama obcecada com a situação atual. A coisa mais fácil a fazer seria parar de sair com Luke. Eu tenho tantas coisas acontecendo agora, não tenho tempo para drama. Afinal, só nos vimos algumas vezes. Não é como se ele fosse meu namorado ou algo assim. Não haveria ressentimentos e saberíamos que não éramos compatíveis. Mas, isso é uma grande mentira e nós dois sabemos. Porque eu nunca me senti mais em sintonia com alguém do que sinto com Luke. E, novamente, só nos vimos algumas vezes. Ele é o primeiro homem com quem estive depois do meu divórcio. Bem, o segundo, tecnicamente, se eu contar como o encontro desastroso que mamãe me colocou algumas semanas após meu divórcio sair. Ela pensou que seria uma boa distração. Eu sabia que era um desperdício de tempo quando o meu encontro comeu suas batatas fritas uma a uma. Com um garfo. Tudo sobre Luke está errado. Do modo como nos conhecemos, sua falta de um emprego em tempo integral e ele ser o primeiro cara com quem me liguei depois do divórcio. No entanto, tudo sobre ele parece tão jovem. E eu não tenho ideia do que fazer. Alguém bate na porta do meu escritório, me fazendo saltar. Eu olho no reflexo da tela do meu computador e vejo Gavin, o editor assistente. Eu sou ruim em delegar tarefas porque dizer a alguém o que fazer é um pouco estranho. Embora ao mesmo tempo sei que Gavin gosta de ter merda a fazer. Eu fui assistente uma vez e mataria para fazer o trabalho real ao invés de trazer café e imprimir manuscritos.
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Ele sai com um sorriso e eu recebo uma sensação de alívio por ser capaz de tirar várias coisas da minha lista de afazeres. Então vou verifica-lo depois almoço, e vou encontrar um autor no centro para passar por um novo livro. Eu uso a câmera no meu computador como espelho, tentando o meu melhor para puxar meu cabelo em um bolo desorganizado elegante. Eu desisto e coloco minhas madeixas loiras em uma trança lateral em vez disso. Meu telefone toca e o pego da minha mesa sem olhar, pensando que é um agente que prometeu que me ligaria esta manhã e não fez. Em um movimento rápido eu olho para baixo, e meu coração da uma guinada quando vejo o número de Luke. Se vou parar de vê-lo, não devo atender. Eu deveria deixar sua chamada ir para o correio de voz, ver o que ele tem a dizer e, em seguida, ligar de volta esta noite e explicar que isso simplesmente não vai funcionar. Se eu acreditar, vai? — Ei. — eu digo, respondendo a sua ligação. — Ei, Lexi. Como você está? — Por enquanto, tudo bem. — Realmente? — Ele pergunta. — Tudo tão normal como pode ser? Estive sentado aqui toda a manhã me sentindo culpado por tornar o seu dia de trabalho estressante. Isso não é fofo nem nada. Não. De modo nenhum. — Sério. Estive em meu escritório toda a manhã, assim não tive uma chance de encontrar com Cole ainda. — Eu sinto que devo me desculpar. Isso também não é fofo. — Você não fez nada de errado. É apenas uma estranha coincidência. — Eu inclino para trás na minha cadeira, o dia já está melhor apenas por falar com Luke. Fecho os olhos e solto um suspiro. Eu não deveria sentir isso por um homem que eu mal conheço. É porque ele foi o primeiro homem em um longo tempo que me ofereceu carinho e foi bom. Muito bom. — Uma coincidência muito estranha. No entanto, isso faz com que se mudar de Chicago de repente pareça valer a pena. Oh, Luke. É como se ele soubesse que estou tentando cortar os laços e ele está propositalmente tornando mais difícil.
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— Lexi? — Ele diz quando eu não respondo. — Você ainda está aí? — Sim. — eu digo e minha voz treme. — Desculpe, isso é só... É só um monte de coisa para eu assimilar. — Por isso, eu sinto muito. — Obrigada. — digo, sabendo que ele quer dizer isso, e silenciosamente o amaldiçoo por não ser o idiota menino mau que pensei que ele era quando o vi pela primeira vez. — Como foi o trabalho na noite passada? — Pergunto, mudando de assunto. Ele me fala sobre o trabalho e então começamos a falar sobre assuntos totalmente aleatórios. Ele me faz rir e perder a noção do tempo e não sei como ele faz isso. Apenas alguns minutos atrás, estava tentando me enganar que tinha que cortar relações com Luke e aqui estou eu, abraçando o telefone contra a minha orelha desejando que ele estivesse aqui comigo. Bem, não aqui, mas em algum lugar juntos. Imagino seus olhos azuis penetrantes e seu rosto coberto de uma fina barba por fazer. Seu rosto me faz pensar em seu corpo, todo coberto de tatuagem e musculoso. E agora eu quero sentir sua pele contra a minha, ter o peso de seu corpo empurrando o meu para baixo sobre o colchão. Pare. Estou ficando excitada e tenho que levantar, atravessar o escritório lotado e almoçar com June Lee em meia hora. Luke e eu dizemos adeus, ambos ansiosos para amanhã à noite. Falar com Luke aliviou meus nervos o suficiente para que seja menos do que um choque quando saio do escritório e vejo Cole. Certo. Ele me pegou na cama com seu irmão apenas vinte e quatro horas atrás. — Ei, Lexi. — ele diz. — Como você está? Minha boca abre, mas as palavras não saem. Cole nunca me chamou por nada além do meu nome completo. — B-bem. Estou bem. Você? — Eu brinco com a alça da minha bolsa, sentindo como se todos no escritório estivessem prestando atenção, como se todos no escritório soubessem que eu transei com o irmão de Cole mais de uma vez. E eu gostei. — Tem sido um inferno de um dia, e é só meio-dia. — Oh, toda a coisa do Reino Unido? — Sim. Um dos editores de lá vazou uma cópia avançada dos livros do Guardian de Emma Stark.
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— Porcaria. —Sim... É uma merda. — Eu posso imaginar. — Meus dedos enrolam mais apertados em torno da alça de couro desgastada em minha bolsa, lutando contra o desejo de desviar o contato visual e fazer uma corrida para longe dele. — De saída? Eu concordo. — Estou indo encontrar com June Lee para decidirmos sobre o novo livro. — Ah, sim, eu me lembro disso agora. Posso me juntar a vocês? Não para o almoço, apenas no caminho? Sim, eu me importo, porque isso é estranho pra caramba. Eu sorrio. — Certo. Ele espera até que estejamos perto do elevador para falar. — Sabe, não tem que ser estranho. — ele começa. — Eu espero que você não sinta que nosso relacionamento mudou. Você ainda é uma das melhores editoras que eu tenho e respeito muito você. É por isso que me sinto compelido a dizer isso: Você pode ter algo muito melhor do que meu irmão. Minha boca abre apenas para fechar de novo. Eu não tenho ideia de como responder a isso. Ele está me elogiando na mesma hora em que está insultando Luke, um homem que estou começando a gostar muito. O que faz a coisa toda me insultar também. Cole toca minha mão e me olha nos olhos, sorrindo. — Mas, eu não tenho que te dizer isso, certo? Você sabe o quão talentosa é. Diga a June que toda a equipe editorial está entusiasmada com seu novo livro. Ele se afasta, me deixando sem palavras. Eu ainda posso sentir o deslizar suave de seus dedos nas costas da minha mão. Eu pisco e me agito. A perplexidade assume e entro no elevador inconsciente ao meu entorno. Eu não estou totalmente certa, mas acho que Cole finalmente fez a única coisa que eu queria esperando que ele fizesse no passado. Acho que ele estava dando em cima de mim.
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CAPÍTULO 1 8
Luke
Cole está aprontando alguma coisa. Eu sei disso. Nós estávamos em casa ao mesmo tempo por várias horas antes de eu sair para ir para a casa de Lexi e ele não disse uma única palavra para mim. Ele me evitou e parecia presunçoso ao fazê-lo. Ou talvez eu esteja ficando louco. Lentamente, perdendo minha mente, pouco a pouco. A ambição de Cole em se livrar de mim pode finalmente acontecer. Não é como se ele viesse com informações de quais serão seus próximos passos. Meu telefone toca quando entro na rua de Lexi. Ligado a um aplicativo junto ao carro, um número de Chicago salvo em meus contatos como Caroline aparece. O pânico sobe dentro de mim e estou sufocando em fumaça, sentindo a fuligem acumulando dentro de meus pulmões. Eu recuso a chamada e estaciono na frente da casa de Lexi. Caroline não deixa um correio de voz, e não é a primeira vez que ela liga desde que eu empacotei minhas coisas e sai de Chicago. Eu desligo o carro e fecho meus olhos, encosto a cabeça no assento de couro do meu Chevy. Não pense nisso. Não pense nisso. Não pense nisso. Tomando o controle novamente, eu coloco minhas chaves no bolso e caminho até a porta da frente. O cão late antes mesmo de eu bater, me observando pela janela da frente. Lexi tem razão: Ele parece um grande Chihuahua de certa forma. Eu bato, ansioso para ver Lexi. Porque tanto quanto estou tentando negar que todos os pensamentos do passado estão mortos e desaparecidos, o fogo está queimando quente e brilhante em minha mente e não posso apagar as chamas. Mas ela pode.
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— Luke, oi. — Lexi abre a porta e segura a coleira de seu cão. — Pluto, sente. Sente. Sente. Eu agacho, deixando o cachorro me cheirar. Ele para de latir e começa a abanar violentamente o rabo. — Ele é dócil. — diz ela. — Um cão de guarda, mas um cão de guarda ruim. — Ei amigo. — Eu acaricio o cachorro e passo, fechando a porta atrás de mim. Pluto pula por atenção, ignorando os comandos de Lexi. — Ele é tão bem treinado, como você pode ver. — Está tudo bem. — eu digo com uma risada. — Eu realmente não me importo. Lexi pega um brinquedo estridente e o joga. O cão sai e pula no sofá, mastigando o brinquedo. Eu me endireito e dou uma boa olhada em Lexi. Seu cabelo está em um coque alto quente, com alguns fios soltos pendurados em torno de seu rosto. O vestido azul que ela usa é sexy, mas casual, e corte baixo o suficiente para me dar uma prévia de seus peitos. — Deus, você está linda. — Eu puxo Lexi para mim pela cintura. Ela passa os braços em volta dos meus ombros e fica na ponta dos pés para me beijar. — Você também não está nada mal. No segundo em que seus lábios tocam os meus, a luxúria ardente explode dentro de mim. Eu dou um passo para frente, prendendo-a contra a parede, e a beijo com força. — Ninguém mais está em casa, certo? — Eu sussurro entre beijos. — Só nós. — ela sussurra, suas mãos viajando pelo meu peito até o meu cinto. Ela me quer tanto assim. — Venha. — Seus lábios pressionam os meus e caminhamos desajeitadamente através do hall para a sala de estar. A TV está ligada, mas não presto atenção ao que está passando. Só há uma coisa que quero ver agora, e isso é Lexi. Preferencialmente nua. Lexi afunda no sofá. Eu faço um movimento para ajoelhar sobre ela, mas ela me para, colocando as mãos em meus quadris e balançando a cabeça. Ela está empoleirada na beira do sofá, os olhos focados no botão do meu jeans. Ela lambe seus lábios e olha para mim, sorrindo timidamente enquanto desfaz o zíper. Porra, onde estava essa mulher toda a minha vida?
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Lexi empurra minhas calças jeans para baixo pouco a pouco. Tão lento que está me matando. Ela se aproxima, os lábios passando na minha pele. Eu fecho meus olhos quando sua língua corre ao longo da linha V dos meus músculos da pélvis, movendo para baixo em direção a meu pau. Ela mergulha sua mão dentro da minha boxer, agarrando meu pau, bombeando algumas vezes antes de tomá-lo em sua boca. Ela mantém isso, me trazendo perto de gozar e depois abranda e me leva de volta e está me deixando louco da melhor maneira possível. Eu gemo e agarro um punhado de seu cabelo. Suas mãos trabalham em ritmo com sua boca, sugando, lambendo, movendo rápido, então lento, rápido, então lento. O movimento parece tão bom. Abro os olhos e olho para baixo. Eu não achei que era possível ficar mais excitado, mas ver os lábios de Lexi em torno do meu pau me envia ao limite. Um arrepio percorre enquanto eu gozo e Lexi envolve um braço pelas minhas pernas, segurando apertado em sua boca. Ela engole tudo e limpa a boca. Eu puxo minhas calças para cima, abandonando o cinto. — Você é sexy pra caralho — eu digo a ela e sento. Eu beijo seu pescoço, o que envia arrepios em Lexi. Mantendo minha boca contra sua pele, eu puxo para baixo o zíper de seu vestido e trilho beijos na parte de trás de seu pescoço, entre seus ombros. Gentilmente, eu a empurro para baixo e me movo por cima dela. Eu deslizo minha mão sob seu vestido e em sua calcinha, esfregando seu clitóris. A respiração de Lexi acelera e suas unhas pressionam minha carne. Quando ela está perto de gozar, eu paro e me sento, tirando sua calcinha. Lexi abre mais suas pernas, esperando que eu continue de onde parei. Em vez disso, eu deito. — Venha aqui — digo a ela. Os olhos verdes de Lexi encontram os meus em questão, mas ela se senta e se move em cima de mim, estendida em meu colo. — Aqui em cima. — Luke, o que...? Eu agarro suas coxas e a puxo para o meu peito, empurrando seu vestido para cima. Ela fica tensa e olha para mim. — Tire o vestido. Ela morde o lábio entre os dentes, nervosa. Tímida. Sentindo-se exposta. Meu pau começa a ficar duro novamente. Lentamente, ela abaixa, juntando a bainha de seu vestido em suas mãos e o levanta sobre sua cabeça. Ela não está usando sutiã e seus mamilos duros imploram para serem tocados. Passo a ponta dos dedos pelas coxas, pelo estômago e pelos seus seios. Eu os tomo na minha mão e os puxo.
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Esse rubor volta ao seu rosto, espalhando sobre pescoço e os seios. Ela está tão incrivelmente sexy agora. Eu puxo seus braços, a fazendo arquear para trás, o que empurra sua boceta doce contra o meu rosto. Levanto a cabeça, abro a boca e aperto minha língua contra ela. Lexi geme, arqueando para mim. Eu aperto suas mãos, não tirando minha boca dela. Eu posso sentir o prazer explodir dentro dela enquanto ela se contorce em cima de mim, montando meu rosto. Ela puxa contra mim, tentando livrar seus braços. Suas coxas apertam e ela grita quando goza. Mas eu não paro, não desisto. Eu solto seus braços e agarro seus quadris, esmagando seu núcleo contra mim. Lexi cai para frente, corpo circulando em torno da minha cabeça, as mãos no meu cabelo, quando ela goza novamente. Ela está ofegante quando eu a solto, a ajudando a se mover para baixo para deitar no meu peito. — Perdemos nossa reserva para o jantar. — declaro, não que isso importe. Há muito para comer aqui. Lexi apenas move a cabeça para cima e para baixo, incapaz de falar. Ela treme, e arrepios explodem em toda a sua carne. Eu olho em volta à procura de um cobertor. Estamos na sala de estar em um sofá seccional em forma de L. A TV está montada na parede em frente a nós, e uma casa de bonecas rosa está no canto. Uma cama de cão preenchida com os brinquedos e deleites estão ao lado. Pluto está deitado em um cobertor cor pastel no canto do sofá, e eu me sinto mal fazendo ele se mover para pegá-lo. Eu cubro Lexi e penduro um braço ao redor dela. O cão caminha, pisando em nós dois, para lamber meu rosto. — Apreciou o show, amigo? — Eu pergunto e estendo a mão para acariciálo. Lexi ri e levanta a cabeça, com os olhos se juntando aos meus. — Meu cabelo está uma bagunça, não é? — Prefiro dessa maneira. — Bom. Porque eu não consigo consertá-lo como estava. Minha irmã veio e fez o meu cabelo para mim. Eu queria ficar bem para você. — Você não tem que fazer nada de especial para ficar bem. Eu acho que você sempre faz. — Eu empurro seu cabelo para trás e beijo sua testa. — Você é linda, Lexi. Ela enterra a cabeça no meu pescoço, e eu posso sentir seu sorriso. — Estou feliz que ache isso.
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— Eu não acho, tenho certeza. — Eu coloco minhas mãos sob o cobertor e aperto seu traseiro nu. — Realmente nos fez perder nossa reserva do jantar. Você quer que eu cozinhe para você? Lexi levanta a cabeça e olha para mim, piscando. — Você é real? Eu não estou imaginando tudo isso, certo? Meus dedos encontram seu núcleo, ainda quente e molhado. — Isso parece real? — Sim. — ela geme. — Tão real. E preciso desesperadamente de mantimentos. Eu planejei fazer compras todos os dias nesta semana, mas isso não aconteceu. Eu rio. — Bem, você estava ocupada. — Estava. Muito ocupada. Mas, também não sou a melhor gerente de tempo. Como hoje no trabalho, eu perdi tempo lendo um artigo sobre calcinha inserida dentro da vagina. Eles colocaram o fio lá dentro e o puxaram para fora. E é considerado arte. — Uh, eu realmente não sei o que dizer sobre isso. A não ser que eles provavelmente poderiam vendê-lo para os sniffers panty8 por um preço elevado. — Foi o que eu disse! — Então é isso que você faz no trabalho. — eu digo, bloqueando Cole da minha mente. As pessoas falam de trabalho. É uma coisa normal a fazer. Passamos mais tempo no trabalho do que fazemos em qualquer outro lugar durante a semana. O trabalho é uma parte da vida de Lexi. E meu irmão idiota apenas acontece de estar nela. — Bem, minha carreira é fortemente baseada na erótica. Estava pesquisando fetiches estranhos para um autor e me deparei com a coisa toda de calcinha dentro da vagina. — É tão desagradável quando você diz isso assim. — Eu sei! Pau-dentro é um ato muito melhor para isso. — Ela estreita os olhos. — Homens estúpidos e seus pênis arruinando tudo para nós mulheres novamente.
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Indivíduos que tem fetiche por cheirar roupas íntimas já usadas por outras pessoas.
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Nós dois rimos e eu estico minhas pernas debaixo de Lexi, cuidadosamente as deslizando do cão. — O que você quer fazer para o jantar? Eu não sei sobre você, mas gozar sempre me faz sentir com fome. — Há uma pequena lanchonete ótima, não muito longe daqui. Geralmente não é muito lotado e é barato. Você pode conseguir um cheeseburger, batatas fritas e uma bebida por oito dólares. — Isso soa bem para mim. Você não vai ficar brava comigo mais tarde por levá-la a uma lanchonete ao invés do lugar que planejamos ir? Ela sacode a cabeça, seu cabelo bagunçado caindo em seu rosto. — Não. Estive desejando um hambúrguer e batatas fritas por um tempo. E isso significa que eu posso usar jeans e uma blusa em vez deste vestido e saltos. Porra. Ela é perfeita.
. — Onde você estava? — Questiona Cole assim que entro na casa na tarde de sábado. Eu passei a noite de sexta-feira na casa de Lexi, e passamos metade do dia de hoje juntos, não fazendo nada em particular, além de desfrutar da companhia um do outro. E sexo. Tivemos sexo mais de uma vez. Mais de duas vezes. Na sexta-feira. Nós fodemos novamente após o café-da-manhã e, em seguida, novamente antes de eu ir embora. Eu não tive esse tanto de sexo num espaço curto de tempo desde a faculdade. Ter essa forte conexão sexual com uma pessoa deveria me fazer sentir antinatural. Mas não. De jeito nenhum, quanto mais tempo passo com Lexi, mais forte fica essa conexão. Toda vez que a vejo me faz querer vê-la ainda mais, e sair fica mais e mais difícil. Especialmente quando eu chego em casa depois disso. — Por que você se importa? — Eu tiro meu casaco de couro e meus sapatos. Cole está sentado em sua mesa no escritório, que fica bem ao lado do foyer dianteiro. Toda a casa é organizada e decorada especificamente para Cole. Logicamente, faz sentido. A casa não pertence apenas a ele, mas eu estava morando
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em Chicago sem intenções de voltar para Nova York. Eu tinha amigos, uma vida e uma carreira que eu estava orgulhoso. Então tudo ficou em chamas. Literalmente. Cole se mudou não muito tempo depois que nossa avó faleceu, o que também é lógico, uma vez que não queríamos este lugar vazio por mais tempo do que o necessário. Ele vive aqui há anos e gastou uma grande parte de sua herança em fazer este lugar dele, somente dele. Isso nunca me incomodou antes. Eu sou um cara descontraído. Eu testemunhei em primeira mão muitas vezes quão curta a vida pode ser, como tudo pode mudar em um instante. Não se preocupe, as coisas pequenas assumem um significado maior quando você nunca sabe se voltará vivo depois de um dia de trabalho. Mas, ficar aqui olhando para Cole sentado atrás dessa pretensiosa mesa de carvalho está me irritando. — Eu não acordei a noite passada porque pensei que estaria em casa. — Você é um maldito mentiroso. Você programa o alarme quando estou no trabalho e sabe que estou voltando para casa. Eu não te devo uma merda, mas vou te dizer onde estava. Embora você já saiba ou então não se importaria. Estava com Lexi. — O que exatamente você está fazendo com ela? — Às 19h03 eu bati na porta, às 19h04 ela atendeu. — Eu podia passar sem a sua atitude. — Ele coloca a caneta de lado, tendo a certeza que está perfeitamente paralela com as páginas que ele está lendo. — Bom. Você não quer saber o que estava acontecendo às 19h07. — Luke. — ele começa. — Escute... Lexi é minha funcionária. Eu não quero que as coisas fiquem estranhas para ela. Se o seu plano é ter a sua diversão, em seguida, nunca mais vê-la novamente, pode parar. — Esse não é o meu plano. Eu não sei por que você se recusa a lembrar de eu lhe dizendo que gosto dela. — Eu conheço você. Você não é do tipo que tem relacionamentos. Eu encolho os ombros. — Pessoas mudam. Basta se olhar no espelho. Você passou de um Tipo A, para completo idiota. — Você é hilário. — ele diz secamente.
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— Sim. Eu sou um show de homem. Vou subir e descansar. Estou exausto por todo o sexo que tive com sua funcionária. — Eu aceno a mão e subo as escadas, rindo para o rosto de Cole. Quando se trata de apertar seus botões, eu nunca vou crescer.
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CAPÍTULO 1 9
Alexis
— Precisamos ir a um encontro duplo. — diz Kara. É tarde de segunda-feira e deixei Grace livre da escola hoje para me salvar uma viagem. Estamos sentadas na cozinha bebendo chá gelado enquanto as meninas brincam lá em cima. — Porque estou começando a pensar que Luke é uma criatura mítica. Se a mamãe não o tivesse visto quando estava espionando, eu me preocuparia que você perdeu a cabeça. Novamente. — Isso é muito possível e é ainda mais provável que eu nunca tenha tido de volta em primeiro lugar. Minha pobre mente está lá fora andando por aí. Embora não fosse nada como mingau de anos atrás. Provavelmente é apenas uma poça seca agora. — Você é tão estranha. — Minha irmã sacode a cabeça. — Você vai sair novamente neste fim de semana? Vamos todos! — Eu tenho as meninas neste fim de semana. — Mamãe vai olhá-las para você. Todas as três garotas podem ficar com ela. Elas adorariam isso. Eu enrugo meu nariz. — Mas, se eu sentir falta das nossas noites de sexta-feira à noite, eu tenho que esperar uma semana para ter outra. — Elas não tiveram uma noite fora de primas na casa de mamãe e papai há muito tempo. Elas vão adorar. Mamãe vai adorar. E você precisa ter um tempo para si mesma. Especialmente porque as coisas estão indo tão bem com Luke. — Realmente estão indo muito bem. Então, não devo recuar?
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Kara levanta uma sobrancelha. — Por favor, explique. Eu suspiro. — Você não acha estranho que o primeiro cara que eu namoro tenha tanto potencial? Kara dá de ombros. — Na verdade não. Quero dizer, você não se estabeleceu em um encontro às cegas. Você decidiu conversar com Luke porque sentiu que havia algo lá. — Eu achei ele sexy e estava bêbada. — Isso é tudo o que era? — Ela questiona. — Você não falou com ele antes disso ou algo assim? Você acabou por dizer “hey, você é sexy. Vamos voltar para sua casa e fazer sexo casual?” — Basicamente. Eu coloquei um bilhete com a opção “Quer foder? Sim ou não” para se certificar de que ele entendesse e para eliminar a troca de palavras verbais. — Estou falando sério, Lexi! Se todos nós saírmos juntos, posso dar uma opinião sobre ele. Você sabe que sou muito boa em ler as pessoas. Eu resmungo, mas concordo. Ela não gostava de Russell no início e isso nos levou a perder um ano de amizade fraternal. Eu queria que ela fosse feliz, eu estava apaixonada por um homem que queria casar comigo e ela me disse que ele emitiu uma energia negativa que entrou em conflito com a dela. Eu a chamei de hippie estúpida e disse que não tinha ideia do que ela estava falando. Eu ainda estou comendo minhas palavras anos depois. — Talvez. — Eu solto um suspiro e me inclino para trás na cadeira da cozinha. — Gostaria que tivéssemos lidado com isso de uma maneira diferente e gostaria de ter saído em alguns desses encontros que mamãe tentou para que eu tivesse mais alguma experiência. Espere, isso saiu errado. — Eu acho que sei o que quer dizer e você precisa parar. Você não tem que ir a um certo número de encontros malsucedidos antes de encontrar uma pessoa feita para você. — Eu não sei se acredito que alguém é feito um para o outro. — Você não quer dizer isso.
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— Eu quero. — confesso. — Mas, não quero. Quero acreditar que tenho uma alma gêmea lá fora, cujo amor é o tipo de amor que eu leio em romances. Mas... Eu pensei que tinha uma vez, e estava errada. Por que mereço uma segunda chance? Por que iria encontrar o homem dos meus sonhos depois que eu já tive um casamento? Já tive filhos? Nada que façamos será o primeiro para mim, e isso não é justo. Digamos que Luke é esse cara. Ele não deve ficar chocado nessas experiências. Ele deve ser capaz de estar animado com o seu casamento. Ele deve ser capaz de passar pela gravidez de seu primogênito cheio de questão e medo, bem junto com a mãe de seu filho. Eu seria uma daquelas velhas senhoras irritantes que se sentariam em uma cadeira de balanço e diria como foi para mim quando eu tive minha primeira. Não é justo para ele. Ele merece, mas eu não. Eu já o tive uma vez, e tudo desmoronou. — Às vezes as coisas têm que desmoronar para serem colocadas de volta no lugar. Suas peças não estavam na ordem certa e estavam todas misturadas. Agora é sua chance de não só colocá-las onde elas precisam estar, mas moldá-las você mesma. Torná-las como você quer que seja e inclui namorar homens sexys que gostam de oral e cozinhar. Meu Deus, Lexi, você percebe o quanto ele é, certo? E agora estou sorrindo ao pensar em Luke. — É o que torna isso tão errado. Kara me dá um olhar frio e duro. — Você realmente perdeu a cabeça, irmã. Exasperada, suspiro e esfrego os olhos, sem me importar se eu manchar meu delineador sobre o meu rosto. Em primeiro lugar, não foi bem aplicado. Eu fiz isso no metrô. Sim, eu era aquela garota esta manhã. — O primeiro cara que namoro não vai ser o cara. Ele simplesmente não pode. Porque isso é muito fácil e a vida não é fácil. Confie em mim, eu sei em primeira mão quão difícil esse mundo de merda é. — Lexi. — Kara diz suavemente e coloca a mão dela na minha. — A vida não é um conto de fadas. A vida não é um livro. A vida não é um filme. Não há nenhuma fórmula que você tem que seguir a fim de encontrar a felicidade. Seu trabalho gira em torno de livros de romance onde as coisas acontecem em uma ordem um tanto previsível, certo? — Se o livro está bem feito, não é previsível. — eu digo. Ela sorri.
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— Ainda não. Dê alguns meses. Eu rolo os olhos, me recusando a ficar muito esperançosa. A última vez que eu deixei minha mente vaguear para a categoria "talvez ele vá dar um passo adiante", eu dormi com seu irmão. — Apenas divirta-se, Lexi. Eu sorrio e aceno, não me incomodando em entrar em mais assunto com Kara. É fácil dizer o que alguém deve fazer quando você não é o único a fazê-lo. — OK. — Ótimo. Vou combinar com a mamãe a noite de sexta-feira.
. — Pode seu encontro duplo ser um encontro triplo? — Jillian pergunta na manhã seguinte. Ela abre sua agenda e senta-se à mesa de conferência. Eu coloco meus pés no chão e empurro, enviando a cadeira rolando por toda a sala. Há algo sobre sentar em uma cadeira de escritório que me faz incrivelmente preguiçosa. Por que andar quando eu posso rolar? — Isso seria divertido. Luke não se importará. — Ótimo. — Os lábios vermelhos de Jillian se curvam em um sorriso perfeito. — Aonde vamos? — Um barzinho novo no centro. Kara já fez reservas para as seis e meia. — Ninguém faz nada tão cedo. — Eu sei. — eu suspiro. — E vai ser uma dor de cabeça para eu ir para casa, levar as meninas para os meus pais e depois ficar pronta a tempo. Estou esperando que consiga terminar meu trabalho depois do almoço na sexta-feira. — Ajudarei se puder. — Obrigada. — eu digo a ela, sabendo que ela está tão cheia de trabalho quanto eu. Christine, uma das publicitarias da Black Ink Press olha para mim do outro lado da mesa. — Você tem um encontro, Lexi?
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— Ela tem. — Jillian responde antes que eu possa furar minhas palavras e cuspir "não". Christine veio de outra grande editora na mesma época em que fui contratada. Eu amo quando ela é designada para trabalhar com meus autores. Christine é uma senhora chefe quando se trata de marketing. — Ohhh. Fale-me sobre ele. — Ele é um ótimo cara. — continua Jillian. — Super sexy também. Eu o vi uma vez. Dou a Jillian meu melhor olhar lateral e sorrio educadamente para Christine. — O que ela disse é verdade. Eu o conheci há algumas semanas e nós realmente não paramos de nos ver desde então. — Eu não posso mentir quando se trata de Luke, mesmo que tudo dentro de mim grite para fechar minha boca. — Estou contente. — Christine diz e sei que ela realmente quer dizer isso. Meu divórcio e falta de encontro tem sido o tema da discussão do escritório por várias vezes. Não é surpreendente, uma vez que aqueles de nós que trabalham em conjunto principalmente editam ou comercializam romances. — Eu percebi que você parece mais feliz ultimamente. Você está se divertindo, não é? Eu também não posso mentir sobre isso. — Talvez. Jillian inclina para frente, desfrutando demais dessa conversa. — Eu ouvi os detalhes. O homem é dotado como um cavalo e gosta de lamber... — Ela corta quando Cole entra na sala de conferências. — Eu sinto que interrompi uma reunião secreta ou algo assim. — ele brinca e vai para a cabeceira da mesa. Christine ri e se os olhares pudessem matar, Jillian estaria morta no chão agora. — Lexi está vendo alguém. — diz Christine. Se eu estivesse vendo qualquer outro homem, isso não seria um grande problema. Em absoluto. Todo mundo iria me chatear sobre isso, então deixaríamos o assunto e seguiríamos em frente. — Já era tempo, você não acha? Cole retorna seu sorriso, não faltando uma batida. — Sim. Estava na hora. Eu abaixo a cabeça, pensando que eu preciso ligar para Luke apenas para apagar o fogo que está queimando em minhas bochechas. Essa reunião precisa ser
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iniciada para que possa terminar logo. Embora, não aja realmente nenhuma necessidade desta reunião de qualquer maneira. Um e-mail pedindo atualizações nos salvaria esse tempo. Meu telefone vibra e eu o pego. Desde que estamos constantemente recebendo chamadas de pessoas no mundo literário, estamos autorizados a ter nossos telefones em reuniões, enquanto eles estão de bruços e no vibra. Eu viro o meu para ver quem me mandou uma mensagem. Eu mentalmente resmungo quando vejo o nome de Russell, salvo em meu telefone como "O Ex". Eu o tinha sob um nome mais colorido do que isso, mas troquei para seguir em frente e poder soltar raiva. Eu suspiro, já sabendo que ele vai chegar com um milhão de razões pelas quais ele não pode levar Grace ao dentista na próxima semana. Eu agendei propositadamente sua nomeação assim que ela iria durante seu intervalo de almoço e teria tempo para almoçar com seu pai antes de retornar à escola. Seria uma divertida pequena excursão para ela, e Russ trabalha apenas a quinze minutos de sua escola. — Você é um idiota maldito. — eu murmuro quando leio sua resposta de não ter tempo para levá-la porque ele está "realmente ocupado". — Russ? — Jillian pergunta, olhando por cima do ombro. — O primeiro e único. Eu balanço a cabeça, fazendo o meu melhor para não ficar com raiva enquanto digito uma resposta. Este é exatamente o tipo de coisa que me levou finalmente a avançar com o divórcio. Russ fará qualquer coisa para fazer a minha vida inferno, mesmo que isso signifique decepcionar as garotas. Grace estava ansiosa para almoçar com seu pai. — Alexis. — Cole se impõe. Eu aperto minha cabeça. — Sem tempo de telefone pessoal durante as reuniões. A energia na sala muda e de repente sinto como se tivesse um calor de um milhão de graus aqui. A reunião não começou, e ninguém nunca se importou com o uso do telefone. E como ele sabe que é uma mensagem pessoal? Ele não pode ouvir nada do que eu disse para Jillian. Só há uma razão para ele se importar: Ele acha que estou mandando mensagens para Luke. Eu coloco o meu telefone e aceno, tentando desenvolver poderes psíquicos que fará as pessoas pararem de olhar para mim. Estou tão envergonhada quanto
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estou chateada. Eu fui repreendida como uma criança na frente da maioria da equipe de marketing e editorial. Quarenta e cinco minutos depois, a reunião termina e eu saio de lá para dentro do meu escritório, fechando a porta. Luke, que esteve no trabalho ontem à noite, me escreve para dizer bom dia. Eu sorrio e escrevo de volta, contando sobre a estranha reunião. Ele ri, diz que eu não deveria me preocupar com Cole e promete ligar no almoço. Eu começo a trabalhar, ignorando as tentativas de Russ para me atrair em uma briga de mensagens de texto. Já fazem dois anos e ele ainda não vai desistir de tentar me irritar. Eu pulo o almoço hoje, pego um sanduíche da sala de descanso e o como em minha mesa. Se eu quiser sair cedo na sexta-feira, preciso começar agora. Vou sem parar até o final do dia. A chuva está caindo fora da janela, batendo em um mar dos guarda-chuvas. Eu torço meu cabelo em um coque desarrumado, desejando que eu tivesse verificado o tempo antes de sair de casa. Eu não trouxe um casaco. Ou um guarda-chuva. Ah bem. É o que é. Eu arrumo minhas coisas e saio, dizendo adeus a Jillian no meu caminho. Cole está saindo de seu escritório e eu acelero os passos para evitá-lo, mas o cara é alto e suas pernas longas dão grandes passos e agora ele está atrás de mim, entrando no mesmo elevador. Droga. — Ei Alexis. — ele diz, abotoando o casaco. — Eu pensei que o fim do dia nunca viria. Então estamos de volta ao normal? Ele não está bravo comigo pelo incidente com Luke? Bem, o incidente de mensagens de Luke que realmente não aconteceu. — Uh, sim. Foi uma longa semana. — Como estão suas meninas? — Elas estão bem. — Aposto que eles estão ficando grandes agora. — Ele sorri. O que está acontecendo? Eu devolvo o sorriso, nervosamente forçando meus lábios a se curvarem. Eu olho diretamente em frente, desejando que esse elevador fosse como a Torre do Terror e nós rapidamente cairíamos em uma queda livre para o nível principal. Sem bater e nos matar, é claro. Eu só quero sair. — Eu quis dizer o que disse sobre as coisas não sendo estranhas. — diz Cole, enquanto paramos em outro andar. Mais duas pessoas se espremem.
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— Não está. Ele me dá uma olhada. — Sério. Não precisa se esgueirar. Minhas sobrancelhas empurram juntas. — Eu não sei do que você está falando. — Ontem à noite. — ele sussurra. — Está tudo bem comigo. O que quer que você e Luke façam é da conta de vocês. Outro sorriso forçado. — Certo. — Eu não estava com ele na noite passada. Luke estava trabalhando. Ele levou alguém para casa?
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CAPÍTULO 2 0
Luke
— Sim, mãe, estou indo muito bem. — Eu exalo e sento no sofá. Estive ao telefone com minha mãe nos últimos vinte minutos. Desde que ela se mudou há vários anos, eu realmente não me importo de falar com ela pelo telefone. Ela geralmente me enche sobre os acontecimentos no bairro, me diz quantos jacarés ela viu no campo de golfe e me dá uma recapitulação semanal de suas viagens à Disney. Sim, semanalmente. Ela e meu padrasto vivem a apenas vinte minutos de distância. E ninguém gosta mais da merda da Disney do que a minha mãe. — Você ainda vai ao psicólogo? — Ela pergunta. — Eu não preciso. — Mas, não é recomendado? — Estou bem. Curado o melhor que posso estar, então agora eu só preciso seguir em frente. — Como vai isso? Você fez amigos em Nova York? Você está procurando outro emprego? Não na estação de bombeiros, espero. Que tal voltar para a escola? Não é tarde demais para mudar de profissão, você sabe. Você é jovem. Talentoso. Inteligente, também. Você decidiu se quer ficar? Há muitas oportunidades de emprego na Flórida, você sabe. A Disney trata seus funcionários como ouro, eu ouvi. — Mãe, uma pergunta de cada vez, por favor. — Você sabe que eu me preocupo com você. Você ainda é meu bebê. — Sim, sim. E realmente, estou bem. Estou saindo com alguém. — Eu desabafo, ignorando as outras perguntas. Ainda não decidi o que fazer. Ser
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bombeiro era meu chamado. Salvando pessoas, entrando quando os outros se esgotam... É isso que eu deveria fazer. Pelo menos pensei assim. Mas estava errado. — Uma mulher? — Não, mãe, um macaco que conheci no Zoológico do Central Park. Tenho que me esgueirar depois das horas para não ser preso. Não se pode ter relações com animais em Nova York. — Luke, pare com isso. Fale sobre esta menina! — Seu nome é Lexi. — Assim que as palavras saem de meus lábios, tudo transcende. Nunca contei à minha mãe sobre alguém com quem estive antes. Não havia nenhum ponto, mesmo se eu fosse exclusivo com quem estava ligando. Eu sabia que não iria durar, sabia que não havia nenhum ponto em levá-las para casa, passando pelos movimentos de encontrar meus pais. Elas não estariam em torno tempo suficiente para as próximas férias de qualquer maneira. — Como você a conheceu? — No trabalho. Meu trabalho. O bar. Ela estava com amigas e acabamos conversando. — Ah que amor! Há quanto tempo você está namorando? — Apenas algumas semanas. Mas ela é ótima. — Tenho certeza. Se a memória me serve, esta é a primeira vez que você mencionou uma mulher para mim. Então esta jovem senhora deve ter feito uma boa impressão em você. Isso e depois me mostrou mais algumas habilidades. — Ela fez. Ela tem filhos. Duas meninas. — Oh, então ela é divorciada? — Mamãe se esforça para não fazer suposições sobre ninguém. Anos sendo uma enfermeira de trauma fez essa segunda natureza para ela. — Sim. Ela está há mais de um ano. — Você conhece os detalhes sobre isso? — Não realmente. — confesso. — Não surgiu o assunto. — Tenho certeza que vai se continuarem se vendo. Agora me diga como anda as coisas com seu irmão?
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Eu faço o meu melhor para não estourar de rir. Eu digo a mamãe que estamos indo muito bem e termino a chamada. Está ficando tarde e isso significa que Cole vai estar em casa em breve. Eu olho em volta da sala de estar para a decoração minimalista e acho que é uma pena que Cole não tenha deixado nada como a vovó tinha. Esta casa era seu orgulho e alegria. Sim, havia uma grande necessidade de atualização, mas manter uma ou duas de suas pinturas florais horríveis ou uma de suas muitas toalhinhas de renda, iria assegurar a quantidade certa de nostalgia, lembrando de nossa infância. Suponho que eu poderia mudar as coisas. Indo para o galpão e cavando através das montanhas de porcaria e encontrando algumas das decorações da vovó. Afinal, metade da casa era minha. Se eu decidisse ficar em Nova York, e depois? Por que eu deveria deixar a casa que é parcialmente minha? Isso me irrita só de pensar nisso. Saio de casa antes que Cole chegue e lembro imediatamente como minha vida está diferente. A cidade é estranha, cheia de estranhos. Faz-me sentir falta de todos os que deixei para trás em Chicago, mas se eles se importassem comigo, saberiam por que eu nunca poderia voltar. Está perto das sete horas quando chego em casa, com um saco de comida chinesa na mão. Lexi disse que ligaria depois do trabalho e eu ainda não ouvi nada dela. Nos últimos dias ela ligou quando saiu do metrô e estava a caminho de pegar suas meninas na casa de sua irmã. Tenho certeza que ela está ocupada com suas filhas, tentando fazer o jantar e ajudar com a lição de casa ou qualquer outra coisa, e vai ligar mais tarde. Lexi sempre manteve sua palavra antes, ligando quando ela diz que vai, embora eu tenha aprendido a dar um período de espera de trinta minutos antes de suspeitar o pior. E o pior geralmente é algum tipo de acidente horrível. Eu vi o pior do pior, de raspar a carne depois de acidentes de motocicleta para passar mais horas do que pensei humanamente possível procurando por partes do corpo faltando ao lado da estrada. Eu sento no balcão da ilha, percorrendo os artigos de notícias para manter minha mente ocupada enquanto eu como. Cole entra na cozinha, abre a geladeira e tira uma de suas desagradáveis vitaminas verdes. — Esperando uma ligação? — Ele pergunta, olhando o telefone na minha frente.
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Eu encolho os ombros e quebro um rolinho primavera na metade mergulhando-o no molho. Cole ainda está lá, me observando. Ele não diz mais nada, mas não precisa. O rolinho primavera espedaça sob meus dedos. — O que você fez? Ele balança a cabeça. — Eu não fiz nada. — Uma merda que não. — Eu deixo cair a comida no meu prato e fico de pé. — Você não gosta que eu esteja envolvido com Lexi. O que você fez? — Eu digo cada palavra lentamente com os dentes cerrados. Cole ri. — Olhe para você procurando as respostas desesperadamente. Quase me faz pensar que você realmente gosta de Alexis. — Eu gosto. E ela gosta de mim. Então, o que você fez? — Tudo o que eu disse a ela foi que as coisas não precisam ser estranhas. Ela não tem que entrar e sair de seu quarto como fez na noite passada. — Ela não... — Paro no meio da frase. — Você a fez pensar que trouxe alguém para casa comigo ontem à noite. — Você quer dizer que não foi Lexi que eu ouvi sair no meio da noite? Eu não penso. Eu ajo. E agora estou voando ao redor do balcão. Minhas mãos pousam nos ombros de Cole e o empurro de volta. — Que porra está errada com você? Ele tropeça para trás, sua vitamina verde espirra fora de seu copo e para o chão. — Por quê? — Eu exijo. — Por que você me odeia tanto que você machucaria Lexi apenas para chegar até mim? Cole tropeça de volta contra o balcão. — Eu não machuquei Lexi. — ele sai correndo. — Se foi alguma coisa eu a ajudei. Ela é boa demais para você e precisava sair antes que perdesse mais tempo. — Oh, então agora você se importa com ela. Realmente, maneira engraçada de mostrar. — Enrolo meus punhos, querendo bater nele repetidamente. — Você é um idiota de merda. — Eu viro, precisando sair daqui antes que eu alcance sua bunda. Pego o meu telefone. — Ela vai descobrir que pedaço de merda você é.
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Cole ri. — Dificilmente. Você não acha que ela vai acreditar em mim? Conheço ela há anos. Há menos de um mês que você a conhece? E ligar para dizer a ela que você não trouxe ninguém para casa pareceria que você tem uma consciência pesada. Por que trazer tona se não aconteceu? E aposto que ela vai precisar de alguém para confortá-la quando tudo estiver dito e feito. Eu balanço a cabeça. — Você é doente. — Com meu telefone na mão, eu saio de casa. Cole é um bastardo miserável, mas ele tem razão em uma coisa: Ele tem a vantagem quando se trata da confiança de Lexi. Seu relacionamento pode ser estritamente profissional, mas ela o conhece há anos. A única maneira que ela tomaria minha palavra sobre a dele era se ela sentisse algo tão forte por mim como eu sinto por ela. O pânico sobe no meu peito e eu não sei como consertar isso. Ligar e dizer exatamente o que aconteceu, toda a verdade e nada além da verdade, soa extravagante, exatamente como Cole planejou. Ela pode acreditar em mim, mas é uma chance pequena. Não importa quão pequena seja a chance. Eu tenho que tentar. Porque estou começando a me apaixonar por ela.
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CAPÍTULO 2 1
Alexis
Eu lentamente puxo meu braço de debaixo de Paige e rastejo até o pé da cama. Eu salto sobre Grace, me aterrando silenciosamente no chão. Pluto toma o meu lugar entre as duas. Eu sorrio, estando lá na escuridão olhando para meus bebês por um minuto, bocejando e vou para a cozinha. As garotas queriam se aconchegar na minha cama comigo e não havia como eu dizer não a isso. Especialmente esta noite. Porque tanto quanto eu tento não pensar, eu faço. E não deveria me incomodar, mas sim me incomoda. Luke estava com outra mulher na noite passada. Não estabelecemos regras, nem expectativas. Por tudo o que ele sabe, eu poderia estar vendo outros homens. Eu rolo meus olhos para mim mesma. Luke sabe como estou ocupada e que não tenho muito tempo reservado para namorar. Eu não teria tempo para ver outros homens. Mas ainda assim... Eu não deveria estar brava com ele, não deveria sentir uma decepção tão intensa. Mas sinto. Pensei que havia algo mais entre nós, algo que empurrava os outros para fora do quadro, porque naquele momento, éramos suficientes. Estava errada e é melhor descobrir agora, em vez de mais tarde. A parte estúpida de mim que se apega à esperança que diz que ainda é possível continuar isso com Luke. Afinal, nunca dissemos que seríamos exclusivos. Talvez depois de uma conversa nós pudéssemos acertar isso. Ou talvez não.
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Encho um copo de vinho e sento-me à mesa da cozinha, colocando a cabeça em minhas mãos. Editar um romance é a última coisa que quero fazer agora e a única razão pela qual planejei trabalhar esta noite foi para poder sair cedo do trabalho e estar pronta para um encontro. Um encontro com ele. Um encontro que provavelmente não deveria acontecer. Bebo meu vinho e respiro fundo. Mesmo que eu não vá a um encontro na sexta-feira, ainda quero adiantar o meu trabalho. Posso sair no meio do dia de sextafeira e gastá-lo com Paige. Eu posso levá-la para o escritório comigo, deixá-la se entreter com livros e meu Kindle, em seguida, irmos para a cidade para um dia de mãe e filha antes que Grace saia da escola. Deixar Grace em casa também é tentador. Talvez todos nós fiquemos doentes e passemos o dia inteiro apenas descansando em casa. Meu telefone vibra com um texto. É de Luke. Mordo meu lábio, segurando o celular em meu peito, e decidindo ver o que ele tem a dizer.
Luke: Dia longo?
Eu olho para suas palavras, não sei como responder. Devo falar com ele sobre a noite passada? Ele me disse que trabalhou, depois voltou para casa e dormiu. Deixar para fora parte da verdade é mentira, certo?
Eu: Sim.
Eu mando minha resposta de uma palavra e me sinto como uma burra. Luke é livre para ver outras mulheres. E ele provavelmente vai querer depois disso. É para melhor. Luke é um espírito livre. Esperar que alguém como ele se estabeleça com uma mãe solteira de dois filhos é muito. Eu torço meu anel em torno do meu dedo, olhando para as pedras preciosas enquanto o giro. Quatro pedras compõem a banda. Um rubi para a pedra do signo de Grace, citrino para a de Paige, esmeralda para mim, e minério para Pluto. Havia um diamante em seu lugar para o signo de Russell, mas eu vendi esse e o substituí com a pedra mais barata. Penso em Luke e percebo que não sei quando é o aniversário dele. Há muito sobre ele que eu ainda tenho que aprender e estava ansiosa para descobrir. Mas é tarde demais?
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Sim. Sim. Porque não somos compatíveis.
. — Então você está cancelando o encontro? — Jillian pergunta quarta-feira de manhã. Estamos em seu escritório, bebendo nosso café da manhã. Ela está comendo um donut, e eu não estou com fome. Que é uma bandeira vermelha que toda esta coisa de Luke estar vendo outras mulheres está realmente me perturbando. — Eu acho que sim. Eu só não vejo o ponto. Nós claramente queremos coisas diferentes. Estou procurando algo a longo prazo com esperanças de sempre no horizonte. Ele só quer sexo. Um monte de sexo, aparentemente. E se o que estamos fazendo não está chegando perto de ser suficiente agora, ele só vai ficar desapontado mais tarde. — Talvez ele seja o tipo de cara que tem que foder todos os dias. — Então nós realmente não somos feitos um para o outro. Ela acena com a mão em mim e pega seu telefone, passando por seu e-mail enquanto conversamos. — O que quero dizer é, se vocês se tornarem oficial, então vocês vão ver mais um ao outro. Ele vai conseguir algum sexo regular. — Tenho duas filhas. — E há pessoas com três filhos. E quatro filhos. E mais do que isso. — Aonde você quer chegar? — Eles ainda estão fazendo isso e eles têm filhos. Você não pode conseguir ter o terceiro filho sem foder para chegar lá. Eu suspiro. — Eu sei. É totalmente possível ter uma vida sexual pós-parto. Meu medo é que não seja o tipo de vida sexual que Luke quer. Jillian põe o telefone para baixo e me olha fixamente. Eu sei que o que ela está prestes a dizer vai ser duro. Áspero, mas verdadeiro. — Por que o está afastando? — Eu não estou. Ele é o único dormindo com outra pessoa.
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— Você falou sobre não dormir com outras pessoas? — Ela pergunta e eu balanço a cabeça. — Então por que você não sai sexta-feira e conversa com ele sobre isso. Eu estarei lá. Sua irmã estará lá. Você terá apoio. — Que tal eu ir ao banheiro e perguntar se ele está vendo mais alguém? — Oh claro. — Jillian brinca. — Então você pode chamar sua mãe para perguntar se ela aprova você ter uma noite fora. — Engraçado. — Às vezes eu não sei o que fazer com você, Lex. Mas sério, não importa quem você namore, este tópico vai chegar. Vocês dois precisam mostrar o que querem e quais são suas expectativas. — Você faz parecer fácil. — Dizer é fácil. — ela suspira. — Obtê-las é que é uma história diferente. Mas, não deixe a minha falta de anel de noivado te assustar. Eu posso te dizer pelo que você disse, ele parece gostar de você também. — Eu gosto dele. — confesso. — Que interessante, quando eu finamente conheço um cara legal ele não está apenas relacionado com o nosso chefe, ele é seu irmão. — Ninguém disse que o amor era fácil. — A vida não é fácil. Jillian levanta a mão. — Merda. — Seus olhos voltam para o telefone. — Hoje fazem sete dias. — ela murmura. — Desde que você enlouqueceu, matou seus cavalos e foi empurrada para o poço9? — Hã? Não, e não é assim que o filme é. Você saberia se não fosse medrosa demais para realmente assistir. Sete dias depois do prazo que dei a Ren Fairchild. Ele não me enviou. Nenhum livro. Sem capítulos. Nem mesmo uma página. E ele não retornou meus e-mails. Ele ainda está postando no Facebook, então eu sei que ele não está morto em uma vala em algum lugar. Juro por Deus, vou chamá-lo a partir de hoje até que ele responda e me dê o maldito livro. — Divirta-se com isso. — eu resmungo com ela, sabendo o estresse que um projeto tardio coloca em você. Eu vivo no caos organizado do dia-a-dia, e mudar um 9
Referência “errada” ao filme O chamado.
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projeto por causa de outro pode causar toda a confusão precariamente te colocando em um colapso. Cole me pega no segundo em que deixo o escritório de Jillian. Ele tem um vislumbre em seus olhos e ele me olha de cima abaixo antes de acenar. Estou com raiva e aliviada em termos com Cole. Irritada, porque ele teve que abrir a boca e dizer alguma coisa, arruinando a fachada de felicidade que eu construí à minha volta. E aliviada por que eu sei a verdade sobre Luke. Eu sabia que ia me machucar no final. Porque o amor é realmente estúpido. — Bom dia, Alexis. — diz Cole. Seus olhos se encontram com os meus e ele segura meu olhar, o sorriso crescendo. — Você fez algo em seu cabelo? Parece diferente. É um diferente bom, é claro. — Hum, eu reparti ele do outro lado. — Engulo seco e me forço a tomar uma respiração firme. Olhar para Cole me faz lembrar o quanto gosto de Luke. Deus, meu coração é um idiota. — Parece legal. De qualquer maneira, estava esperando que você estivesse livre para o almoço. — Almoço? — Eu gaguejo estupidamente. — Sim. Essa refeição entre o café da manhã e o jantar. Eu fiz algumas anotações sobre esse livro paranormal que eu queria debater com você. O Marketing está sugerindo uma mudança de título. Maldita foi usado muitas vezes. Eu aceno, agradecida por isso ser sobre trabalho. — Concordo. Eu venho tentado fazer Katie chegar a essa conclusão por conta própria. Ela está tão entusiasmada com isso que saiu e encomendou cartões de visita e coisas que dizem que ela é a "autora da Série Maldita" e eu não quero colocar um amortecedor em seu humor. Está ajudando-a a escrever o segundo livro. Cole sorri, se aproximando de sua mesa. Ele põe a mão na brilhante superfície de madeira e se inclina para frente. — Você é tão atenciosa, tão prestativa. — Obrigada. — Eu digo, me sentindo nervosa, agora. — Então, almoço... Você quer que eu te encontre aqui ou na sala de conferências? Cole ri, e eu não posso deixar de pensar que parece forçado.
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— Não, nada formal. Deixe-me levá-la para almoçar fora e vamos falar sobre os detalhes. Cole é meu chefe. Nós temos um assunto de trabalho para falar e eu concordo que o título do livro de Katie precisa ser mudado. Mas, falar sobre isso durante um almoço como este? É apenas... Estranho. E está deixando um mau gosto na minha boca, que faz com que seja difícil se concentrar no trabalho. Precisando de uma distração, eu começo a passar por submissões. Leva apenas cerca de três mil palavras de um livro para saber se é algo que eu posso trabalhar ou não. A voz do autor tem que ter uma conexão comigo e se não, nós não somos apenas um fósforo, não há faísca. Essas três mil palavras não precisam estar no início de um romance, e mais vezes do que não, eu sugiro reescrever o início dos livros que eu assumi. Eu envio minhas rejeições para Gavin, que tem que fazer o trabalho sujo de dizer aos agentes que não estamos interessados. O livro é realmente muito bom, mas é uma ficção histórica. Eu não edito ficção histórica e receber um livro fora do meu gênero preferido me irrita. É claramente listado que gêneros eu aceito e ficção histórica não é uma delas. Escrevo ao agente de volta, dizendo que o livro é bom, mas seria mais adequado com outro editor e ter transmitido a submissão para ela. Uma hora e meia depois, estou me sentindo melhor. De volta ao normal. Os livros têm uma maneira de fazer isso. Então estou lutando com o departamento de marketing sobre a mudança nos planos de um livro que eu editei há vários meses, um livro que acredito que pode fazer sucesso se tiver a exposição que ele precisa. E agora falta apenas meia hora para almoço. Porra. O quanto eu não quero sentar com Cole ressoa alto dentro de mim e eu puxo o meu telefone, pronta para enviar um texto a Luke. Mas assim que desbloqueio a tela, ele me liga. Eu respondo no segundo toque. — Ei. — ele diz, soando surpreso que eu respondi. — Luke, oi. — Como você está? — Ele pergunta, e meu coração está voando ao som de sua voz profunda. — Tudo certo. Tem sido uma manhã agitada. Mas as coisas estão se acalmando agora. E você?
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— Estou bem também. Acabei de voltar da academia. Você está brava comigo, Lexi? — Ele pergunta e sua franqueza me pega desprevenida. Eu não sei como é ter confiança para dizer o que está em minha mente. — Sim. Não. Talvez. Espere. Vou começar de novo. Não, eu não estou brava com você. Você tem todo o direito de ver outras mulheres e eu deveria ter dito mais cedo que... — Lexi. — ele interrompe. — Eu juro para você, eu não estou vendo ninguém. Eu não quero ver mais ninguém. Nenhuma outra mulher no mundo inteiro da foda se compararia a você. Eu respiro e olho pela janela, meu cérebro indo a um milhão de milhas por hora. Suas palavras estão me fazendo desmaiar, mas eu não deveria acreditar nele. Acreditar vai levar a mágoa. — Cole disse que ouviu alguém em seu quarto. — Ele mentiu. — As palavras de Luke são duras. Bravas. — Por que ele mentiria? — Ele não gosta de mim. Sinto muito, Lexi. Você foi arrastada para uma grande bagunça. Ele não gosta de mim e fará qualquer coisa para me derrubar. Incluindo ferir os outros. Não tome isso pessoalmente. Eu inclino para trás na minha cadeira, o coração martelando. Russell era da mesma maneira. Morto para me machucar, ele não se importava em quem pisasse no processo. — Eu conheço alguém assim, e eles não são agradáveis. — Passam alguns segundos enquanto processo tudo. Eu não sei o que pensar e estou ainda mais sem noção de como deveria sentir. Conheço Cole há anos. Ele nunca foi nada além de agradável e profissional, tornando difícil vê-lo como o idiota que quer vingança sobre seu irmão mais novo, por algum motivo. Mesmo antes de esmagá-lo, eu considerava Cole um amigo. Quando estava casada, queria que Russell fosse mais parecido com ele. Cole sempre me pareceu um cara legal. Eu sinto que estou andando em cascas de ovos, cascas de ovos que também estão marcando bombas de tempo. Se namorar Luke significa que meu chefe sempre me odiará, a aposentadoria parecerá muito longe. E se as coisas funcionarem com Luke? Cole será meu cunhado. Quão maluco isso é? O que estou fazendo?
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Luke tem razão: isto é uma bagunça. Uma merda de bagunça. — Lexi? Eu me sacudo de meus pensamentos. — Sim? Desculpa. Ainda aqui. Estou apenas tentando envolver minha cabeça em tudo. — Vamos nos encontrar para o almoço. Dê-me a chance de explicar olho no olho. — Sim, isso seria ótimo. Espere, não. Eu tenho que trabalhar durante o almoço. Cole, na verdade, precisa conversar comigo sobre o mais novo livro que assumi. — Claro que ele precisa porra. — Luke resmunga. — Ele está brincando com você, Lexi. Meu coração acelera novamente e meus nervos disparam através de meu corpo. Isso está me deixando tão desconfortável. Eu não quero ser colocada entre irmãos. Não desse jeito. — Eu não sei, Luke. Há um problema com o título. — E isso tem que ser resolvido durante o almoço? Eu balanço a cabeça e depois percebo que Luke não pode me ver. — Nós trabalhamos durante o almoço. Às vezes eu gosto porque posso tomar uma pausa extra do almoço, mas ainda tê-lo, conta como trabalho. — Pare de defender Cole. — Eu não estou. Eu... Eu... — gaguejo. — Eu não sei por que você está com raiva de mim. Luke solta um suspiro. — Eu não estou. De modo nenhum. Lexi eu... Porra... Eu não estou chateado. — ele repete. — Eu não quero te aborrecer. Eu sinto muito. Eu não estou acostumada a homens se desculpando comigo. — Está tudo bem. — eu digo a ele e vejo Cole deixar seu escritório. — Tenho que ir. Eu te ligo mais tarde, ok? — Ok. — ele diz e ouço o machucado em sua voz. — Adeus, Lexi. — Suas palavras saem lentas e pesadas, como se fosse o último adeus. E talvez seja. Deveria ser.
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Eu coloco meu telefone longe e solto um suspiro. Meu corpo inteiro está formigando, meu coração ainda está batendo rapidamente, e minhas bochechas estão quentes. Essa foi uma das conversas mais inábeis que já tive. Cole bate na minha porta e aceno para ele através do vidro, deixando saber que vou sair em um segundo. Pego minha bolsa, o suéter e saio do escritório com Cole. É um belo dia, mas Cole insiste em ter o motorista da empresa, um motorista para nos levar a três quarteirões de distância para o restaurante onde ele tem reservas. O lugar é ultra moderno, caro... E lotado. — Estou surpresa que você foi capaz de conseguir uma mesa. — eu digo imediatamente quando estamos sentados. Cole ri. — Tenho meus meios. Eu peço uma água com limão e olho sobre o menu. Não há preços listados com as entradas. Estúpido pretensioso restaurante. Eu decido ir com uma salada de salmão, peço ao garçom, e então tiro meu iPad assim posso para puxar os arquivos e as notas que tenho guardadas para o livro de Katie James. — Se preocupe com isso mais tarde. — diz Cole quando eu falo sobre isso. — Uh, ok. — Eu coloco o iPad de lado. Se o ponto de sairmos para almoçar era discutir o livro, então por que não estamos discutindo o livro? — Você sabe. — ele começa. — Minha mãe ficou mãe-solteira por muitos anos, trabalhando e nos criando. Eu concordo. — Ela era enfermeira, certo? — Sim, como você... Oh. Ele disse a você. — Uh, sim. — Eu disfarço brincando com o guardanapo de pano no meu colo, olhos pousando na faca de bife. Eu poderia precisar dela para cortar a tensão em torno de nós. — Ele me disse. Os olhos castanhos de Cole escurecem e seu rosto se curva em uma carranca. Graças a Deus os aperitivos chegam. Não perco tempo a cavar, acolhendo a distração.
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— De qualquer forma. — continua Cole. — Eu nunca percebi quando criança o quanto ela fez por nós. Então quero ter certeza de que você saiba que está fazendo um ótimo trabalho. — Oh, uau. Obrigada. — É um grande elogio. Minhas meninas são a minha prioridade número um. Fazer o bem para elas é mais importante do que qualquer outra coisa. — Eu não acho que já perguntei. — ele continua. — Você sempre viveu em Nova York? Eu aceno, com boca cheia. — Minha família é do Brooklyn. — eu digo depois de mastigar e engolir. — E você? Você sempre viveu aqui também ou morou em Chicago antes? Cole levanta uma sobrancelha. — Nós somos daqui. Aparentemente, Luke não disse por que ele se mudou para Chicago. — Não, ele, uh, não disse. Ainda não. — Ele estava indo para a Universidade de Chicago. Medicina. E depois foi expulso e nunca voltou para casa. Eu inclino para trás. Pisco. A sobrecarga de informação sagrada. Meu estômago se contorce. Eu levo meu tempo para comer outro pedaço de pão com alcachofra. — Eu tive que confirmar a contagem final para o cruzeiro anual do livro esta manhã. Você não vai? Eu balanço a cabeça. Durante os últimos anos, a Black Ink Press participou de um cruzeiro temático que traz consigo autores, agentes, editores, e até produtores de filmes. Todos os anos eu tinha me entretido com a ideia de ir, e todos os anos nunca aconteceu. — Eu adoraria ir, mas não posso deixar minhas meninas. — São apenas cinco dias. — Isso é muito tempo. Os fins de semana são duros o bastante quando elas estão com seu pai. Cole sorri, um gesto que costumava fazer meu coração vibrar como uma estudante.
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— Você merece uma pausa. E o que é melhor do que um cruzeiro pago com todas as despesas para a Bahamas? A viagem não é totalmente gratuita. Gostaria de conseguir um quarto no navio, um dos mais baratos e menor disponível. Quaisquer atualizações que são muito necessárias para ter um bom tempo são pagos do próprio bolso. — Estou um pouco apavorada em sermos atingidos com uma daquelas ondas gigantes que invadem navios cruzeiros. Cole ri. — Isso é incrivelmente improvável. Eu encolho os ombros. — Eu gosto de jogar com segurança. Cole inclina a cabeça e lentamente parte os lábios. — É realmente disso que você tem medo? — Seu pé roça contra o meu sob a mesa. Que porra? Troco meu peso e cruzo minhas pernas, afastando meu pé do dele. Talvez ele estivesse apenas esticando as pernas e não insinuando o que diabos ele está insinuando. Ele não pode estar. Porque ele é meu chefe. E estou me apaixonando por seu irmão. Espere o que? Apaixonar? Luke? Eu? Não. Porra. Sim. Eu. Estava. Mas não posso. Não deveria. Eu preciso de alguém que esteja comprometido, alguém que quer um relacionamento estável. Luke diz que não está vendo mais ninguém, e eu quero acreditar nele. Mas... Eu só não vejo por que Cole iria mentir. Eu limpo a minha garganta e tomo mais do aperitivo. — Então, você tem alguma sugestão de título para o livro? — Não. Podemos ter o marketing montado uma lista. — Boa ideia. — Eu forço um sorriso e coloco o pão para baixo, o meu apetite desapareceu. Cole não me levou para almoçar para falar sobre o livro. Esse nunca foi o plano dele.
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Luke estava certo. E eu fodi tudo completamente.
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CAPÍTULO 2 2
Luke
Meus pés batem no pavimento em um ritmo constante. Alice in Chains explode em meus ouvidos e estou me concentrando em nada mais do que mover um pé na frente do outro, navegando em torno dos corredores lentos no Central Park. Eu não consigo pensar em nada mais ou explodirei. E Cole tem que voltar para casa em algum momento esta noite. Se ele for inteligente, vai ficar longe ou então vai estar deixando a casa em um saco de corpo preto na parte da manhã. Lexi não vai me ligar. Ela não vai atender se eu ligar. Cole a manipulou, inventou uma mentira doente e ela a comprou. Eu a perdi e a cereja no bolo de merda? Cole vai se divertir sobre isso pelo resto de sua vida. O que é ainda pior é pensar na dor que isso causou a Lexi. Ela já passou por bastante, já teve um idiota em sua vida. A indignação surge através de mim ao pensar em alguém que maltratou Lexi e suas meninas. Eu pego o ritmo, correndo cada vez mais rápido. E então algo me atinge. Estou fugindo. Novamente. Eu costumava ser o único a correr para dentro quanto todo mundo corria para fora. Deixei Chicago pensando que nunca mais poderia ser esse homem, que ele morreu no fogo e tinha desaparecido há muito tempo. Porra. Terminei com o fugir. Meu pulso está batendo, mas eu não paro, não desisto. Eu continuo correndo, deixando o Central Park e saindo para as ruas movimentadas. Através das pessoas, em torno dos carros.
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Qualquer coisa para chegar até ela. Eu não tenho nenhum plano quando entro no elevador. Lexi pode nem estar aqui. Ela ainda poderia estar no almoço e depois o quê? Não importa. Eu vou atravessar essa ponte quando chegar a ela. Desço no andar errado e tenho que esperar impacientemente pelo elevador para voltar para baixo. Isso funciona a meu favor, porém, porque assim que as portas se abrem, vejo Lexi. Ela está andando ao lado de Cole, de costas para mim, e está tensa. Ela está desconfortável com o que o filho da puta está dizendo a ela. Ele diz algo e ri da própria brincadeira. Lexi força um sorriso e vira a cabeça para olhar para ele, sendo a pessoa educada que ela é. Eu não sei o que a faz girar, mas ela faz e seus olhos se encontram com os meus. — Luke. — ela sussurra. Cole vira, seu rosto empalidece. Eu dou um passo à frente, agarro Lexi pela cintura e coloco meus lábios nos dela. Ela está congelada, mas o choque inicial desaparece após um segundo. Os braços de Lexi se dobram ao redor de meus ombros e eu mergulho suas costas contra parede, minha língua empurrando para dentro de sua boca. Alguém dentro do escritório saúda. Mas não paramos de nos beijar. Meu coração está na boca e estou dando o meu tudo. Eu rompo o beijo, mantendo meu rosto a poucos centímetros do dela. — Você é a única que eu quero beijar. A única que eu quero foder. A única com quem quero estar. Não há mais ninguém. — Luke. — ela sussurra. — Você estava certo sobre tudo. Desculpe. — Lágrimas se acumulam em seus olhos. Ela pisca e me beija, as mãos pousando em minhas bochechas para que ela possa trazer minha boca para a dela. — Não se desculpe. Lexi deixa escapar uma respiração profunda e relaxa visivelmente. Ela descansa sua cabeça contra meu peito, e eu protetoramente envolvo meus braços ao redor dela, movendo meu olhar para meu irmão. Seus olhos se encontram com os meus, cheios de raiva. Eu balanço a cabeça, tentando deixá-lo saber que eu não quero causar uma cena no trabalho de Lexi. O que acontece com ele também. Cole estreita os olhos em uma ameaça, me deixando saber que vamos resolver isso mais tarde, mas vai para o seu escritório, fechando a porta. — O que você está fazendo aqui? — Lexi pergunta. — Eu não ia deixar ele te levar para longe de mim. Eu tive que mostrar a você que falo sério: Eu não quero mais ninguém além de você.
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Uma lágrima rola por seu rosto. Pego com o dedo e a limpo. — Desculpe. — Ela enxuga os olhos. — Ninguém jamais falou isso antes. — Acostume-se a ouvir. Eu beijo sua testa, o coração ainda correndo. — Você não tem mais tempo para o almoço, não é? — Não por quê? — Eu poderia esperar por uma rapidinha em um armário de vassouras. Ela levanta as sobrancelhas. — Que tal uma no banheiro? — Você realmente... Você faria isso? Lexi ri e balança a cabeça. — Não no banheiro. Eu não quero cheirar a merda de outras pessoas enquanto seu pau está na minha boca. — Não sei ao certo até onde posso aguentar essa piada antes de cruzar uma linha. — Se você está se referindo a boquete no banheiro, isso está muito longe. — É um pouco chocante você falar sobre isso. Lexi encolhe os ombros. — Depois que eu falei sobre calcinha vaginal nada deveria te chocar mais. — Eu nunca vou encontrar outra mulher como você. — Eu a beijo mais uma vez, e depois dou um passo para trás. — Eu não quero causar problemas aqui para você. Quer dizer, mais problemas. Ela balança a cabeça e passa a mão sobre o cabelo. — Eu não vou ter que ir identificar você ou Cole no necrotério, vou? — Nah, nossa mãe vai fazer isso. — Estou falando sério, Luke. Se Cole pudesse te matar com poderes psíquicos, você estaria morto no chão. Eu vi o jeito que ele estava olhando para você. O que você vai fazer? — Evitá-lo? Trancar a porta enquanto durmo e não deixar as minhas bebidas sem vigilância. E prometo não matá-lo.
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— Isso é tão convincente. — Ela olha nos meus olhos. — Então... Nós estamos bem? — Sim. Vamos fingir que isso nunca aconteceu. Eu quero você e tudo está perfeito. — E o encontro ainda está de pé na sexta-feira? — Eu sempre tive a intenção de levá-la para jantar e depois fazer você gozar tão forte que você não poderia andar no dia seguinte. Os olhos verdes de Lexi arregalam e ela tenta não sorrir. Tenta, e falha. — As pessoas podem ouvir você! — Eu não me importo. Ela cobre o rosto com a mão e balança a cabeça. — Estou ansiosa para o nosso encontro de sexta-feira. Eu a beijo mais uma vez, os lábios persistentes. — Eu também.
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CAPÍTULO 2 3
Alexis
Eu: Não teremos mais encontro. Luke: Está tudo bem? Eu: As meninas ainda estão doentes. Estou exausta, mal-humorada, e não me sinto bem agora. Luke: Faz dois dias que você não dorme e não se sente bem. Estou chegando. Não tente me convencer do contrário.
Desligo o telefone e fecho os olhos por meio segundo. Então Paige senta, alcançando a lata de lixo. — Aqui está, querida. — digo e seguro seu cabelo para trás. Não há nada pior do que ver meus bebês doentes. Recebi um telefonema da escola de Grace às dez horas de ontem dizendo que ela estava doente. Liguei para Russell perguntando se ele poderia busca-la e deixá-la ficar em sua casa até que eu pudesse chegar lá para pega-la, mas ele não atendeu a minha chamada ou retornou minha mensagem. Recusando-me a deixar minha pobre menina sentar e ficar doente dentro da enfermaria, eu pedi a mamãe para buscá-la. E agora mamãe tem gripe. Quinta-feira à noite acordamos com Paige com uma dor estômago desagradável. Grace está mantendo a comida no estômago, mas ainda tem febre e Paige parece estar no final. Cuidar de crianças doentes é fisicamente exaustivo e emocionalmente desgastante. E não tenho certeza se essa leve dor de estômago que tenho é o começo de algo mais do que sentir náuseas por falta de sono.
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Eu faço um rabo de cavalo em Paige, a ajudo a tomar um gole de água e depois me levanto para esvaziar a lixeira e verificar a temperatura de Grace. Eu percebo que me esqueci de alimentar Pluto no jantar com todo o caos. Eu dou mais para compensar e respondo um texto de Luke.
Eu: Eu não vou. Luke: Estou a caminho.
Alivio me percorre e estou ansiosa para ver Luke. Eu não fui capaz de falar muito com ele desde que a virose começou e só estive no trabalho algumas horas antes de sair para pegar Grace. Cole estava em uma reunião com um dos donos da Black Ink e eu pude evitar vê-lo, o que funcionou perfeitamente desde que ele me evitou como a peste o resto da quarta-feira. O beijo foi a conversa do escritório pelo resto daquele dia e eu disse às pessoas que o cara que eu estava vendo estava perto e decidiu vir me surpreender. O que era verdade, mas não toda a verdade. E também deixei de fora a parte em que Luke é irmão de Cole. Eu não menti sobre isso, não tecnicamente. Apenas me mantive discreta sobre isso também. Ajudo Grace a entrar na banheira, lidando com uma mini-birra sobre a temperatura da água. Ela gosta de calor, mas tem febre e não pode fazer isso hoje à noite. Então a mantenho o máximo que posso, e me certifico que Grace está limpa antes de ela sair e se vestir. Paige é a próxima para o banho e chora o tempo todo porque ela não se sente bem. Quebra meu coração que ela não entende que uma lavagem rápida para limpar seu cabelo vai fazê-la se sentir melhor no final e não lutar contra mim vai fazer todo este processo ir muito mais rápido. Pego ela vestida e embrulhada em cobertores e a coloco no sofá para assistir a Disney Junior na TV. Ela está dormindo antes que Luke chegue aqui. Pluto sacode o rabo e salta de excitação. Ele é um cão de tamanho médio, alto, mas não pesa mais de quarenta quilos. Ainda assim, é chato tê-lo saltando em cima de você. — Ei, querida. — Luke entra e me puxa para um abraço. — Você não deve ficar muito perto. E sem beijos.
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— A gripe está no ar. — diz ele. — Eu já estou exposto apenas por estar de pé aqui. Então vou te beijar se quiser. — Tudo bem. — eu digo e inclino. O beijo de Luke não decepciona e mesmo que eu esteja me sentindo cinquenta tons de merda agora, ele desperta pequenos nervos em todo o meu corpo. — O que é isso? — Eu pergunto, pegando uma sacola dele. — Ingredientes para fazer sopa de macarrão de frango para você. — Você não tem que fazer isso. — Eu sei que não. Eu quero. Estou aqui para cuidar de você, Lexi. — Ele me beija de novo, e depois tira seus sapatos e me segue. Paige ainda está dormindo no sofá e Grace está enrolada ao lado dela assistindo TV. Ela senta e olha para Luke por alguns segundos antes de virar para mim, acenando para mim. — É o mesmo cara que almoçou com a gente depois do American Girl Place? — É sim. Este é meu amigo, Luke. — Eu faço um movimento para Luke vir. — Você se lembra dele? — Sim. — Grace sorri, ficando tímida como as crianças. — Ele é a cara do Flynn Rider. — Certo. Ele está aqui para me ajudar a cuidar de vocês meninas e vai nos fazer sopa. — Posso ajudar? Empurro o cabelo comprido de Grace para fora do rosto dela. — Talvez outra hora, querida. Você ainda está doente e quero que você descanse. Grace faz uma careta e a atitude realmente me faz feliz. Ela deve estar se sentindo melhor. Beijo sua testa e a lembro de tomar pequenos goles de água de vez em quando para evitar desidratação. Luke e eu entramos na cozinha, e coloco o saco de comida no balcão. — Desculpe a confusão. — eu digo. — Lavar pratos não foi uma prioridade nos últimos dois dias. — Compreendo. Eu ajudo. — Estar aqui é mais que suficiente para ajudar por conta própria. Obrigada.
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— Você não tem que me agradecer. Cuidar da minha namorada quando ela está doente não deve ser fora do comum. No final de nosso casamento, Russell ficava bravo comigo quando eu ficava doente. E se essa doença durasse mais de vinte e quatro horas, ele alegava que eu estava fingindo para ter sua atenção. E que incluiu a doença matinal que eu tinha quando estava grávida de Paige. Ele afirmou que eu forcei o vomito durante treze semanas para fugir do trabalho doméstico pesado. — Está bem. — Eu abro a máquina de lavar louça e faço uma careta ao cheiro. Realmente deveria ter ligado ontem. Eu tento carregá-la com a velocidade relâmpago antes de Luke ser atingido com o cheiro de vários copos de leite coalhados do dia anterior. Pluto corre e começa a lamber os pratos. Eu coloco louça tanto quanto eu posso na máquina de lavar louça, e inicio em um ciclo pesado. — Vou aspirar mais tarde. — digo, escovando as migalhas em uma pilha, pego a vassoura e pá de lixo do armário do corredor. — Eu não quero acordar Paige. — Eu varro as migalhas e despejo no lixo. Às vezes, quando estou me sentindo muito mal com minha arrumação, ou a falta dela, assisto a um episódio de Hoarders10 e instantaneamente me sinto melhor. Funciona sempre. O copo de vinho que tenho enquanto estou assistindo me relaxa. — Eu vou cuidar disso. — Luke me diz. — Vá deitar ou tomar banho ou algo assim. Minha cabeça está latejando e eu quero tão desesperadamente me deitar e fechar os olhos. Ou tomar uma ducha. — Posso te ajudar com a sopa. — Não. — ele diz desafiadoramente. — Você não se importa de fazer isso sozinho? — É por isso que eu vim. Vá descansar. — Estou bem. Ele ergue uma sobrancelha. — Mesmo? Você está perfeitamente bem. — Eu poderia estar levemente cansada. — Levemente?
10
Acumuladores
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— Tudo dói e estou morrendo. Melhor? — Muito. Então vá dormir um pouco. — Ok, as meninas... — Eu posso lidar com isso. — ele interrompe, olhando através da porta para Grace e Paige, que ainda estão no sofá. — Vá. Não me faça levá-la para a cama. Você precisa dormir, especialmente se estiver lutando contra a mesma gripe que as meninas. Lágrimas vêm nos meus olhos e eu me apresso para o meu quarto antes que Luke tenha a chance de ver. Estou pensando muito e não posso chegar a um momento em que Russ cuidou de mim assim. Nem mesmo na faculdade quando nos conhecemos. Na verdade, a primeira vez que estive doente, realmente doente, ele era uma mistura de preocupação e irritação porque perdemos uma festa. Na verdade, ele sentou comigo por um tempo enquanto eu tive uma pneumonia, bufando e soprando sobre estar entediado e saiu com sua sólida racionalização e que ele não deveria estar ao meu redor para que não ficasse doente. Ele me deixou sozinha no atendimento de urgência da faculdade para ir àquela festa. Por que me casei com ele? Só de pensar nisso me sinto envergonhada. Constrangida. Os tempos ruins sombrearam o bem mesmo antes de me tornar a Sra. Winters. Ainda bem que está acabado e terminado. Eu não posso mudar o passado, não posso retomar o que está feito. Eu só posso crescer e aprender com isso. Tomo um banho e deito na cama ainda envolta em uma toalha planejando levantar alguns minutos depois para que eu possa ir lá embaixo, verificar as meninas e me certificar que Luke pode encontrar o que ele precisa para nos fazer a sopa. Duas horas depois, eu acordo. Eu me sento e um pouco de pânico passa por mim. Luke está cuidando das minhas filhas. Eu deveria verificá-las. Passo os dedos pelo meu cabelo, torço em um coque e me visto. Estou no meio da escada quando percebo que esta será a primeira vez que Luke me vê sem maquiagem e com o cabelo muito bagunçado. Minhas meias não combinam e estou usando uma degastada camiseta do Harry Potter. Eu poderia voltar a subir as escadas, colocar maquiagem e escovar o meu cabelo. Ou eu poderia acabar com isso agora. Quebre o gelo e mantenha as coisas reais. Vou com o último, descendo o resto dos degraus. As escadas vazias no corredor que corre atrás da sala de estar e eu posso ouvir a voz de Luke antes de
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chegar ao último degrau. Eu lentamente desço e olho para sala, Grace está dormindo agora, mas Paige está acordada sentada perto de Luke enquanto ele lê para ela. Seja meu ainda coração. Cubro minha boca com minha mão e sorrio. Pluto me vê e salta do sofá, se afastando. — Isso foi um cochilo curto. — diz Luke, virando. Seus olhos se encontram com os meus e ele não recua diante de mim. O que é bom, porque é assim que eu pareço 90% do tempo quando não estou no trabalho. Ele sorri e meu coração se funde. Ter um homem me olhando assim, em toda minha glória doente, é algo que eu sempre quis. Eu queria que fosse ruim o suficiente para tentar fazer com que as coisas funcionassem com Russell, para suportar a dor no coração, na esperança de que as coisas pudessem funcionar. Estou aterrorizada em perdê-lo. — Eu realmente não queria adormecer. — Mamãe. — Paige resmunga e se vira. — Nós estamos lendo Olivia Pig! — Como você está se sentindo, querida? — Bem. Eu quero leite. — Ela está pedindo por isso. — diz Luke. — Eu suponho que é um não de você também, certo? Eu disse a ela que iríamos perguntar. Eu concordo. — Vamos dar a sua barriga um pouco mais. Você pode ter gelatina ou um pouco de sopa. — Eu já tive sopa. — diz ela. — Traga leite! — Paige. — eu digo severamente. — Nós já conversamos sobre suas palavras exigentes. — Por favor? — Ela acrescenta. — Você não quer ficar doente novamente, certo? Ela faz uma careta e inclina para trás no sofá. Eu sento do outro lado de Luke e ele coloca a mão na minha coxa. É um pequeno gesto e eu acho que Paige nem vai notar. Luke e eu estamos vendo um ao outro, mas ainda é muito cedo para introduzir as meninas nisso. Por enquanto, Luke é apenas meu amigo na frente delas. — Podemos fazer pipoca e ver um filme? — Paige pergunta.
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— Nós podemos assistir a um filme. — eu digo. — Mas vamos ter biscoito de água e sal em vez de pipoca. — Paige resmunga novamente sendo dramática sobre biscoitos, fazendo Luke e eu rirmos. Levanto para pegar biscoito e água para Paige e a sopa para mim. — Ei. — Luke diz para ela. — Esse cara... Fin Rider... O que ele faz? — Flynn. — Paige corrige. — Ele faz o filme Enrolados. Eu tenho esse filme. É o meu favorito! — Vamos assistir. Paige pula do sofá e voa para a gaveta das crianças para pegar o filme. — As crianças se recuperam tão rápido. — diz Luke. — A gripe me deixa mal por uma semana. Eu me sinto um velho agora. — Não tem nada a ver com a sua idade. — digo a ele e coloco o filme para rodar. Paige corre de volta para o sofá, e Pluto pula ao lado dela, tentando roubar seus biscoitos. — É porque você é homem. — Isso é baixo. Eu rio. — Certo, que é. Quero dizer, você tem uma predisposição genética para andar na linha da vida e da morte toda vez que você pega um resfriado. A gripe não é motivo para rir. Paige descansa sua cabeça em mim e eu descanso minha cabeça em Luke. Ele casualmente desliza seu braço em volta de mim e as coisas parecem bem no mundo. Uma vez que o filme termina, eu levo as duas garotas para a cama, deixo Pluto sair e depois sento no sofá com Luke mais uma vez, rolando as séries da Netflix para encontrar algo para assistir. No meio do filme de ação que Luke escolheu, adormeço. Ele gentilmente me chacoalha para me acordar, se oferecendo para me levar para o meu quarto. — Eu posso andar. — eu digo a ele, esfregando meus olhos. — Mas obrigada. Eu me levanto, enrolo meus braços em torno do corpo de Luke em um abraço. Eu posso sentir seus músculos através de sua camiseta fina, e ele cheira bem, uma mistura de água de colônia e o cheiro de couro que se apega à sua pele devido a sua jaqueta. Eu me aconchego mais perto, meus quadris contra os dele. — Está se sentindo melhor? — ele pergunta. — Estou, graças a você.
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— Bom. — Ele me puxa para mais perto, e eu posso sentir o contorno de seu pau através de suas calças de moletom. Ele nem está duro, mas posso sentir essa coisa contra mim. — Devo dormir no sofá? — Não tenho certeza. Provavelmente. Talvez? Eu não sei. — Eu olho nos olhos azuis de Luke. — Namorar e ter crianças é sempre confuso. Eu não sei o que é certo ou errado e eu estou apenas fazendo como li na internet. O consenso geral é ir com o que parece certo e o que estamos fazendo agora é. Quero que vá para a cama comigo e o fato de você ter se oferecido para dormir no sofá me faz querer você ainda mais. — Bem então. — ele diz e ergue as sobrancelhas. — Acho que está resolvido. Pego sua mão. — Sim. Subimos para nos prepararmos para a cama. Eu procuro no armário uma escova de dentes extra para Luke, que vai para o banheiro uma vez que estou fora. Eu fecho a porta do meu quarto e deito na cama, debatendo sobre a mudança para uma camisola mais sexy em vez da minha camiseta de dormir do Harry Potter. Mas, assim que minha cabeça bate no travesseiro, sou dominada pelo cansaço, e a única maneira desses pijamas estarem saindo é se alguém os tirar para mim. Que só poderia acontecer. E de repente, estou nervosa. Não estou preocupada com a gente ser ouvido ou mesmo ter uma das crianças em pé em nós. Eu posso ficar quieta e a porta está fechada. O que me assusta é como isso está funcionando. Tudo o que eu achava impossível está acontecendo. Eu conheci um grande cara que aceita eu e minhas filhas. Um cara que eu olho e vejo o potencial para algo mais. Algo duradouro. E estou muito aterrorizada de perder isso. Luke sai do banheiro e tira suas boxers. Eu admiro as sombras escuras que se lançam sobre seu corpo enquanto ele sobe na cama, imediatamente envolvendo seus braços em torno de mim. Enrolo minha perna sobre a dele e coloco meus lábios nos dele. Luke move uma mão para o meu rosto, segurando minha bochecha antes de deslizar sua mão para a parte de trás da minha cabeça. O homem sabe como beijar. O beijo leva a outras coisas que ele sabe como fazer e apenas minutos depois estou gemendo em meu travesseiro com sua cabeça entre minhas pernas. Vinte minutos depois disso, estamos ambos ofegantes, satisfeitos e prontos para dormir.
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Ou pelo menos eu estou. Embora eu possa alegremente perder o sono para ter sexo com Luke. Nós nos recuperamos e eu saio do quarto para verificar as garotas. Pluto está na cama com Grace, escondido debaixo das cobertas ao lado dela e Paige está profundamente adormecida. Dou um beijo em cada menina e volto para a cama com Luke. Ele se aconchega a mim, embrulhando seu corpo ao redor do meu e acariciando meu cabelo suavemente até adormecer. Eu poderia me acostumar com isso. Eu quero me acostumar com isso. — Boa noite, Luke. — eu sussurro. Ele beija a parte de trás do meu pescoço. — Noite, Lexi. Fecho os olhos e adormeço em poucos minutos e durmo profundamente durante as próximas seis horas. Alguém batendo na porta me acorda muito cedo. Pluto late e corre para o pequeno hall. Ele late mais algumas vezes, então para. — Esperando alguém? — Luke resmunga. — Não. Talvez seja o telemarketing. Exceto aqueles que telefonam, mas vão de porta em porta. Eles têm um nome, mas estou cansada demais para pensar nisso. Luke ri. — Quer que eu diga para ir embora? — Nah, eles vão sair em um minuto. — Eu pego meu telefone para verificar as horas e lembro que o deixei lá embaixo na sala de estar. A julgar pela luz do sol que entra pela janela, está por volta das sete da manhã. Eu rolo e coloco a cabeça no peito de Luke. Ele dobra os braços em volta de mim e puxa o cobertor até meus ombros. Estou adormecendo quando alguém bate novamente, fazendo com que Pluto lata novamente. Luke senta. — Eu vou dizer para irem se foder. — OK. Eu me estico, observando Luke entrar em sua calça de moletom e sair do quarto. A luz solar atinge o remendo de tecido cicatricial em suas costas. Começa na base de seu pescoço, passa sobre seu ombro direito e se estende até o final de suas costas. Meu conhecimento sobre queimaduras é zero. Mas, eu sei que o que aconteceu
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com Luke teve que ser incrivelmente doloroso. Ainda é doloroso? Eu passo minhas mãos para cima e para baixo de suas costas muitas vezes e ele nunca vacilou. O som da porta sendo destrancada ecoa acima das escadas. O quarto principal é o primeiro ao lado das escadas. Os latidos de Pluto ecoam quando Luke abre a porta. — Quem é você? — Pergunta a pessoa na varanda. Eu sento. Tem que ser uma brincadeira. O que ele está fazendo aqui? — Quem é você e o que está fazendo batendo na porta tão cedo? — Luke atira de volta. — Estou aqui para ver minhas filhas.
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CAPÍTULO 2 4
Luke
Eu imediatamente sei que este é o idiota que machucou Lexi. Ele não é tão alto e não está tão perto de ser construído como eu. Eu não posso culpá-lo por estar mal arrumado e ele está bem vestido para um sábado tão cedo. — Saia do meu caminho. — diz o ex de Lexi, tentando passar por mim. Eu endireito meus ombros e não me movo. — Russell. — Lexi desce as escadas, a raiva espalhando-se por seu rosto bonito. — O que você está fazendo aqui? Você me acordou. — Os olhos de Lexi se encontram com os meus e ela me dá um aceno de cabeça, me sinalizando para me afastar e deixar o babaca entrar. O cachorro fica louco para vê-lo, e o cara fica ali ignorando o filhote. Russell me olha de cima abaixo, olhando para minhas tatuagens por tempo demais. — Eu posso ver isso. Quem é esse? Tentando ser decente, dou ao sujeito o benefício da dúvida. Seus filhos estão aqui, e um homem estranho atendeu a porta. — Eu sou Luke. — eu digo e estendo minha mão. — O namorado de Lexi. Ele não aperta minha mão. Em vez disso, suas narinas se inflam e ele se vira para Lexi. — Há quanto tempo? — Um mês ou dois, não importa. — diz Lexi. — O que você está fazendo aqui? — A melhor pergunta é o que ele está fazendo aqui?
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— Oh, cresça. — Lexi dispara de volta. — Você é a pessoa que não está agindo como adulta. Lexi solta um suspiro exasperado. — O que você quer? — Eu queria verificar as garotas e ver se você precisava de alguma coisa. Achei que poderia precisar de alguma ajuda, mas vejo que você tem quem faça. Elas ainda estão doentes? — Elas parecem melhor e ainda estão dormindo. Não as acorde. — Eu não vou acordá-las. — ele diz, ainda ignorando o cão que está fazendo tudo o que pode para chamar sua atenção. — Diga oi a Pluto. — diz Lexi. Russell revira seus olhos, mas acaricia o cão. É estranho saber que houve um tempo em que o cão e o ex moravam juntos nesta casa. Lexi suspira. — Estamos bem. Vou dizer às garotas que você veio. — Estou aqui para ver minhas filhas. Você não pode me fazer sair. Especialmente com ele aqui. Não tenho certeza de que o quero em torno de minhas garotas. — Luke já conheceu as garotas antes e elas gostam dele. — Não acorde Paige, Gace deve já estar acordada. — Entendi. — Russell diz e atravessa a sala de estar para as escadas. Lexi se vira para mim. — Então, esse é o meu ex. Isso está se configurando para ser um ótimo fim de semana. — Está tudo bem. Eu percebi que iria encontrar o seu ex mais cedo ou mais tarde. Eu só não sabia que estaria meio nu quando o conhecesse. Lexi sorri e sacode a cabeça. Ela ainda parece cansada, e eu quero que ela volte para a cama, dormir um pouco mais, e me deixar fazer seu café da manhã mais tarde. Nós entramos na cozinha e Lexi vai diretamente para a máquina de café. Ela para e olha para o forno por vários segundos. — Você limpou ou estou ficando completamente louca? — Eu fiz. Quando você estava dormindo.
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O sorriso está de volta em seu rosto. Farei qualquer coisa para fazê-la sorrir. Para ouvi-la rir. Para fazê-la feliz. Ela senta comigo no sofá enquanto o café fica pronto, descansando sua cabeça em meu ombro. Poucos minutos depois, seu ex desce as escadas. — Paige estava com sede. Eu deixei ela ter um pouco de água e ela está dormindo agora — diz ele. — Você quer que eu as leve mais tarde para que você possa descansar? Lexi balança a cabeça. — Não, elas devem ficar em casa. — Minha casa é a casa delas também. — Você sabe o que eu quero dizer. Elas devem ficar. A última coisa que elas precisam é ficarem presas no carro por meia hora, quando poderiam ficar doente novamente. Você pode ficar com elas aqui. Não me importo. Russell apenas balança a cabeça e olha para mim. Ele está julgando, não que eu me importe. — Lexi, posso falar com você em particular? — Eu realmente não quero levantar. — ela resmunga. — Pode esperar? — É sobre as meninas. — Bem. Coloco minha mão em sua coxa. — Você fica. Vou subir e me vestir. — Obrigada. — Claro. — Eu a beijo e espero que ela fique irritada com seu ex. Que idiota por deixar Lexi ir. Embora se as coisas não tivessem funcionado da maneira que funcionaram, Lexi e eu não teríamos nos conhecido. — O quê? — Lexi pergunta ao ex. Eu lentamente subo as escadas, ainda capaz de ouvir a sua conversa. — Você deixou um homem dormir em sua casa? — Nem comece. — diz ela. — Você tem uma namorada. Você teve uma namorada, várias namoradas, desde o dia em que nos separamos. — Mas, elas não ficam na noite em que as garotas estão comigo.
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— Se eu pudesse revirar os olhos com mais força, eles ficariam presos na minha cabeça. E aquela com os peitos falsos, botox e injeções nos lábios que morou com você por alguns meses. — É sobre isso que precisamos conversar, concorda. — Você tem que estar brincando comigo. — diz Lexi. — Você quer controlar com quem eu saio? — Você não pode simplesmente trazer homens estranhos para a casa onde minhas filhas moram, Alexis. Eu tenho uma palavra a dizer sobre isso. — Não, você não tem. Eu não digo merda sobre as mulheres que você encontra. — Esse não é o ponto! — Russell grita. — Você deixou um homem que eu não conheço na mesma casa que minhas meninas. Isso não está bem para mim! — Você sabe por que ele ficou a noite? Ele ficou para que pudesse cuidar de mim e me ajudar com as meninas. Você sabe que ficar dois dias com crianças doentes não é fácil. Luke não é o pai das meninas e, no entanto, ele se colocou à disposição mais do que você fez nos últimos anos. Eu sorrio para as palavras de Lexi e vou para o banheiro. Uma vez que fecho a porta, não posso ouvir qualquer outra coisa que é dito. Eu me visto, escovo meus dentes, e me movo para o topo das escadas. Eu preciso ouvir a troca de palavras para saber se eu devo dar a Lexi espaço ou dizer que seu ex precisa ir. Tudo está quieto lá embaixo, e quando desço, encontro Lexi sentada no sofá com os olhos fechados. Pego um cobertor e sento ao lado dela, a puxando para o meu colo cobrindoa. — Volte a dormir. — Estava pensando que deveria trabalhar. Estou tão atrasada. — O trabalho pode esperar. Você está exausta, Lex. — Estou. Só um pouco. Eu beijo a testa dela e passo minhas mãos sobre seu cabelo, tendo notado que ajuda a relaxar. Ela vira, fica confortável e adormece em apenas alguns minutos. Pluto pula e deita sobre o cobertor descobrindo Lexi. Eu rio e inclino para trás no sofá, não querendo que isso termine.
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Lexi é diferente de qualquer uma que eu já conheci antes. Ela está me fazendo querer coisas que eu nunca soube que queria. Quero continuar vendo Lexi. Eu quero conhecê-la melhor, para que ela se apaixone por mim como estou por ela. Eu gosto disso: a casa, o cachorro e até mesmo as crianças. Eu quero continuar, continuar vendo um ao outro e cada vez mais e deixar o passado para trás. Para sempre. Nunca fale sobre isso. Nunca pense sobre isso. Nunca volte atrás. Nunca exponha isso. Quero me deixar queimar. Embora eu, de todas as pessoas, saiba que é perigoso brincar com fogo.
. — Droga. — Cole murmura quando entro na cozinha domingo à noite. Eu fiquei com Lexi todo o fim de semana, brincando com as meninas para que ela pudesse dormir e, em seguida, adiantar seus e-mails. Eu brinquei de princesas e bonecas, e cada unha foi pintada de rosa pink, cortesia de Grace. — Estava esperando que você tivesse ido embora para sempre. — Sim. Ido e deixado todas as minhas coisas. — Isso não o impediu antes. Eu congelei no limiar da porta. Cole está sentado no sofá lendo um livro. Ele não olha para cima das páginas enquanto fala. — Vir e deixar todos e tudo para trás é uma coisa sua, não é? Meus dedos se curvam em minhas palmas, pregos cavando em minha pele. — Você sabe o que aconteceu. — Meu coração martela em meu peito e minhas narinas inflam. — Dezessete dias. Por quanto tempo eu estive no hospital e você nunca veio me ver. Você não se importa com ninguém além de você, não é? — O mesmo pode ser dito para você. — Cole responde, mantendo a calma. Sua falta de emoção me irrita ainda mais, e sei que ele está fazendo isso de propósito. — Besteira! Eu nunca fiz nada para você. Cole levanta os olhos do livro. — Você realmente acha? Você sabe exatamente o que fez.
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— Eu não tenho ideia do que você está falando. Eu o deixei. Fui para a faculdade e fiquei afastado. É impossível que eu tenha feito algo tão horrível que te fez me odiar assim. Cole está de pé, fechando o livro. — É o que não fez e você sabe disso. — Ele joga seu livro no chão. — Algum dia a mesma coisa vai acontecer com você, e ouvir você negar tudo me deixa muito mais animado para o dia que isso acontecer. Eu balanço a cabeça, sem ter ideia do que Cole está falando. — Qualquer merda que você esteja segurando, solte. Lexi e eu estamos juntos, e nada que você tente fazer pode nos afastar. — Prove? — Cole ri. — Não estou tentando. Quando eu tentar, você saberá. Confie em mim.
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CAPÍTULO 2 5
Alexis
— Então, quando você diz que ele fez sopa, você quer dizer que ele abriu uma lata e a esquentou no micro-ondas, certo? — Erin pergunta. É segunda-feira de manhã, e estamos almoçando juntas, junto com Lori e Jillian. Eu trouxe à tona tudo o que aconteceu entre Luke e eu... Incluindo aquela pessoa com quem ele está relacionado. — Não. Quero dizer, ele cortou cenouras e aipo, e cozinhou o frango. Lori coloca a mão em seu peito. — Isso é tão fofo. Ele é para casar, com certeza. Pego minha água e aceno com a cabeça. — Até agora as coisas estão indo muito bem. Bem, além da nuvem de tormenta constante de estranheza que vem de namorar o irmão do seu chefe. — E você não tem ideia do por que eles não se dão bem? — Erin pergunta. Eu balanço a cabeça. — Luke disse que eles realmente nunca se deram bem quando crianças e só ficou pior à medida que envelheceram. Acho que Luke perturbou Cole um pouco, mas nada disso faz sentido para mim. — E se você e Luke casarem? — Lori começa. — Então Cole será seu cunhado. Você vai vê-lo no Natal e aniversários. — Não. Eu não quero pensar em casamento. — digo, mesmo que já tenha pensado durante meio segundo. — E realmente, não sei se quero casar novamente. Não funcionou tão bem para mim na primeira vez.
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— Mas e se Luke quiser casar? Você não deve sair com ele se você não quer casar. — Ela vai saber o que fazer quando chegar a hora. — Jillian diz e olha para mim. Eu dou um olhar que diz "obrigada" e concordo com ela. Eu amo Lori e sei que ela é boa, mas ela tem dificuldade em aceitar o fato de que nem toda mulher quer casar, ter bebês e viver tradicionalmente. — Certo. Ainda não faz muito tempo. — Falando em não muito tempo — Erin começa. — A festa de gala da Black ink está chegando. — Já tenho meu vestido — diz Jillian. — Comprei há três semanas. Talvez quatro. A Black Ink Press dá uma festa de gala todos os anos, homenageando os nossos autores e celebrando os trabalhadores por trás dos bastidores que trazem os livros à vida. É um evento enorme, com celebridades e autores famosos. Eu já fui antes, gostava de ir, mas não fui capaz de ir desde o divórcio. — Tenho algo escolhido também. — diz Lori. — E aluguei um vestido longo. Vai ser tão divertido! Todos os olhos caem sobre mim. — Não tenho certeza se posso ir. Jillian sacode a cabeça. — Não. Não aceito essa resposta. Especialmente desde que você tem um par sexy para levar. — Oh, certo. — Parte de não ir no ano passado pode ter estado ligeiramente relacionado com a falta de um par, tanto quanto me mata a admitir. — Quando é? — É no mesmo fim de semana de sempre. — Jillian parece confusa. — Como você esqueceu? Você não viu os panfletos horrivelmente projetados para ele em todo o escritório? Este é o maior evento social do verão. Início do verão. Certo, em maio. A Gala Literária em fevereiro é a maior. Eu encolho os ombros. — A metade do tempo, eu não sei que dia é a menos que eu o verifique em meu telefone. Eu meio que parei de ir a eventos nos últimos anos. E eu gosto deles, bem os que servem vinho grátis, mas não é viável para uma mãe solteira. — As entradas podem ser gratuitas, mas os vestidos não são. Nem meu cabelo e
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maquiagem. Estou colocando cada centavo que sobra em uma viagem para a Disney. Os sorrisos nos rostos das meninas farão com que tudo valha a pena. — Quinn Harlow pode ganhar um prêmio. — Jillian me lembra. — Você tem que estar lá. Ela vai agradecer você em seu discurso se ela ganhar. — Quando ela ganhar. — eu corrijo. — Quando é? — Próximo fim de semana. E posso te arranjar um vestido. Meu primo está fazendo desenhos para um designer e que está implorando muito para as pessoas usarem seu material, desde que você se deixe ser fotografada e marcada em mídias sociais. E a gala é perfeita para a exposição grátis de um novo designer. Russell tem as meninas neste fim de semana. O que significa que eu vou têlas no próximo fim de semana, e não quero perder uma noite com elas. Mas... Merda. Usar um vestido extravagante e encher minha barriga com as melhores comidas feitas por alguns dos melhores chefs de Nova York. Quinn será nomeada para um prêmio, e eu deveria estar lá por ela. E Luke estará em um terno. — Eu vou fazer isso funcionar. — eu digo. Mamãe e papai terão o prazer de levar as meninas para uma festa do pijama. — Fale mais sobre Luke — solicita Erin. — Suas filhas gostam dele? — Elas o amam. — Eu sou incapaz de esconder meu sorriso quando digo sobre Luke e o fim de semana com as meninas. — Mas por agora, ele é apenas um amigo quando estamos ao redor delas. Nenhuma mão dada, nenhum beijo... Nada quando estamos na frente delas. Quando ele ficou a noite neste fim de semana, nós nos certificamos de que as crianças não o vissem em meu quarto. — Como você fez isso? — É fácil. Elas foram para a cama antes de nós e Luke levantou e se mudou para o sofá pela manhã. Bem, no domingo. Sábado, Russell decidiu desempenhar o papel de ser humano decente e veio para verificar as meninas. — Aposto que foi divertido. — Erin balança a cabeça. — Ele fez uma cena? — Ele agiu tão horrorizado, com o pensamento de alguém querer estar comigo. — Talvez ele estivesse com ciúmes. — sugere Lori. — Vê-la com outro homem pode tê-lo perturbado. — Isso é problema dele — digo.
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— Então por que Luke se mudou para cá? — Erin abre seu cardápio e passa os olhos por cima dele. Estamos no Salad Bar novamente, e ela sempre pede a mesma coisa. Não sei por que ela se preocupa em olhar o menu. — Eu realmente não sei. Ele não fala sobre seu passado. Eu tentei fazer ele me contar sobre isso e ele muda de assunto. Acho que aconteceu algo ruim. — O que você quer dizer? — Jillian pergunta. — Ele era bombeiro... Os olhos de Jillian arregalam. — Você está brincando comigo certo? Você está namorando esse cara lindo que costumava ser bombeiro? — Sim. De qualquer forma, ele tem uma queimadura no ombro e nas costas e eu não acho que seja uma velha cicatriz. Eu pensei em perguntar, mas o momento pareceu errado. — Interessante. Você quer que eu tente ter informações de Cole? — Jillian se oferece. — Não. — Eu não disse a ninguém a extensão do desdém de Cole por Luke, incluindo como ele me levou para um almoço muito inadequado e abertamente deu em cima de mim. — Vou conversar com Luke sobre isso quando for a hora certa. Pedimos a nossa comida, e eu mando uma mensagem a Luke para dizer sobre a festa de gala.
Eu: Então há uma festa de lançamento de livros no dia 19. Quer ser meu par? Luke: O que é uma festa de lançamentos? E sim sobre ser seu par. Serei seu par em qualquer lugar, até mesmo um show vaginal de tricô.
Eu rio e começo a digitar uma explicação do que é o evento. — O que é tão engraçado? — Erin pergunta. — Ele te mandou uma foto do seu pau? — Ohh, me deixe ver se ele fez! — Jillian inclina. — Eu não iria rir se ele me enviasse uma foto do seu pau. Confie em mim. E ele só me faz rir. — Awww. — Lori resmunga.
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Eu desligo o telefone, tentando não pensar muito nisso. Porque todos os dias, eu vejo cada vez mais promessa de um futuro com Luke.
. — Ei, Alexis. — diz Cole. Entro na sala de descanso após o almoço para reabastecer minha caneca de café e Cole está de pé no balcão, fazendo o mesmo. Ele tem um assistente pessoal. Ele realmente precisa começar a enviá-la para pegar o café para ele como um chefe idiota. — Como você está? — Estou bem. Finalmente me sentindo melhor, obrigado. Você? — Ainda estamos lidando com esse desastre do Reino Unido, mas estamos avançando. É a primeira vez que Cole e eu conversamos de verdade desde que Luke invadiu o lugar e me beijou como se sua vida dependesse disso. Gostaria de saber se é estranho para Cole saber que seu irmão está fazendo sexo comigo, que Luke e eu estamos ficando nus, suados e fazendo coisas malvadas um com o outro. Coisas malvadas que nos fazem sentir tão bem. Quando ele olha para mim, ele se lembra da minha atuação de estrela pornô que gritou naquela noite fatídica? Devo ficar envergonhada com isso? Ele está me imaginando sem roupas, agarrada a Luke? E agora minha mente pula para perguntar se Luke e Cole são semelhantes em outros aspectos. Eles podem não se dar bem, mas eles estão relacionados, e a maioria dos irmãos têm coisas em comum, seja uma alergia ao amaciante de tecido a uma semelhança em aparência. Ou o tamanho do pau. Porra. Não. Não vá por aí. Deus, o que está acontecendo na minha cabeça. — Posso fazer algo para ajudar? Cole ri. — Ser a nova editora da Emma? Eu também rio, e depois percebo que ele está falando sério. — Eu não sei. Aqueles livros se limitam ao horror, certo? Eu não acho que sou a indicada para o trabalho. — Você fez um ótimo trabalho com o livro de Katie James e era paranormal. — É um romance e não muito assustador. Embora ela tenha dito que o livro dois fica mais intenso.
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— The Fake Wife é um suspense. — Isso me deu pesadelos meses depois que eu virei as edições. E não se tratava de demônios. Cole ri. — Bem, se você mudar de ideia, me avise. E, uh, não mencione isso. Só pedi porque confio em seu julgamento. Com livros. — acrescenta ele rapidamente. — Eu aviso. Cole sorri, pega um copo no café e volta para o escritório. Solto o maior suspiro de alívio. Tivemos uma troca normal. Normal e agradável. Talvez, só talvez, as coisas vão dar certo. Então, novamente, parece bom demais para ser verdade, e provavelmente é.
. — Você ainda está sangrando? — Kara inclina sobre a pia, vendo a água com sangue escorrer pelo ralo. — Não realmente, mas meu dedo lateja como um filho da puta. — Eu não gosto de sangue. Especialmente o meu próprio sangue quando está fora do meu corpo. — É um corte minúsculo. Por que está doendo tanto? — Talvez você tenha cortado uma veia? — Minha irmã sugere. Eu desligo a água quando a campainha toca. — Consegue entender isso, Jeff? — Está bem. — eu digo e pego uma toalha, envolvendo em torno da minha mão. O encontro de sexta-feira que deveria acontecer na semana passada está acontecendo agora. Jillian e seu namorado estão nos encontrando. Sinto-me mal por fazer Luke dirigir todo esse caminho só para voltar para a cidade, mas prefiro ficar aqui a noite sozinha... Do que bater os lençóis em sua casa quando Cole está lá. Abro a porta para Luke, usando meu pé para segurar Pluto dentro. Luke entra, se curvando para acariciar o filhote excitado, e então me dá um abraço e um beijo. Ele está vestindo jeans escuro e uma camisa preta, e parece um daqueles bad boy que saiu de uma sessão de fotos e sua mãe lhe avisou para ficar longe. Só que Luke é um bom homem.
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— O que é isso? — Ele pergunta, pegando minha mão na dele e cuidadosamente desenrolando a toalha do meu dedo. — Nada. — Eu balanço a cabeça, sorrindo para encobrir meu embaraço. — Eu cortei meu dedo na borda do metal quando rasguei um pedaço do plástico filme. Não está sangrando, mas dói muito. Luke aproxima minha mão de seu rosto, inspecionando a pequena ferida. — Isso é porque você tem um pedaço de metal preso sob sua pele. Eu faço uma careta e estremeço. — Que merda. — Traga a pinça e vou tirar isso. — Você disse que isso não é grande coisa. — Não é. — diz ele. — Eu era um EMT11 antes de ser bombeiro e no treinamento é exigido de qualquer maneira. — Oh, que sorte a minha. — Eu olho para Luke. A barba em seu rosto cresceu e parece incrivelmente sexy nele. Seus olhos azuis brilham como piscinas profundas, e de repente, eu estou morrendo de sede. — Lexi. — Kara chama da cozinha. Eu sei que ela já está espionando para ver Luke. — Como está seu dedo? Devo chamar uma ambulância? — Ela está morrendo de vontade de conhecê-lo. — eu aviso a Luke e o levo através da sala de estar e para a cozinha. Passamos por apresentações e então Luke e eu sentamos à mesa para que ele possa realizar uma pequena cirurgia no meu dedo. Ele segura um cubo de gelo sobre a lasca metálica por um minuto antes de puxar com a pinça. Eu fecho meus olhos, e apenas segundos depois está feito. — Eu só tenho band-aid das princesas da Disney. — eu digo enquanto ele envolve um em torno do corte. — A vida com as meninas, certo? Ele sorri. — Está pronto. Nós quatro subimos na SUV de Jeff. Luke senta perto de mim e pega minha mão na dele enquanto vamos para a cidade. Jeff e Luke falam de esportes na maioria Técnico de Emergência Médica (EMT) e técnico de ambulância são termos utilizados em alguns países para denominar um prestador de cuidados de saúde de serviços médicos de emergência, ou seja, os paramédicos. 11
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das vezes, com Jeff dando a Luke um momento difícil por ser fã dos Bears e falando sobre o quão impressionante foi a experiência de ir a dois dos jogos dos Cubs quando eles ganharam a World Series. Um acidente atrasa nossa viagem para a cidade e Jillian e Aaron já estão na mesa com bebidas no momento em que finalmente chegamos. — Luke, esta é minha amiga Jillian e seu namorado Aaron. — eu apresento. Luke sacode a mão de Aaron e puxa a cadeira para mim. — Jillian trabalha comigo. — Ah, então você conhece meu irmão. — Luke diz a ela e se senta ao meu lado. — Ah sim, eu o conheço. E tenho que dizer, vocês dois não parecem nada iguais. — diz Jillian. Luke ri. — Eu gosto dela. — ele sussurra, conversando comigo. O resto da noite passa tranquilamente. Nós conversamos. Nós rimos. Todos nos damos bem e Luke se encaixa no meu pequeno círculo de amigos. O telefone de Luke toca logo após a sobremesa ser trazida. Ele o puxa do bolso, olha para a tela e franze a testa. Ele silencia o telefonema e o desliga, mas seu comportamento muda. Ele não pega o garfo. Não pega a cerveja que a garçonete colocou a sua frente. É como se ele estivesse congelado e permanece imóvel por um bom tempo. Lentamente, toca seu ombro direito e apalpa o pequeno remendo de pele queimada que está visível. Ele olha para frente, sem piscar. Eu coloco minha mão em sua coxa e meu toque é tudo o que é preciso para descongelá-lo. Ele põe a mão sobre a minha e vira para mim, roubando um beijo. Todo mundo ainda está falando, não notando o comportamento estranho de Luke. Ele volta a falar com os caras, e Kara, Jillian, e eu levantamos para ir ao banheiro. — Por favor, me diga que você ainda não está se perguntando se isso vai funcionar. — diz Kara assim que estamos longe da mesa. — Eu lutaria com você se acreditasse na violência. E se eu não fosse casada. — Eu concordo — Jillian diz. — Ele é ótimo e é louco por você, Lex. Eu posso dizer apenas pela maneira como ele está olhando para você. — Concordo. Acho que vocês têm uma boa coisa. Sua energia é um pouco caótica, mas a sua é um desastre total, então funciona.
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— Hah, engraçado. — digo a minha irmã. — E sim, claro que concordo e quero que as coisas funcionem. Eu ainda não tenho certeza sobre seus objetivos de longo prazo, mas podemos nos preocupar com isso mais tarde, certo? — Certo. — elas dizem em uníssono. — Conheça ele, deixe ele conhecê-la e leve as coisas devagar. — diz Jillian. — E aproveite o sexo. — Oh, eu estou. — Eu tenho um sentimento muito bom sobre ele. — Kara me assegura. — Cuidar de você quando está doente e subestimando seu relacionamento para o bem de seus filhos diz muito. Usamos o banheiro e voltamos para a mesa. Talvez seja o vinho, ou talvez tudo o que minha irmã e Jillian disseram seja verdade e dentro de um ano, Luke ainda estará presente. Pensar que vamos longe a partir daqui definitivamente pode ser o vinho. A conta chega e Luke a pega antes que eu tenha a chance de perguntar se ele quer dividi-la. Ele coloca o telefone na mesa e puxa um cartão de crédito da carteira. Seu telefone está com a tela virada para cima, eu posso ver a tela de seu telefone quando outra chamada ilumina. O nome Caroline pisca e Luke se apressa para recusar o telefonema e colocar o telefone de volta no bolso, mas não antes que eu veja que ele tem três chamadas perdidas dela já. — Quem é ela? — Pergunto. Luke encolhe os ombros e não encontra os meus olhos. — Engano, provavelmente. Meu estômago contorce. Luke está mentindo para mim?
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CAPÍTULO 2 6
Luke
Encontro uma mesa na parte de trás. Sento, bebo um copo de café quente e tiro meu laptop da pasta. Isto está zombando de mim. Abrir não deve ser tão difícil. Fecho os olhos por meio segundo, inspiro e abro a maldita coisa. Ele me notifica que tem um problema de conexão com o Wi-fi, faço uma pequena atualização. Logo12 a internet e movo os meus dedos sobre o teclado. Eu sei o que preciso digitar na barra de pesquisa. Mas, não tenho certeza se quero. Minha mente corre para Lexi e sei que tenho que fazer isso. Eu não posso trabalhar no bar para sempre, mesmo que eu tenha mais do que suficiente da herança de meus avós para conseguir viver pelo resto da minha vida. Eu não toquei em um centavo disso, além de colocar metade na poupança e o resto em investimentos diferentes. Eu gosto de ser bombeiro. O perigo não me impediu antes e isso não vai me impedir agora. Mas, me candidatar para outros empregos significa enfrentar o passado. Significa pedir ao meu chefe uma carta de recomendação. Significa explicar por que me afastei do departamento com quem estive há quase uma década. E eu não quero fazer isso. Agora não. Nunca. Minha visão se difunde de olhar para a tela do computador e eu pisco, em seguida, me forço a, pelo menos, ver o que está disponível na cidade. Eu sei que é competitivo e o Departamento de Bombeiros de Nova Iorque executa um difícil 12
Aqui está no verbo logar.
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processo de contratação. Eu tenho um diploma do corpo de bombeiros e ainda tenho um certificado de EMT e sei que isso vai ajudar. Faço algumas anotações. Eu olho sobre o aplicativo, mentalmente preenchendo, mas não vou mais longe. Ainda não. Eu tenho essa estúpida esperança que se eu esperar tempo suficiente, tudo de ruim do meu passado vai desaparecer. Pego minha xícara de café e suspiro. Isso nunca vai acontecer. A menos que eu escolha uma profissão diferente... Embora eu não saiba o que mais faria. Eu navego a procura de trabalho e desperdiço tempo procurando algumas merdas, até Lexi me escrever. Estamos nos encontrando para almoçar em vinte minutos e Lexi promete que será pontual. Eu sorrio e digo a ela que não é grande coisa. Eu não estou trabalhando até amanhã e não tenho nada além de tempo. Ela já tem o suficiente acontecendo, se preocupar em me encontrar em um momento específico não é necessário. Eu quero levá-la para umas férias. Longe da cidade. Longe de seu trabalho. Longe de qualquer coisa estressante. Apenas um fim de semana, e apenas nós dois. Podemos foder, dormir e comer e não ter preocupações mundanas por quarenta e oito horas. Eu termino meu café e embalo minha merda assim eu posso ir para o centro, encontrando Lexi no edifício da Black Ink Press. Ela disse que me encontraria no lobby, então não tenho que "passar pelo problema" de um passeio de elevador. Eu sei que Lexi quis ser atenciosa, mas eu também sei que ela não quer arriscar qualquer drama entre Cole e eu, mas posso ser profissional para o bem de Lexi. E Cole, bem, acho que ele também pode. Mas, seria por sua própria causa. — Luke! — Lexi me chama assim que entro no edifício. A vibração constante, o pisar e clicar de seus sapatos no mármore, os ecos de telefones tocando... Tudo desaparece. Eu olho através do mar de pessoas, meus olhos presos em Lexi. Está vestindo uma saia lápis, saltos, e um terninho preto sobre uma blusa marfim. Profissional. E sexy. Recebo uma semi ereção apenas olhando para ela. Ela atravessa o lobby e nos abraçamos. Seus seios esmagam contra mim e agora meu pau está realmente duro. Tem sido um dia inteiro desde a última vez que senti seu toque. — Existe alguma salinha na em qual eu possa te foder? — Eu sussurro, meus lábios escovando sua orelha enquanto falo. — Na verdade sim. Eu inclino para olhar os olhos de Lexi.
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— Você está brincando certo? Porque isso não é engraçado. — Estou falando sério. Eu não estive nesta sala, mas ouvi falar. A construção começou num escritório no nono andar, depois parou. Está meio acabado e abandonado há meses. — Vamos. Os olhos de Lexi se arregalam e ela sorri. — Mesmo? Poderíamos ser apanhados! — Isso é a metade da diversão. — Eu nunca fiz isso antes. Eu deslizo minhas mãos para sua cintura. — Vou ser gentil. Seu sorriso se torna tortuoso. — OK. Vamos. — Ela pega minha mão e me leva para o elevador. Nós vamos até o oitavo andar, em seguida, encontramos as escadas. A fonte de Lexi estava certa: este lugar estava em obras e então todo o progresso parou. Provavelmente devido à falta de verbas, mas eu não dou a mínima para o porquê. Tudo o que me preocupa é espalhar as pernas de Lexi amplamente e empurrar meu pau dentro dela. Lexi olha em volta, mordendo o lábio. Ela põe a mão sobre uma mesa e assente. — Aqui está bem? — Seus olhos pousam em um ponto através da sala. — E que tal? Ou por aqui? Aqui é bom. Podemos ouvir se alguém aparecer, mas faz com que eles não possam nos ver imediatamente. — Relaxe. — Eu puxo Lexi para mim e a beijo. Ela se derrete contra mim, e balança seus quadris contra os meus. Pego a mão dela e a levo embora com um misto de paredes de gesso e mobiliário de escritório descartado. — Este. — eu digo, a pegando e colocando em uma mesa perto de uma vidraça. — Este é o lugar onde vou foder você. Lexi olha para baixo para o povo lá embaixo e depois de volta pra mim. Seus olhos estão arregalados e eu sei que ela está preocupada com o risco. Suas bochechas coram no caminho o que me deixa louco e eu perco o controle. Eu a pego e a deito na mesa, beijando como se estivesse me afogando e ela fosse minha última respiração. Arrumo sua saia para cima e depois desço, colocando
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minha cabeça entre suas pernas. Lexi cobre o rosto com a mão, mordendo o lábio inferior. Ela revira os olhos e me observa. Estou beijando suas coxas, chupando, mordendo sua pele. Ela está se contorcendo contra mim e quando eu deslizo um dedo dentro de sua calcinha, ela já está molhada. Engancho meus braços sob suas coxas e a puxo para a borda da mesa. Suas pernas passam sobre meus ombros e ela cruza seus tornozelos. Seus calcanhares cavam em minhas costas. É tão quente, foda. Eu cubro sua boceta com minha boca, sentindo seu calor através de sua calcinha. Lexi geme e eu puxo sua calcinha para o lado, expondo, mergulho minha boca, alterno entre lamber e chupar. Eu não desisto até Lexi gozar, e uma vez que o primeiro orgasmo rola através dela, eu deslizo um dedo dentro de seu núcleo, a fazendo ter outro. Lexi aperta as mãos sobre a boca, abafando seus gritos. Estou tão duro agora que dói. Preciso estar dentro dela. Eu levanto e abro minhas calças, arrancando o mais rápido que posso. Lexi empurra para cima sobre a mesa e arreganha as pernas. Ela está me alcançando, as mãos pousando em minha bunda enquanto eu empurro para dentro. Eu a beijo com força e empurro ainda mais. Profundo. E eu não consigo o suficiente. Meu orgasmo vem forte, tão forte que me faz lançar para frente, soltando um gemido gutural quando eu preencho Lexi. Ela está ofegante, agarrada a mim por sua vida. Descanso minha cabeça contra sua testa. Nós ficamos assim um minuto antes de eu puxar para fora e colocar minhas calças de volta. Lexi me oferece lenços umedecidos que estão em sua bolsa, e eu me limpo e jogo alguns para que ela possa limpar-se também. — Dizer que foi divertido seria uma subavaliação séria. — ela diz ainda sentada na borda da mesa. — Minhas pernas ainda estão tremendo. Eu a pego pela cintura e coloco meus lábios nos dela. Seus braços dobram sobre meus ombros e ela coloca sua cabeça contra meu peito, coração ainda batendo forte. Eu a beijo mais uma vez. — Vou almoçar com você mais vezes.
. — Eu não posso acreditar nisso. — murmura Lexi, com raiva digitando uma mensagem de texto. Coloca os polegares contra o telefone, tirando a frustração dela. — Isto é apenas merda como ele.
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É sábado à noite, e nós deveríamos estar partindo para ir para a festa de gala para os prêmios da Black Ink. Exceto que Russell não pegou as crianças na casa de Lexi como disse que faria. — Ele está fazendo isso de propósito apenas para me irritar. — Lexi joga seu telefone na cama e fecha os olhos, deixando escapar uma respiração profunda. — Eu não entendo por que ele ainda me odeia. Saí da vida dele. Tanto quanto eu poderia estar. E ele ainda tira essa merda depois de dois anos. — Baby, relaxe. — eu digo e então desejo que pudesse engolir minhas palavras. Lexi tem todo o direito de ficar chateada e estressada. Vestindo um vestido de noite roxo escuro e cabelos profissionalmente estilizados e maquiagem, Lexi parece deslumbrante. — Vai ficar tudo bem. Podemos levar as meninas? Vou com prazer para sua casa conversar com ele. — Ele não está em casa. Ele diz que está trabalhando. Em um sábado. Ele nunca trabalhou em um maldito sábado. Ele não está trabalhando. Eu sei isso. Percorro o quarto e coloco as mãos nos braços de Lexi. — Vamos descobrir algo. Ela balança a cabeça, e depois solta um suspiro derrotado. — Eu não posso leva-las e não tenho ninguém para chamar a tempo. Vou deixar Quinn saber que não posso ir. — Não. — eu digo com firmeza. — Eu vou ficar aqui com elas e você vai. Você precisa estar lá. — Luke. — ela começa, balançando a cabeça. — Eu não posso pedir que você faça isso. Eu sorrio. — Você não pediu. Eu ofereci. Você disse que seus pais estão em um jantar agora. — Sim, eles virão se eu pedir, mas é o aniversário de casamento deles então não posso fazer isso. — Se eles estão comendo agora, terminarão em breve, certo? A boca de Lexi se abre e ela balança a cabeça, pegando meu pensamento. — Sim, eu acho que em uma hora ou algo assim.
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— Eu vou ficar aqui até que eles cheguem e vou encontrá-la na festa. Eu sei o que você tem sob esse vestido. Eu não vou perder a chance de ter você sozinha naquela suíte de hotel paga. Ela ri e coloca as mãos no meu peito. — Você tem certeza que está bem com ficar com as meninas? — Positivo. E você não pode chegar atrasada. — O que eu faria sem você? — Esperemos que você nunca precise descobrir. Seus olhos se enchem de lágrimas e ela olha para longe, piscando. — Eu não posso estragar a minha maquiagem. — Nós nos beijamos, e então ela escreve para sua mãe. O plano funciona e seus pais devem estar aqui em não mais de duas horas. — Luke! — Exclama Lexi. — Eu não posso deixar você aqui. Você conhecerá minha mãe. Sem mim! Meu Deus. Meu pai também estará aqui. Você vai conhecer meus pais sem mim. Eles podem ser implacáveis. Fazendo muitas perguntas. Questões pessoais. Eles tentarão e não têm vergonha. Eu rio. — O pensamento já me ocorreu. Não é o ideal, mas vou ficar bem. — Mas, isso não é como deve acontecer. Preciso estar lá para amortecer, para torná-lo menos desajeitado e fazer com que você não sinta que eles já estão escrevendo nossos votos matrimoniais. — Lexi, está tudo bem. Nada sobre nós é convencional, então conhecer seus pais pela primeira vez enquanto cuido de suas filhas parece adequado, realmente. Ela sorri e tudo vale a pena.
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CAPÍTULO 2 7
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Eu só estou aqui por meia hora e já sinto falta de Luke e das garotas. Eu verifico meu telefone pela milionésima vez, sorrindo quando vejo uma foto que Luke enviou. As garotas o vestiram como uma princesa e Grace até colocou maquiagem brilhante em suas bochechas. Meu coração vibra e não posso esperar até que eu o tenha sozinho esta noite. Eu levanto meu telefone para mostrar a Jillian. — Ele é perfeito. — diz ela. — Sério, Lex. Eu não sou de dizer isso se não acreditasse. — Eu sei. — Eu não consigo parar de sorrir. — Ele é incrível e eu realmente acho que estamos no começo de algo bom. Não há pressa, é claro. — Claro. Dia após dia. Aproveite. Aprecie. E saiba que estou um pouco ciumenta de você. — Você está brincando, certo? — Eu digo com um resmungo de riso. — De modo nenhum. O início dos relacionamentos é o melhor. Tudo é novo e excitante... E Luke é tão perfeito. — Eu pensei que Aaron fosse perfeito? Ela revira os olhos. — Por favor, você não tem que me divertir. Ambos sabemos que ele pode ser um asno. — Eu pensei que essa era a parte que gostava dele. — eu brinco. — Engraçadinha. E enquanto Aaron me trata bem, o que Luke está fazendo por você é um novo nível de adorável. — Ela passa o braço dela através do meu. —
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Vamos pegar as bebidas antes que os discursos comecem. Vou precisar de uma boa distração para passar por toda a tagarelice chata. — Podemos ter uma dose cada vez que alguém se queixar sobre a "mudança de maré na publicação". — Nós estaríamos no chão antes que a noite acabasse. — Jillian ri. — Esse é um desafio que eu só poderia aceitar. Vamos até o bar e voltamos para a mesa. O lugar está cheio de autores, agentes e publicitários, assim como o resto das equipes de bastidores, como nós, editores. Eu perdi a conta do número de mãos que apertei quando a nossa mesa entra em exibição. Aaron está falando com Cole, cujo terno preto é sob medida e parece ótimo nele. Aaron vai a quase todas as funções publicitárias com Jillian, e está naquela zona estranha não-um-muito-conhecido-e-ainda-não-um-amigo com Cole. — Ei, Lexi — diz Aaron. — Onde está o Luke? Eu pensei que ele viria com você esta noite? As sobrancelhas de Cole sobem. — Sim, onde ele está? Eu posso sentir o olhar de Jillian em mim. — Ele está cuidando das minhas meninas. — Explico. — Meu ex desistiu de pega-las no último minuto, então Luke ficou para cuidar das crianças até que meus pais possam ir até lá. Ele estará aqui em algumas horas. — Você confia em meu irmão com suas filhas? — Cole dispara. — Espere. — Aaron diz alto antes que eu possa dizer a Cole que confio plenamente em Luke. — Ele é seu irmão? Lexi está namorando o irmão do chefe? — Ele ri, ganhando um olhar severo de Jillian. — Como isso aconteceu? — Uh, longa história. — murmuro, trazendo minha taça de vinho aos lábios. Tomo um longo gole da minha bebida. — Ei, olhe lá Quinn Harlow. — Jillian diz, me salvando. Eu murmuro um adeus e viro para ir embora, com esperança que Quinn me olhe e acene. Ela está com um grupo de amigos, conversando sobre algo e parece absolutamente linda. Seu cabelo preto está trançado em uma trança escama lateral elaborada. O vestido vermelho que ela está vestindo é de algum designer famoso e sua maquiagem é pura perfeição. Às vezes eu queria ser ela.
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— Lexi! — Ela grita e se separa de seu grupo para me dar um abraço. — Você parece ótima! — Não tanto quanto você. — eu digo a ela. — Como você está? Você está nervosa? Não fique, porque eu ouvi de uma fonte bastante confiável que você está recebendo esse prêmio. Quinn acena com a mão no ar. — Eu não estou preocupada. Você tem um minuto? Tenho uma coisa sobre a qual quero conversar. Eu verifico as horas em meu telefone e está tudo bem, verifico como Luke está indo com as garotas e vou com Quinn para o bar. Ela pede uma bebida. — Há duas partes para isso, então não surte. — ela começa. — O que está acontecendo? — Você sabe sobre a minha ideia para a série Cold Water Bay, certo? — Sim. Eu não posso esperar por ela! Eu amo de amigos para amantes, drama com gravidez e bebês. — Ok, esta é a parte que eu preciso que você não surte. — Ela pisca um sorriso nervoso. — Eu vou publicá-la. Eu pisco. — Oh. Uau. Não esperava isso. — Estive triturando números durante todo o mês. Financeiramente, faz sentido. Muitos dos meus amigos são autores independentes e eles adoram isso. — Eu vi um monte de autores dizerem isso e não te culpo por querer ir por esse caminho. Honestamente, estou surpresa que você não tenha dado o salto mais cedo. — Parte era por não querer perder você. Você me aceitou e aos meus livros. E essa é a segunda parte... — Ela põe a mão dela na minha. — Eu quero que você ainda edite para mim. Há quatro livros e pelo menos duas novelas na série e estou disposta e pronta para assinar um contrato com você. Além disso, estou meio habituada a ter prazos. Eu não sei como vou trabalhar sem eles e você é a melhor. Então... O que você acha, Lexi? Eu inclino para trás. Pisco. Repito suas palavras na minha cabeça. Perder a série de Quinn será um golpe para a Black Ink. Ela é uma das maiores vendedoras
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agora. Trabalhar com ela na série impressa se ela não vai ficar na Black Ink não vai ficar bem. — Cole Winchester vai me odiar por isso. — eu digo. — Mas eu já estou fodendo seu irmão, então sim. Por que não? — Oh meu Deus! Estou tão excitada, espere, você está fodendo quem? Cole tem um irmão? Por que você não me disse isso? Eu rio e balanço a cabeça. — Luke, irmão do Cole, é meu namorado. Ele estará aqui mais tarde, na verdade. Ele ficou para cuidar das minhas filhas até que meus pais pudessem vê-los. Os olhos de Quinn brilham e ela morde o lábio inferior, olhando para mim. Eu conheço esse olhar. — Você não está escrevendo um livro sobre isso. — eu aviso. — Oh, vamos, Lex! Não será você. E você sabe que eu amo um bom romance de escritório. Mais irmãos... Triângulo são populares agora. Na ficção pelo menos. Você já…? — Deus, não! — Nós duas rimos. — Como o seu agente agiu? — Ela ficou chateada. — diz Quinn. — Mas, ela também entende. Oh, e antes que eu esqueça... Kelley, minha amiga que você fez essas edições de última hora, quer saber como creditar e se você tiver tempo para fazer um segundo livro. — Eu tenho crédito? — Eu não quero soar tão animada. — Nos livros independentes, a maioria dos editores tem. — Eu já estou gostando deste novo compromisso. — Estou tão feliz que você goste. Você pode nos encontrar na próxima semana para mais detalhes? Estou na cidade até a quarta-feira. — Sim. A terça-feira funciona? — Sim, apenas me dê tempo. As luzes escurecem, nos deixando saber que os discursos e a cerimônia de premiação estão prestes a começar. Volto para a mesa, um pouco surpresa ao ver Cole ainda sentado lá. A mesa tem oito assentos e todos estão ocupados, e a única cadeira vazia está entre Cole e Jillian. Os manda chuva da Black Ink, os caras que dão a palavra final no que publicamos ou não, dão discursos sobre livros e publicações. Nem cinco minutos, Caitlin Black traz à tona a mudança da publicação. Eu olho para Jillian e levanto meu copo de vinho.
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Ela sacode a cabeça, rindo silenciosamente, e toma uma bebida também. Meu telefone vibra com um texto, e eu troco meu vinho por ele, movendo para baixo em meu colo assim é menos óbvio que eu não estou prestando atenção. É outra foto de Luke. As meninas terminaram a transformação de Luke, colocaram grampos e arcos em seu cabelo, e estão sentados próximos para uma selfie.
Luke: Elas disseram que eu precisava arrumar meu cabelo para a noite também. Eu: Eu adoro isso. Tão sexy. As meninas estão sendo boas? Luke: Sim. São boas meninas. Você fez um bom trabalho com elas. Paige me disse que você é a "melhor mãe" e eu tenho que dizer que concordo. Além disso, demorou muito tempo para descobrir que "enroladinho-queijo" é realmente um sanduíche de queijo grelhado. Eu: Hahaha. Eu deveria ter deixado uma listinha. Você não tem que sair de seu caminho e cozinhar qualquer coisa. Grace sabe onde estão os lanches. Você pode dizer a ela para conseguir alguma coisa da despensa. Luke: Já fiz isso : ) Queijo grelhado é fácil, você sabe.
Estou sorrindo como uma idiota. Eu rolo até a foto de Luke com as meninas. Estamos no começo de algo bom. Mal posso esperar para ver onde isso nos leva. Aplausos irrompem em torno de mim, e eu largo meu telefone no meu colo para que eu possa aplaudir. Olho para cima a tempo de ver Cole desviando o olhar. Ele estava lendo sobre o meu ombro? Não importa. Só espero que as coisas não fiquem estranhas. Novamente. As formalidades terminam, Quinn ganhou o prêmio e agora é hora de nos levantarmos e misturarmos. É a melhor e a pior parte dessas funções. Melhor, porque eu posso me encaminhar para a comida. Pior, porque tenho que fingir que não odeio a raça humana. Estou feliz por ter Jillian para me acompanhar. Posso jogála aos lobos e ela me agradecerá mais tarde. Sério. Ela adora conversar. Minha mãe me envia um texto para me deixar saber que eles saíram do restaurante, para que eu possa deixar Luke saber que eles estão a caminho. Eu fujo para longe da multidão para chamar Luke. — Ei querida. — ele atende. — Ainda sentindo a minha falta? — De jeito nenhum — digo a ele. — OK. Talvez um pouco. Como estão as meninas?
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— Ótimas. Grace está ajudando Paige no banheiro e ouço muita risada. Não tenho certeza do que fazer. — confessa, o que me faz rir. — Se elas não saírem em dois minutos, você pode dizer para se vestirem e sair. Elas devem ouvir você. Meus pais também estão a caminho. Ainda me sinto terrível por deixá-lo sozinho com elas. — Não. Estamos nos divertindo aqui e tenho certeza que seus pais ficarão encantados comigo. Agora estou rindo novamente. Deus, esse homem. — Eu não vejo como eles não ficarão. Oh, Quinn ganhou. — Sério? Você precisava estar lá. Você não está contente por ter ido na frente? — Sim. É muito profissional estar aqui por ela, mas ela é minha amiga. Estive editando para ela desde que começou a escrever. Ah, e você nunca vai adivinhar o que ela me disse! Realmente, você nunca vai adivinhar desde que você não sabe nada sobre a publicação. Luke ri. — O que ela te disse? — Ela está se tornou indep... — Eu cortei quando Jillian corre pelo corredor, chamando meu nome. — Espere. — Graças a Deus. — Jillian corre em minha direção. — Estive procurando por você. Eu preciso de você. Agora. — Por quê? O que está acontecendo? — Cole. — diz ela. — Ele está bêbado. Há um monte de pessoas importantes aqui e ele vai fazer papel de tolo na frente deles. Eu não sei o que fazer. Eu nunca o vi assim. Lori e Christine tentaram fazê-lo voltar para casa e não deu certo. — Luke? — Eu digo no telefone, seguindo Jillian de volta para o salão de eventos. — Eu vou te ligar de volta. Ou você vai me ver quando chegar aqui. Aparentemente seu irmão está com problemas. — Cole não bebe. — Luke me diz. Eu olho para dentro e vejo Cole no bar. — Ele está esta noite. — Eu suspiro. — Se eu puder encontrar sua assistente, vou fazê-la lidar com isso. Mas se os donos da Black Ink Press o verem bêbado em público, vai dar uma merda. — Os deixe ver. É culpa dele.
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— Luke, pare. Eu sei que vocês não se dão bem, mas ele é meu chefe. E ele tem sido meu amigo nos últimos anos. Eu vou... Levá-lo para um passeio. — Eu vejo Cole obviamente checando Jenny Rosita, uma agente de filmes. Ela é casada e seu marido está ao lado dela, prestes a perceber os olhos errantes de Cole. — Um passeio? Como um cachorro? — Ele está agindo como um. — eu digo. — Eu tenho que ir. Ligue para mim quando estiver aqui e vou encontrar você na porta. — Ninguém pode lidar com ele? — Luke parece irritado. — Por que tem que ser você? — Porque eu sou uma boa mulher que não consegue dizer não. — É com isso que estou preocupado. — Luke resmunga, e eu não estou inteiramente certa se entendi o que ele disse. — Acho que seus pais estão aqui. Eu paro, pensando no quanto eu queria estar lá, apresentando Luke a mamãe e papai. E não porque eu quero salvar Luke da tortura dos meus pais. Mas porque tenho orgulho de dizer que ele é meu. — Boa sorte. Sinta-se livre para usar as meninas como distração. — Eu provavelmente deveria lavar a maquiagem brilhante antes de conhecêlos. Merda. — Nah, vai fazer eles gostarem de você ainda mais. Mesmo. — Há algo que eu nunca pensei que iria ouvir: usar maquiagem para ganhar bônus com os pais da minha namorada. Eu ri. — Como você disse. Nós não somos convencionais. — Vejo você em breve. Tenha cuidado com Cole. Eu não confio nele. Acho que ele está aprontando algo de novo. As palavras de Luke me deixam em alerta. — OK. Dirija com cuidado. Eu desligo e corro para o salão de eventos, fazendo uma busca por Cole. Estou na frente dele, bloqueando sua linha de visão de Jenny. Para ser justa, estou tendo dificuldade em não olhar também. Eu não sei como ela pode mostrar esse decote sem aparecer o mamilo. Dupla face, fita adesiva? Eu sacudo meus pensamentos. Não importa.
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— Ei! — Eu digo para Cole. — Como você se sente? — Alexis. — ele suspira e estende a mão, enfiando um cacho atrás da minha orelha. O gesto é íntimo e me faz tremer de desconforto. Luke me toca assim. — Você está maravilhosa esta noite. — Você não está tão ruim também. Vamos tomar um pouco de ar fresco. — Eu coloco minha mão em suas costas e o encaminho para fora. — E talvez uma água. — Não, estou bem. — Você realmente deve. — nunca minta, lembro-me das palavras de Luke sobre água não ajudando como as pessoas pensam que faz. — A noite está ótima. Venha dar um passeio comigo. Eu pego minha jaqueta na porta, contente que o ar está fresco. Eu não possuo um casaco de pele que combine com o vestido. Eu deslizo meus braços através de minha jaqueta cor-de-rosa e conduzo Cole até às portas. — Sinto muito, Alexis. — diz Cole quando começamos a andar pela calçada. — Desculpar pelo quê? — Caminhamos devagar, e Cole fica perto de mim. Eu não posso dizer o quão longe ele está, e não quero ser responsável por ele caindo no tráfego que se aproxima. — Por ser burro. — Eu paro, e me viro para ele. — Eu não queria que as coisas ficassem tão estranhas. E acho que eu... Eu tenho um pouco de ciúmes. — De Luke? — Sim. Ele estava falando sobre essa grande garota que ele conheceu no bar, indo e voltando e eu odiava vê-lo feliz. Porque quero ser feliz. Ele tirou isso de mim, você sabe. — Suas palavras me atordoam um pouco. — E eu queria tirar isso dele. E então o vi e você e sabia que precisava não só conseguir o mesmo, mas também protegê-la dele. Luke não namora. Eu nunca vi ele se comprometer com nada em toda a sua vida. Minha testa franze. Existe algum mérito nas divagações bêbadas de Cole? Espera, ele ligou as coisas? Minha boca se abre e um suspiro audível escapa dos meus lábios. — No dia seguinte... Naquela segunda-feira... Você estava no meu escritório quando ele ligou. Você sabia. Você sabia o tempo todo e estava apenas esperando para denunciá-lo. É por isso que você me levou para almoçar! — Eu giro ao redor, olhando para Cole.
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— Sim. — ele admite. — E eu sinto muito. Tudo o que eu queria era me estabelecer e então percebi que tudo o que ele dizia era verdade. Você é uma mulher incrível e eu quero você também. Paro de andar e coloco a cabeça em minhas mãos. Isso é demais. — Sinto muito, Lexi. — ele diz novamente, desanimado. — Você é meu chefe e Luke é meu namorado e vou ser a primeira a admitir que isso seja estranho. Mas realmente, realmente gosto dele, por isso vamos apenas deixar tudo isso para trás, ok? Tudo será perdoado e seguiremos em frente com uma lousa limpa? Eu não quero ter você com raiva de mim para sempre. — As palavras saem de minha boca antes que eu perceba as implicações. — Para sempre? — Ele pergunta, a palavra sai um pouco áspera. — Você já quer um para sempre com... Com ele? Eu balanço a cabeça. — Eu não sei. É muito cedo para dizer, mas estou mais feliz que já estive há muito tempo. Só quero que todos se deem bem. Não que eu esperasse que saíssemos em encontro duplo ou qualquer coisa, apenas não estar na garganta um do outro. Por favor, Cole. Isso está me deixando muito desconfortável. Eu gosto do Luke. Estou com o Luke. Estamos felizes. Você está bêbado e não quer dizer o que está dizendo. Podemos deixar isso para lá, por favor? Cole olha para mim. — Claro. Deixei escapar um suspiro de alívio, desejando tanto que Luke estivesse aqui agora. — Por que vocês dois não se dão bem? O que aconteceu para fazer você não gostar dele? — Eu só não gosto. Eu o odeio. — Sim, mas por quê? Os olhos de Cole fecham e ele para de andar. Solta um suspiro e se move para frente novamente e estou lutando para acompanhar. — Ele sabe. Pergunte a ele. O que ele não diz fala muito. — Bem. Eu perguntarei a ele. — Embora ele vá dizer que ele não sabe do que estou falando. É assim que ele é. Manipulador e mentiroso. Ele contou por que ele deixou Chicago?
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Eu balanço a cabeça. — Não especificamente. Eu sei que ele foi ferido no trabalho, então suponho tenha a ver com isso. — Você precisa perguntar a ele sobre isso também. Mas, esteja preparada para que tudo mude. Este é Cole bêbado sendo dramático ou a bebida desligou seu filtro e tudo o que ele está dizendo é verdade? Caminhamos ao redor do quarteirão e depois voltamos para dentro. Caitlin Black, a neta de Isaac Black, a fundadora da editora, está vindo em nossa direção. — Eu odeio essa mulher. — murmura Cole. — Ela é uma puta de merda. — Ok e nós vamos embora. — eu digo e pego o braço de Cole, o girando antes que ele tenha a chance de dizer algo desagradável para Caitlin. Eu também não gosto dela. Ela é uma daquelas pessoas que podem encontrar a menor coisa para criticá-lo. O estresse sobe dentro de mim. Eu não quero ser a babá de Cole toda a noite. Quero voltar para o salão de eventos, pegar outro copo de vinho e falar com Quinn e Jillian até que Luke chegue aqui. E então eu quero levá-lo até o nosso quarto de hotel e foder seu cérebro. Eu movo meus olhos para Cole. A melhor coisa será tirá-lo daqui. Uma vez que ele esteja em casa, não poderá fazer nenhum dano. Uma vez que ele esteja em casa, poderei desfrutar a noite como eu pretendia. Com Luke e sozinhos. — Acho que é hora de levá-lo para casa. — digo a Cole. Ele sorri. — Sim, me leve para casa.
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CAPÍTULO 2 8
Luke
— Ele parece bonito! — Paige diz orgulhosamente a seus avós, apontando para os brilhos em meu rosto. — Eu fiz o cabelo dele. — E eu fiz a maquiagem. — acrescenta Grace. Os pais de Lexi simplesmente passaram pela porta e as meninas estão ansiosas para mostrar suas habilidades. No segundo, em que aquela porta fechou, uma onda de nervos passou por mim, e não teve nada a ver com a reforma da princesa. Eu gosto de Lexi. Muito. E quero que seus pais também gostem de mim. Eu nunca conheci os pais de ninguém antes, e nunca levei ninguém para casa para ver os meus. Eu estou encontrando a mãe e o pai de Lexi agora. — Vocês, meninas, fizeram um ótimo trabalho! — Diz a mãe de Lexi. Ela olha para mim e sorri. — Sou Brenda. Prazer em conhecê-lo. — Richard. — diz o pai de Lexi e estende a mão. — Eu vejo que minhas netas deram o tratamento estrela. Queremos agradecer pelo que você fez hoje à noite pela nossa Lexi. — Farei qualquer coisa por ela — confesso. — Estou um pouco louco por sua filha. Brenda sorri. — Como você pode não ser? Lexi é uma boa surpresa. Eu espelho seu sorriso. — Ela realmente é. — Vovô! — Paige diz e pega a mão do avô. — Venha ver o novo quarto de Addy! Tem tantas peças! — Richard sai com Paige e Grace, e Brenda diz que vai me
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trazer removedor de maquiagem para os brilhos. Eu acho que eles são difíceis de sair às vezes. Eu tiro os grampos do meu cabelo e passo meus dedos por ele, contente que o bagunçado funcione para mim. — Lexi me avisou para não fazer muitas perguntas. — diz Brenda, descendo as escadas do quarto de Lexi com uma toalha e um frasco de removedor de maquiagem. — Ou envergonhá-la. Então não vou. Não desta vez. — Ela me dá uma piscadela e entrega os suprimentos. São necessários cinco minutos de esfregar para limpar o meu rosto, e agora tenho uma nova apreciação pelas mulheres que fazem isso diariamente. Subo as escadas e volto a vestir meu terno, depois desço para dizer adeus às crianças antes de ir para a cidade. As meninas estão na sala de estar, brincando com suas bonecas. — Obrigado pela noite. — eu digo a elas. Paige corre e joga seus braços em volta de mim. — Você vai brincar comigo de novo? — Eu definitivamente vou brincar com você novamente. Os braços pequenos de Paige me apertam tão forte quanto ela pode. — Não vá! Fique mais um minuto! — Querida. — diz Brenda. — Luke tem que ir para casa e ir para a cama. Está tarde. E vocês duas e Pluto, estão vindo para a nossa casa para uma festa do pijama! Paige fica toda animada e começa a fazer sua "festa de pijama", que parece assustadoramente semelhante à dança da pizza. Grace solta um suspiro desapontado. — Nós só vamos para lá porque papai não nos quer. Grace nem é minha filha e o comentário dói. Quero dar um abraço nela, levála para um sorvete e socar a merda do Russell. — Não. — Richard rapidamente diz. — Seu pai teve que trabalhar esta noite. Ele te ama muito. Os olhos verdes de Brenda se estreitam e ela balança a cabeça. Os olhos de Grace caem sobre mim. — Eu queria que ele fosse nosso pai. Pelo menos ele brinca conosco. Papai só coloca um filme e dá a Paige seu telefone para assistir esses vídeos de ovos estúpidos. Eu movo meu olhar para Richard para ajudar desde que eu não tenho nenhuma fodida ideia de como responder a isso.
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— Ele é seu amigo. — diz Brenda. — E você ouviu, Luke virá brincar outro dia. E agora eu entendo por que Lexi estava tão hesitante em primeiro lugar em deixar seus filhos saberem que estou na área. Elas se apegam facilmente e se decepcionam ainda mais fácil. Paige tira os braços de mim e solta um suspiro dramático. — Tudo bem, tchau. Te vejo mais tarde, Jacaré. Em tempo crocodilo. — Não é assim que você diz. — Grace graceja. Todos nós rimos e eu levanto para sair. Richard me leva até a porta enquanto Brenda ajuda as garotas a juntar suas coisas. — Espero vê-lo novamente, Luke. — diz ele. — Embora eu tenha um sentimento que nós vamos. Você parece um bom homem. — Eu fui criado para ser um. — Seu pai deve ter sido um bom modelo. Eu balanço a cabeça. — Ele era terrível. Mas, meu padrasto foi ótimo. Richard sorri e abre a porta para mim, segurando Pluto dentro. Eu chamo Lexi no caminho e pego seu correio de voz. Supondo que ela está ocupada conversando com autores famosos ou algo legal, eu não me importo em deixar uma mensagem. Minha mente divaga para Lexi, para tirar esse vestido dela e utilizar a banheira de hidromassagem no quarto de hotel. Estou ansioso para mimá-la, fazer tudo o que posso para fazê-la relaxar e se sentir bem. Meu telefone toca alguns minutos depois. Mas não é Lexi. É Caroline novamente e não posso recusar a chamada rápido o suficiente. Ela ainda não entendeu? Não quero falar com ela. Eu não quero nenhuma de suas atualizações inúteis. Nada muda. Nada vai mudar. Você não pode consertar o que está quebrado. Quando eu chego perto do lugar onde a festa de gala é realizada, recebo um alerta no meu telefone. O alarme na casa foi disparado e levou trinta e sete segundos para desligar através do teclado bem dentro da porta. Eu chamo Lexi e recebo seu correio de voz novamente. Deixo uma mensagem rápida dizendo que vou verificar a casa e me certificar de que as coisas estão bem. A empresa de limpeza que Cole contratou sabe o código. Eu disse a Cole que era estúpido deixar alguém ter o código e ele argumentou comigo que a empresa era respeitável e que "a maioria das pessoas neste quarteirão permite seu pessoal", suas
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palavras, não as minhas, entrem em sua casa quando ninguém está lá. Cole não estava em casa de qualquer maneira, então alguém tinha que entrar durante o dia. As meninas que vinham e limpavam a casa duas vezes por semana eram estudantes universitárias, sempre muito amigáveis e muito agradáveis. Mas, elas poderiam ter dado a chave e o código para outra pessoa. Talvez eu seja um pouco paranoico. Ser um pouco nunca machucou ninguém. Estou perto da nossa casa, mas essas malditas ruas de sentido único levam duas vezes mais tempo para chegar lá. Tenho de estacionar vários metros da rua e caminhar até a casa. Há uma luz na sala de estar, o seu brilho amarelo suave ilumina uma das janelas da frente. Então alguém está lá dentro. Eu puxo minhas chaves do meu bolso para que possa entrar na casa. Com o silêncio que impressionaria um ninja, abro a porta de trás que dá para a cozinha. Eu ouço uma voz. Uma voz que eu conheço. Uma voz que eu gosto. Uma voz que pode me deixar duro com apenas algumas palavras sujas. — Pelo amor de Deus, apenas deite! — Exaspera ela. — Eu preciso voltar para a festa. Minhas sobrancelhas empurram juntas. Com quem ela está falando? Eu ando pela cozinha, pela sala de jantar formal, e entro na sala de estar. Lexi e Cole estão sentados no sofá. O cinto de Cole está no chão, e sua camisa está desabotoada. Lexi segura um cobertor e seus sapatos estão esparramados na entrada. — O que é isso? — Eu exijo. O som da minha voz faz Lexi saltar. Cole vira, os olhos se juntam aos meus por um milésimo de segundo antes de se virar. Ele envolve seus braços em torno de Lexi e a puxa para um beijo. Eu congelo, sabendo que vou explodir a qualquer momento. A raiva toma conta, e tudo que eu quero fazer é quebrar a cara de Cole. Eu quero puni-lo com meus punhos, batendo até que o sangue espirre pelas paredes e a raiva dentro de mim vá embora. E Lexi... Que merda ela está fazendo aqui? Eu disse a ela que Cole não tinha acabado com sua vingança. Eu nem sei o que supostamente fiz, mas ele está morto por arruinar a única coisa que tenho que me faz feliz. Lexi fica tensa e empurra Cole para longe. Pego Cole pela camisa e o empurro para o chão. Eu não vejo nada além de vermelho. Meu punho bate em seu rosto. Uma vez. Duas vezes. Três vezes. O sangue escorre pelo nariz ou talvez pelo lábio. Eu não sei. Eu não me importo. Estou tão louco de raiva.
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— Luke! — Lexi grita e coloca a mão em meu ombro. Paro, acalmado pelo seu toque suave. Levanto e fico olhando fixamente para Cole, cheio de raiva. — Luke. — Lexi diz novamente, e eu me viro, meus olhos encontrando os dela. Quero abraçá-la, reivindica-la, dizer que ela é minha e nunca mais vai se aproximar desse idiota. Então eu faço algo que eu nunca pensei que eu faria. Eu me viro e vou embora. Eu vou embora, não porque eu não queira Lexi. Eu vou embora porque eu a quero. Não é justo colocá-la no meio disto, sujeitá-la ao pequeno jogo sujo que Cole insiste em jogar. Ela não é um peão para ser usado em sua vingança. Não posso fazer isso com Lexi. Porque estou apaixonado por ela. Eu não quero magoá-la. Para causar mais drama ou dor. Estar comigo automaticamente coloca ela no meio de algo que ela não deveria ter que lidar. — Luke! — Lexi chama, e eu posso sentir o chão vibrando enquanto ela corre pela casa. — Espere! Por favor, Luke! — Eu não estou pensando. Estou apenas andando. E agora estou indo de volta ao meu carro, indo para a rua. Corro duas quadras antes de abrandar. Isto é o que ele quer, e eu serei condenado se eu der a ele. Eu faço um retorno ilegal e volto para a casa. Volto para Lexi. Eu vou beijá-la mais forte do que eu já fiz antes e então eu vou levá-la lá em cima e fodê-la tanto que ela estará gritando meu nome alto o suficiente para os vizinhos ouvirem. E finalmente, Cole saberá que ele não pode ficar entre nós. Meu telefone vibra em minha mão. Eu olho para baixo, esperando ser Lexi. É Caroline novamente, embora desta vez ela enviou uma mensagem de texto. Olho para baixo e leio as duas palavras que ela enviou. Duas palavras que mudam tudo. Duas palavras que eu nunca pensei ler. Palavras que desafiam a razão pela qual eu deixei minha vida para trás e me movi para o outro lado do país. Porque se eu estava errado sobre isso, então estou errado sobre tudo. Duas palavras. Ele acordou.
Continua...
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