Disponiblizado: Curly Claire Tradução: Curly Revisão: Emma Revisão Final: Claire Formatação: Claire Sinopse Pai solteiro. Andy Shaw ama seu trabalho c...
7 downloads
94 Views
2MB Size
Disponiblizado: Curly Claire Tradução: Curly Revisão: Emma Revisão Final: Claire Formatação: Claire
Sinopse Pai solteiro. Andy Shaw ama seu trabalho como um agente de esportes, com uma exceção: ele não deixa muito tempo para seus filhos. Nenhum pai gosta de estar longe, então Andy decide contratar alguém para compartilhar a carga de trabalho. Mas quando uma das agentes mais quentes da indústria o procura, Andy sabe que este negócio é definitivamente um problema. Danicka Douglas trabalha muito, mas ser uma mulher atraente em uma indústria de testosterona pesada não é exatamente um passeio. Ela guarda ferozmente a sua reputação
profissional,
o
que
significa
não
ter
um
envolvimento com seu chefe lindo. Mas quanto mais eles ignoram aquela faísca sexy, mais ela se revela... Apenas quando parece que o romance pode estar em plano de jogo, Dani é ameaçada por um assediador com intenções escuras. Para mantê-la segura, Andy deve cruzar a linha entre o profissional e muito pessoal... Porque desta vez, ele está jogando para durar.
CAPÍTULO 1 Andy —É melhor vocês dois limparem isso antes de eu colocálos para fora para se ocuparem no quintal. O aviso severo vindo de babá dos meus filhos, Gloria, me fez rir quando eu vim descendo os degraus e virando na parte inferior da escada, indo em direção à cozinha. Ouvi Logan retrucar rapidamente — Mas ela jogou Froot Loops1 em mim. —Bem, você olhou para mim!— Becca gritou de volta. —Parece que vocês estão começando um dia com um estrondo, né?— Eu ri, caminhando pela porta da cozinha. Os meus filhos estavam sentados à mesa, franzindo a testa enquanto Gloria estava entre eles com as mãos nos quadris. Assim que ele me viu, Logan se sentou em sua cadeira e abriu a boca. —Pai, Becca jogou... —Ah… ah,— Gloria interrompeu, levantando um dedo no ar. Ele olhou para ela, franzindo as sobrancelhas enquanto ele continuou implorando o seu caso. —Mas ela… —Não— Gloria disse calmamente, sacudindo a cabeça. —Hoje não. É o primeiro dia de férias de verão, e nós estamos 1
cereal
indo para nos divertir. Nenhuma lamentação, nenhuma luta, nenhuma argumentação. Entendeu? Logan bufou e cruzou os braços sobre o peito. —Entendeu?— Gloria perguntou novamente quando deu em seu ombro um pequeno empurrão. Ainda carrancudo, ele assentiu. Gloria se virou para Becca. —E você? Becca olhou para Gloria e sorriu docemente. —Sim, senhorita Gloria.— Então virou os olhos na minha direção. — Bom dia, papai. Pequena instigadora bonita. Com o canto do meu olho, eu notei Logan revirar os olhos enquanto voltava às suas panquecas de mirtilo. Eu ri e me agachei ao lado de Becca na mesa da cozinha. —Bom dia, menina.— Ela jogou os braços em volta do meu pescoço e apertou com força, e não me deixou ir. —E aí, campeão?— Cumprimentei Logan, segurando o meu punho para ele pelas costas de Becca. Ele soltou sua atitude de nove anos de idade, de forma lenta e bateu meu punho para trás, enquanto oferecia um meio sorriso torto. —Olá pai. —O que vocês estão fazendo hoje, assumindo que Gloria não os mate primeiro?— Eu brinquei enquanto me libertei das mãos de Becca e caminhei até a cafeteira, precisando de cafeína tão desesperadamente que eu estava tentado em esquecer a caneca completamente e beber direto da garrafa. —Nós vamos para o zoológico!— Becca anunciou animadamente.
—Ah, é? Eu respondi de volta quando eu derramei café quente, preto na maior caneca que eu poderia encontrar. Virei-me para enfrentá-los, encostado ao balcão. —Sim! Haverá ursos polares e um leão e cangurus. — Ela pulou da cadeira e começou a dançar em volta conforme listou todos os animais que estava esperando para ver. —E tigres e elefantes e dinossauros... O rosto de Logan torceu quando olhou para cima de seu café da manhã. —Não haverá dinossauros lá. Becca parou de dançar e se virou para ele. —Uh-huh! —Ela insistiu. —Não, eles estão extintos.— Ele balançou a cabeça. —Eles não fedem2!— Becca gritou de volta. —Ok, ok,— Eu ri. —Já lutaram o suficiente. Se vocês dois não pararem, eu vou ter que dar a Gloria um aumento neste verão. —Você não tem idéia— Gloria disse brincando enquanto me atirou uma piscadela e caminhou em direção à geladeira. De repente Becca suspirou e seu rosto se iluminou. Quando ela abriu a boca para falar, meu coração afundou. Eu sabia exatamente o que estava por vir, e eu temia isso. —Você pode ir com a gente? —Ela perguntou, erguendo a voz com excitação quando enfiou o lábio inferior para fora. Logan olhou para cima de suas panquecas e ergueu as sobrancelhas, esperando que a minha resposta fosse sim, também.
2
Por ser uma criança e não entender o que quer dizer EXTINTOS ela diz que eles não fedem!
Eu respirei fundo pelo nariz e soltei tão lentamente, parando o maior tempo possível. —Eu não posso, baby. Eu tenho que trabalhar hoje. Eu sinto muito. A alça de sua blusa do pijama rosa deslizou de seu ombro quando caiu em decepção, e sua cabeça caiu para o chão. —Você sempre tem que trabalhar. Eu coloquei a minha caneca na ilha e me aproximei de Becca, agachando-me ao nível de seus olhos. —Eu sempre tenho que trabalhar, querida. Eu sou seu pai e é o meu trabalho cuidar de vocês e verificar se vocês tem tudo que precisam. Para comprar essas coisas, eu preciso de dinheiro. Seus olhos azuis levantaram para o meu, mas sua expressão permaneceu triste. —E para ganhar dinheiro você tem que ir para o trabalho. —Exatamente.— Eu escovei sua suave bochecha, pálida com as costas dos meus dedos. —Mas mamãe paga as contas e ela não trabalha?— Suas sobrancelhas levantaram na esperança de que ela tivesse acabado de encontrar uma brecha. Na verdade, papai paga as contas da mamãe também. Suspirei. —Eu sei, menina. É complicado. Confie em mim, não há nada que eu gostaria de poder fazer mais do que ir ao zoológico com vocês hoje. —Levantei-me, gentilmente beijando a sua testa enquanto eu passava. —Ser um adulto é uma armadilha. Permaneça pquena pelo tempo que você puder, ok? Ela piscou inocentemente e assentiu enquanto sentouse à mesa, empurrando um pedaço de panqueca em sua
boca. Enquanto mastigava, seus olhos se fixaram no seu prato, eventualmente abaixando. Eu sabia que ela estava ali sentada, desejando mais do que qualquer coisa que eu pudesse passar o dia no zoológico com eles. Eu queria isso também. Dizer que o meu trabalho era exigente era o eufemismo do século. Especialmente recentemente. O comércio do hóquei estava prestes a abrir e a negociação
de
beisebol
estava
em
pleno
andamento...
literalmente. Quando você é um agente de esportes em negociação de contratos de milhões de dólares para alguns dos melhores atletas do país, você não começa a ligar para dizer que está doente e levar seus filhos ao zoológico, infelizmente. Um telefonema perdido ou um e-mail sem resposta pode significar uma oportunidade perdida, e se os meus clientes não ganham dinheiro, eu não ganho dinheiro. E eu definitivamente necessito manter o dinheiro fluindo. Pagar para manter duas famílias funcionando não era fácil. Há alguns anos, eu tinha uma vida normal... Uma esposa, uma casa, e duas crianças felizes. Uma vez que eu tirei a minha cabeça para fora da minha bunda e percebi que a minha esposa era um abutre faminto por dinheiro, que era desagradável para cada pessoa no planeta, incluindo seus próprios filhos, terminei o mais rápido que pude. Agora eu sou um pai solteiro e principalmente com esses mesmos dois filhos maravilhosos, e eu tenho uma ex-esposa que eu pago uma quantia obscena de dinheiro a cada mês, apenas para que ela mantenha a distância e não estrague os nossos filhos,
não mais do que ela já fez. Mesmo quando nos casamos, ela estava mais interessada em fazer compras e fazer o seu cabelo do que gastar tempo com nossos filhos. Por nosso acordo, ela só os recebe um fim de semana por mês, e para ser honesto, eu estaria disposto a dar-lhe ainda mais dinheiro se ela fosse desistir desse fim de semana, também. Ainda há uma célula muito pequena no meu corpo, enterrada bem no fundo do meu âmago, agarrada a esperança de que um dia ela perceberá o quão ruim ela esta estragada e será uma mãe melhor para Logan e Becca, mas essa célula encolhe todos os dias. Não há dúvida em minha mente que um dia meus filhos vão vir para mim e perguntar por que sua mãe só queria vêlos quarenta e oito horas por mês. Vou ter que respirar profundo, engolir a minha raiva, e explicar todas as coisas feias de uma forma que seus cérebros puros possam processá-los. Como eu poderia fazer isso quando nem sequer eu mesmo compreendo? —Papai? A voz de Logan me puxou do canto escuro na minha cabeça onde eu guardo todas as coisas que Blaire estava relacionada. Olhei para ele fixamente por apenas um segundo antes de apertar os olhos com força e balançar a cabeça de volta à realidade. —Sinto muito, amigo. —Eu perguntei se você ia vir para o meu jogo de beisebol hoje à noite. Você trabalhou até tarde na noite passada e perdeu a prática. Você pode vir para o meu jogo? —
ele perguntou em voz baixa, parecendo desapontado,
como se antecipasse que a minha resposta seria não. —Nós jogamos com os Mavericks e estou lançando. Ele estava certo, eu tinha trabalhado até muito tarde na noite anterior. Foi o seu último dia de escola e, em vez de estar em casa, começando o verão com eles, eu estava sentado no meu escritório tomando Red Bull, enquanto martelava através das especificidades de um novo contrato de beisebol. —Você está lançando? Merda. Ele acenou com a cabeça quando mordeu o lábio inferior, nervosamente esperando pela minha resposta. —Sim. Eu estarei lá. —Antes mesmo de eu terminar minha frase, um sorriso enorme estourou em seu rosto. — Gloria vai levá-lo para o aquecimento, mas eu prometo que estarei lá no tempo de jogo, ok? —Mm-hmm— ele cantarolou feliz. A excitação irradiava de suas bochechas rosadas quando ele enfiou um pedaço de panqueca em sua boca. Mesmo que ele estivesse mastigando, não conseguia tirar o sorriso do rosto. —Enquanto vocês terminam de comer, eu vou fazer alguns sanduíches de manteiga de amendoim e geléia para o jardim zoológico— Gloria anunciou. —Geléia de morango para mim!— Logan gritou. A cabeça de Becca levantou de suas panquecas. —Quero framboesa! Gloria congelou e virou-se lentamente da geladeira para enfrentá-los, colocando a mão em seu quadril enquanto
girava. Ela estreitou os olhos para Logan e Becca, mas não disse uma palavra. —Por favor— murmuravam em uníssono, afundando-se em suas cadeiras. —Isso foi o que eu pensei.— Ela piscou e se voltou para a geladeira. Gloria tinha estado conosco desde que Logan era um bebê. Ela era mais mãe para as crianças do que Blaire já tinha sido, e os amava tanto, se não mais, do que Blaire. —Ah, Gloria... —Fui até lá e envolvi um braço em volta dos ombros, apertando suavemente. —Eu não tenho ideia do que faríamos sem você, e eu nunca quero descobrir. Ela olhou para mim com seus olhos castanhos escuros e sorriu enquanto balançou a cabeça. Voltei-me para as crianças. —Ok, pessoal. Estou saindo para o trabalho. Eu amo vocês dois. Não deixem Gloria muito louca hoje, por favor. —Eles acenaram quando me virei para a porta. —Logan— Eu girei com um sorriso animado no meu rosto e apontei para o meu filho — Eu vou vê-lo às seis horas! Ele concordou e me deu outro sorriso enorme, cheio de dentes. Um sorriso que eu iria usar como combustível para passar através da minha manhã agitada.
CAPÍTULO 2 Andy As portas do elevador se abriram, e eu sai, esperando andar em um escritório escuro, vazio. Em vez disso, as luzes estavam acesas e o cheiro do café flutuava no ar. Ellie, minha assistente e mão direita, estava andando para lá e para cá, nervosa com seu celular na mão. —Bom dia, El!— Eu disse quando as portas do elevador se fecharam atrás de mim. —O que você já está fazendo aqui? Ela pulou ao som de seu nome e virou o rosto para mim, com os olhos esbugalhados. —Bom dia? O que já estou fazendo aqui? — Ela imitou em um tom curto e, em pânico. —A questão é por que você só está chegando aqui agora? Completamente perplexo, eu parei de andar e examinei a sala por uma dica. —Uh... Ela olhou para a porta do escritório antes de tomar um passo mais perto, sussurrando em voz alta, — Vinnie Sotelo está aqui.
Lá.
No seu escritório. Você tinha uma reunião
com ele que era para começar — ela verificou seu relógio — à meia hora. —Merda!— Minha mão voou para cima, esfregando suavemente a barba por fazer no meu queixo, pensando sobre o quanto eu estava... Realmente ferrado.
—Merda isso é certo. Já o impedi de sair uma vez, e eu te liguei três vezes. Por que você não estava atendendo seu celular? —Ela roubou outra rápida olhada na porta do escritório. —Graças a Deus eu parei na padaria esta manhã e peguei rolos de canela para nós. Eu continuo abrindo a porta e jogando comida para ele. Até agora, está funcionando. —Eu esqueci completamente. Quem diabos agenda uma reunião tão cedo na quarta-feira de qualquer maneira? Ellie levantou uma sobrancelha para mim. —Você fez. —Droga.— Eu pensei rápido sobre o que eu poderia fazer para sauvizar o que era provável de ser uma situação muito feia quando entrei por aquela porta. Vinnie Sotelo era um dos melhores e grandes receptores da NFL no momento, e ele por acaso estava à procura de um novo agente. Dizia-se que ele tinha recusado reuniões, deixando um rastro de agentes frustrados de costa a costa. Nós conversamos ao telefone um punhado de vezes, e cada vez ele parecia um pouco mais aberto à representação. Então, na semana passada, eu consegui que ele concordasse em voar para Minnesota para se encontrar comigo. E agora ele estava sentado no meu escritório... Sozinho. Puxe a sua merda, Andy. Foi a minha petulância que o trouxe aqui, em primeiro lugar, e teria de ser a minha petulância que teria o negócio feito. Eu não era um idiota arrogante por natureza, mas espero que eu pudesse ser pelos próximos vinte minutos mais ou menos.
—O que você vai dizer?— As sobrancelhas de Ellie se levantaram em conjunto com preocupação. Eu procurei em todo o bolso interior do meu paletó. Nada. —Droga.— Eu franzi os olhos com força e esfreguei com minhas
mãos
enquanto
eu
murmurei
sob
a
minha
respiração, —Devo ter deixado no meu carro. —Hã? —Meu telefone. Devo ter deixado no meu carro durante toda a noite. É por isso que eu perdi as suas chamadas. Eu estava preocupado com as crianças esta manhã e... —Eu balancei a cabeça e olhei para cima. —Deixa pra lá. Pode me emprestar o seu telefone por um minuto? —Meu telefone? Claro. —Ela empurrou o telefone em minhas mãos e começou a divagar. —O que você vai fazer? O que você vai dizer? Devo fazer alguma coisa? Talvez levar outro rolo de canela? Eu estendi minha mão para cima, a parando. —Relaxe, ok? Eu tenho isso. Parei quando cheguei à porta, respirei fundo e caminhei perfeitamente com o telefone de Ellie na minha orelha. —Sim, eu ouvi. Bem, entre eu e você, ele não é tão grande jogador de futebol em primeiro lugar. Eu não posso fazer
equipes
o
querer,
ele
tem
de
fazer.
—Rosnei
agressivamente no telefone. Vinnie Sotelo olhou para cima a partir da última edição da revista ESPN, que estava colocada na mesa de café na frente dele. Quando nossos olhos se encontraram, eu
balancei a cabeça e segurei um dedo para cima para que ele soubesse que eu estaria certo com ele, em seguida, joguei a minha bolsa na minha cadeira e virei-me para a janela do chão ao teto, atrás da minha mesa. —Eu entendo isso, mas a menos que ele vai mostrar algumas bolas no campo, eu não tenho certeza se posso continuar a representá-lo. Quero líderes nesta empresa. Homens e mulheres que dão cento e dez porcento a cada dia e possuem o que eles fazem. Quero bestas. Quero atletas de elite, e se ele vai ser uma grande buceta e não trabalhar como eu sei que ele pode, vamos terminar o relacionamento hoje. — Eu rodei de volta e tive um vislumbre rápido de Vinnie antes de olhar para a minha mesa. Ele ainda estava olhando para mim, ouvindo cada palavra. —Sim, eu ouço. Eu já disse o que eu tenho a dizer. Entregue essa mensagem para mim, e eu vou estar em contato no final desta semana. Eu tenho que ir. —Eu fingi que apertava um botão no telefone, suspirando quando eu o deixei cair na minha mesa. —Sinto muito sobre o atraso, Sr. Sotelo,— eu disse, confiante quando eu atravessei o meu escritório, estendendo a mão para ele. Ele se levantou e limpou as mãos na calça antes de apertar a minha mão. —Tudo bem. Parece que você já teve uma manhã louca? Apontando para trás em direção à minha mesa, eu levantei as minhas sobrancelhas para ele. —Oh aquilo? Nah, isso é apenas um negócio. —Fiz um gesto em direção ao sofá. —Por favor, sente-se. Posso arranjar-lhe alguma coisa?
—Oh,
não,
obrigado.—
Ele
balançou
a
cabeça,
enxugando as mãos na calça novamente. —Sua assistente, Ellen, acho que esse é o nome dela, já me atendeu.— Uma garrafa de água, uma garrafa de Gatorade, e um rolo de canela meio comido estavam na mesa de café ao lado da revista que estava lendo. Muito bem, Ellie. Sentei-me na cadeira em frente a ele e estudei seu rosto quando tomou outro gole de seu Gatorade. O suor tinha se reunido em seu lábio superior e testa, e eu podia ouvir o toque suave do seu pé contra a mesa de café. Ele estava nervoso. Eu tinha a vantagem antes das negociações nem sequer comecei, e não havia nenhuma maneira que eu estava perdendo agora. —Eu sei que nós dois somos homens ocupados, Sr. Sotelo, então vamos direto ao assunto. Você é um atleta muito procurado estes dias. Você viu a minha lista de cliente. Eu vi você jogar futebol. No papel, nós fazemos uma grande equipe. —Eu me inclinei para frente e apoiei os cotovelos sobre os joelhos, olhando-o diretamente nos olhos. —Já falamos no telefone, e você teve a chance de falar com o seu pessoal. O que eu preciso saber de você é que você está nisto para fazer um nome para si mesmo e para mim. Eu preciso saber que você está indo para manter a cabeça no jogo no campo e seu traseiro fora de problemas fora do campo. Em troca, eu vou te proteger como um leão, proteger seus filhos. Qualquer pessoa que mexer com você, mexe comigo.
Vinnie assentiu lentamente, levando tudo o que eu tinha acabado de dizer. —Em termos de dinheiro— eu continuei, enquanto eu estava em um rolo — nós já passamos por isso no telefone, e minha assistente enviou um e-mail, com uma cópia do nosso contrato da agência antes de você chegar, então não deve haver nenhuma surpresa. Minha taxa é três porcento de qualquer contrato de time que recebe e doze porcento de quaisquer acordos de endosso que eu negocie em seu nome. —Isso parece justo— ele respondeu quando um grande sorriso extravagante se espalhou pelo seu rosto. —Vamos fazer isso, cara. Estou pronto! —Ele bateu palmas em voz alta. Levantei-me e estendi minha mão para ele novamente. —Sr. Sotelo, você acaba de assinar com a melhor agência do mercado. Havia um sorriso pendurado em seu rosto quando ele assentiu. —Vou pedir para Ellie trazer o contrato aqui, e nós vamos passar por cima de mais algumas coisas antes de assinar, em seguida, estamos terminados. — Eu dei um tapinha no ombro enquanto eu passava, aliviado que não só tinha eu coberto a minha bunda, mas eu estava saindo da reunião com um cliente novo.
Uma hora mais tarde, eu andei até Vinnie para o elevador, dizendo adeus para o meu mais novo atleta estrela, e deixei meus ombros relaxarem, pela primeira vez desde que eu saí desse mesmo elevador um par de horas antes. Uma vez que as portas do elevador se fecharam, Ellie sentou-se na cadeira e sacudiu a cabeça, incrédula. —Como você fez aquilo? —Eu realmente não sei.— Eu corri as minhas mãos pelo meu cabelo e soltei um suspiro pesado. —Eu fingi estar no telefone com pessoas de outro cliente para intimidá-lo e, em seguida, basicamente, disse que ele estava assinando comigo. —Considerando como não estava feliz quando ele chegou aqui e descobriu que você não tinha chegado ainda, muito bem feito— ela felicitou, voltando a sua atenção para o computador. —Você tem mais duas reuniões esta tarde e dois contratos para olhar. A tensão acumulada no meu peito, trazendo junto com ela a dor maçante que eu estava sentindo durante meses, toda vez que eu me senti estressado com o trabalho. — Consegui. Obrigado, El. —Eu pisquei para ela e girei nos meus calcanhares, voltando ao meu escritório para enfrentar o que o dia tinha para mim. Quando eu empurrei minha porta do escritório e fechei atrás de mim, senti alguém forçando de volta aberta suavemente. —Desculpe.— Ellie sorriu para mim. —Mas eu posso pegar meu telefone de volta?
—Oh! Sim. Desculpe. —Eu andei, pegando o seu telefone da minha mesa e entregando a ela. Assim, quando eu colquei em sua mão, “Single Ladies” de Beyoncé soou alto e seu telefone se iluminou. Nós dois olhamos para o telefone brilhante, e ela riu. — Uau. Isso teria sido estranho se tivesse tocado enquanto Vinnie estava aqui, hein? —A risada dela ficou mais alta enquanto atravessava meu escritório. Pouco antes de fechar a porta atrás dela, ela gritou: —A propósito, você me deve um rolo de canela. Outra hora se passou e eu olhei em volta da minha mesa, sentindo como se eu estivesse esquecendo alguma coisa. De repente, lembrei-me que o meu celular ainda estava no meu carro. Eu estava pronto para uma pausa de qualquer maneira, então eu saí para agarrá-lo, tomando o meu tempo no caminho de volta para cima. Quando me inclinei contra a parede do elevador, eu olhei para a tela. Cinco chamadas não atendidas. Três mensagens de texto. Trinta e sete novos e-mails. Três das chamadas não atendidas eram de Ellie. As outras duas, e todos os três textos, eram de Brody Murphy, meu melhor amigo desde a faculdade e goleiro estrela do Minnesota Wild. Brody foi realmente à razão que eu decidi ir para a gestão esportiva em primeiro lugar. Era semana de penhor, ou a semana do inferno, como alguns chamam, e eu era um magro calouro, virgem, pesando 73 quilos em um bom dia. Como a maioria dos calouros, eu
queria fazer novos amigos e encontrar garotas quentes, então eu fiz o que cada calouro fez... Coloquei uma garrafa de colônia e fui direto para o corredor da fraternidade. A primeira semana foi tipicamente gasta indo de casa em casa, me encontrando como muitos rapazes e garotas, e como você poderia decidir qual fraternidade prometeria levar a sua vida para longe da faculdade. A primeira noite, a primeira casa que entrei, eu sabia que tinha que fazer a coisa legal e obter uma cerveja tão rápido quanto eu podia. Peguei um copo Solo vermelho3 da mesa e fiquei em fila para o barril. Outro cara se aproximou quando era a minha vez de cerveja. Pouco antes de eu estar prestes a segurar a minha chávena sob a coisa da torneira prata, eu puxei meu copo para trás e disse-lhe para ir em frente. —Não, tudo bem, você vai— insistiu, dando um pequeno passo para trás. —Não mesmo. Está bem. Ele olhou em volta para ver se alguém estava ao alcance da voz, então se inclinou para perto. —Primeiro de tudo, eu não sei como trabalhar essa merda, e segundo, eu odeio cerveja. Eu ri e me senti aliviado. —Eu não sei como trabalhar isso também. Colocamos nossos copos para trás e decidimos ir conferir a próxima casa juntos, e para a casa depois disso.
3
Até o final da semana, nós tínhamos visitado a cada única casa juntos e chegamos à mesma decisão: fraternidades eram estúpidas e nós não tinhamos interesse. Quando Brody e eu nos tornamos melhores amigos, ele compartilhou comigo seu sonho de jogar na NHL, e eu disse a ele que minha mãe estava me fazendo grande na contabilidade como meu pai. Eu era, um garoto nervoso, tenso, e Brody era exatamente o oposto, um cara despreocupado que constantemente me empurrava para fora da minha zona de conforto enquanto quase
me prendia pelo menos meia dúzia de vezes. Pelo
nosso primeiro ano nós compartilhamos um apartamento, um cão e um carro... e à decepção da minha mãe, que eu tinha mudado meu curso para gestão de esporte. Quase 15 anos mais tarde, apesar de nossas vidas caóticas nos impedirem de falar tão frequentemente como gostaríamos, ainda éramos melhores amigos. Eu voltei para o meu escritório, e logo que sentei o meu telefone começou a tocar no meu bolso. Passando para o quadro de Logan e Becca na tela, eu abri as minhas mensagens de texto. Mais uma de Brody...
B: O que há de novo? B: Hey. Estou falando com você. B: Pare de me ignorar, bundão. B: Sério. Tire o seu pau da sua mão e responda a um texto, obrigado sim?
Eu ri para mim mesmo e disquei o número dele, imaginando
de
que
maneira
eu
poderia
continuar
trabalhando enquanto falamos. Seu telefone tocou duas vezes antes
de
ouvir
a
resposta
da
voz
familiar.
—Jesus,
finalmente. Por que demorou tanto? —Desculpe, — eu disse sarcasticamente. —Algum de nós, tem que trabalhar para viver. Nem todos podem ficar deitados no sofá durante todo o verão assistindo a reprise de Seinfeld4. —Ei! Obtênha isso direito. Eu não assisto Seinfeld — se defendeu. —Por outro lado, eu já assisti os três episódios de Bubble Guppies5 esta manhã. —Soa emocionante— Eu provoquei secamente. —De qualquer forma, a razão que eu chamei a sua bunda mais e mais... É que estou indo para a cidade para um treino esta tarde, e eu não vi sua cara feia mais. Faça uma pausa e me encontre no The Penalty Box para almoço. Minha boca se encheu de água em sua menção ao The Penalty Box, o pub que Brody e Viper, nosso outro amigo, tinham em conjunto. Fechei os olhos e descansei a testa na palma da minha mão.
—Eu
gostaria
de
poder,
homem,
mas
estou
completamente inundado aqui. —Vamos! Não seja tão marica. Nós dois sabemos que você tem uma hora de sobra. —Sua voz sumiu, soando como se ele tivesse se afastado do telefone. —Grace, coloque isso
4 5
Série americana da NBC Programa de TV da emissora Nickelodeon
para baixo. Não bata em sua irmã, a menos que ela realmente mereça. —Grande parentelidade, Murphy. —Hey, essas meninas podem ser viciosas. Às vezes elas merecem. Agora, obtenha a sua bunda para cima e me encontre para o almoço. —É sério... Eu não posso — argumentei de volta. —Você é o único com tempo de sobra. Por que você não vem aqui em vez disso? Você pode falar enquanto eu trabalho. —Tempo de sobra?— Ele riu. —Eu tenho quatro filhas e você acha que eu tenho tempo de sobra? Você sabe como isso é desgastante? Eu me escondo no banheiro por uma hora por vezes, apenas para que eu possa me ouvir pensando. —Você é tão dramático. —E — continuou ele sem perder o ritmo, —por causa de todo o meu tempo falso no banheiro, Kacie está convencida que há algo de errado comigo, então ela marcou uma uma consulta com um gastroenterologista . Por esse ponto meus ombros estavam tremendo de tanto rir, e eu não podia responder. —E a pior parte... Na verdade, estou indo para a consulta! Eu me recompus apenas o suficiente para falar por um segundo. —Espere. Você está indo? Por quê? —Porque eu estou morrendo de medo da minha esposa. Se eu disser a ela que eu estou totalmente bem e eu apenas sento lá e jogo poker no meu telefone por uma hora, ela vai me matar. É apenas mais fácil ir ao médico.
—Sério?— Eu provoquei entre mais risos. —Quem é a buceta agora?
CAPÍTULO 3 Andy Um pouco mais tarde, eu estava olhando a minha tela de computador, forçando os olhos para ler a cópia final de um pequeno negócio para um jogador de futebol com cara de bebê de dezoito anos de idade, quando a porta do escritório se abriu e Brody veio delimitador através dele. —O que há, Shaw? —Ele cumprimentou com um grande sorriso no rosto. Se aproximou e colocou um saco de papel marrom na minha mesa, e em poucos segundos eu sabia exatamente o que estava nele. O cheiro de hambúrgueres grelhados gordurosos e cebolas grelhadas flutuavam pelo ar e em linha reta em minhas narinas, fazendo meu estômago roncar alto. —Você é incrível. Eu retiro tudo de ruim que eu disse a você. —Levantei-me e abri o saco, fechando os olhos e tendo um grande cheiro quando ficou mais forte. Brody congelou e ergueu as sobrancelhas. —Tudo? Joguei uma batata frita em minha boca e balancei a cabeça rapidamente. —Deixa pra lá. Eu retiro a minha oferta para ter de volta. Eu quis dizer cada coisa ruim que eu disse a você e sobre você. —Ah.— Ele assentiu. —Não é o Andy que eu conheço e amo.
Nós dois sentamos à mesa com os nossos recipientes de isopor, e antes mesmo de abrir, comecei a colocar comida na minha
boca
mais
rápido
do
que
deveria
ter
sido
humanamente possível. Brody assistiu com horror, os olhos correndo da minha comida para o meu rosto. —Que diabos está fazendo? Você não comeu nos últimos três meses? Meu Deus. —Desculpe — eu murmurei com a boca cheia de cheeseburger. Peguei um guardanapo do saco e limpei a minha boca. —Eu não estava brincando quando disse que não tenho qualquer tempo extra. Eu tenho que voltar ao trabalho. Ele tomou um gole rápido de sua limonada. —Por que você está tão ocupado? Muito recrutamento ou o quê? Dei de ombros. —Definitivamente recrutamento, mas também porque eu assinei alguns grandes negócios, atletas de todo o país começaram a chamar e perguntar sobre representação. Ele se recostou na cadeira e estufou o peito com orgulho. —Desculpe, eu sou tão incrível. Revirei os olhos. —Não foi apenas o seu contrato, seu bastardo arrogante. Foi uma combinação de vocês, Viper, e alguns outros. Cada vez que assinamos um daqueles negócios, o telefone tocou durante uma semana inteira. —Isso é uma coisa boa, certo? Ele perguntou com cautela. —É, mas...— Fiz uma pausa e respirei fundo. A partir do momento que eu decidi ir para gestão desportiva, isso era
exatamente onde eu queria estar: no banco do motorista de uma empresa bem sucedida, fazendo grandes negócios com os melhores atletas do país e as perspectivas da faculdade de topo... Eu só não previa manipular tudo isso ao mesmo tempo que ser pai solteiro. —Tem sido difícil para as crianças. Eu não estou em casa um monte. O rosto de Brody suavizou quando ele apertou os lábios e acenou com a cabeça lentamente. —Entendi. Você ainda tem Gloria, certo? —Sim, graças a Deus. Nós estariamos perdido sem ela. Mas, não é apenas a mesma coisa que ter o seu pai por perto, sabe? Ele balançou a cabeça novamente. —É ruim o suficiente que sua mãe não se importa o suficiente para estar envolvida em suas vidas, mas agora eu nunca estou lá, também. Algo tem que dar. —Eu defini o meu hambúrguer de volta no recipiente e empurrei-o para longe de mim, não estava mais com fome. —E se você contratar mais gente aqui?— Brody perguntou calmamente quando se inclinou para a frente e pegou as minhas batatas fritas. —Mais pessoas? Eu já tinha Ellie, a melhor assistente maldita ao redor, e Ethan, meu advogado contratado que
duplicou e triplicou
tudo para mim. —Sim, como um parceiro. Alguém para fazer parte do recrutamento e reunir-se com os atletas de menores renome.
Dessa forma, você pode concentrar-se nas estrelas, como eu, e passar um pouco mais tempo em casa com os seus filhos. —Hm... —Eu pensei sobre isso por um segundo. —Isso não é uma idéia totalmente horrível. —Claro que não, não é. Eu sou um gênio — ele regozijou-se, piscando para mim. —Eu tenho um escritório adicional do outro lado da mesa
de
Ellie
que
estamos
apenas
usando
como
armazenamento agora, mas eu poderia mover essa porcaria para algum outro lugar— pensei em voz alta enquanto eu balançava para frente e para trás em minha cadeira, contemplando os detalhes do cenário de Brody. —Pense nisso... você paga quem quer que seja um salário-base, mas eles conseguem manter um percentual para quaisquer acordos que eles façam, da maneira eles estão mais inclinados a trabalhar suas bundas para você. —Brody pulou de seu assento, com as mãos no alto. —Puta merda, isso realmente é uma ótima idéia. Talvez eu devesse parar de jogar hóquei e entrar em negócio em vez disso. Eu peguei uma batata frita e atirei nele. —Calma lá, garoto maravilha. Você teve uma boa ideia. Não vamos falar bobagem sobre parar de jogar hóquei, especialmente quando você está no escritório de seu agente. Você diz isso muito alto e todos os malditos jornais e revistas do país vão estar me chamando para um comentário. Eu definitivamente não tenho tempo para isso. Ele sentou-se. —É realmente algo para se pensar, no entanto.
—É— eu concordei, pronto para mudar de assunto antes que ele começasse a chamar outros agentes e criar reuniões para mim. —Então e vocês? O que está acontecendo em casa Murphy? Qualquer coisa excitante? —Na verdade, não.— Ele entrelaçou os dedos atrás da cabeça e relaxou em seu assento. —Estamos prontos para desfrutar de um agradável, verão tranquilo à beira do lago, fazer s'mores6 e ter algumas sonecas. É sobre isso. —Soa como um grande verão.— Eu suspirei, com um pouco de inveja do tempo de inatividade de Brody. —Você deve levar algum tempo fora e trazer as crianças até o lago para o fim de semana.— Brody inclinou-se para a frente com um brilho animado nos olhos. Eu tinha visto essa mesma cintilação muitas vezes, e normalmente significava que eu estava indo ter que preparar uma declaração. —Nós podemos cozinhar fora, nadar, relaxar, ter alguns fogos de artifício ilegais... seria divertido. —Isso faz uma boa diversão.— Inclinei a cabeça para o lado, considerando a sua oferta. —Eu preciso fazer o meu caminho até lá de qualquer maneira e confirir este castelo ridículo que eu continuo a ouvir sobre. Você colocou seriamente encanamento e eletrecidade em um teatro para suas filhas? —Claro que sim, eu fiz. Melhor decisão que já tomei, também. Eu não tinha ideia de quando eu fiz isso que teríamos mais duas meninas.
6
marshemelow
—Então, quando
o bebê número cinco está vindo,
afinal? Os olhos de Brody inchou, e ele estufou as bochechas fora. —Cara... Uau. Eu brincava com ela que estávamos indo continuar até que eu tivesse um filho, mas homem, quatro meninas é difícil! —Espere até que elas virem todas adolescentes. Aquela hora que você tem no banheiro agora vai parecer um sonho distante, quando você encontrar-se mijando naquele seu bonito
castelo,
porque
elas
monopolizaram
todos
os
banheiros. —Eu joguei a minha cabeça para trás e soltei uma gargalhada. Brody
sentou-se
conversamos.
Bem,
comigo eu
por
trabalhava
pouco e
ele
mais
e
nós
conversava,
principalmente sobre sua idéia incrível e que gênio ele era, mas a companhia era agrádavel. Além de falar com Ethan e Ellie sobre coisas relacionadas com o trabalho, passei muito tempo enfurnado no meu escritório sozinho Felizmente, aquela tarde passou rapidamente. Eu tinha mais duas reuniões que foram produtivas, mas rápidas. Ellie tinha de sair cedo para uma emergência familiar, mas Ethan e eu elaboramos um monte de trabalho que tinha empilhado em ambas as nossas mesas. Ele me trouxe mais três contratos que precisavam de minha assinatura, e assim quando eu tinha acabado de assinar o último, o meu celular vibrou e o rosto de Gloria apareceu na tela do meu texto.
G: Onde você está?
Eu: Ei! Eu ainda estou no trabalho, quase terminando. Onde você está? G: jogo de beisebol do Logan. Merda! Meu estômago caiu quando eu olhei para o canto da minha tela para o horário Seis cinqüenta e um. —Oh meu Deus— eu disse em voz alta quando eu franzi os meus olhos bem fechados, instantaneamente com raiva de mim mesmo. Como diabos eu poderia esquecer o jogo do Logan? Um jogo que era tão importante para ele que tinha começado a pensar nisso, às sete horas da manhã, mas eu não conseguia sequer lembra dele por algumas horas. Eu me senti como o pior pai de todos. —Tudo bem?— Perguntou Ethan, enfiando a cabeça no meu escritório enquanto ele passava. —Não— eu respondi sem olhar para ele. —Eu esqueci do jogo de beisebol do Logan. Ele realmente queria que eu fosse lá e eu esqueci. —Ouch. Meu telefone vibrou novamente.
G: Ele está lançando bem, mas está triste. Eu posso ver isso em seu rosto. Eu: Não posso acreditar que eu esqueci. Estou fechando e saindo agora. Eu estarei ai assim que eu puder.
—Eu tenho que ir,— eu disse a Ethan quando eu entreguei-lhe os contratos e desliguei meu computador. Ele acenou com a mão para mim. —Vá. Vá. Vou fechar e trancar tudo aqui em cima. —Obrigado.— Eu dei-lhe um sorriso tenso enquanto eu corria através dele para o elevador.
Quando eu puxei até o campo de futebol, felizmente, o jogo ainda estava acontecendo, mas eu notei imediatamente que a equipe de Logan estava no campo, e ele era o único que não estava. Minha cabeça caiu, e por causa da frustração comigo mesmo, eu bati contra o volante um par de vezes. —Você é um idiota— eu me repreendi em voz alta. Finalmente olhando para cima, notei que Gloria estava acenando para mim, então eu saí do carro e fiz o meu caminho através do campo. Logan e eu bloqueamos olhos quando cheguei mais perto de seu esconderijo subterrâneo, mas quando eu acenei para ele, ele olhou para mim e olhou para trás no campo. —Hey.— Eu não poderia mesmo reunir um sorriso falso quando cheguei a Gloria, e da forma verdadeira de Gloria, ela apertou os lábios e apenas balançou a cabeça. —Eu sei, eu sei— Eu comecei a me defender, mas parei. Eu nem sequer tinha uma desculpa. Becca correu e subiu em meus braços. —Ele está chateado. Muito chateado. —O tom de Gloria era afiado, crítico mesmo, enquanto olhava para o campo. — Ele foi para o banheiro a poucos minutos atrás, e eu tenho
certeza que não era para usar o banheiro. Suas bochechas estavam vermelhas e seus olhos estavam inchados quando ele saiu. Sem dizer nada, eu balancei a cabeça e apertei Becca forte. Surpreendido por quanto maior ela parecia, uma outra onda de tristeza tomou conta de mim. Eu não conseguia me lembrar da última vez que eu a peguei em meus braços assim. Os meus filhos estavam crescendo, e eu estava tão ocupado tentando proporcionar uma vida agradável para eles, que eu não tinha me incomodado para ser realmente uma parte de suas vidas. Quando a ultima sessão terminou eu permaneci em silêncio, balançando Becca em meus braços. Após o treinador levar os meninos à parte exterior do campo e dar-lhes seu discurso pós-jogo, todos eles empacotaram as suas coisas e saíram do esconderijo subterrâneo. Logan, movendo-se no ritmo de um caracol, guardou a luva dentro do saco de morcego com raiva. Seu treinador, que estava esperando por ele na entrada do esconderijo subterrâneo, percebeu e começou a caminhar em direção a ele. —Eu o peguei— eu gritei. Treinador Rogers concordou e deu um tapinha no ombro de Logan antes dele se virar e deixar o banco de reservas também. Eu coloquei Becca no chão. —Você vai levá-la para o carro? Nós estaremos lá em um minuto — eu disse a Gloria. Ela assentiu e pegou a mão de Becca, conduzindo-a em direção ao estacionamento.
Quando me virei de volta para o banco de reservas, Logan estava passando por mim. —Espere um minuto, campeão, eu quero falar com você.— Eu gentilmente agarrei seu ombro. —Não me toque— ele gritou quando arrancou seu ombro para longe de mim de forma dramática. —E não me chame de campeão. Como você saberia se eu fosse um campeão? Você não estava aqui! —Seus olhos se encheram de lágrimas e sua voz falhou quando ele gritou. —Eu sei que eu te decepcionei, amigo, e eu sinto muito. Meu trabalho... —Seu
trabalho
é
sempre
mais
importante—
ele
interrompeu. Incapaz de conter as lágrimas mais, ele as deixou derramar livremente de seus olhos. Vendo meu filho chorar por causa de algo que eu tinha feito, ou não tinha feito, me eviscerou. Envolvi meu braço em volta de sua cabeça e puxei-o com força contra o meu peito, meio esperando que ele resistisse, mas ele não o fez. Em vez disso, apenas descansou a cabeça contra mim, enfiou-se debaixo do braço, e soluçou. Engoli um enorme nó na garganta e esperei alguns minutos para ele colocar tudo para fora. Uma vez que os ombros pararam de tremer e eu o ouvi fungar, eu levei nós dois até a arquibancada. —Eu sinto muito, Logan. Eu não tenho nenhuma desculpa, eu esqueci. O trabalho tem a minha cabeça toda nebulosa e as coisas importantes estão deslizando através das rachaduras. —O nó na garganta que eu já tinha engolido
voltou, mas desta vez foi o dobro do tamanho. —Eu me sinto horrivel. Logan fungou novamente e acenou com a cabeça sem dizer nada enquanto limpava o nariz na manga. —Eu conversei com o tio Brody hoje, e ele teve uma grande idéia para trazer alguma ajuda. Alguém para me ajudar a fazer negócios e confirir algumas perspectivas da faculdade para que eu possa estar mais em casa. O que você acha disso? Ele levantou a cabeça e olhou diretamente para mim, piscando como seus cílios molhados grudados. —É sério? —É sério. Seus dois dentes da frente gigantes espiaram por entre os lábios e um pequeno sorriso seguiu. —Eu acho que seria incrível. —Eu acho que seria fantástico, também. — Eu devolvi o sorriso enquanto puxei-o com força contra mim. —O que acha de irmos para casa e pedir uma pizza? Talvez pegar um episódio da semana passada do American Guerreiro Ninja? —Isso parece divertido, mas Gloria fez um bolo de carne quando chegamos em casa do jardim zoológico.— Ele franziu o nariz para cima e mostrou a língua para fora quando ele fez um barulho de engasgos falso. —Bolo de carne?— Copiei a sua expressão. —Dificil! Aqui está o plano: quando chegarmos em casa, você a distraí em algum lugar longe da cozinha enquanto eu escondo o bolo e peço a pizza. —Taco de muçarela, também?— Ele sorriu.
—Duh.— Eu segurei a minha mão para ele... E dei um suspiro de alívio quando ele bateu de volta.
CAPÍTULO 4 Andy Duas semanas tinham se passado, e a palavra tinha sido lançada, eu ia arrumar outro agente. A resposta à notícia foi esmagadora, para dizer o mínimo. Estávamos recebendo tantos e-mails enviados para nós todos os dias, o nosso servidor quase caiu... duas vezes. A parte difícil foi eliminar os recém-formados que não tinham experiência, mas pensei que seria legal para pendurar com os atletas. Por causa do caos do material de trabalho e ainda se sentir culpado sobre o assunto com o Logan, embora eu não tivesse perdido um jogo desde aquela noite, eu decidi fugir do trabalho na sexta-feira e atender Brody em sua oferta para levar as crianças até o lago para o fim de semana. Foi uma hora e meia de movimentação rápida da nossa casa, Becca e Logan estavam além de animados de ver seus amigos. Enquanto eu estava ansioso para sair com os meus filhos, eu estaria mentindo se eu dissesse que não estava tão tonto para as refeições, as paletas de costelas caseira de Sophia, a sogra de Brody. Aquela mulher era uma força a ser reconhecida na cozinha, e felizmente para Brody, ela passou um monte dessas habilidades para a esposa de Brody, Kacie.
Nós chegamos à entrada da casa Brody e Kacie, e antes mesmo de eu colocar o carro no parque, as crianças estavam lutando para sair. —Uau! Uau! — Gritei, tentando não rir. —Vocês podem, por favor, esperar para abrir a porta até que eu pare o carro? Confie em mim, o ER7 não é um lugar divertido para passar um fim de semana. Eu estacionei o carro, e nosso fim de semana no lago começou oficialmente. Brody e Kacie tinham construído uma casa enorme para o seu pequeno exército-cor-de-rosa na mesma propriedade, mas cerca de cem metros de distância de Cranberry Inn, pousada e pequeno café de sua mãe. E quando eu digo que eles construíram uma casa enorme, quero dizer uma enorme casa.
Tinha
cinco
quartos,
cinco
banheiros,
uma
monstruosidade de aparência com um lago apenas para além do seu quintal enorme. As crianças e eu pegamos nossas malas do porta-malas e subimos os degraus de madeira, brancos para sua varanda. Eu levantei a minha mão para tocar a campainha, mas antes que pudesse apertar o botão, Becca abriu a porta e navegou para dentro como se fosse à dona do lugar. —Becca!— Eu chamei a partir da varanda. Kacie riu enquanto caminhava em direção à porta da frente, limpando as mãos num pano de prato. —Oh, vamos lá entre. — Ela acenou para mim. —A família não tem de tocar a
7
Pronto Socorro
campainha. Certo, baby? —Ela se abaixou e pegou Becca em seus braços. Becca colocou os braços e as pernas em volta de Kacie como um macaco aranha. Enquanto Logan passava correndo por elas para a parte traseira da casa, Emma, “a menina de quatro anos de Brody Kacie” começou a correr para a mãe, mas congelou quando me viu. — Olá. Adeus. —Ela riu quando desapareceu em direção à parte de trás da casa novamente. —Como vai você, menina bonita? Eu senti tanto a sua falta — Kacie disse quando deu em Becca um grande aperto. —Eu perdi outro dente!— Becca abriu a boca e apontou para o buraco de onde seu dente frontal superior costumava estar. As sobrancelhas de Kacie enrugaram quando ela ansiosamente espiou dentro da boca de Becca. —Uau! Olhe para isso! Será que o colocou sob seu travesseiro para a fada dos dentes? O rosto de Becca caiu. —Eu fiz, mas ela não veio. —Ela não fez?— Kacie prendeu o lábio inferior para fora e me lançou um olhar rápido. —Bem, ela fez, mas não até o dia seguinte. Meu dente caiu em um sábado, e papai disse que ela provavelmente não funciona nos fins de semana. —Oh, eu vejo.— Kacie apertou os lábios, tentando não rir. —Bem, seu pai provavelmente está certo. Mesmo as fadas precisam de um dia de folga aqui e ali, né?
Becca assentiu e mexeu para descer. Quando ela saiu correndo em direção ao som das outras crianças rindo, Kacie olhou para mim e balançou a cabeça. —O quê?— Eu dei de ombros inocentemente. —Ela provavelmente não funciona nos fins de semana? — Ela repetiu sarcasticamente, rindo quando veio e me deu um abraço e um beijo na bochecha. —O que eu deveria dizer a ela?— Abaixei-me e rapidamente a beijei de volta. —Que a fada do dente teve uma cerveja a mais e caiu assistindo Sports Center? Era mais fácil dizer que ela teve o fim de semana. Kacie revirou os olhos alegremente. —Homens. —O que sobre os homens? Você está falando sobre o quão incrível somos? —Brody estufou o peito quando desfilou para a sala, carregando sua filha Grace batendo palmas, em seus braços. Inclinando seu quadril para o lado e cruzando os braços sobre o peito, Kacie olhou para Brody. —Andy estava me contando como a fada dos dentes não é mais confiável na casa dele. —Na verdade, Becca estava dizendo a ela,— eu a corrigi com uma risada. —Ela me delatou. —Acontece com o melhor de nós,— Brody disse quando se aproximou e apertou a minha mão. —Fico feliz que você decidiu vir, irmão. —Eu também. Eu precisava de uma pausa do escritório. —Eu suspirei. —E a partir de vida em geral.
Brody apontou para a bolsa preta que estava pendurada no meu ombro. —O que é isso, então? Dei de ombros. —Eu trouxe um pouco de trabalho comigo apenas no caso, mas eu estou esperando por uma desculpa para não fazer isso. —Desculpa número um:. Traga seu traseiro no deck e me ajude a fazer o jantar na grelha— Brody riu quando entregou a criança com cabeça de cobre para Kacie. Grace, que não tinha tirado os seus olhos verdes de cima de mim desde que Brody a trouxe para a sala, franziu seu nariz pequeno quando ela sorriu e continuou batendo palmas. —Ela se parece com você, Kacie.— Eu estendi a mão e gentilmente esfreguei o rosto gordinho com o meu dedo. Kacie olhou para Grace. —Você acha? Às vezes acho que sim, em seguida, outras eu acho que ela se parece com Brody. —Ah, não, ela é bonita demais para parecer com Brody— Eu brinquei, rapidamente me preparando para o soco que vinha de Brody com o canto do meu olho. Pousou quadrado no meu braço com um baque.
Meia hora depois, Logan e Becca não perderam tempo de entrar no lago com Lucy e Piper, de dez anos de idade enteadas de Brody, enquanto Brody trabalhava sua magia na grelha e eu assistia.
—Eu não posso acreditar que você vive aqui— eu disse, incrédulo, balançando a cabeça enquanto eu olhava para o lago relaxante. Brody
olhou
para
mim
enquanto
ajustava
os
queimadores na grelha, em seguida, levantou-se e seguiu o meu olhar para a água. —É incrível, não é? Um pouco como voltar para casa no paraíso no final de um longo dia. —Ele colocou a mão no meu ombro e voltou a mexer com a temperatura na grelha. Virando a atenção da água para as duas dúzias de bolo de carne que estavam na grelha, eu puxei as minhas sobrancelhas apertadas. —Por que você está fazendo tantos hambúrgueres, afinal? Os pais de Kacie estão vindo para jantar, também? Só então, como se fosse um sinal, a porta deslizante abriu e Viper saiu para o convés, jogando as mãos no ar. — Eu estou aqui, cadelas! A festa pode começar oficialmente! Olhei para ele com uma expressão impassível no meu rosto. —Puta merda. Lá se vai o fim de semana. Brody soltou uma gargalhada. —Desculpe, eu não lhe disse. Nós não estávamos mesmo certos até a um par de horas atrás, que eles estavam vindo. Viper, cujo verdadeiro nome era Lawrence Finkle, não era apenas um cliente como Brody, mas também um dos meus bons amigos. Ele também era um pouco sobre o lado louco, como Brody, mas muito mais alto. Ele também tinha um dos maiores corações que qualquer um que eu conhecia.
Ele correu e me pegou em um abraço de urso, prendendo meus braços para os meus lados. —Você sabe que está animado para me ver, Shaw. Não tente escondê-lo. — Quando ele me colocou para baixo, plantou um beijo molhado na minha bochecha. Limpei meu rosto com as costas da minha mão e ri. — Eu sempre fico feliz em vê-lo, Viper, contanto que não é seja má notícia ou que esteja algemado. —Vocês já terminaram com isso?— Michelle, a mulher de Viper, brincou quando saiu para o convés. —Sério.— Viper deu um passo para trás, olhando para mim de brincadeira. —Eu não posso manter esse cara de cima de mim. Eu te disse, Andy, eu sou um homem casado e feliz agora. Você e eu não podemos mais! —Ele colocou o braço em volta dos ombros de Michelle quando se inclinou e beijou a testa de seu filho dormindo. Olhei para Brody e revirei os olhos. —Talvez eu vá me esconder no meu quarto e trabalhar todo fim de semana, depois de tudo. —Uh-uh!— Viper sacudiu a cabeça com veemência. — Não há absolutamente nenhuma palavra com tra... neste fim de semana. Se eu sentir que você mesmo pensa no trabalho, eu vou pegar seu rabo sobre meu ombro e jogá-lo no lago. Meus olhos dispararam a partir Viper para Brody, que apenas deu de ombros. —Ele provavelmente não está brincando. — Brody riu. —Uau! Há um monte de crianças aqui — Kacie exclamou quando saiu para o convés e olhou ao redor do
quintal. —Vamos ver... nossos quatro, três de Viper e Michelle, e dois de Andy... Uau! Esse é um fim de semana divertido. —Esta é a primeira vez que temos todos juntos?— Perguntou Michelle, balançando para frente e para trás suavemente. —Eu acho que sim. Definitivamente pela primeira vez desde que o pequeno gordinho nasceu. Aqui, a tia Kacie... — Ela se aproximou e pegou Michael dos braços de Michelle —Baby, ele estava dormindo— Brody reclamou. —E ele ainda está, querido.— Ela brincando mostrou a língua para ele. —Essa é a melhor coisa sobre os recémnascidos, eles são como pequenas bolsas. Você pode levá-los em qualquer lugar e fazer qualquer coisa com eles, e eles sempre dormem. —Abaixando-se, ela esfregou o nariz na bochecha rosa de Michael. —Ele tem dois meses de idade já. Não se parece como um recém-nascido para mim — disse Michelle, olhando para ele com tristeza enquanto ela alisava alguns cabelos loucos em sua cabeça. —Qualquer
coisa
que
não
trás
a
insolência
ou
reclamamação sobre a roupa que você escolheu para ela naquele dia parece como um recém-nascido para mim— Kacie brincou. Ela colocou o rosto perto dele novamente e respirou profundamente. —Além disso, ele ainda tem aquele cheiro fresco de fábrica. Eles poderiam engarrafar esse cheiro. É intoxicante.
—Uh-oh.— Eu ri, batendo Brody no ombro. —Ela tem aquele olhar em seu rosto, amigo. Melhor colocar uma adição nesta casa. A cabeça de Kacie veio acima, e seus olhos eram enormes. —Oh, de jeito nenhum! Ele é bonito e tudo, mas meu útero tem uma placa “sem vaga” pendurada vindo dele, e vai ficar lá por um tempo. Eu vou continuar pegando os bebês de outras pessoas por agora. —Bem, nós sabemos que eu não posso ter mais.— Michelle sacudiu a cabeça. —Parece que é a sua vez, Andy. Todos os olhos se voltaram para mim. Meus olhos se arregalaram enquanto eu olhava para eles, meus olhos se deslocam de cara a cara rapidamente. — Uh... —Eu gaguejei, pensando em como mudar de assunto. —Quem está pronto para comer?!
Depois do jantar e mais uma hora no lago, todas as crianças, exceto Michael e Grace tinham desmaiado no enorme porão de Brody e Kacie enquanto assistiam Frozen. Desci para verificar Becca e Logan, na ponta dos pés sobre os corpos deitados lado a lado no chão como sardinhas. Realmente era uma sensação incrível ter meus filhos dormindo no mesmo quarto com todas as crianças dos meus melhores amigos. Kacie estava sentada na sala de estar de frente com Michelle, que estava amamentando Michael, enquanto Brody
e Viper estavam na garagem jogando com o novo ATV do Brody. Sabendo o monte de trabalho que estaria esperando por mim na próxima semana, se eu, pelo menos, não espreitasse alguns dos currículos que havia entrado, decidi me arriscar com o aviso do Viper e pegar a minha bolsa de trabalho do quarto de hóspedes. Eu tinha passado por quatro currículos e fiz algumas anotações sobre eles antes que eu ouvi Viper abaixo —Que diabos você está fazendo? Olhei para cima a tempo de ver Brody esbofeteá-lo na parte de trás da cabeça. —Shhh! Viper se encolheu e sussurrou: — Desculpe. Esqueci há oito mil crianças aqui. —Eu
não
estou
trabalhando,
eu
estou
apenas...
olhando. Viper sentou-se à mesa da cozinha comigo enquanto Brody foi até a geladeira e pegou três cervejas, deslizando duas para mim e Viper quando ele teve a sua própria aberta. —Olhando, hein? Olhando para o que? —Viper estendeu a mão e agarrou um dos currículos. —Seth Tanner— leu em voz alta. —Formado em gestão desportiva na Universidade de Wisconsin-Madison. Tem três anos de experiência com brilho Esportes e quatro anos de experiência com GWA Sports Management Group. Gosta de longas caminhadas na praia, karaoke, e cunnilingus8.
8
estimulação nos genitais femininos usando a ligua ou lábios
Brody tentou cobrir sua boca quando tossiu, mas em vez disso pulverizou cerveja por entre os dedos, polvilhando em alguns dos papéis. —Você quer me dar?— Peguei o papel do Viper quando Brody, ainda no meio de um ataque de tosse, correu para a pia da cozinha para lavar as mãos. —Puta merda. Isso foi hilariante, —Brody gritou. —Mas eu não sei se eu deveria estar orgulhoso ou preocupado que você mesmo sabe o que a palavra cunnilingus realmente significa. —Saber o que isso significa?— Viper entrelaçou os dedos atrás da cabeça e sorriu. —Eu inventei a palavra maldita. Certo, querida? Ele gritou para a sala. —O quê?— Michelle chamou de volta, ignorante sobre o que estávamos falando. —Não
importa—
Viper
respondeu.
Ele
apoiou
os
cotovelos na mesa e olhou para a minha pilha de papéis novamente. —Que diabos é tudo isso, de qualquer maneira? Por que você está olhando para currículos? —Estou surpreso que Brody não lhe disse.— Olhei para a pia com o canto do meu olho. —Ele está tão malditamente orgulhoso de sua idéia, que ele traz isso a cada chance que recebe. Brody sentou-se à mesa e suspirou. —É porque eu sou um gênio maldito. Você devia estar me pagando por chegar com isso.
—De qualquer forma— Eu revirei os olhos e olhei para Viper —Eu estou trazendo outro agente para a empresa. Está apenas crescendo muito para eu lidar com tudo sozinho. As bochechas de Viper incharam, e ele apertou os lábios enquanto tentava conter o riso. —Isso é o que ele disse. Brody começou a rir com tanta força que sua cabeça caiu para a mesa e seus ombros tremeram. —Caralho. Eu só agora percebi que vocês dois são um casal de crianças de sete anos. —Eu suspirei ao mesmo tempo, tentando não rir. —Está bem, está bem. Eu vou falar sério desta vez, eu prometo. —Viper puxou o queixo como se para puxar seu rosto em linha reta. —Não faça da cabeça de Brody maior do que já é, mas eu realmente acho que é uma ótima idéia. Então você pode sair do escritório e ficar com alguém, quero dizer, passar mais tempo com seus filhos. Por
este
ponto,
Brody
estava
praticamente
hiperventilando do ajuste induzido pelo álcool de riso. —Transar seria fantástico meu sempre imaturo amigo com tesão, mas eu não sou realmente um cara de sexo casual, e eu quase não tenho tempo para passar com meus filhos, muito menos em encontros, então por enquanto o meu pau está crescendo teias de aranha, e isso é bom. Viper levantou as mãos para cima e para baixo no ar de forma rígida, como um robô. —EU. Não. Faço. Cálculos. Não. Tenho. Uma. Noite. Descanso. —Oh, feche.— Eu enrolei um guardanapo úmido e atirei para ele. —Você não teve uma noite de espera em um par de
anos. Agora você é um marido-chicoteado por uma buceta. — Eu apontei com o meu polegar sobre Brody. —Hey!— Brody fez uma careta, segurando as mãos para cima no ar defensivamente. —Eu não tenho aprovado bucetas, estou brincando. Eu sou
totalmente
chicoteado
por
uma
buceta.
—Viper
concordou com a cabeça. —O que posso dizer? Minha esposa tem uma buceta mágica que me fez esquecer todas as bucetas antes dela. Brody estendeu a mão e Viper tocou novamente quando eu me inclinei sobre a mesa e esfreguei os olhos com as palmas das mãos. —Podemos parar de falar sobre bucetas mágicas agora? —Por quê? Será que a palavra B... faz as suas teias de aranha se contorcer? —Viper brincou. —Ok, ok.— Brody pegou um guardanapo de papel branco em cima da mesa e acenou ao redor. —Suficiente. Sério, vamos ajudá-lo a olhar sobre alguns desses currículos. Você tem uma tonelada aqui para passar. —Eu sei.— Eu suspirei. —E eu gostaria de ter Ellie iniciando o agendamento de algumas entrevistas no próximo par de semanas. —Uau, você está se movendo rápido, hein?— Brody olhou para mim com um olhar preocupado no rosto. Eu balancei a cabeça. —Sim. Nós já estamos no meio de Junho. Eu gostaria de ter alguém dentro e salvar pelo menos um pouco do verão com os meus filhos.
—O que exatamente você está procurando? Perguntou Viper. —Você quer que ele já tenha um monte de experiência, ou você quer que ele seja fresco fora da faculdade para que possa treiná-lo? —Eu definitivamente quero alguém com experiência— eu respondi quando mudei os papéis ao redor, deslizando para um que me chamou a atenção — e se eles trouxerem alguns clientes com eles, isso seria um grande bônus. —Uau! Segure a porra do telefone. —Viper pegou um dos currículos e olhou para ele com os olhos arregalados, e com a boca aberta. Brody olhou para mim, mas eu estava tão confuso quanto ele. —O quê? — Ele perguntou a Viper. Viper deslizou seus olhos para mim. —Danicka Douglas enviou um currículo? —Ela fez?— Minhas sobrancelhas se ergueram no nome. —Aparentemente— disse Viper, entregando o papel para mim. —Como é que você não sabe disso? Danicka Douglas só tinha estado na indústria de gestão desportiva por um punhado de anos, mas já tinha feito um grande nome para si mesma. Não ela só tinha fechado alguns negócios assassinos em endosso que faria qualquer agente babar, mas ela conseguiu contratar alguns dos melhores atletas do país. Trevor Hutchins, top cornerback da NFL. Sam Bulgart, rusher principal da NFL. John Barker, jarro top-pago da MLB, que também passou a ter o menor ERA na Liga Nacional.
Cada uma dessas estrelas atletas estava em sua lista, e definitivamente levava as apostas um pouco mais altas para mim. —Ellie fez a impressão dos currículos e colocou em uma pasta quando eles vieram,— eu respondi, sem tirar os olhos do papel. —Eu não tive a oportunidade de olhar para muitos deles ainda. —Cara,
ela
seria
uma
parceira
incrível.
Sua
programação é bastante doente — disse Brody. Viper se aproximou e sussurrou: —Então é o seu corpo. Você a viu? Jesus. Ela não conseguiu o apelido Double D por nada. Ainda olhando para baixo em suas credenciais, eu fiz uma careta. —Eu não a vi em pessoa, mas eu vi fotos dela. Ela é bonita, sim, mas eu estou mais interessado na freguesia que ela vai trazer com ela. —Se você trazê-la para a empresa, eu estou despedindo você e mudando para o lado dela.— Viper brincou em um tom sujo. —Quem você está despedindo?— A voz de Michelle tocou para fora na cozinha, e Viper instantaneamente endireitou-se como um adolescente que só foi pego fumando um cigarro. Michelle foi até a mesa e sentou-se ao lado de Viper, inclinando-se para beijá-lo na bochecha. Apenas alguns segundos atrás dela estava Kacie, que estava sentada no colo de Brody. Viper engoliu em seco. —Onde está Michael?
—Dormindo na sala de estar.— Ela apontou para a porta que tinha acabado de passar. —Agora quem está despedindo quem? —Oh, nós estávamos apenas brincando.— Viper se encolheu em sua pergunta, mas foi a minha vez de rir. Eu sabia que ele estava tremendo por dentro, esperando que ela não tivesse nos ouvido falando. —O que é tudo isso? —Perguntou Kacie, inclinando-se sobre a mesa para um olhar mais atento. —Recomeços.— Eu suspirei, olhando para a grande pilha diante de nós. —Eu estou trazendo em um novo agente, e
estes
são
apenas
algumas
das
pessoas
que
se
candidataram. —Uau! Isso é impressionante que tantas pessoas querem trabalhar com você, Andy. —Kacie sorriu. —Obrigado, eu só estou esperando que eu possa encontrar alguém que eu posso tolerar a cada dia. Eu tenho feito isso por tanto tempo por mim, que o pensamento de entregar o controle me assusta. Michelle estendeu a mão e agarrou a folha de cima da pilha, seus olhos arremessando da esquerda para a direita, enquanto ela estudou. —Danicka Douglas. Oooh, uma mulher!
Não
há
também
muitos
agentes
desportivos
femininos lá fora, eu aposto. —Uau! Uma mulher em um mundo de homens. Ela deve ser foda. Ela é bonita? —Kacie perguntou inocentemente, olhando de mim para Viper para Brody. Todos os três de nós mantivemos nossos olhos grudados na mesa, recusando-se a
olhar para elas. —Oh, vamos lá!— Kacie riu. —Eu sou madura
o
suficiente
para
lidar
com
o
meu
marido
reconhecendo uma bela mulher. Não caia nisso, cara. Boca calada. Cabeça baixa. Sem contato visual. Como se ele lesse a minha mente, Brody olhou para baixo, nem mesmo tentando falar. Sendo o único homem na sala sem uma esposa, eu levei um para a equipe. —Hum, ela está bem, eu acho. —Oh, por favor. Vocês três são mentirosos terríveis. — Kacie revirou os olhos quando puxou o telefone do bolso e folheou algo na tela. —Eu vou procurá-la eu mesma.— Alguns segundos depois, a tela brilhava e seus olhos verdes se arregalaram. —Uau. —O quê?— Michelle pulou e correu ao redor da mesa, olhando por cima do ombro de Kacie. —Deixe-me ver.— Assim que Michelle olhou para a tela, seus olhos se arregalaram como Kacie fez. —Caralho. Ela não é bonita, ela é gostosa. Olhe para essa roupa. Aposto que ela tem um estilista. —Eu nem sequer notei a sua roupa, eu estava ocupada demais olhando para esse cabelo escuro, brilhante.— O polegar de Kacie continuamente bateu à esquerda, mudando a imagem. Em seguida, ela suspirou e olhou para Michelle. — Você sabe quem ela se parece? Mila Kunis! —Oh meu Deus, você está certa.— Michelle concordou.
Ambas
permaneceram
em
silêncio,
olhando
estupidamente para o telefone de Kacie quando ela virava de imagem a imagem. Finalmente Kacie colocou o telefone para baixo e bateu os lábios quando cruzou os braços sobre o peito. —OK. Esqueça. Eu não estou amadurecida. Você não pode contratá-la. —O quê?— Viper, Brody, e todos disseram em uníssono. —Eu sigo o que disse Kacie.— Michelle sacudiu a cabeça enquanto caminhava de volta ao redor para seu assento. —Ela é bonita demais. Desculpa. Nós realmente preferimos um homem de setenta anos de idade, que usa meias preta e sandálias. —Espere um minuto, espere um minuto.— Viper levantou a mão. —Andy é um homem saudável, solteiro de idade consentida. Não há absolutamente nenhuma razão para que vocês se oponham a ele contratá-la. —Hum... sim, não é — Michelle argumentou de volta quando apontou para trás de Brody e para Viper. —Vocês dois estupidos gastam metade do seu tempo livre indo para o escritório de Andy. Se ela for contratada, não haverá mais isso. Eu segurei as minhas mãos para cima defensivamente. —Não vamos tirá-los do meu escritório ainda, ok? Eu nem sequer a entrevistei, no entanto, muito menos tomei uma decisão sobre quem eu estou contratando. Equanto elas continuaram discutindo sobre os meninos não irem no meu escritório , decidi contratá-la, eu fiz uma
nota mental para fazer um corte de cabelo antes da entrevista, apenas no caso.
CAPÍTULO 5 Andy —Bom dia, Ellie! —Eu disse alegremente quando sai do elevador. Ellie suspirou e virou com a mão em seu peito. —Meu Deus. Você me assustou. Qual é o problema com você? — Ela disse, olhando para mim. —Não
há
nada
de
errado
comigo.
Eu
estava
simplesmente desejando a minha adorável assistente uma feliz segunda-feira. —Fui até lá e coloquei um copo do Starbucks para baixo em sua mesa. —Aqui, eu tenho um presente para você. Não é um rolo de canela, mas é um macchiato grande de caramelo com garoa extra, do jeito que você gosta. Ela olhou para o copo e puxou as sobrancelhas apertada. —Awww obrigada. Agora eu me sinto mal por xingar você na minha cabeça há alguns segundos. —Não se preocupe.— Eu ri, fazendo meu caminho para o escritório de Ethan. —Eu tenho certeza que vou te chatear em algum momento hoje, então vamos apenas colocar um crédito para o Andy imbecil. Ouvi-a rir enquanto eu dobrava a esquina no escritório de Ethan.
Ethan, que estava de costas para mim enquanto olhava para fora da janela, virou-se lentamente, olhando para mim com ceticismo e a sobrancelha levantada. —O que está errado? Eu estou demitido? Revirei os olhos. —Mesmo? Você acha que eu iria lhe trazer café se eu estivesse demitindo você? Ele olhou para o teto e inclinou a cabeça para trás e para frente. —Talvez? Eu segurei o copo Starbucks no ar. —Aqui está, Ethan. Você não está sendo demitido... hoje. —Eu coloquei o copo sobre a mesa e sai do seu escritório, sentindo os olhos na parte de trás da minha cabeça o tempo todo. Quando passei de volta pela mesa de Ellie no caminho para o meu escritório, ela estreitou os olhos para mim. —Por que você está em um bom humor hoje? —Hoje é Dia da Liberdade, El. As entrevistas começam, e eu posso ver uma pequena mancha de luz no fim de um longo e escuro túnel. —Eu pisquei para ela e fechei a porta do escritório. Jogando a minha bolsa no sofá enquanto eu passava, desfilei até a minha mesa com uma mola no meu passo. Realmente era um grande dia para a Gestão Shaw. Eu estava trabalhando
como
um
artista
solo
com
alguns
bons
dançarinos, mas era hora de formar um grupo. Um grupo real. O pensamento de ter alguém para se solidarizar com mais de um negócio perdido ou desabafar quando um jogador de futebol teve os seus pugilistas em uma bucha por que o Tonight Show não têm a cor certa do Gatorade que ele
solicitou, seria muito atraente. Enquanto Ellie e Ethan foram um
grande
sistema
de
apoio,
eles
simplesmente
não
conseguiam isso às vezes. Quando eu tirei a tampa do meu café para deixar sair um pouco do calor, meu telefone tocou. Eu tinha um texto de Brody.
B: Hey! Boa sorte em suas entrevistas hoje! Se elas não funcionarem com qualquer um deles, basta lembrar que você ainda me tem como um melhor amigo e que você é um vencedor de qualquer maneira. Deixei escapar uma risada rápida e revirei os olhos quando abri o meu computador para olhar sobre a agenda e e-mail que Ellie mandava na primeiras horas todas as manhãs. Meu dia estava cheio Mais do que cheio. As entrevistas começarão às oito horas e iriam a cada meia hora até as duas e meia da tarde. Meia hora? Porcaria. Isso não ia me permitir muito tempo para falar com cada pessoa. Peguei um bloco de notas e comecei a anotar algumas notas sobre cada agente potencial, as coisas que eu queria perguntar, perguntas sobre seus clientes atuais, esse tipo de coisa. Enquanto meus olhos digitalizavam para baixo na lista, eles congelaram na nomeação de duas horas. O último compromisso do dia. Danicka Douglas.
Minha mente imediatamente saltou para trás um par de semanas, sentado ao redor da mesa na casa do lago com Michelle e Kacie pirando sobre como ela era bonita. Sem pensar, eu digitei seu nome no Google. Em vez de ler os artigos sobre seus negócios, a maioria dos quais eu provavelmente já sabia, eu cliquei na guia de imagens. Dezenas de fotos encheram a tela, na maior parte dela em eventos com clientes. Eu cliquei no primeiro e me inclinei um pouco mais perto. Era uma foto dela no tapete vermelho com o braço enrolado em um bíceps gigante de Sam Bulgart em seu caminho para as ESPY Awards no ano passado. Eu estava lá, também, mas tenho certeza que não me lembrava de vê-la. Eu teria lembrado. Michelle e Kacie estavam certas; ela era... requintada. Cabelo escuro reto longo, e sua pele tinha uma tonalidade verde-oliva que brilhava como se ela vivesse na praia. Ela tinha enormes, belos olhos castanhos escuros. Eles foram a primeira coisa que notei sobre ela. O segundo foi os lábios, não muito fino e não muito gordo. Eles emolduravam seu incrível sorriso perfeitamente. Se a coisa de agente desportivo não funcionasse, ela tinha uma chance definitiva em comerciais de pasta de dentes. Eu poderia quebrar o gelo e dizer-lhe isso? Provavelmente não é uma grande idéia. Quando eu rolava para baixo da tela, estudando cada uma das suas imgens, meu celular tocou. Agarrei-o e atendi, encolhendo-me no último segundo, quando notei quem era.
—Shaw— eu respondi, rangendo os dentes quando eu me preparei. —Andrew, é Blaire. Um telefonema de minha ex-mulher não era a maneira que eu queria começar a minha manhã de segunda-feira. Ou em qualquer segunda-feira. Ou em qualquer manhã. Sempre. Oi, Satanás. —Oi, Blaire.— Eu tentei soar tão otimista quanto possível. —Como está... —O que é isso que estou ouvindo sobre você está contratando outro agente? —Ela interrompeu. —Uh, eu acredito que você só respondeu a sua própria pergunta. Estou
contratando outro agente. —Minha mente
começou a correr com as formas de desligar o telefone com ela. Um suspiro alto ecoou no meu ouvido. —Eu não tenho tempo para sarcasmo, Andrew. Eu acho que tenho o direito de saber o que está acontecendo com sua empresa. —Da última vez que verifiquei, Blaire, nos divorciamos. O que praticamente significa que você não tem o direito de saber
sobre
qualquer
coisa
mais
da
minha
vida,
especialmente o meu negócio. —Trinta segundos em uma conversa com ela e como de costume, eu estava me perguntando como conseguimos ficar casado por quase nove anos. —Você está certo, Andrew, estamos divorciados, mas eu tenho um pouco de participação no seu negócio, então
quando eu ouvir coisas que me preocupam, é claro que eu vou lhe perguntar sobre elas. —Por que diabos eu contrataria outro agente que te preocupasse?— Eu mordi de volta, de repente tão frustrado que eu estava pronto para virar a minha mesa. —Bem, eu estou supondo que significa que agora você vai estar compartilhando comissões, o que significa que você estará fazendo menos dinheiro, o que, obviamente me preocupa. Puta merda. Ela é inacreditável. —Sempre se resume a dinheiro com você, não é, Blaire?— O sangue compactou através das minhas veias como um motor a jato de um carro. Meu coração começou a bater mais rápido, e eu queria desesperadamente alcançar através do telefone e bater nela e suas prioridades fodidas. — Você liga... Você nem mesmo perguntou sobre as crianças ou como o verão está indo? Não. Você só quer ter certeza de que seus cheques de pensão alimentícia não vão encolher, porque eu estou contratatando alguém. Você é tão confusa. Silêncio. Uma pessoa normal pode supor que eu tivesse ferido os seus sentimentos com o que eu disse, mas para que isso seja verdade, seria preciso verificar se ela realmente tinha sentimentos em primeiro lugar. Eu conhecia Blaire. Eu sabia exatamente o que ela estava fazendo naquele segundo. Como um tornado assustador em Oklahoma em noite de verão, ela estava de volta edifícada, a pressão estava rodando e rodando em sua cabeça loira platinada, e ela estava prestes a explodir.
—Você está certo, eu preciso me certificar se os meus cheques não vai estar encolhendo!— Ela cuspiu, assim como eu
esperava.
—Eu
ganhei
cada
centavo
da
pequena
quantidade que você me da a cada mês depois de suportar você por todos esses anos.— Sua voz falhou enquanto ela falava... apenas mais um dos estratagemas de Blaire. —E meus filhos são especiais para mim. Por uma questão de fato, eu tenho todos os tipos de atividades divertidas programadas para este fim de semana. Você é o único que está confuso, Andrew. Clique. Se eu soubesse que ela ia ligar, eu poderia ter roteirizado exatamente como aquela conversa iria. Blaire encaixa. Eu defendo. Blaire encaixa novamente, fingindo estar ferida, em seguida, ela desliga ou vai embora antes que você possa responder. Ela sempre tem que ter a última palavra. Sempre. É assim que todas as minhas conversas com Blaire foram. Mesmo quando nos casamos. Suspirei e desliguei meu telefone antes de defini-lo para baixo, apenas no caso dela decidir que queria surtar sobre outra coisa e chamar de volta. Gloria tinha o meu número de celular, o número do escritório, a minha linha de escritório diretaI, tanto quanto Ellie. Se houvesse uma emergência, as pessoas importantes na minha vida sabiam como obter um pedaço de mim, e isso é tudo o que importava. Por tudo o que
importava, Blaire poderia gritar com meu correio de voz. Não seria a primeira vez. Quando me virei de volta para as minhas notas, meu telefone do escritório tocou. Estreitando os olhos, olhei para ele por uma fração de segundo, imaginando como diabos ela poderia ter conseguido meu número direto. Eu balancei o pensamento da minha cabeça e peguei o telefone. —Shaw. —Sr. Shaw, sua primeira consulta está aqui — disse Ellie no tom feliz, profissional que sempre usava quando havia um cliente no escritório. —Já?— Minha cabeça virou-se para o relógio de parede, e era dois minutos para oito horas. —Sim senhor. A sua segunda entrevista, também. —De jeito nenhum.— Entre as fotos de Danicka e a chamada de Blaire, eu tinha perdido a noção dos poucos minutos que eu tinha que fazer qualquer investigação real. — Ok, por hoje, especialmente, vamos manter a distribuição do café e verificar se a geladeira está abastecida com Gatorade. Talvez alguns lanches, também? —Já cuidei disso, Sr. Shaw. —Você é a melhor, El. Aguarde três minutos e envie para dentro, ok? —Sim senhor. Eu desliguei o telefone e corri para o banheiro para me dar um rápida olhada. —Você consegue fazer isso. Você está no controle. Eles não estariam aqui se não quisessem estar, —eu disse para mim mesmo no espelho enquanto eu ajustava a minha gravata.
Fechando a porta do banheiro atrás de mim, eu caminhei com confiança para a minha mesa, pronto para agitar algumas mãos e fazer algumas perguntas difíceis. Assim quando eu me sentei houve uma leve batida na porta. —Entre— eu gritei. E assim, estávamos fora.
—Eu sinto muito,— Marty Leonard pediu desculpas pela décima vez em dois minutos. Eu balancei a cabeça enquanto eu caminhava de volta ao elevador. —Eu sei que você sente. —Posso ter outra chance? —Ele pediu, com as mãos tremendo como adolescente a pedir uma menina para dançar no baile. —Não. —Mas... Eu só... Eu queria impressioná-lo — ele gaguejou quando entrou no elevador e girou para me encarar. —Eu sei que você fez, mas mentir durante uma entrevista? Não impressiona, Sr. Leonard. —Eu alcanço e aperto o botão da entrada desde que ele não estava fazendo nenhum movimento em direção a ele. —Especialmente quando você está se colocado sobre a representação de atletas que já são representadas pela pessoa que você está sendo entrevistado. Tenha um bom dia. —Antes que ele pudesse dizer outra palavra, o elevador se fechou e ele se foi.
Suspirei e corri as minhas mãos pelo meu cabelo, frustrado com os candidatos que já vieram através de meu escritório. —Essa foi uma breve entrevista.— Os olhos de Ellie se arregalaram quando ela se inclinou para frente, com os cotovelos sobre a mesa. Eu me virei para ela e olhei da esquerda para a direita, murmurando silenciosamente — Tem mais alguém aqui? Ela balançou a cabeça. Eu joguei minhas mãos no ar e comecei a andar. —Oh meu Deus, esse cara era um idiota! Nós nos sentamos, e eu perguntei-lhe o básico... quanto tempo ele tinha sido um agente, por que ele estava interessado em se juntar a minha empresa, o que os atletas que ele atualmente representa fazem... e você sabe que idiota realmente listou Justin Sutter como um dos atletas que ele representa? A boca de Ellie se abriu e seus olhos azuis se arregalaram com o choque. —Não ele não fez! —Ele fez! Eu não poderia fazer essa merda nem que eu tentasse, El. —Fui até a sala de espera e cai no sofá, sentindo-me completamente desanimado com a forma como eu tinha previsto que este dia estava indo,contra como ele estava indo. Justin Sutter foi o contundente, primeira base com a mão esquerda para o Chicago Cubs, e ele era representado por mim, não pelo idiota que só mentiu e tentou reclamá-lo como seu.
—O lado positivo é que agora você tem quinze minutos livres que você não estava planejando. Por que você não toma um lanche e faz uma pausa? —Sim, talvez.— Eu suspirei e olhei para o relógio. — Quantas entrevistas mais? —Apenas uma. Danicka Douglas. Bem, se ela acabasse por ser um fracasso como todos os outros, pelo menos, ela seria agradável ao olhar por uma meia hora. —Ok, deixe-me saber quando ela estiver aqui.— Eu me empurrei para fora do sofá e fui amuado ao meu escritório. Quinze minutos se passaram. Vinte minutos. Vinte e cinco minutos. Peguei o telefone do escritório e chamei Ellie. — Nenhuma palavra dela ainda? —Não. Ela está oficialmente com dez minutos de atraso, e eu não ouvi qualquer coisa. Quer que eu ligue? —Não, está tudo bem.— Eu desliguei o telefone e voltei a minha atenção para o meu computador. Ela poderia ter, pelo menos, avisado em vez de soprar-me. Totalmente não profissional. Dez minutos de um vídeo de recrutamento de um quarterback prospectivo a partir do Estado da Flórida, e o meu telefone do escritório tocou novamente. —Shaw,— eu respondi. —Sr. Shaw, Sra. Douglas está aqui. Você gostaria que eu mandasse entrar ou reagendasse?
—Oh, uh... —Eu gaguejei, surpreso que ela tinha aparecido depois de tudo. —Vá em frente e mande entrar. Eu levantei-me rapidamente e coloquei o meu paletó de volta, passando a mão pelo meu cabelo. Depois de alguns minutos sem bater à porta do meu escritório, eu andei mais para ver o que estava acontecendo. Danicka estava no telefone na sala de espera, de costas para mim. Seu pé batia contra o chão enquanto ouvia atentamente a tudo o que a pessoa do outro lado da linha estava dizendo. Eu não queria dizer nada e interrompê-la, mas eu deixei meus olhos viajar para cima e para baixo no comprimento do seu corpo rapidamente. —Certo. Bem, sente-se apertado. Tudo que podemos fazer agora é chamar o seu advogado e ver se podemos bloquear a câmera do painel de ser liberada, pelo menos por um tempo. —Ela se virou e me viu em pé na porta. Cobrindo o telefone com uma mão, ela enrugou as sobrancelhas juntas e sussurrou: —Vou estar em em dois segundos, eu sinto muito. Eu balancei a cabeça e voltei para a minha mesa, deixando a porta aberta para ela. —Ugh— ela suspirou profundamente enquanto vinha através da porta do meu escritório cerca de três minutos depois. —Estou tão terrivelmente triste sobre isso. Um dos meus clientes tem um DWI durante a noite, e eu tenho lidado com ele durante todo o dia, infelizmente. Deve ser uma coisa de agente fingir que você está no telefone para cobrir seu traseiro quando você está atrasado.
Pensei enquanto ela caminhava até a mesa e estendeu a mão. —Prazer em conhecê-lo, Sr. Shaw. Eu sou Danicka Douglas. —Prazer em conhecê-la, também, Sra. Douglas. Por favor, sente-se. —Fiz um gesto para o sofá e cadeira onde eu estava sentando com os outros agentes durante todo o dia. Tão profissional quanto eu tentei ser em todos os momentos, eu ainda era um macho de sangue quente, e eu não pude deixar de notar as pernas quando eu a segui até o sofá. Elas eram tonificadas e bronzeadas, e eu sabia que eu ia ter que me esforçar para não olhar para elas durante toda a entrevista. —Posso ter Ellie trazendo café ou uma garrafa de água?— —Não, eu estou bem.— Ela salvou-lhe a mão. — Obrigada mesmo assim. —OK. Então por que não começamos por dizer-me um pouco sobre si mesma? —Eu sentei na cadeira em frente a ela e defini o bloco de notas que eu estava fazendo anotações todos os dias no meu colo. —Bem.— Ela limpou a garganta e lançou um sorriso de um milhão de dólares. Era ainda mais bonita pessoalmente do que era online. —Eu me formei na Universidade de Illinois com uma licenciatura em gestão desportiva, obviamente, e trabalhei em Chicago com a Aliança Star Group por alguns anos antes de aceitar uma posição com a Gestão de Leighton e mudar-me para cá.
—Posso perguntar por que você está disposta a deixar a Gestão Leighton agora? Enquanto
pensava
sobre
como
responder
a
essa
pergunta, ela cruzou as pernas, e eu tive que me lembrar mais uma vez para não olhar para baixo. —É aí que minha vida fica um pouco complicada—, ela finalmente respondeu. Seu sorriso desapareceu quando ela mordeu o lábio nervosamente. —Eu tenho certeza que você já sabe disso, mas o grupo Leighton é dirigido por dois irmãos, Jack e John. Eu sempre me dei muito bem com os dois, até recentemente. —Enquanto ela falava, os olhos furaram em linha reta em mim. Eles eram tão escuros e intensos que eu estava tendo dificuldade de concentração. Eu tive que quebrar seu olhar por apenas um segundo, então eu virei para o lado e levei o punho à minha boca enquanto eu tossia falso. —Desculpe-me—, eu disse, voltando-me para ela. —Eu não sou uma idiota, Sr. Shaw.— Com essa frase, ela oficialmente tinha toda a minha atenção. Eu não tinha idéia de para onde estava indo em seguida. —Eu sei o que as pessoas dizem sobre mim. Eu vi os artigos da Internet e leio os comentários de linha. Eu sei que as pessoas me chamam de Double D e dizem todos os tipos de coisas sobre o que eles percebem que eu seja por causa da minha aparência e do que faço. Realmente não sei como responder a isso, eu apenas balanço a cabeça.
—Mas eles estão errados. Cerca de um mês ou mais atrás, eu tive um jogador de futebol ficando um pouco agressivo em meu escritório. Ele não me machucou nem nada, mas ele era muito intimidante na maneira como falava comigo e deixava-me saber o que ele achava que eu deveria fazer por ele. Isso não parece bem para mim. As pessoas podem dizer o que diabos eles quiserem sobre a minha aparência, mas eu levo a minha carreira a sério. Eu sei que ainda sou bastante nova para este negócio, mas eu tenho trabalhado duro para ter os clientes que eu tenho, e eu quero ser um grande nome um dia. Eu não vou chegar lá, deixando as pessoas me empurrarem ao redor, então ali mesmo no local, eu lhe disse que tinha acabado de representá-lo. Minha cabeça empurrou de volta em surpresa. —Uau. Boa jogada. —Sim, bem, os irmãos Leighton não pensam assim, particularmente John, não tão bem, me disse para chama-lo de volta e pedir desculpas. Eu disse a ele onde ele poderia enfiar esse pedido de desculpas, e desnecessário dizer, que a relação entre nós tem sido um pouco tensas desde então. — Ela se sentou de volta contra o sofá e cruzou os braços. Eu balancei a cabeça lentamente. —Uau! Isso é louco. Mas eu vou dizer isto: parabéns a você por colocar um fim a isso imediatamente. —Obrigada.— Um sorriso tímido se formou em seus lábios. —Então, de qualquer maneira, agora eu estou procurando uma nova casa. E... Eu tenho pelo menos cinco
atletas que eu tenho certeza que estão vindo comigo, possivelmente oito. —Isso é impressionante, com certeza. E um deles é o seu “cara da DWI?” —Eu ri, usando os dedos para fazer aspas no ar. Ela estreitou os olhos e inclinou a cabeça para o lado. — Eu não entendo. —Vamos.— Eu ri novamente. —Você estava atrasada e você fingiu um telefonema para sair disso. Todos nós fazemos isso, está tudo bem. Arqueando uma das sobrancelhas tão alto como eu nunca tinha visto, ela levantou a cabeça reta e passou a língua entre o lábio superior e dentes. Sem dizer uma palavra, ela puxou o telefone de sua bolsa e o colocou sobre a mesa de café entre nós. Ainda em silêncio, ela apertou um botão e olhou diretamente para mim. Após alguns segundos, o toque parou, e o som da voz de um homem encheu a sala. —Bob! —Bobby, é D. Eu estava no telefone com você a cerca de 15 minutos atrás?— Perguntou ela, sem tirar os olhos dos meus. —Hã? —Basta responder a pergunta. —Sim. —E o que foi que eu disse a você na chamada?— Ela perguntou-lhe num tom tão frio que eu tinha certeza de que ia começar a nevar no meu escritório.
—Você me disse para relaxar até que conversasse com meu advogado. Por que as perguntas estranhas? —Obrigada, Bobby. Eu te ligo mais tarde. —Engoli em seco quando ela apertou o botão para desconectar a chamada e deixou cair o telefone de volta em sua bolsa. Ela se levantou, girou por cima do ombro, e fez uma careta para mim. —Da próxima vez que você conduzir uma entrevista, Sr. Shaw, talvez chamar a pessoa que você está entrevistando de mentirosa não é o melhor caminho a tomar, se você realmente quer que eles considerem trabalhar para você. Com isso, ela se virou e saiu pela porta.
CAPÍTULO 6 Danicka —Filho da puta!— Deixei a minha bolsa no meu balcão da cozinha e suspirei. Eu tive quatro entrevistas nas últimas duas semanas, e nenhum delas tinha ido como eu estava antecipando. Pelo menos este último cara não bateu em mim como todos os outros, mas como maldito foi rude para assumir que eu estava mentindo apenas para cobrir pelo atraso. Pensar nisso estava me deixando louca tudo de novo, e eu precisava relaxar. Abri a geladeira e contornei o vinho para uma cerveja. Chutei meus sapatos, quase acertando o rosto de meu pobre cão enquanto ela dormia em cima do respiradouro, onde era legal. —Oops! Desculpe, Roxy, —eu disse em voz alta. Ela ainda não tinha notado o sapato, mas ela abriu um olho ao som de seu nome. Eu torci a tampa da minha cerveja com a minha mão quando o meu telefone tocou dentro da minha bolsa. —Olá? —Ei, desculpe eu perdi a sua chamada, babycake9. Está tudo bem? Se houvesse alguma coisa no mundo que iria me animar, era um telefonema da minha melhor amiga, Sadie. 9
bolos de bebê
Sadie James era a manteiga de amendoim para a minha geléia. Nós só tinhamos nos conhecido um par de anos atrás, em um casamento onde éramos damas de honra juntas, mas a
nossa
amizade
era
intensa,
e
nós
tínhamos
sido
inseparáveis desde aquela noite. Nós sabíamos tudo que havia para saber sobre a outra dentro de duas semanas, e em três
semanas
estávamos
discutindo
sexo
e
questões
femininas. Ela era recém-casada naquela época, e agora ela era mãe com uma filha de três meses de idade, Skyler. —Nada. Eu apenas tive o pior dia de merda, e eu queria conversar. —Eu coloquei a minha cerveja em uma montanha de almofada me sentei no meu sofá com um suspiro. Segundos depois que sentei, Roxy pulou no sofá e se enrolou em meu colo. Eu acariciei a sua pele suave quando ela lentamente fechou os olhos novamente. —Eu amo quando você me chama em seus dias ruins. Eles me ajudam a me lembrar que há vida real acontecendo lá fora em algum lugar. Eu ri com a sua resposta dramática. —Eu não estou brincando! Ela disse com uma risada. — Meus dias estão cheios de nada, mas bebê vomitando e eu pesquisando
para
ver
quais
as
cores
de
cocô
são
consideradas normais.— Ela suspirou. —Derrame. —Então você sabe que eu tive a entrevista de hoje em cima da Shaw Management... —Oh Deus. Será que você foi cantada novamente? Eu não disse para você começar a se vestir com um poncho para essas entrevistas?
—Quer calar a boca?— Eu ri novamente. —Não, eu não comecei a ser cantada, mas cheguei ao escritório, e Bobby Martin ligou. O idiota pegou um DWI esta manhã. Sentei-me no carro e falei com ele por um minuto, mas estava atrasada, então eu tinha que ir. Bem, quando cheguei lá, ele ligou novamente, porque ele é um bebê necessitado, e Andy Shaw, o cara fazendo a entrevista , ouviu parte da minha conversa. —E Andy é quente? —Sadie. Foco. Sim, mas foco. Assim, a entrevista estava indo muito bem, pensei, e, em seguida, o idiota teve a coragem de sugerir que eu tinha mentido e fingido estar no telefone para encobrir o atraso. —O quê? —Ela gritou ao telefone. —Quem ainda faz isso? —Eu sei, certo? Ele é um idiota. —Ele é um burro, mas pelo menos ele não tentou transar com você como os outros vermes.— Eu sabia que Sadie estava tentando me animar, mas eu ainda estava chateada. Eu precisava sair de perto dos irmãos Leighton, e o pensamento de ramificar e começar a minha própria empresa passou pela minha cabeça mais de uma vez, mas eu não tinha certeza se tinha a clientela para apoiar isso ainda. —Eu sei, Sadie, mas eu realmente queria isso.— Eu fixei o telefone entre o ouvido e o ombro e reajustei Roxy, puxando-a para perto de mim quando ela soltou um suspiro suave. —Sair desses outros escritórios foi um alívio, mas parecia diferente. Sua empresa está crescendo, também, e ele parecia ser apenas o ajuste perfeito.
—Sinto muito, querida. —Obrigada. Eu vou estar melhor amanhã. Hoje à noite eu acho que vou beber muitas cervejas e bater o feno10. Preciso ir trabalhar cedo amanhã para fazer algumas chamadas e enviar mais currículos. —Eu apoio plenamente a ideia de ficar bêbada. Tenha uma ou seis para mim enquanto você está nisso. A amamentação é grande e tudo, mas esta mãe não está pronta para uma noite fora. —Skyler resmungou ao fundo. Eu ri. —Você está pronta para uma noite fora. Você tem estado fora em tudo desde que você teve ela? —Pensando arduamente ao longo dos últimos três meses, eu não conseguia lembrar de um tempo que tinha saido, sem Skyler. —A menos que o supermercado conte, então não. —Ok, este fim de semana, você e eu. Entendeu? —Se não fosse segunda-feira e eu não tivesse que me levantar de manhã cedo, eu teria ido até a sua casa e a pegado no mesmo instante. —Sim. Eu estou totalmente dentro. Cem porcento. — Sua voz ficou com entusiasmo, e era compreensível o porquê. Skyler era adorável, e eu sabia que Sadie adorava ser mãe, mas eu não poderia imaginar não sair por três meses e ficar enfiada em casa assim. —Oito horas, na sexta à noite. Vou até mesmo dirigir de modo que você possa ficar tão perdida quanto você quiser, — eu ofereci com uma risada.
10
Expressão usada para dizer que vai dormir
Um suspiro feliz encheu a minha orelha. —Bomba 'n' despeje, baby! É por isso que eu te amo.
Na manhã seguinte, acordei cedo e me joguei o mais rápido que pude para tentar vencer todos os outros no escritório. Eu cautelosamente abri a porta para o nosso escritório e fiquei aliviada ao ver as luzes ainda apagadas. Desde o dia em que eu parei de representar Cole Woods, após o incidente em meu escritório, o ambiente de trabalho tinha mudado tão rapidamente e com tanta força que não era mais divertido. Eu amava o meu trabalho, mas estar nesse escritório fazia todos os músculos do meu corpo tenso. Eu abri a porta do meu escritório pequeno e coloquei o meu saco de almoço e bolsa na minha mesa, sem perder tempo enquanto eu ligava meu computador. Eu queria obter alguns currículos antes de um dos irmãos Leighton entrarem. Não era nenhum segredo que, trabalhar juntos estava ficando desconfortável, mas eu não quero que eles tenham qualquer pista que eu ia sair até que eu tivesse outro emprego já alinhado. —Você chegou cedo. Eu quase pulei da minha pele ao som da voz de Jack. Ele estava espreitando em volta da moldura da porta com um sorriso no rosto. —Ei. Sim, eu tinha alguns contratos para olhar, e desde que saí cedo ontem, eu pensei em começar cedo hoje. —Eu
apertei os lábios e dei-lhe um sorriso tenso, fingindo o melhor que pude. —Por falar nisso, como o seu pai está se sentindo? —Oh, ele está melhor. Muito melhor. Obrigada por perguntar. —Por um fugaz segundo eu me senti mal, por mentir sobre o meu pai para sair cedo para uma entrevista de emprego, mas meu pai foi quem me ensinou o que é um mundo cão comendo cão e que você tem que fazer o que tem que fazer para sobreviver. Eu inclinei meu queixo no meu punho, a minha atenção para o meu computador, esperando que ele fosse pegar a dica que eu estava ocupada e ir embora. —Eu estou realmente contente de ver você aqui sozinha, eu estava precisando perguntar uma coisa.— Ele deu um passo em meu escritório e encostou-se na moldura da porta, seu corpo grande ocupando toda a entrada. Jack estava apenas em seus quarenta e poucos anos, um par de anos mais novo que seu irmão, John, mas seu cabelo escuro já estava grisalho em volta de sua cabeça, e seus olhos sempre tiveram bolsa sob eles. Este trabalho definitivamente não era fácil. —Você teve a chance de pensar mais sobre o que John disse
para
você?
Sobre
chamar
Cole
Woods
e
pedir
desculpas? Tentar trazer de volta na sua lista? Sem olhar para cima do meu computador, eu respondi, —Você quer dizer que eu pense mais sobre permitir que um cliente me assedie sexualmente? Não, eu não. —Danicka.— Jack suspirou quando entrou no meu escritório e colocou-se na cadeira em frente a minha mesa. —
Não é sobre se permitir ser assediada, é sobre ser um jogador da equipe. Pisquei duro e deslizei os olhos do meu computador para ele. —E você acha que por ser um jogador da equipe significa que devo deixar um homem fazer observações constantes sobre meus seios e bunda? —Não, eu não acho nada disso.— Ele balançou a cabeça enquanto mentia através de seus dentes. —Mas Cole é um grande nome e um enorme contrato. John ligou para ele e tentou levá-lo com outro agente, mas ele só quer você. Ele foi inflexível. —Você percebe que, na verdade, torna pior, certo?— Eu estava sendo condescendente nesse ponto, mas eu não me importo mais. —Não é pior, é lisonjeiro. Revirei os olhos e voltei minha atenção para o meu computador. —Jack, eu não vou deixar um cara correr a boca e dizer coisas repugnantes para mim, para que vocês possam se sentir poderosos com ele sob o seu rótulo. Isso não está acontecendo, e eu não estou discutindo isso. Francamente, saber que você ainda estaria disposto a mantê-lo como um cliente depois desse dia é repulsivo. Tanto para ter o seu agente de volta hein? Jack fechou os olhos e esfregou o rosto com as mãos. — Tudo bem.— Ele se levantou rapidamente. —Eu não posso discutir sobre isso agora. É muito cedo. —Depois que ele saiu do meu escritório, eu andei e fechei a porta... Duro.
Em uma escala de um a dez, o meu nível de frustração estava em quarenta e nove. Eu estava com tanta raiva e mágoa que, em vez de me apoiar, como eles deveriam estar fazendo, eles estava me pedindo para perdoar basicamente o comportamento do idiota para que eles pudessem fazer um dinheirinho e manter um nome de alto perfil. Peguei meu telefone e mandei uma mensagem para Sadie. Sexta-feira... Coloque para oito horas. Comece as seis. Ela respondeu dentro de segundos. S: Uh oh. Ótimo amanhã já, né? O pior. Eu vou encher-lhe com mojitos de hortelã. S: Parece bom. Eu estarei pronta às cinco e meia, no caso.
CAPÍTULO 7 Andy A semana de trabalho chegou a um final decepcionante, com nenhum novo agente à vista. A maioria das entrevistas que
Ellie
tinha
montado
completamente
desmontou
e
enquanto currículos ainda estavam pingando, eu ainda tinha que ver um com qualquer promessa real. Não só eu estava mal-humorado sobre a longa, semana improdutiva, também era o fim de semana de Blaire com Logan e Becca, e aqueles dois teriam apenas feito tudo cem vezes melhor. Eu amava passar meus fins de semana com meus filhos. Eu trabalhava pra caramba durante toda a semana, sabendo que eles estariam lá nas noites de sexta-feira com os braços abertos, pipoca e um filme. Nada era melhor em limpar meu paladar de trabalho do que brincar com meus filhos... E pelas próximas quarenta e oito horas, eles tinham ido embora. Enquanto eu dirigia para casa do escritório, orando que eu chegasse lá a tempo de, pelo menos, dizer adeus a eles, meu celular tocou. Apertei o botão no meu volante. —Shaw. —Andy, Andy, Bo Bandy, Banana Fanna, Fo Fudy11...— A voz do Viper cantou.
11
Música Name Game, American Horror Story
—Santo inferno— eu o interrompi. —Eu vou pagar-lhe para nunca mais fazer isso de novo. Sua voz alta riu profundo enchendo os limites do meu carro. —O que está acontecendo?— Perguntei. —Cara. É sexta feira. O que está rolando? —Eu estou indo para casa do trabalho e mandando as crianças para a Blaire.— Só de dizer as palavras em voz alta fez meu peito doer. —Perfeito!— Viper regozijou-se. —Hã? —Justin Sutter está na cidade este fim de semana! Os Cubs estão jogando com os Twins, e ele está vindo para conhecer o novo bar. Você deveria vir! —De jeito nenhum. Os pequenos vão sair, estou ficando em casa e dormindo. —Eu me sentia mal-humorado e não gostava muito de sair de casa. —Diga a Justin que eu disse oi, no entanto. Viper suspirou. —Isso dói? Eu puxei minhas sobrancelhas apertada. —O que dói? —Quando cresceu uma buceta em você? —Víper... —Não, Viper sou eu, traga o seu trazeiro amor. Aqui... — Houve um ruído e vozes baixa ecoando, e depois Brody estava no telefone. —Que diabos você quer dizer com está indo dormir? Você
pode
dormir
quando
estiver
morto
—
Brody
argumentou. —Vá para casa, beije seus filhos em adeus,
jogue algumas roupas, e conduza como o inferno aqui. Você vai me agradecer amanhã, eu prometo. Viper estava no fundo, lançando todos os tipos de insultos para mim, e eu sabia que se eu não fosse por pelo menos uma hora, eles me ligariam a noite toda e me assediariam de qualquer maneira. Além disso, talvez a distração do bar ajudasse a manter a minha mente fora das crianças terem ido. —Tudo bem,— Eu suspirei. —Eu estarei lá em um tempo. —É melhor você estar— alertou. —Viper está muito animado sobre Justin estar vindo, assim a sua adrenalina estará fora das tabelas esta noite. Ele ameaçou que, se você não parecesse, ele vai fazer com que um incidente de nadar nu na Fonte de Buckingham em Chicago pareça como uma criança nadando em uma piscina infantil.
Eu entrei no Penalty Box pronto para ter a minha hora e ir para casa. Eu deveria ter conhecido melhor. O bar de Brody e Viper era o sonho molhado de um fã de esportes.
As
paredes
estavam
cobertas
de
camisas
emolduradas, basebol assinados, discos de hóquei vencedor do jogo, o nome dele... Cada esporte e dezenas de atletas eram
homenageados
naquele
lugar.
Vinte
e
sete
TVs
penduradas em todos os cantos do salão, mostrando todos os eventos desportivos que você poderia imaginar, exceto quando o Minnesota Wild estavam jogando. Quando Brody e
Viper estavam no gelo, cada TV no local mostrava o jogo, sem exceções. Quando olhei em direção ao bar através do mar de pessoas, um chocalho alto tocou, e a cabeça de Viper apareceu sobre a multidão. —Uh-oh! Olha quem está aqui! —Viper chamou em cima do bar, agitando o chocalho detestável enquanto apontava para mim. Várias pessoas se viraram e olharam quando eu levantei a minha mão no ar e acenei rapidamente antes de curvar a minha cabeça e fazer o meu caminho através da multidão. —Isso tem que ser algum tipo de violação de código de saúde— eu brinquei quando ele pulou de cima do bar e apertou a minha mão sobre o balcão. —Provavelmente.— Ele deu de ombros. —Mas quem dá a mínima? —O que se passa com o sinal em frente?— Perguntei em voz alta enquanto eu andava para o outro lado do enorme, bar em forma de U e pegava o meu lugar no meu banco habitual. Um sorriso diabólico no rosto de Viper apareceu como um incêndio. —Você gosta disso? —O que você fez?— Brody perguntou quando se aproximou, levantando a sobrancelha para Viper. —Nada.— Ele sorriu e deu de ombros novamente. —Eu apenas pensei que eu iria apimentar o novo quadro negro, colocando o cavalete que Kacie comprou para fora da porta da frente.
Os olhos de Brody dispararam de Viper para mim e de volta para Viper em tempo recorde. —Apimentar? —Aqui, eu tirei uma foto.— Eu ri quando peguei meu telefone do meu bolso. Levando-o em direção Brody, eu assisti as sobrancelhas se reunirem enquanto ele lia o sinal em frente.
—Sério?—
Brody
suspirou,
balançando
a
cabeça
enquanto olhava para o meu telefone. —Olha.— Viper apontou para a tela por trás do ombro de Brody. —Eu mesmo desenhei uma nuvem de chuva e um raio. Coma seu coração, Picasso! —Ele se afastou e sorriu com orgulho. Brody sacudiu a cabeça para trás e para a frente lentamente, ainda olhando para a tela. —Eu não sei se eu deveria chutar o seu traseiro por escrevê-lo em primeiro lugar ou me orgulhar que você escreveu tudo certo. —Hey.— Ele ergueu as mãos inocentemente, palmas para cima. —Só porque somos todos homens casados agora não significa que outras pessoas têm de se comportar. Este lugar está cheio de pessoas dispostas a passar uma gloriosa, noite de bebedeira e fodendo cérebros de um estranho só para não ter que falar com eles novamente. —Vamos apenas esperar que não comecem essa noite muito cedo,— Brody disse enquanto seus olhos percorreram
o bar cheio de gente. —Precisamos deles para beber todo o nosso álcool em primeiro lugar. Eu realmente gostaria de manter este lugar fora do vermelho. —Você é tão preocupado!— Viper lhe deu um soco no braço. Brody olhou para ele. —E você não é o suficiente preocupado. —Ok, ok.— Eu ri, olhando para os dois saindo como um velho casal. —Se vocês dois vão ficar aqui e ter uma briga de amante bem na minha frente, pode um de vocês me dar uma cerveja primeiro? Os olhos de Viper voou para Brody. —Por que diabos estamos mesmo de volta aqui de qualquer maneira? Temos uma equipe para isso. —Sim, saia daqui— Savannah, uma das principais bartender, disse quando deu um sorriso brincalhão e empurrou-os para fora do bar. —Vocês vão se sentar em sua cabine, e eu vou trazer cerveja— acrescentou com uma piscadela. Brody e Viper ansiosamente seguiram as ordens, e nós três caminhamos para a cabine reservada no extremo canto traseiro que mais ninguém era autorizado a sentar-se. A grande cabine estava por si só, e havia uma área em volta dela que estava delimitado para que ninguém pudesse se aproximar. Quando Brody e eu deslizamos para o banco vermelho escuro, Viper franziu a testa, olhando para nós dois. —Vocês estão com fome?
—Morrendo
de
fome—
eu
respondi
de
volta
imediatamente. —Doce!— Ele bateu palmas em voz alta. —Vou pedir a Ruth para nos trazer duas pizzas de abacaxi e bacon. —Duas?— Brody questionou. —Sim, uma para mim e uma para vocês.— Em um movimento rápido, ele enfiou a ponta do dedo na boca, em seguida, no ouvido de Brody antes de correr para a cozinha. —Ele é louco, você sabe disso?— Eu disse enquanto Brody se encolhia e empurrava um guardanapo em seu ouvido. —E nojento— acrescentou. Depois que ele terminou de limpar o ouvido, abriu um amendoim da cesta sobre a mesa. —Ele realmente é uma loucura, mas homem, ele traz as multidões. Tivemos de ter a segurança aqui pelos primeiros par de meses. Sem exageros, mas a segurança real. —Ele colocou o amendoim em sua boca. —Agora temos uma grande placa na porta da frente que diz que clientes do bar não estão autorizados a abordar quaisquer atletas para autógrafos ou fotos. Olhando ao redor da sala lotada, eu disse: — Eu acho que quando você possui um lugar como este, a popularidade é um bom problema para se ter, certo? —É.— Brody seguiu o meu olhar para a multidão. —Nós temos tido muita sorte até agora. Savannah se aproximou e colocou as três cervejas de em cima da mesa.
—Obrigado,— Brody disse antes que ela se afastasse. — Então, qual o seu negócio esta noite, afinal? Por que você não queria sair? Trouxe uma das cervejas para mim e eu encolhi os ombros. —Eu não sei. Alguma vez você ja teve esse humor onde você prefere ficar em casa sozinho e de mau humor? Brody olhou para mim com um olhar vazio. —Acho que não.— Eu levantei o copo aos lábios e tomei um grande gole da cerveja gelada. —Eu só tive uma longa, semana de baixa qualidade no trabalho, e é o fim de semana de Blaire com as crianças... —Ahhh— ele me interrompeu enquanto assentiu —Aí está. —Hã, o que é? —Seus filhos se foram. Você está sempre com um humor de merda, quando as crianças vão para Blaire. Toda a vez. —Não, eu não estou.— eu menti, balançando a cabeça. —Sim. Você está. — Sem tirar os olhos de mim, ele levantou sua cerveja e tomou um longo gole. —E isso não é uma coisa ruim—, continuou ele, enxugando o lábio superior com a manga. —Você é o melhor pai que eu conheço, Andy, e não há nada de errado com sentir falta de seus filhos. Especialmente quando você sabe que eles estão no covil do dragão. Isso é um lugar malditamemte assustador para qualquer criança. Merda, para qualquer adulto. Eu levantei meu copo no ar. —Eu vou beber a isso.
Brody fechou os lábios em um sorriso apertado, e nós tocamos os copos. —Esta é a mesa das crianças legais? — Uma voz potente e profunda chamou. Brody e eu olhamos para cima quando Justin Sutter foi até nossa mesa. —Lá
está
ele!—
Brody
gritou,
pulando
para
cumprimentar nosso amigo. —Que é isso, companheiro?— Justin passou os braços em torno de Brody. —Muito tempo sem ver!— Brody abraçou-o de volta. —E esse cara.— Justin olhou para mim. —Achei que você sumiu da face da terra. Onde diabos você estava? Eu só falei com você através de e-mail estes dias... ou por assistente. Você está começando a me dar um complexo. —Sinto muito, cara.— Eu apertei a sua mão, um sentimento deflacionado que eu ia deixar outro cliente, mas o mais importante um amigo, para baixo. —A vida tem sido tão extremamente caótica; na maioria dos dias que
eu nem
sequer me lembro do meu próprio nome. Justin levantou as mãos, me parando. —Não se desculpe. Eu entendo totalmente. Eu estava apenas dandolhe uma merda. —Savannah, podemos pegar outra cerveja aqui, por favor?— Brody chamou para o bar antes que ele fizesse um gesto em direção à cabine. —Aqui, vamos sentar. —Este é um inferno de uma caverna de homem que você tem aqui—, Justin disse, incrédulo, enquanto verificava com olhos arregalados para todas as recordações dos esportes
legais que cobriam as paredes. —E este é, obviamente, o melhor.— Ele acenou acima da cabine onde estávamos sentados. Na parede havia um lugar emoldurado com um letreiro em baixo dele que dizia CABEÇA DA NOSSA TABELA MIKE ASHER #88. Mike também tinha sido um membro do wild com Brody e Viper. Ele faleceu um par de anos mais cedo após um acidente no hóquei uma aberração que envolveu Viper. —Obrigado.— Brody ergueu o queixo orgulhosamente. —Estamos felizes com a forma como tudo veio junto. —E Viper ainda está indo bem?— Justin perguntou com cuidado, olhando para trás e para a frente, de mim para Brody. —Nós costumavamos falar sobre isso, mas não tanto recentemente. Eu fiquei quieto e deixei a resposta para Brody, desde que ele era muito mais próximo de Viper do que eu. Brody inclinou a cabeça para trás e para frente. —Ele tem seus dias. Se você perguntar a ele, ele vai dizer que está bem, mas eu sei que há momentos em que a culpa ainda o possui por um dia ou assim. Tanto a culpa pelo acidente e por acabar com a viúva de Mike. Justin olhou para a mesa e assentiu. —Eu tenho certeza que ele faz. —Mas tudo acontece da maneira que deveria, certo?— Acrescentou Brody. —Com certeza.— Justin concordou.
—E eu estou feliz que você foi capaz de vir conferir o nosso lugar enquanto está na cidade — Brody mudou de assunto. Savannah veio, colocou uma cerveja na frente de Justin, e foi de volta para o bar. —Eu também— ele respondeu. Seus olhos estavam olhando para o copo, mas sua mente parecia em algum lugar distante, e eu tinha certeza que eu sabia direito onde estava. —As coisas têm sido caótica para mim também, mas um tipo diferente de caótico. Aprender a viver tudo de novo. Eu vi como Brody estendeu a mão e bateu no ombro de Justin. —De qualquer forma—. Justin limpou a garganta e voltou à vida, olhando para nós com olhos avermelhados. — Aqui estou, e você está aqui, e esta cerveja precisa ser bebida. —Isso é o que eu gosto de ouvir!— Viper deixou escapar quando ele voltou da cozinha, pegando o comentário cerveja de
Justin.
Justin
levantou-se
e
eles
se
abraçaram,
balançando para frente e para trás. Um silêncio confortável pairava sobre a mesa, quando todos nós pensamos sobre como nossas vidas mudaram nos últimos anos, cada um de nós atirando em direções muito diferentes. Viper e Justin tinham definitivamente sido ligados ao longo do último ano. A tristeza tinha uma maneira de fazer isso com as pessoas. Após Viper e Justin sentar-se, Brody levou o copo para cima e sorriu melancolicamente. —Para meus irmãos. Eu balancei a cabeça uma vez e levantei o copo para o meio, com Viper e Justin seguindo. Estávamos todos em
silêncio por um segundo, apenas para o silêncio ser quebrado pela risada de Justin. —Enquanto nós deveríamos estar celebrando o fato de que há uma mulher neste planeta disposta a colocar-se com a merda do Viper para sempre, agora estamos simplesmente celebrando... a vida... e como maldito rápido ele pôde ser roubado de nós. O tilintar os nossos copos era como uma arma para a linha de partida, e só assim, a nossa noite decolou.
CAPÍTULO 8 Danicka —Merda!— Sadie gritou quando ela agarrou meu braço, quase me puxando para baixo até a calçada. Eu olhei para baixo em direção a seus pés. —Que diabos você está fazendo? Ela pulou em um pé, ainda apertando o meu ombro por estabilidade. —Meu pé maldito continua escorregando para fora do meu sapato estúpido. Saltos não são feitos para pessoas bêbadas — ela arrastava, rindo histericamente para si mesma. Revirando os olhos, eu estava grata que estávamos no nosso caminho de volta para o carro. —Vamos, senhora louca. Vamos levá-la para casa e cama. —Eu não vou dormir. Ela balançou a cabeça e bateu os cilios para mim. —Eu estou indo para montar Corey e fazer de Skyler uma irmã mais velha. —Oh garota, você pode querer repensar isso quando estiver sóbria.— Eu ri, enganchando meu braço com os dela para que ela não tropeçasse nos próprios pés... novamente. —Ooooh, olhe para aquele sinal bonito.— Sadie piscou os olhos quando chegamos mais perto do cavalete com o quadro-negro. —Oh meu Deus.— Ela jogou a cabeça para
trás e riu muito mais difícil do que a piada da previsão no cavalete de chamada. —Temos de parar aqui, isso é hilário. —Nós não podemos?— Eu gemia, pedindo-lhe com os meus olhos. —Este lugar é de propriedade de um casal de atletas, e é como torcer para o time errado. Eu não posso, em sã consciência, colocar o pé naquela porta. —Tudo
bem.—
Ela
puxou
o
braço
para
longe
dramaticamente, agitando-o no ar. —Então você pode ficar aqui fora com os outros desmancha prazeres, mas eu vou verificar este lugar. Divirta-se, Debbie Downer. —Ela jogou o cabelo loiro por cima do ombro e enfiou o nariz no ar enquanto rebolava por mim para a porta, mas em vez de parecer legal, ela tropeçou no primeiro passo. Antes que eu pudesse fazer um movimento em direção a ela, ela se recuperou e se inclinou contra a parede de tijolos, rindo quando apontou para o chão. —Woo! Se você decidir entrar, veja
o
primeiro
passo.
Ele
é
um
pequeno
bastardo
complicado. O alto rugido de risos e vozes encheram a rua tranquila quando ela abriu a porta. Inclinei-me para a direita apenas um pouco, puxando o sinal de estacionamento na garagem na próxima quadra em foco. Droga. Tão perto. Deixei escapar um suspiro pesado e segui para o bar. —Sadie!— Gritei, tecendo meu caminho através do mar grosso de pessoas. Ótimo. Dois pés da porta, e eu já a perdi. —Sadie!— Eu gritei mais alto.
—Dani!— Segui o som do meu nome para Sadie, que estava me acenando para uma mesa no pub no canto esquerdo. Eu só podia ver o topo de sua cabeça e seu braço acenando freneticamente. —Por aqui! Eu gentilmente empurrei e empurrei meu caminho até ela, onde estava profusamente agradecendo os três caras que estavam apenas se levantanado. Eles pararam e olharam para mim quando eu fiz o meu caminho em volta da mesa. Balancei a cabeça educadamente quando passei por eles. —Talvez devêssemos ficar depois de tudo e sair com essas duas senhoras,— o cara bêbado número um gritou em voz alta, inclinando-se perto do cara bêbado número dois. —Eu estava pensando a mesma coisa,— o cara bêbado número três brincou. —Estas duas gatas fizeram essa noite inteira muito mais interessante.— Ele colocou o telefone de volta na mesa e sorriu para mim. Eu assisti com um olhar vazio enquanto ele balançava as sobrancelhas para cima e para baixo. Meus olhos deslizaram para o seu. —Bem, uma das gatas é casada, e a outra estaria mais animada em raspar a goma do fundo desta mesa do que sair com você para a noite. —Oooooh,— o cara bêbado número um e o cara bêbado número dois gritaram com desprezo ao seu companheiro arrogante. O indivíduo bêbedo número três abriu a boca para responder, e eu prendi o dedo para cima perto de seus lábios. —Não faça isso. Apenas saia com o pouco de dignidade que lhe resta. Confie em mim.
Sadie começou a rir descontroladamente atrás de mim, com soluços esporádicos misturados. —Vamos.— O cara bêbado número dois puxou a manga do cara bebado número três. —Ela não é vale a pena. O indivíduo bêbado número três hesitou, olhando para mim. —Ele está certo.— Eu dei de ombros. —Eu não valho a pena. Nem um pouco. —Com isso eu acenei meu braço no ar para chamar a atenção de uma garçonete nas proximidades. —O que você quer beber?— Perguntei a Sadie, na esperança meio que ela me dissesse que tinha mudado de idéia e estava pronta para ir para casa. Com o canto do meu olho, eu vi os três patetas bebados virarem e irem em direção a porta da frente. Graças a Deus. —Ooooh, eu vou de uma vodka e cranberry.— Sadie piscou para mim meia dúzia de vezes, tentando focar os olhos. Eu ri com a minha detestável, mas adorável melhor amiga. —Tem certeza que pode lidar com outra? —Mm-hmm.— Ela apertou os lábios e sorriu enquanto lutava para manter os olhos abertos. —Eu não bebi
em
meses. Eu preciso construir a minha tolerância de novo. —Ok.— Eu levantei na ponta dos pés, acenando para a garçonete novamente. —Merda.— Eu abaixei meu braço. — Ela não pode me ver. — Eu vou até o bar buscar as nossas bebidas. Não deixe esta mesa ou alguém vai pega-la, entende?
Sadie assentiu. —Repita o que eu disse. —Você disse para não deixar a mesa. Eu tenho isso, mãe! — Ela repetiu sarcasticamente, segurando-se na mesa para a estabilidade. Suspirei e corri entre a multidão, tecendo dentro e fora o mais rápido que pude para que eu pudesse voltar para a mesa antes que ela desmaiasse. Enquanto eu estava no bar, esperando a bartender me notar, encontrei-me perdida
em
todas
as
coisas
na
parede.
Meus
olhos
dispararam de quadro a quadro, caso a caso, apertando os olhos para ver o que estava em cada um. Era um sonho que se tornou realidade. Eu queria viver lá. Quando eu continuei a digitalização, o meu olhar se desviou para cabine atrás do bar... e eu congelei. Sentado à mesa no canto mais distante estava Andy Shaw, o agente que tinha me entrevistado no início da semana. Apertei os meus olhos e olhei para longe o mais rápido que pude, mas eu permaneci o tempo suficiente para ver que ele estava sentado com Brody Murphy, —Oh meu Deus— eu murmurei sob a minha respiração enquanto eu puxei a minha mão sobre os olhos. Eu silenciosamente pedi a bartender e me virei para que eu pudesse voltar para o caminho da minha mesa do outro lado do bar, longe deles. Com alguma sorte, ele não tinha me notado, e eu poderia falar com Sadie para terminar a bebida e sair. —Ei, querida, o que posso fazer por você?— A ruiva borbulhante com o bonito anel de diamante no nariz me
perguntou quando arrastou um vidro ao longo da pilha de gelo. Primeiro de tudo, nunca me chame de querida novamente. Vamos começar com isso. Inclinei-me e falei em voz alta. —Posso ter uma vodka com cranberry e uma Coca-Cola Diet?— Enquanto estava de frente para ela, eu roubei um olhar rápido pela cabine de Andy, usando a cabeça como um escudo. Os três rapazes ainda estavam tagarelando a distância, mas os olhos de Andy estavam fixos em mim. Merda! —Ok, vindo direto.— A bartender sorriu. Quando ela se virou para fazer as bebidas, eu estendi a mão e gentilmente peguei o seu pulso. —Desculpe, minha amiga não está se sentindo bem, e eu não quero deixá-la sozinha. Qualquer chance da garçonete nos trazer para a mesa no canto lá de trás? —Eu apontei. —Claro,
não
há
problema—
ela
concordou
agradavelmente. —Muito obrigada!— Voltei seu sorriso e me afastei do bar, correndo de volta para a nossa mesa. Quando eu emergi da multidão como um bebê recémnascido lutando pela vida, encontrei exatamente o que eu estava
esperando
não
encontrar...
uma
mesa
vazia.
Felizmente, ninguém tinha tomado isso, mas provavelmente porque esse louca bêbada, cheia de leite materno deixou ambas as nossas bolsas colocadas em cima dela. Suspirei e olhei ao redor, estreitando os olhos para a multidão enquanto
eu olhava para a parte superior do top-rosa. O pânico se construiu dentro de mim. Sadie estava bêbada, muito bêbada, e se a bolsa estava na mesa, muito provavelmente seu telefone estava naquela mesa, então eu não tinha como até mesmo entrar em contato com ela. —Cranberry vodka e uma Coca-Cola Diet?— Uma voz profunda disse atrás de mim quase que imediatamente. Eu me virei para Andy, que estava atrás de mim com um grande sorriso no rosto e uma bebida em cada mão. —Hey.— Eu tentei parecer alegre, não como ele estava, obviamente, a última pessoa no planeta que eu queria ver naquele momento. Ele colocou as bebidas na mesa, mas não deixou que eu ficasse esperando. Tentando dar-lhe um toque sutil, eu virei de costas para ele e voltei a tentar encontrar Sadie. —Eu vi você no bar e disse a Savannah que eu ia trazêlas para você. Estou surpreso, mas muito feliz em vê-la aqui — ele gritou. Grata que eu estava de costas para que ele não me visse revirar os olhos, eu virei a minha cabeça ligeiramente em direção a ele. —Eu duvido disso. —Não, é sério—, ele voltou novamente. —Eu me sinto terrível sobre o outro dia. Sobre te chamar de mentirosa... e principalmente sobre deixá-la sair do meu escritório sem uma oferta de emprego. Agora ele tinha a minha atenção. —O quê? — Perguntei, girando em torno. Eu não tinha a intenção de me deixar soar tão animada como eu tive.
—Você foi, de longe, a melhor entrevista que eu tive toda a semana. Eu fui um idiota por deixá-la ir. —Estava tão alto o barulho no bar que ele teve que se inclinar perto do meu ouvido para que eu pudesse ouvi-lo. Seu hálito quente soprou contra o meu pescoço, enviando arrepios até os meus dedos dos pés e de volta para cima novamente. Suas palavras estavam também arrastada, não tão mau como Sadie, mas o suficiente para eu perceber, então eu estava reservada na minha emoção de onde a conversa poderia ser dirigida. —Sim? Bem, isso foi sua culpa por me chamar de mentirosa, —Eu bati de volta desafiadoramente. —Eu sei, e eu me sinto mal por isso.— Toda vez que ele falava, mudava-se para mais perto e mais perto, a tal ponto que seus lábios estavam praticamente roçando a minha orelha. Dei um passo para a frente, em parte para me aproximar da multidão e procurar Sadie, e em parte porque eu precisava de distância de Andy. De repente, sua mão estava enrolada no meu braço, logo acima do meu cotovelo. —Por que você não está me ouvindo? —Ele perguntou com uma careta. —Eu estou procurando a minha amiga Sadie. Ela está realmente bêbada, e não tenho idéia de onde ela foi. —eu disse, dando mais um passo para que ele soltasse o meu braço. —Quando foi a última vez que a viu? Virei-me a direita para
responder a ele sem perceber
que ele tinha dado um passo mais perto de mim. Nossos narizes praticamente bateram. —Desculpe,— eu me desculpei
sem jeito quando eu dei mais um passo para trás, tentando acalmar meu coração acelerado. —Uh... ela estava aqui quando eu fui para o bar, pedir as nossas bebidas. Quando voltei, ela tinha ido embora. —Qual é o nome dela? Sadie? Sadie o quê? —Sadie James— eu respondi sem virar a cabeça novamente. —Ela acabou de ter um bebê, e não teve uma bebida em um tempo. Ela pode ficar um pouco... louca... as vezes. —Espera aí, eu já volto.— Ele apertou meu braço novamente e desapareceu na multidão grossa. Dentro de um minuto, um sino começou a tocar alto, silenciando a multidão quando todos seguiram o som em direção ao bar. Aproveitando a oportunidade enquanto a multidão parou de se mover e dançar, dei um passo para cima do degrau da cadeira para tentar obter uma melhor visão das pessoas. Foi quando notei Viper em pé em cima do bar, com um cowbell12. —Yo! Cale a boca! — Ele gritou sobre as poucas pessoas que ainda estavam falando. —Eu preciso que Sadie James e Danicka Douglas venham para a cabine com a corda atrás do bar. —Eu sou Danicka Douglas,— uma loira desagradável com peitos falsos chamou na frente da multidão quando deu um passo em direção ao bar.
12
alto falante
—Desculpe, querida. Nem em seu melhor dia — Viper brincou alto, batendo as mãos com outros clientes quando ele pulou fora do bar. Um minuto depois, eu pisei fora da cadeira quando Andy emergiu da multidão novamente. —Top rosa brilhante? Ele perguntou, inclinando-se perto novamente. Eu balancei a cabeça como uma boneca bobblehead animada. —Sim, é ela. —Nós a encontramos, venha comigo.— Ele estendeu a mão e pegou a minha mão, puxando-me atrás dele. —Segure-se.— Eu me afastei, lembrando da minha bolsa e de Sadie que ainda estava colocada em cima da mesa. Peguei as bolsas e me virei para Andy, que estendeu a mão novamente. Eu coloquei a minha de volta na dele e o deixei me levar pelo mar de pessoas. Andy nos colocou no meio da multidão, mantendo a mão para baixo, então eu estava escondida em bem atrás dele. Enquanto a multidão começava a sair, olhei em volta do ombro de Andy e vi Sadie sentada na cabine com os outros caras. Eu deixei o lado de Andy e corri em volta dele. —Onde diabos você estava?— Eu deixei escapar quando cheguei na mesa. —Desculpe!— Ela riu. —Eu fui para o banheiro e, em seguida, acabei dançando com um grupo de meninas que estava se divertindo no caminho de volta. —Eu lhe disse para não sair da mesa. Nossas bolsas estavam colocadas a céu aberto.
—Desculpe,— ela se desculpou novamente com um soluço. —Brody, Viper, Justin-— Andy fez um gesto para seus amigos na mesa. —Este é Danicka Douglas, minha nova agente. —Ei, ei!— Virei-me. —Nós não concordamos em nada ainda. E uma coisa de cada vez. —Eu me virei para trás e segurei a minha mão, me apresentando e apertando as mãos dos caras um por um. Todos eles foram muito simpáticos, embora um pouco bêbados, mas calorosos em seus alos. Sadie sentou ao lado de Justin, piscando como um filhote de cachorro sonolento enquanto ela balançava para trás e para frente. —Você está bem?— Brody perguntou nervosamente. Ele estava, provavelmente com medo que ela fosse vomitar toda a sua mesa. Eu também estava. Seus olhos se abriram, e ela sorriu tão grande que eu tinha certeza de que suas bochechas iam doer no dia seguinte. —Sim! Perfeita. Os olhos de Viper passaram de Brody para Sadie. Ele levantou-se e desapareceu na cozinha, retornando quase imediatamente com um prato com pedaços de pão de alho quente. —Aqui, coma alguns deles. —Oooh, yum!— Os olhos de Sadie se iluminaram, e ela lambeu os lábios. Viper sentou-se ao lado de Brody e olhou quando ela agarrou um pão da pilha, empurrando em sua boca.
—Para baixo, garoto,— Brody brincou com ele, batendo o braço para chamar a sua atenção. —Você está casado agora, lembra? Viper sacudiu a cabeça. —Eu não estava olhando para ela. Eu estava olhando para o pedaço de pão. —Com isso, ele agarrou um da pilha, devorando metade dele em uma mordida. Quando Sadie e Viper começaram a falar sobre os seus filhos, que eram quase exatamente da mesma idade, Andy se inclinou do meu lado esquerdo. —Podemos sair, onde está quieto e falar por um minuto? Olhei dele para Sadie e de volta. —Hum... Ele se inclinou para frente, procurando por mim. —Ela está bem. Viper, Brody, e Justin podem ficar com ela. Preciso falar com você a sós por um minuto. Por favor? Eu não sei se era seus olhos azuis de cachorrinho ou o cheiro inebriante de sua colônia, mas concordei. —Eu já volto, ok?— Eu disse no ouvido de Sadie. Ela me deu um rápido sinal de positivo antes de retornar a sua emocionante conversa de fralda-assadura- e creme com Viper. O ar de verão do Minnesota aqueceu meu rosto quando saimos. Andy caminhou até um banco de ferro preto, forjado perto da rua e acenou para eu segui-lo. —Ouça.— Ele suspirou quando nos sentamos. —Eu quis dizer isso quando disse que eu realmente sinto muito sobre o que eu disse na entrevista no outro dia. A verdade é que eu sou um idiota que usei essa mesma tática que eu
tinha a acusado a apenas algumas semanas antes, quando eu
estava
atrasado
para
uma
entrevista.
Consciência
culpada, eu acho. —Ele deu de ombros. —Obrigada por isso— eu disse com um sorriso apertado. Seu
pedido
de
desculpas
parecia
sincero,
e
foi
necessário para eu relaxar e tomar uma respiração profunda quando me inclinei para trás contra o banco. Ele levantou a perna para cima no banco entre nós quando se virou para mim. —Eu também quis dizer o que eu disse sobre você ser a melhor entrevista que eu tive toda a semana. A maioria dos caras que vieram eram piadas, outros tinham elencos completos de clientes que eu nunca tinha sequer ouvido falar. Você era de longe a mais talentosa e o que eu quero. Meu estômago virou. Eu queria tanto naquele momento para jogar a bunda bêbada de Sadie na parte de trás do meu carro e ir direto para o meu escritório para empacota-lo. Quando eu ouvi através do agente de esport que a Administração Shaw estava se expandindo e assumindo um novo agente, pela primeira vez, eu não poderia obter o meu currículo enviado rápido o suficiente. Sua empresa era prestigiada e poderosa, exatamente o tipo de empresa que eu queria para mudar a minha carreira. —Agradeço o elogio, o Sr. Shaw—Pare— ele interrompeu, segurando a sua mão quando sacudiu a cabeça. —Se isso vai mesmo ter a chance de trabalhar bem, você tem que me chamar de Andy, ok?
Baixei os olhos para o meu colo, incapaz de conter o meu sorriso grande —Obrigada. —Bom.— Ele concordou, espelhando o meu sorriso. — Não vamos estragar isso com um monte de besteira técnica, não há tempo de sobra para isso. Quando você pode começar?
CAPÍTULO 9 Andy O som do toque da campainha ecoou pela minha casa quieta e vazia. Eu coloquei o controle remoto para baixo e caminhei em direção a minha porta da frente, acenando quando o rosto de Justin veio à tona. Nós realmente não tínhamos tido a chance de converar no bar barulhento, então eu disse-lhe para vir um pouco antes de os Cubs voltarem para Chicago. —O que foi?— Eu estendi minha mão. —Você veio cedo. Ele riu e apertou a minha mão de volta. —Eu sei. Recebemos um telefonema que mudou o nosso voo, então eu tenho que estar no aeroporto em poucas horas. —Venha, você está com fome? —Não, obrigado.— Ele deu de ombros. —Eu peguei alguma coisa no hotel. Eu estou bem. Nós caminhamos através da casa até a cozinha, onde ele puxou um banquinho e sentou-se à ilha. Eu abri a geladeira e me virei para ele. —Gatorade, água ou cerveja? —Uh... água está bom. Obrigado. Eu peguei duas garrafas da geladeira e despejei um saco de pretzels em uma tigela antes de me juntar a ele na ilha. — Estou feliz que você parou por aqui, homem. Tem sido um tempo desde que tivemos tempo para conversar.
—Sim, eu sei.— Ele enfiou a mão na tigela e pegou um pretzel. —Você tem essa coisa de pai solteiro acontecendo agora. Como é trabalhar fora? —Bom.— Eu assenti. —Eu acho que tenho tudo sob controle para a maior parte. É difícil, porém, tentar conciliar a empresa e as crianças por mim mesmo. Graças a Deus tenho Gloria aqui para ajudar, ou eu estaria totalmente perdido. —Nah.— Ele acenou com a mão para mim. —Você é um bom pai. Você iria descobrir isso. Como vão as crianças, afinal? Com a coisa toda do divórcio? —Elas parecem estar bem— respondi, quebrando o selo da minha garrafa de água. —Eu me sinto mal dizendo isso, mas gostaria que eles não tivessem que ver Blaire em tudo. Cada vez que voltam de sua casa, estão ambos malhumorados e chateados com o mundo. Ele olhou para mim debaixo de seu boné de beisebol, puxando as sobrancelhas, juntas. —Por que isso? Dei de ombros. —Eu gostaria de saber. Pergunto-lhes como seu fim de semana foi e tento levá-los a falar comigo sobre isso, mas eles estão tão fechados. Eles não falam sobre ela, nunca. Às vezes eu acho que eles não dizem nada porque não há nada a dizer. Eles assistem um monte de televisão lá enquanto Blaire faz sua própria coisa como ela sempre fez. —Isso é terrível.— Justin balançou a cabeça. —Eu não sabia que ela ainda estava assim. Eu pensei que ela ticesse mudado de repente.
—Ela nem sempre foi tão ruim, mas ela sempre foi egoísta. —Caramba. Quanto tempo você ficou casado? —Nove anos. Ele ergueu as sobrancelhas e sacudiu a cabeça de novo quando olhou para a tigela de pretzels. —Uau. Aguentar isso por nove anos. —É, mas felizmente está acabado agora e eu só lido com ela algumas vezes por mês. —É difícil fazer tudo sozinho, eu aposto. —Muito.
Felizmente,
Gloria
faz
todas
as
minhas
compras de supermercado e coisas ao redor da casa, ou eu literalmente teria que encontrar uma maneira de parar de dormir —, eu brinquei. —Por falar nisso.— Justin endireitou-se e inclinou-se para trás para olhar pelo corredor em direção ao quarto de Gloria. —Ela está aqui? —Não. Ela tem a maioria dos fins de semana fora, a menos que tenha algo que eu realmente precise dela, então ela normalmente fica na casa de seu namorado nos fins de semana. —Eu estou orgulhoso de você.— Justin virou e me olhou direto nos olhos, falando em um tom baixo, humilde. — Equilibrando tudo isso além de sua empresa não pode ser fácil. —Obrigado, irmão. Não é, mas essas crianças significam tudo para mim, então eu vou fazer o que tenho que fazer para tornar as suas vidas tão boa quanto possível, sabe?
Justin puxou o lábio inferior um pouco e assentiu com a cabeça sem dizer nada. —Além disso,— eu continuei, —Eu já contratei um novo agente para ajudar, o que definitivamente deve aliviar um pouco do estresse no trabalho para que eu possa estar em casa mais vezes. —Oh, isso é certo!— Seus olhos se iluminaram. —Você contratou Danicka Douglas ontem à noite, certo?— Ele balançou as sobrancelhas para cima e para baixo. —Sim, ela, e antes que você diga, não, eu não a contratei porque ela é quente. —Mas ela é quente. —Bem, obviamente, mas esse não é o ponto. Justin riu e bateu a palma da mão na ilha de brincadeira — Bem, não todo ponto, mas eu só estou dizendo que, se eu estivesse indo para ficar preso em um escritório durante todo o dia com alguém, ela não é uma má escolha. —Você age como se eu nunca tivesse trabalhado com uma mulher antes. Ellie está comigo por alguns anos agora, e eu consegui deixá-la sem querer transar com ela. —Eu vi Ellie. Ela é bonita. Como gostar... de uma pequena irmã bonita, mas Danicka... —Ele soprou as suas bochechas para fora, balançando a cabeça para trás e para a frente lentamente. —Cara, ela não é irmã de ninguém. —Eu acho que ela é solteira, quer que eu fale alguma boa palavra sobre você? —Para mim?— Sua voz levantou-se com surpresa. —Ah, não, meu amigo. Não sou eu quem ela está interessada.
—Do que você está falando? —Cara, no bar na noite passada quando estávamos sentados na cabine... cada vez que falei com ela, ela estava te comendo com os olhos, olhando diretamente para seus lábios. Isso é um sinal de que ela está na sua. Joguei minha cabeça para trás e ri duro. —Besteira! —Estou falando sério! —Saia daqui!— Argumentei quando eu joguei um pretzel em sua cabeça. —O bar estava escuro e você estava sobre a mesa; de nenhuma maneira que você poderia ter visto o que ela estava olhando. —Eu estou dizendo a você, eu sei dessas coisas. Não se esqueça que eu fui casado uma vez antes, também. E assim, o clima na cozinha mudou do claro ao escuro. Justin era um homem quieto que não se abria sobre sua vida pessoal, muitas vezes. Ele usava piadas e sarcasmo como um mecanismo de defesa para evitar falar de seu passado doloroso. —Eu
nunca
poderia
esquecer—
eu
disse
com
sinceridade. —Ela foi uma das mulheres mais incríveis que eu já conheci. —Ela realmente era.— Justin sorri e tem aquele longínquo olhar em seus olhos que ele teve por apenas um segundo no bar na noite anterior. Ele sempre tem esse olhar quando fala sobre ela, quando alguém pergunta sobre ela, ou quando ele estava pensando nela. Justin e Liz tinham uma história de amor que faziam todos os outros casais invejosos Eles eram a verdadeira
definição de almas gêmeas... Sempre juntos, sempre de mãos dadas, sempre olhando para o outro como adolescentes apaixonados. Eu nunca tinha visto duas pessoas ligadas assim em toda a minha vida. Eu estava com ele no dia em que recebeu o telefonema do hospital que o carro de sua esposa tinha sido arrebatado por um motorista bêbado. No momento em que chegamos ao hospital, ela já tinha ido junto com o bebê que tinha vivido com segurança dentro dela durante oito meses. Eu estava no canto da sala atrás dele enquanto ele soluçava, reunidos para dizer adeus ao corpo sem vida de seu pequeno filho. Eu estava atrás dele com a mão em seu ombro quando ele segurou a mão de sua esposa e disse adeus. Nós dividimos momentos mais intensos nos três anos desde que ele me contratou que eu jamais teria imaginado possível, e um monte desses momentos não foram gastos dizendo uma palavra em tudo. —Como
estão
as
coisas
afinal?—
Eu
perguntei
cautelosamente, sem saber se ele queria falar sobre isso ou não. —Você está no campo novamente. Isso é uma coisa boa? Ele pegou outro punhado de pretzels enquanto pensava sobre a minha pergunta. —É uma coisa boa. O campo, a estrada, os caras... todos eles são boas distrações para mim. —Eu aposto.— Eu pensei cuidadosamente sobre o que eu ia dizer a seguir, sabendo que, como um homem saudável, de vinte e sete anos de idade, ele teria que lidar com esta questão, eventualmente. —Você está pronto para começar a namorar de novo?
Sua cabeça se levantou; seus olhos ficaram presos nos meus. —Nem mesmo perto. Nem mesmo um pouco perto. Justin e eu estávamos em pontos muito semelhantes em nossas vidas, mas por razões muito diferentes.
CAPÍTULO 10 Danicka Eu andei do meu banheiro para o meu quarto e novamente em três momentos diferentes antes de me lembrar o que eu estava procurando. Arrancando meu batom favorito da minha bolsa, eu voltei para a o meu banheiro me sentindo exausta, algo que eu odiava. Toda esta oferta de trabalho com Andy aconteceu tão malditamente rápido e extra-oficialmente que eu não tive tempo para pensar direito. Quando ele perguntou quando eu poderia começar, em vez de dizer-lhe que eu precisava de duas semanas como uma pessoa responsável, normal faria, eu deixei escapar que eu poderia começar essa segunda-feira. Eu nunca tinha começado a trabalhar em circunstâncias como esta antes, mas eu estava pronta. Eu apenas tinha que fazer uma coisa pela primeira vez... Eu tinha passado o domingo à noite sentada com meu laptop com um sorriso gigante enquanto eu trabalhava a mais profissional “Foda-se, eu desisto” carta que eu poderia vir acima, menos a real porra parte. Eu imprimi duas cópias: uma para cada um dos irmãos Leighton e levei, juntamente com uma caixa vazia, até o meu carro e fui para esvaziar o meu escritório.
Enquanto o elevador subiu até o meu andar, eu fechei meus olhos e fiz uma pequena oração para uma saída boa e, tranquila. O elevador apitou, e eu prendi a respiração. As luzes ainda estavam apagadas quando as portas se abriram, e eu exalei. Eu abaixei no meu cantinho calmo, fechei a porta e comecei a baixar tudo o que pude para o meu pen drive. Puxei alguns arquivos antigos das minhas gavetas, nem mesmo olhei para eles quando eu os empilhei na caixa, imaginando que eu só iria reorganizar tudo na outra extremidade. Eu estava desesperada para sair daquele edifício. Em um mundo perfeito, eu carregaria as minhas poucas coisas, deixando as notas, e estando no meu caminho para a Empresa Shaw antes de Jack ou John sequer entrar. Quando eu agachei e puxei as pastas da minha gaveta, ouvi o barulho do elevador no corredor. Meu coração bateu alto no meu ouvido quando eu calei, ouvindo para ver se eu poderia dizer quem era. O barulho familiar de uma lata de lixo sobre rodas rolaram pelo meu escritório, e eu dei um suspiro de alívio, desejando que o meu corpo se movesse mais rápido e mais rápido. Apenas alguns minutos depois, todos os meus arquivos, quadros, e lixo pessoal aleatório foram enfiados na minha caixa. Dei mais um olhar ao redor da sala e sorri para mim. Era tão bom deixar aquele lugar maldito para atrás, e eu estava mais do que pronta para um novo começo. Joguei a minha bolsa sobre meu ombro, entrando nos escritórios de John e Jack, onde eu deixei cair as cartas em suas mesas, e praticamente pulei de volta ao elevador. Assim quando o meu
dedo estava prestes a apertar o botão, o elevador apitou, e minha boca se abriu, deixando escapar um pequeno suspiro. Merda. Tão perto. —Bom dia, Dani... — John cumprimentou quando saiu do elevador, congelando no meio do caminho quando percebeu a minha caixa. —O que é isso? —Uh...
—Eu
limpei
minha
garganta,
reunindo
a
coragem que eu tinha em todo o meu corpo. —É meu material, John. Do meu escritório. Limpei, e eu vou embora. Ele franziu a testa e empurrou os óculos para cima do nariz. —Desculpe? Coragem, Dani.
Coragem. Lembre-se como eles
te
trataram. —John, as coisas têm estado muito desconfortáveis para nós desde o mês passado, quando tudo foi para baixo com Cole, ambos sabemos disso. Estou nos fazendo um favor e curvando-me calmamente. Ele inclinou seu quadril para o lado quando colocou as mãos sobre eles. —Que diabos você está pensando? —Desculpe? Ele fechou os olhos, esfregando as têmporas com as pontas dos dedos. —Eu realmente não tenho ideia do que você está pensando. Seus clientes não vão ficar muito felizes que você está os abandonando, e não há nenhuma maneira que qualquer outra agência vai levá-la agora. Você é mais idiota do que eu pensava que fosse. —Primeiro de tudo— Eu levantei o mais alto que pude, erguendo o meu queixo- —Eu já fui contratada por outra
agência. Em segundo lugar, cada um dos meus clientes sabe que eu estou saindo. Eles também sabem por que eu estou saindo. Não só fizeram tudo para me apoiar, eles vão comigo, então eu tenho certeza que você é o único idiota aqui. — Quando a minha confiança cresceu, meus joelhos tremiam cada vez menos. Era uma sensação esmagadoramente libertadora, saber que uma vez que eu pisasse naquele elevador, eu nunca teria que estar de volta aquele escritório novamente. —Na mesma nota, eu vou para o meu novo escritório.— Eu sorri para ele quando eu entrei no elevador, insultando-o um pouco. —Boa sorte com tudo. Ele estreitou os olhos escuros para mim, observando cada movimento que eu fazia. Os lados de sua mandíbula fechando com raiva, e pela primeira vez, por apenas uma fração de segundo, eu estava preocupada com a minha segurança. Engoli o crescente nó na garganta e apertei o botão da entrada sem tirar os olhos dele. —Boa sorte para você, também, Danicka. Você é o única que vai precisar. —Ele levantou o canto da boca em um sorriso perturbado assim que as portas do elevador se fecharam. Assim que o elevador começou a se mover, eu exalei profundamente, apoiando-me contra a parede do elevador. Essa não era a interação que eu queria ter na minha saída, mas eu estava tão aliviada que estava tudo acabado.
Fiquei
feliz
em
terminar
Gerenciamento de Leighton da minha vida.
o
capítulo
de
Eu dirigi feliz, balançando a cabeça e cantando todas as músicas no rádio, para o escritório da Emprea Shaw. Meu coração ainda estava correndo, e eu definitivamente teria gostado que a minha semana começasse em uma nota melhor, mas eu estava pronta para chutar alguns traseiros sério e fazer um nome para mim com o meu novo emprego. Batendo o pé nervosamente no chão do elevador, eu assisti quando ele fez a longa subida para o quadragésimo segundo andar. As portas se abriram, e eu fui recebida pelo rosto sorridente de Ellie. —Ei! Bem-vinda! —Ela me deu um grande sorriso, quente, e eu imediatamente me senti como se estivesse em casa. —Bom dia.— Eu sorri de volta. Ellie e eu só tinhamos nos falado por um muito rápido segundo no dia da minha entrevista, mas eu tinha sido a única mulher em todo o escritório dos Leighton, então eu estava em êxtase de ter uma amiga aqui. Ela juntou as mãos e puxou sob o queixo, erguendo as sobrancelhas. —Você está animada? —Muito. Além. Totalmente. — Nós duas rimos quando ela se levantou de sua mesa. —Me deixa lhe mostrar onde você está ficando, e então eu vou lhe mostrar em torno do escritório. Quando ela veio ao redor da mesa, notei seus saltos azuis brilhantes. —Oooh, sapatos bonitos!
Ela olhou para baixo em direção a seus pés e de volta para
mim.
—Obrigada!
Eu
sou
um
pouco
de
uma
colecionadora de sapatos. —Eu também. — Eu concordei com entusiasmo. —Nós podemos juntas fazer alguns danos nos nossos intervalos de almoço às vezes. —Uh-oh, eu poderia ter de pedir um aumento— brincou ela, me dando uma cotovelada de brincadeira quando passou. Eu a segui para o outro lado da sua mesa, em frente ao escritório de Andy. A configuração do escritório era realmente muito boa. Quando você sai do elevador, você encontra a mesa de Ellie. À direita estava à área de espera e o escritório de Andy, à esquerda ia ser o meu. Havia outro par de portas no canto de trás, mas eu não tinha certeza do que estava por trás daquelas ainda. Ellie abriu a porta do meu escritório e recuou. Eu entrei na sala e imediatamente olhei para a grande, janela do chão ao teto na parede oposta. —Essa vista é incrível!— Olhei para as pessoas que pareciam formigas abaixo. —Não há realmente uma visão ruim em todo o lugar— disse Ellie, parando ao meu lado. —No canto é a sala de abastecimento. Copiadora, fax, papel extra, arquivos que não são mais usados, assim lixo... e ao lado dele é o escritório do Ethan. Olhei para ela, inclinando a cabeça para o lado um pouco. —Ethan? —Eu sinto muito.— Ela fechou os olhos e sacudiu a cabeça rapidamente. —Você provavelmente não o conheceu
ainda. Ele é o nosso advogado contratado. Nosso conjunto final de olhos de falcão que analisa cada contrato para se certificar que tudo está perfeito antes de ser assinado. —Ótimo.— Eu balancei a cabeça com um sorriso. Afastando-me da janela, eu olhei para o escritório. Uma grande mesa com uma cadeira reclinável estava no meio da sala, mas não muito mais. Eu tinha estado tão encantada com a janela que tinha esquecido de perguntar sobre isso. — Então, e o móvêis... —Eu olhei para Ellie com o canto do meu olho, rezando para que ela me dissesse que não seria a decisão final do Andy na decoração do escritório. Os olhos dela se arregalaram. —Oh! Eu esqueci! —Sem dizer mais nada, ela correu para fora do escritório, o que foi um
feito
em
si
mesmo
naqueles
saltos,
retornando
rapidamente com um catálogo. —Andy deixou isso com uma nota na minha mesa esta manhã. Ele teve que voar para fora para uma reunião rápida antes do sol nascer, então eu não quero nem saber o horário que ele esteve aqui. —Ela riu e balançou a cabeça. —De qualquer forma, ele disse para dar isso a você e que você deve escolher o que quiser, ele vai se certificar de tê-lo entregue e tudo pronto para você esta semana. —Obrigada! —Eu peguei o catálogo dela. O telefone tocou na mesa de Ellie, ela olhou para a porta e suspirou. —Ok.— Ela se virou para mim e sorriu. —A diversão acabou. Hora de eu voltar ao trabalho. Vamos conversar mais tarde. —Vá em frente.— Eu assenti com sinceridade.
Ela deixou meu novo escritório, fechando a porta atrás dela enquanto ia. Fechando
os
olhos,
eu
respirei
fundo,
e
limpo,
completamente satisfeita com meu novo ambiente. Eu não tinha móveis, sem computador, sem prateleiras de qualquer tipo, mas eu não me importava nem um pouco. Eu já estava apaixonada pela minha nova casa.
CAPÍTULO 11 Andy Um voo de quatro horas nunca foi uma boa maneira de começar a semana de trabalho. Eu corri para o escritório como um zumbi para pegar alguns arquivos que eu esqueci de trazer para casa na sexta-feira, deixando algumas coisas na mesa de Ellie, e fui para a sede da Nike, em Beaverton, Oregon, para uma reunião sobre um possível acordo de sapato com o corredor Marcus Johnson. A reunião correu bem, e eu tive um sentimento de que eu estaria recebendo alguns detalhes sobre uma oferta no próximo par de dias, mas por volta das seis horas da tarde, quando meu avião pousou de volta em Minnesota, eu senti como se tivesse corrido uma maratona. Eu estava destruído. Totalmente destruído. Não só de ter sido um dia longo e cansativo, o que foi agravado pelo fato de que eu não tive a chance de dizer adeus para as crianças na parte da manhã quando eu saí. Além disso, eles tinham ficado na casa de Blaire todo fim de semana, então eu realmente não tinha visto ou falado muito com eles em poucos dias, o que sempre me faz sentir mais distante. Assim que o avião pousou e eu cheguei ao meu carro, liguei para casa. —Olá? — Disse a voz de Logan.
—Ei amigo! Como você está? —Papai! Bom. Você está no seu caminho para casa já? —Eu estou. Meu avião aterrissou. Eu tenho que ir para o escritório pegar algumas coisas para que eu possa trabalhar mais tarde — Logan suspirou dramaticamente, mas eu ignorei e continuei — depois que você estiver na cama. Não se preocupe, quando eu chegar, não haverá nenhum trabalho até que você esteja dormindo. —Promete? —Eu prometo. Será que vocês já comeram? —Sim, Gloria fez enchiladas13. —Parece bom. Você guardou algum para mim? —Sim.— Logan parou por um segundo, em seguida, sussurrou: —Mas tenha cuidado, pai. Ela fez um pouco picante desta vez. —Mas você gosta de comida picante. —Sim, não assim. Eu já estive no banheiro duas vezes. Mesmo eu não suporto o jeito que eu cheiro, e normalmente eu gosto de meus próprios peidos. Eu ri tanto que meus ombros tremeram. —Esse é meu garoto. Tudo bem, amigo. Eu estarei em casa logo que eu puder. Nós desligamos quando eu estava puxando para a garagem no meu escritório. —Seis e meia— eu disse em voz alta para mim mesmo, olhando rapidamente para o meu relógio. —Se eu fizer isso
A enchilada é uma panqueca de milho mexicana, muito condimentada, recheada de carne de vaca, feijões ou frango e que leva por cima molho de piripíri e queijo ralado. 13
rápido, eu posso sair daqui e estar en casa um pouco depois das sete. Assim como eu esperava, todas as luzes estavam apagadas no escritório, e era tranqüilo quando eu pisei fora do elevador. Fiz uma corrida louca para o meu escritório, peguei os arquivos que eu precisava, e fui no meu caminho de volta para o elevador quando notei uma luz brilhante sob porta do escritório novo de Danicka. O que diabos ela está fazendo aqui ainda? Eu andei devagar, inclinando a minha orelha perto da porta. A música de Taylor Swift estava explodindo, e Danicka estava cantando o tempo todo... alto. Sorrindo para mim, eu balancei a cabeça e bati na porta. Instantaneamente o canto parou, e a música foi abaixada. A porta se abriu lentamente, revelando uma Danicka com o rosto vermelho. —Desculpe— ela pediu, tentando esconder um sorriso envergonhado. —Eu não sabia que havia mais alguém aqui. —Não se desculpe, eu só quero saber quando você estará em turnê para que eu possa obter os bilhetes.— Eu provoquei, sorrindo para ela. —Ha. Ha. Muito engraçado, — ela disse brincando, revirando os olhos e voltando atrás. Ela estava com um par de shorts de treino preto apertado e uma T-shirt Dave Matthews Band, que tinha deslizado para baixo, expondo a parte superior da alça do seu top e, um ombro sexy bronzeado. Obriguei-me a não olhar para esse ombro enquanto passava por ela para o escritório.
O choque foi registrado no meu rosto enquanto eu girava ao redor da sala. —Uau! Que diabos aconteceu aqui? Não só havia uma mesa branca, completamente nova, armário cadeira e arquivo, havia também um computador e estantes, até mesmo cortinas e outras decorações de garota. Danicka deu de ombros. —Eu estou tendo tudo configurado. Eu não queria perder uma semana inteira à espera de mobiliário novo, então Ellie e eu corremos para Staples e escolhemos algo que tinha em estoque. Nós flertamos com um par dos caras até que eles concordaram em vir e configurá-los para nós imediatamente. Então, voilà. — Ela sorriu com orgulho e acenou seu braço em direção a seu novo escritório. —Isso é incrível— eu disse, incrédulo, enquanto eu colocava as minhas mãos em meus quadris, dando outro olhar ao redor. —O mobiliário, o computador, as cortinas... Uau! Eu não posso acreditar que você teve tudo isso feito em um dia. —Bem, não está completamente terminado, mas estou esperando que esteja em apenas algumas horas. Eu tenho mais alguns arquivos para organizar, e eu quero pendurar meu diploma na parede, mas é definitivamente um bom começo. —Um pequeno suspiro satisfeito deixou seus lábios enquanto seus olhos escuros brilharam. Felicidade irradiava dela, e eu poderia realmente ver como aliviada ela estava por estar longe de seu outro trabalho.
—Eu me sinto mal que eu não tive uma chance de lhe arranjar móveis agradaveis, apesar de tudo. Isso tudo aconteceu meio que rapidamente. —Não se sinta mal por isso. Nem um pouco. —Ela balançou a cabeça. —Eu sou mais uma menina de cerveja do que uma menina de vinho de qualquer maneira. Não é preciso muito para me agradar. Enquanto eu tenho uma mesa de trabalho, eu estou bem. Antes que eu pudesse responder, ela se endireitou. —E quando eles levaram a estante, notei que havia um grande arranhão na lateral, então eu argumentei e os tive cobrando metade do preço. Salvamos cerca de duas centenas de dólares. Então eu a coloquei contra a parede, de modo que ninguém iria ver de qualquer maneira. —Ela riu, claramente orgulhosa do negócio que ela finalizou Eu ri também. Orgulhoso de minha nova negociadora. —Bem, eu estou impressionado. — Meus olhos percorreram sua mesa rapidamente, parando na caneca preta no canto que segurava suas canetas. Peguei e li em voz alta. —Eu amo Bolas... ? Danicka se encolheu, apertando os olhos com força. — Minha amiga me deu isso há muito tempo. —Sadie? Ela apertou os lábios e balançou a cabeça. —Como você adivinhou? Deixei escapar um riso rápido quando coloquei a caneca para baixo. —Ela só me pareceu alguém que iria comprar para a sua amiga uma caneca “Eu amo Bolas”.
— Ela definitivamente é. —De qualquer forma, eu estou realmente feliz que você esteja aqui e que tudo funcionou, Danicka. —Por favor.— Ela estendeu a mão e gentilmente tocou no meu braço antes de rapidamente puxar para trás. —Me chame de Dani. E obrigada. Estou feliz também. Animada para chegar aqui e realmente começar amanhã. Eu já tenho quatro reuniões configuradas. Meus olhos se arregalaram. —Você faz? —Sim, apenas clientes locais, — disse ela calmamente. —Nada grave, mas eu queria trazê-los, mostrar-lhes o meu novo escritório, e apenas me certificar que tudo está bem com eles por agora. —Bom.— Fiquei chocado. Eu sabia que ela era assertiva e definitivamente poderia prender por si mesma, mas eu não tinha idéia de que ela era muito cavadora. Entre o escritório e os compromissos, eu realmente fiquei encantado. —Bem, não fique até tarde demais, e se precisar, tem Jerry, o guarda noturno que se senta à mesa no saguão, para te levar para o seu carro. —Obrigada, mas eu estou bem.— Ela mordeu o canto do lábio, tentando esconder seu sorriso mais uma vez. —Tudo bem.— Eu dei um passo em direção à porta. — Eu tenho que chegar em casa para os meus filhos antes que eles me matem, mas eu vou te ver bem cedo pela manhã. —Mal posso esperar. Eu deixei seu escritório e sorri para mim mesmo quando cheguei ao elevador e ouvi a música voltar, ao mesmo tempo
secretamente desejando que ela usasse essa roupa de novo amanhã. E todos os dias depois disso.
CAPÍTULO 12 Danicka Apesar de só conseguir algumas horas de sono na noite anterior, eu acordei na manhã seguinte energizada e pronta para ir para o meu novo escritório. Eu não podia esperar para estacionar a minha bunda nessa nova cadeira branca com a almofada azul-e-cinzenta bonita e fazer algumas novas ofertas. —Não fique louca!— Ellie gritou, me assutando muito quando saí do elevador. Eu me virei, quase deixando cair o meu café e bolsa no chão. —O que? Sua mão voou para cima, cobrindo a boca. —Oooh, desculpe! Eu disse para não ficar brava comigo. —Já?— Eu ri. —Por quê? —Eu não pude suportar o suspense. Eu tinha que ver o quanto você fez ontem à noite, então eu olhei em seu escritório. —Seus olhos brilharam quando ela pegou o canto de seu lábio inferior entre os dentes. Sua excitação estava me deixando ainda mais animada. —Você gostou? —Oh meu Deus— ela gemeu, jogando a cabeça para trás. —É incrível. Eu não posso acreditar que você teve tudo feito em uma noite. Que horas você saiu?
—Você não quer saber. Eu acho que talvez uma hora da manhã. Aqui, siga-me. —Eu balancei a cabeça em direção ao meu escritório com a minha cabeça. —Eu quero levar todo esse lixo para baixo. Ela segurou sua caneca de café em suas mãos e se arrastou atrás de mim. A porta se abriu, e foi como se meu escritório crescesse braços e estendesse a mão para me abraçar
quando
eu
andei
através
dele.
Ele
estava
aconchegante e confortável e adorável, e eu meio que queria adicionar um sofá apenas para que eu pudesse dormir se o clima estivesse bom. —Você acha que se eu pedisse realmente muito bem, Andy me deixaria colocar a minha mesa aqui com você?— Ellie perguntou enquanto olhava sonhadora, ao redor da sala. —Tenho a sensação de que não teremos nenhum trabalho feito, mas vale a pena um tiro.— Eu ri quando coloquei o meu material para baixo. Agarrando dois porta retratos da minha bolsa, apoiando na estante. Ellie se aproximou e teve um olhar mais atento a tudo na minha prateleira, notando as novas fotos que eu tinha acabado de adicionar — Oooh, ele é bonito. Quem é esse? Seu namorado? —Ew, não.— Virei-o meu nariz, balançando a cabeça rapidamente. —Esse é o meu pai. Seus olhos quase caíram da sua cabeça enquanto ela arrancava o quadro para fora da prateleira, puxando em sua direção para um olhar mais atento. —Esse é o seu pai?
Revirei os olhos e assenti. Não era a primeira vez que alguém tinha elogiado a boa aparência do meu pai, e, francamente, não é a primeira vez que alguém pensou que ele fosse meu namorado. —Caralho. Ele é solteiro? —Ellie!
Grosseira!
—Peguei
a
imagem
de
volta,
devolvendo-o à prateleira. —Sim, ele é solteiro, mas não, você não pode sair com ele. —Sério, parece que ele é da nossa idade, — disse ela em descrença. —Bem, a minha idade. Vinte e sete. Eu não tenho nenhuma idéia de quantos anos você tem. Quantos anos você tem, afinal? Olhei para ela com o canto do meu olho, imaginando como alguém poderia falar assim tão rápido. —Eu tenho vinte e oito. E ele quarenta e quatro, mas sim, ele envelheceu muito bem. Voltei para a minha mesa, mas ela permaneceu perto da prateleira, ainda olhando em sua imagem. —Muito bem, ele parece um modelo. Espere, você disse que ele tem apenas quarenta e quatro? Aqui se trata. —Isso é apenas dezesseis anos mais velho do que você! Exclamou ela. —Bingo.— Eu pisquei para ela. —Caralho. Seus pais eram jovens quando tiveram você! —Eles eram. Muito jovem. —Eu concordei e acrescentei mais alguns arquivos que eu tinha trazido de casa para minha gaveta.
—Uau!— Ela olhou para cima e para baixo em todos os quadros novamente. —Eu não vejo qualquer foto de sua mãe? —Você não vai, também— Eu zombei. Ellie me lançou um olhar rápido. —Posso perguntar o porquê? —Eu não sei da minha mãe.— Eu dei de ombros, vasculhando os arquivos para ter certeza que eu estava colocando-os
na ordem
certa.
—Eles me
tiveram
aos
dezesseis anos, e aos dezessete anos, ela decidiu que teve o suficiente de parentalidade. Decolou e nunca olhou para trás. Eu fui criada cem porcento pelo meu pai. —Isso é incrível.— Ela se sentou na cadeira e cruzou os braços, olhando para o espaço. —Aos dezessete anos eu acho que eu ainda pensava que os bebês foram entregues pela cegonha. Eu ri alto novamente. Ellie era inocente e borbulhante e o tipo de pessoa que normalmente me deixava fora da minhamerda, mas algo sobre ela era reconfortante, e eu estava me achando mais e mais atraída por ela. De repente, ela se animou. —Você tem algum irmão? —Não.— Eu balancei a cabeça e sorri para mim mesma. —Meu pai costumava dizer que eu era um terror e que eu dava o trabalho de dez crianças, e ele não poderia lidar com mais. —Awww, por isso não tem sobrinhas ou sobrinhos ou qualquer coisa assim?
Sentei-me na minha cadeira e apoiei os pés em cima da minha mesa. —Confie em mim, isso é provavelmente uma coisa boa. Crianças me assutam muito Ellie virou a cabeça para trás e enrugou o nariz. — Mesmo? Por quê? —Eu realmente nunca estive em volta deles, então eles simplesmente me assustam. Além disso, eu falo palavrão como um motorista de caminhão a maior parte do tempo. Isso também não vai muito bem. —Eu ri. —Podemos voltar a falar sobre o seu pai quente agora? —Uh... Eu preferiria não. —Ele está solteiro? Revirei os olhos. —Você já me perguntou isso. —Eu fiz?— Ela franziu a testa quando um pedaço de seu cabelo loiro caiu sobre os olhos. —Bem, eu já esqueci qual foi a sua resposta. Me diga de novo. —Sim, ele é solteio, pelo menos, no dia de hoje. Amanhã? Quem sabe. —Onde ele mora? —Califórnia. —Por quê? —Eles não têm inverno. Ele odeia neve. Ele também era um adolescente idiota que cresceu sendo um homem muito inteligente. Começou a sua própria empresa de construção em seus primeiros vinte anos e fez um monte de dinheiro em um curto período de tempo, investiu com sabedoria, e se aposentou aos quarenta. Ele ainda detém a empresa, mas contratou
pessoas
para executar
a
maior
parte
dela,
enquanto ele vive na praia e ainda recolhe um grande-cheque cada mês. A boca de Ellie estava aberta quando ela olhou para mim sem expressão. —Meu Deus. Eu realmente quero casar com ele. —Grosseira. Saia — eu disse, brincando. —Diga-me mais sobre sua mãe e ele,— ela insistiu. —Não há muito a dizer. Minha mãe partiu seu coração completamente. Ele mal tinha idade suficiente para dirigir um carro, mas sabia que queria se casar com ela e cuidar dela para o resto da sua vida. Ele nunca vai se colocar nisso novamente. Mercadoria danificada, El. Ele é um Leonardo DiCaprio total que namora todas essas mulheres bonitas, mas nunca vai se acalmar. Antes que ela pudesse fazer mais comentários sobre o meu pai, meu celular tocou dentro da minha bolsa. Eu arranquei-a e olhei para a tela. —Falando no diabo.— Eu sorri para ela antes de atender o meu telefone. —Oi pai. Os olhos de Ellie saltaram, e ela bateu as duas mãos sobre seu peito enquanto fingiu desmaiar, deslizando para fora da cadeira e pousando com um baque no chão. —Ei, garota. Este é um momento ruim? —Meu pai perguntou, confuso com a minha risada de Ellie. —Não. Só uma louca no meu escritório. Não é realmente diferente de qualquer outro dia. —Eu coloquei a minha língua para Ellie, que tinha agora sentado de volta na cadeira. Ela
pegou um pedaço de papel da minha mesa e começou a escrever alguma coisa. —Então, como vai? —Bem.— Meu pai suspirou. —Eu apenas pensei que eu tentaria pegá-la antes de ir para o trabalho, mas eu posso ver que não aconteceu. —Não. O pássaro adiantado trava o seu fim. Não é isso que você sempre me ensinou? —Eu olhei para o horário no meu computador. —Por que diabos você está acordado de qualquer maneira? É apenas seis horas na Califórnia. —Porque não só o passaro adiantado tem o seu fim, o surfista de manhã cedo também pega as boas ondas. Ellie parou de escrever e deslizou o papel para mim. Ele dizia: —Diga a ele para me chamar. 612-555-7478. —Eu torci meu rosto em desgosto quando eu amassei o papel e joguei para ela, rindo de novo quando ele saltou de sua testa. —Tudo bem, bem, eu posso dizer que você está trabalhando duro, — brincou ele, — e eu quero sair por um tempo, antes do café de qualquer maneira, então eu vou ligar para você mais tarde, ok? Talvez me de uma chamada hoje à noite e encha-me sobre o que está acontecendo com você? —Eu vou, pai. Muita coisa para lhe dizer. Deixei o meu emprego. —O que? —Mas não se preocupe, eu já tenho outro. O melhor. Exceto por uma lunática em minha parte do escritório. Eu vou chamá-lo esta noite e lhe dizer tudo. —Parece bom, querida. Eu te amo. —Eu também te amo.
Ellie levantou as mãos, colocando-as em volta de sua boca enquanto ela sussurrou em voz alta: — Eu amo você, também, Sr. Douglas. Eu coloquei meu telefone longe e tirei Ellie do meu escritório para que eu pudesse começar algum trabalho. Ela tinha acabado de sair em dez minutos, e houve uma batida na porta novamente. —Eu não estou dando-lhe seu número de telefone, Ellie! Vá embora! — Gritei, tentando não rir. A porta rangeu quando foi aberta, e Andy enfiou a cabeça. —Hey. —Oh, merda!— me sentei em linha reta. —Desculpe, eu pensei que você fosse Ellie. Ele riu, levantando apenas um canto de sua boca quando se inclinou sobre a moldura da porta com um braço e pôs a outra mão no bolso. —Sem problemas. Qual número não está dando a Ellie? —Oh... Do meu pai — Revirei os olhos e balancei a cabeça enquanto eu acenava com a minha mão. —Não é nada. Estávamos apenas brincando. —Ok.— Ele riu. —Bem, eu só queria dizer bom dia e verificar você. Precisa de alguma coisa? O último par de dias tinham sido como um vendaval, até ter uma oferta de emprego em um bar, há desistir de Leighton para começar na Empresa Shaw. Tudo parecia que estava se movendo em hipervelocidade. Agora que eu estava finalmente sentada e tive a chance de tomar uma respiração profunda pela primeira vez, percebi o quão atraentes Andy
realmente era especialmente em um terno. Ele não era o tipo de cara que você via em uma sala lotada e não poderia tirar os olhos; ele era um ataque furtivo e quente. Você estava preparada para descrevê-lo como um pai saudável, chato que dirigia os filhos ao futebol nos fins de semana, então ele aparecia em seu escritório em uma manhã de terça-feira vestindo um ajustado, terno azul-marinho, que fazia a sua boca secar instantaneamente. Jesus, Dani. Ele te pediu alguma coisa. Responda-lhe! —Não, até agora está bom. Ainda é cedo, no entanto. — Eu ri, sentindo-me nervosa em sua presença, de repente. —OK. Se precisar de mim, você sabe onde procurar. — Com isso, ele sorriu e fechou a minha porta enquanto eu olhava para a minha tela de computador, esperando a minha frequência cardíaca voltar ao normal.
CAPÍTULO 13 Andy Danicka tinha estado trabalhando no escritório a menos de uma semana, mas eu já estava sentindo um pouco menos a pressão. Ela trabalhava com afinco, solidificando a sua lista de clientes após a grande mudança e passava o dia assistindo fitas de faculdade. Não só ela passava através deles mais rápido como eu poderia ter, suas notas sobre cada atleta local, eram combinadas exatamente com o que eu pensava sobre eles. Eu sabia, porque eram fitas que já tinha visto uma vez. Eu me senti mal de não dizer a ela, mas eu também precisava testá-la um pouco e ver como em sincronia estávamos com as nossas avaliações. Ela passou com distinção, e para comemorar, eu estava indo para o trabalho atrasado. Eu não tinha tempo para tirar um dia inteiro fora, mas eu certamente poderia chegar com poucas horas de atraso. Eu tive Ellie tendo dois telefonemas, desde a manhã até a tarde e mudando uma reunião para a próxima semana, e só assim, eu tive uma manhã livre. Após as crianças irem para a cama na noite anterior, eu disse a Gloria sobre a minha ideia de surpreender as crianças, e como uma verdadeira parceira de equipe, ela disse que estava dentro. Na manhã seguinte, enquanto eu gastava alguns minutos extras de relaxamento entre os lençóis frios de
minha cama, o cheiro de bacon flutuava por todo o caminho até as escadas, sob a abertura na porta do meu quarto, e em linha reta no meu nariz. Imediatamente eu sabia que Gloria tinha seguido. Sentei-me na cama e estiquei os braços para o alto, animado para ter algum tempo extra com Logan e Becca. Como um garoto ansioso pela manhã de Natal, corri do meu quarto para o de Becca. O que era uma manhã atrasada para mim ainda era o início da manhã para os meus dorminhocos de verão. Virei à maçaneta da porta de Becca, encolhendome, uma vez que se abriu. O sol tinha começado a espreitar através das cortinas cor-de-rosa em sua janela, mas ela ainda estava profundamente adormecida. Com um urso enfiado debaixo do braço. Ajoelhei-me ao lado de sua cama e tirei alguns dos cabelos louros loucos de seu rosto quando eu me inclinei para perto, acariciando a sua bochecha com meu nariz. Mesmo aos seis anos de idade, ela ainda cheirava como um bebê para mim. Quando eu plantei beijos leves no rosto dela, ela gemeu e golpeou-me com a mão. —Baby, é hora de levantar-se,— eu sussurrei, dando-lhe na bochecha gorda mais beijos. —Estou cansada— ela lamentou, rolando para longe de mim. Eu coloquei a minha mão em cima de sua cabeça, massageando suavemente sua pequena orelha com meu polegar. —Querida, eu não estou indo para o trabalho por algumas horas. Eu tenho uma surpresa para você.
Assim como eu esperava, quando eu disse a palavra, ela se sentou lentamente, escovando o resto de seu cabelo loiro selvagem do rosto. —Surpresa? —Sim.— Eu assenti. —Não é nada muito grande, mas eu acho que você vai gostar. Por que você não vai ao banheiro enquanto eu acordo Logan? Ela assentiu e saltou de sua cama quando eu fiz meu caminho pelo corredor até o quarto de Logan, na ponta dos pés em voz baixa. Curiosamente, o quarto de Logan era meu quarto favorito em toda a casa. Ele era um maníaco por beisebol, e eu fiz tudo o que pude para alimentar a sua obsessão. No ano passado, ele me disse que queria refazer seu quarto com o tema de baseball. Não só concordei, eu exagerei um pouco. E por um pouco, quero dizer muito. Eu contratei um artista local para pintar suas paredes para parecer exatamente como Target Field, a casa de seu time favorito... O Minnesota Twins. Nós tínhamos substituído o que teria sido o Jumbotron14 no campo da esquerda com uma televisão novinha em folha na parede, e sua cama era onde a caixa do batedor ficava. Uma vitrine de madeira em forma de placar da casa, pendurado na parede, exibindo bolas assinadas por diferentes jogadores dos Twins ao longo dos anos. Eu puxei um banquinho ao lado dele e sentei-me. Seu rosto estava bronzeado de todas aquelas horas jogando beisebol, e seu cabelo estava ficando mais loiro e mais loiro.
JumboTron é uma televisão que geralmente fica em estádios e mostra placares e lances dos eventos. 14
Eu estendi a mão e acariciei a sua bochecha com as costas dos meus dedos, e seus olhos se encolheram. —Companheiro —Inclinei-me, sussurrando suavemente. Seus olhos se abriram, e ele franziu a testa para mim, tentando descobrir o que diabos estava acontecendo. Ele sentou-se rapidamente, quase em pânico. —Relaxa, relaxa.— Eu coloquei a minha mão em seu ombro para acalma-lo. —É apenas o pai. Ele apertou os olhos da luz brilhante da janela, digitalizando seu quarto rapidamente, em seguida, virou-se para mim. —O que está errado? —Nada está errado. Eu estou indo para o trabalho um pouco mais tarde hoje e pensei em surpreender vocês. Vá para o banheiro e siga para o térreo. Levantei-me e fui para a porta. —Devo me trocar?— Ele perguntou, ainda confuso quando olhou para o pijama xadres com fundos azuis e vermelhos. —Não. Fique assim. Você está bem. Logan foi direto pelo corredor até o banheiro, e eu segui pelo corredor. Becca estava sentada no topo da escada, abraçando os joelhos, enquanto o queixo descansava no topo deles, meio adormecida. —Você poderia, por favor, não cair no sono no topo das escadas? Eu realmente não quero que você role para baixo esta manhã. —Eu ri enquanto caminhava alguns passos e sentava-me na frente dela. —Pule em mim.
Ela sabia exatamente o que eu quis dizer, quando subiu em minhas costas, fechando as mãos sob o queixo. Levei-a descendo as escadas e entrei na cozinha, colocando-a sobre a ilha. —Não coloque no meu bancão. — Gloria repreendeu-me quando ela levantou Becca fora do balcão e colocou-a no banco, beijando a sua testa. —Obrigado por esta manhã, Gloria. Eu realmente aprecio isso — eu disse tão sinceramente quanto eu poderia. Ela
franziu
os
lábios,
olhando-me
com
ceticismo
enquanto colocava um recipiente de uvas em uma cesta. — Sim, sim. Você me deve isso, Sr. Shaw. —Primeiro de tudo, eu tenho dito a você há oito anos, para me chamar de Andy. Em segundo lugar, com o nome que quiser. —Eu pisquei para ela quando Logan entrou na cozinha. Ele olhou do fogão para o balcão para a mesa e voltou para mim. —Qual é a surpresa? Meus olhos deslizaram para Gloria. —Nós estamos todos juntos? —Estamos— ela balançou a cabeça quando ela me entregou a cesta —Sr. Shaw. Revirei os olhos enquanto me inclinei e beijei a sua bochecha.
—Obrigado.
—
Eu
virei
para
as
crianças,
esperando que eles estivessem tão animados como eu estava. A cabeça de Becca estava encostada na cadeira para trás quando ela bocejou, e a cabeça de Logan descansou em seus braços na ilha. —Vocês parecem como zumbis! Venham, siga-
me. —Eu caminhei até a porta de vidro que dava para o quintal. —Lá fora? De pijama? —Logan perguntou incrédulo. —O que você é, a polícia do pijama? Vamos lá! —Eu provoquei enquanto acenei meu braço no meu caminho para o quintal. Becca desceu lentamente da cadeira, e eles me seguiram para o quintal. Atravessei o grande deck de madeira, descendo os degraus para grama. —Para onde estamos indo?— Logan disse. —A grama ainda está molhada— Becca lamentou. —Vamos, bebês grandes!— Eu fiz meu caminho até a árvore enorme no canto de trás do nosso quintal. Quando Blaire e eu nos separamos, eu estava inicialmente indo para manter a casa em estilo de castelo ridiculamente grande que ela nos tinha feito construir anos atrás, mas era fria e impessoal, assim como ela, então pareceu apropriado que eu a deixasse tê-la. Em vez disso, eu comprei a casa perfeita para nós longe da cidade, e de alguma forma, mais para subúrbio e sendo mais silenciosa e, ideal para a família, mas ainda perto o suficiente para eu não passar três horas no carro dirigindo para o trabalho todos os dias. O principal para mim foi um fantástico arranjo no primeiro andar para Gloria e um quintal enorme para mim e para as crianças. Blaire odiava o ar livre, por isso, nunca tinha passado algum tempo fora na outra casa. O dia que eu fechei a casa, Logan, Becca, e eu armamos uma tenda no quintal e acampamos.
Na
semana
seguinte,
eu
contratei
um
carpinteiro e nós construímos uma casa na árvore. A casa da árvore perfeita... Com ripas reais de madeira pregadas ao tronco como uma escada, uma plataforma robusta, um par de janelas e um telhado para manter tudo seco. O resto da decoração foi até sua imaginação. Parei na base da árvore e virei-me para enfrentá-los. — Ta-da15! —É isso?— Logan ergueu as sobrancelhas e olhou para a árvore, arrastando os olhos de volta para mim. —Sim, é isso— eu disse com orgulho. —Vamos lá para cima.— Balançando a alça da cesta sobre um braço, eu me virei e comecei a subir os degraus até a árvore. Quando cheguei ao topo, eu me virei e olhei para Logan e Becca, que estavam ambos de pé com as mãos nos quadris, olhando para mim como se eu fosse louco. —Vocês vão ficar ai durante todo o dia, ou vão vir aqui e me ajudar a comer os rolos de canela famosos da Gloria?— Disse para eles. Quando
ouviram
o
que
estava
no
cesto,
eles
praticamente se arrastaram por cima um do outro para chegar até a escada tão rápido quanto podiam. Após as crianças irem para a cama na noite anterior, enquanto Gloria começou a suar sobre começar a partir do zero a receita de rolo de canela que ela normalmente guardava para a manhã de Natal e outras ocasiões especiais, eu subi a casa da árvore, varri bem, e estendi um cobertor macio para nós.
1515
Imitando uma fanfarra para chamar a atenção
Uma vez que as crianças vieram para cima e nós estávamos todos sentados, eu abri a cesta. Como o cheiro de canela flutuando para o ar, nós três fechamos nossos olhos e cheiramos ao mesmo tempo. Os rolos de canela da Gloria eram como o céu em forma de alimentos. Eu coloquei os pratos que ela tinha embalado, em seguida, os rolos de canela, bacon, e o recipiente de uvas. As crianças não perderam tempo enfiando pedaços macios de massa de canela com crosta de glacê pegajosos em suas bocas, e eu não estava muito atrás. Depois de alguns minutos de nada, mas os ruídos de mastigação provenientes das crianças, Logan pôs o seu rolo de canela para baixo e limpou a boca com um guardanapo. — Pai, por que você fez isso? Dei de ombros. —Eu não tenho sido capaz de sair com vocês, tanto quanto eu queria até agora neste verão, e agora que eu contratei alguém para ajudar, eu pensei que seria divertido surpreender vocês. Às vezes algo simples como rolos de canela em uma casa na árvore é perfeito. Exatamente o que o Doutor ordenou. Becca franziu a testa para mim quando lambeu uma gota de glacê fora de seu lábio. —
Que doutor?
Logan, que tinha idade suficiente para entender o que eu tinha dito, olhou para ela e riu antes de olhar para mim novamente. —Estou feliz que você fez isso, pai. É divertido. Nós podemos fazer novamente na próxima semana? Eu ri alto. —Se você puder falar para Gloria fazer rolos de canela de novo, eu estou dentro!
Um pouco mais tarde, quando eu estava dirigindo para o trabalho, eu me vi pensando sobre quanto tempo eu estava gastando recentemente em escolher os meus ternos e Colônia, na parte da manhã. Ter Danicka no escritório era... diferente. Trabalhar com uma mulher não era grande coisa para mim, eu tinha Ellie comigo por alguns anos agora, mas algo sobre Danicka me fez querer tentar um pouco mais. Gostei dela. Eu gostava muito dela, na verdade. Desde que ela começou a trabalhar comigo, eu podia sentir a eletricidade flutuando no ar assim que saia do elevador. Se ela estava fora em reunião com um cliente, eu me vi olhando para o elevador, esperando ansiosamente para ela voltar. Se ela estava sentada em seu escritório, eu estava inventando desculpas para bater em sua porta ou indo para conseguir o papel na sala de armazenamento que eu nem sequer precisava, apenas para que eu pudesse ter um vislumbre dela através da abertura da porta. Era uma sensação irritante, na verdade. Eu não estive interessado em nenhuma outra mulher desde Blaire e eu tinha começado a namorar há mais de uma década atrás. E também não parecia a melhor idéia ter a primeira mulher que eu estava interessado após-divórcio, sendo a minha nova parceira, mas eu não podia controlar.
Quando as portas do elevador se abriram, assim como nos dias anteriores, a mesa de Ellie estava vazia. Eu ouvi a conversa vindo do escritório de Danicka, então eu fui calado para o meu e imediatamente olhei para o meu e-mail diário com a minha agenda sobre ele. Não estava lá. Me debrucei à minha esquerda, onde eu podia ver em frente ao escritório de Danicka. —Ei, El!— Eu gritei bem alto. Imediatamente ela pulou da cadeira e empurrou para o meu escritório. —Desculpe, Andy. Eu não ouvi você entrar. —Não tem problema, eu só estou aqui. Você tem a minha agenda para hoje? Ellie apertou os olhos fechados e cerrou os dentes. —Eu sinto muito. Eu estava comemorando com Dani, esta manhã, e isso deslizou totalmente da minha mente. Eu vou fazer isso direito neste segundo. —Ela se virou para correr do meu escritório. —Ellie! Ela girou de volta tão rápido que eu pensei que ela estava indo furar o chão. —Celebrando o quê? —Oh!— Seus olhos se iluminaram e ela bateu palmas. —Lembra-se na semana passada quando você me disse que tinha ouvido falar que Kyle Keegan tinha dispensado seu agente e estava fazendo compras? Eu balancei a cabeça. —E lembra-se que você me disse que ele estava dispensando agentes em todo o país? Você disse que você
mesmo o chamou, mas não conseguiu obter um sim firme ou um não para uma entrevista? Eu balancei a cabeça novamente. —E lembra-se quando você disse que estava… —Ellie—, interrompi. —Hoje, por favor. —Desculpe. — Ela me lançou um sorriso envergonhado quando puxou a manga de sua camisa de botão. —Adivinha quem tem uma entrevista com ele, hoje? Dani! Ele está vindo. Aqui. Em uma hora. EEEEE! —Ela fez punhos com as mãos, pulando para cima e para baixo com entusiasmo. Minha cabeça sacudiu quando todos os músculos da minha metade superior ficaram tensos. —Ele está vindo aqui? —Mm-hmm, em uma hora. —Puta merda.— Eu sentei na minha cadeira e olhei para Ellie com a boca aberta em descrença. —Ok.— Ela sorriu sem jeito depois de um minuto comigo olhando para ela, sem expressão. —Eu vou preparar seu cronograma agora. Eu não estava realmente olhando para ela, mais através dela. Kyle Keegan era um jogador de beisebol que tinha apenas quatro meses em sua temporada de estréia como primeira base destro, e ele já tinha atingido vinte e dois home runs16. Ele estava em seu caminho para possivelmente quebrar o novo recorde runner para um jogador da Liga Americana. Esse recorde tinha sido permanente desde 1987, seis anos antes de Kyle nem ter nascido. No beisebol, home run (denotado HR) é uma rebatida na qual o rebatedor é capaz de circular todas as bases, terminando na casa base. 16
Levantei-me da minha mesa e fiz meu caminho para o escritório de Dani tão calmamente quanto eu podia, quando o que eu realmente queria era atravessar como um garoto animado correndo em direção à piscina em um dia quente. A porta estava aberta até a metade. —TOC TOC. —. Eu disse, batendo silenciosamente quando abri e entrei. —Quem está aí?— Ela respondeu, sem levantar os olhos do computador. —O agente que não tem uma reunião com Kyle Keegan. —O agente que não tem uma reunião com Kyle Keegan, quem?— Ela não conseguia esconder o sorriso quando ela virou minha resposta em uma piada. —Muito engraçado, Douglas,— eu disse sarcasticamente enquanto eu estava sentado na cadeira em frente de sua mesa. —Quando você conseguiu marcar esta entrevista, e por que você não me contou? Ela finalmente olhou para mim enquanto ela lambeu os lábios e deu de ombros. —Eu estava trabalhando tarde da noite na semana passada, e eu me senti um pouco brava, então eu fiz uma chamada e disse a ele que gostaria de falar com ele enquanto estiver na cidade. Ele estava realmente tranquilo o tempo todo que eu estava falando. Em um momento eu pensei que ele tinha desligado. —Ela estendeu a mão e colocou um pedaço de cabelo solto atrás da orelha, revelando pequenas argolas de prata pequenas. Ela tinha as orelhas bonitas. Quem diabos tinha orelhas bonitas? Elas eram estranhas cheias de cartilagem e pouca pele que
pendiam fora dos lados de sua cabeça, mas as dela eram adorável. —Yo! Terra para Andy... —Dani acenou seu braço no ar, pegando a minha atenção e me trazendo de volta. —Desculpe.— Eu fechei meus olhos e balancei a cabeça. —Eu me distrai, sonhando com sua entrevista. Ela estreitou os olhos, olhando para mim como se eu fosse um pouco louco. —Eu disse a ele apenas para vir e conversar, sem amarras. Ele disse que tudo bem. Foi isso. Eu nem tenho certeza de que isso se qualifica como uma entrevista, mas eu ainda vim cedo para me preparar tanto quanto eu posso. —Ah! É por isso que você estava parada na minha vaga de estacionamento? —Eu brinquei. As palavras saíram da minha boca antes que eu percebesse que poderia ter soado mais merda do que eu quis dizer. Seus olhos se aproximaram de mim. —O seu local de estacionamento?
Sinto
muito
—
ela
pediu
desculpas
sinceramente. —Eu nem sequer notei o sinal. —Bem— Eu dei de ombros —não há um sinal, é apenas onde eu sempre estaciono. Ela
sentou-se
na
cadeira
e
cruzou
os
braços,
empurrando os seios juntos. —Não há um sinal?— Ela desafiou, arqueando uma sobrancelha para mim. —Então eu acredito que é o passaro adiantado, que pega a minhoca17.
17
dito popular
Levantei-me da sua mesa sem dizer nada, meio irritado e meio ligado, e fui de mau humor de volta para o meu escritório.
CAPÍTULO 14 Danicka Andando para lá e para cá no meu escritório, eu me persuadi a tomar respirações profundas e calmantes quando eu assisti a segunda mão do relógio de parede dando voltas e voltas e voltas. Esperar por Kyle Keegan aparecer estava me deixando mais ansiosa do que eu tinha estado em um tempo muito longo. Ao longo dos últimos anos, eu tinha conduzido centenas de entrevistas, e uma das coisas que eu aprendi foi que eram os jovens que me assustavam muito. Não literalmente, me preocupava de alguma forma pela minhasegurança, mas eles estavam mais ansiosos para lançar os dados e ainda ver o que estava esperando por eles do lado de fora de seu escritório. Os atletas mais velhos e mais experientes eram os únicos que sabiam que nem sempre ia haver outro agente esperando por eles ao virar da esquina. Kyle era jovem, ele era bom, e ele sabia disso. Eu tinha que ser melhor. —Você está pronta?— A voz de Ellie rompeu o silêncio do meu escritório. Suspirei e encolhi os ombros. —Espero que sim. —Você vai fazer grande. Quero dizer, olhe para você. — Ela apontou para baixo e fazendo um exame de meu corpo. — Como ele poderia não amar você e querer assinar hoje?
Inclinando a cabeça para o lado, eu plantei as minhas mãos em meus quadris e franzi os lábios. —Eu sei El, mas eu quero que ele assine comigo, por mim, não pelos meus peitos. Ethan, que estava passando pelo meu escritório, parou na palavra peito e levou um par de passos para trás na minha porta. —Uau! Bom dia! —Ele sorriu diabolicamente. —Bom dia, Ethan. Continue a caminhar. —Eu ri e voltei a me sentar na minha mesa enquanto colocava o lábio inferior para fora e mordia. —Está quase na hora. Boa sorte. —Ellie levantou as sobrancelhas e sorriu para mim. —Você consegue isto. — Ela se virou e saiu da minha porta, fechando-a atrás dela. Olhei para o relógio pela milionésima vez e decidi que eu tinha apenas o tempo suficiente para uma chamada rápida para o meu pai. As conversas estimulantes de ninguém sequer chegavam perto da sua, O telefone tocou duas vezes antes de ele pegar. —Ei, garota! —Ola pai. Eu não estou acordando você, estou? —Dani—. Ele riu. —É depois das dez aqui. Eu já me levantei, surfei, tomei banho, corri para o supermercado, e levei o cachorro para um passeio na praia. —Ah! Você está certo. O pássaro adiantado e tudo mais. Eu deveria saber melhor. —A que devo o prazer de receber um telefonema da minha filha agente de esportes de estrela mundial, de qualquer maneira? Não é muito frequentemente que você me chama de primeira por estes dias.
—Eu tenho uma grande reunião esta manhã, e eu estou apenas nervosa. Matando o tempo, eu acho — Eu não queria dizer ao meu pai que eu precisava de uma conversa de estimulo. Eu só queria que ele desse para mim. Os pais não sentem as coisas um bocado de qualquer maneira? É como código de pai ou algo assim. —Uma grande reunião?— Sua voz se levantou com curiosidade. —Com quem? —Você
pode
não
conhecê-lo...
ainda.
Jogador
de
beisebol criança. Kyle Keegan. — Com o telefone na minha orelha, eu puxei meu espelho que estava escondido trás da estante e estudei meu reflexo. Deveria ter usado a camisa azul. —Kyle Keegan!— Meu pai gritou bem alto no meu ouvido. —Ele tem estado em todo SportsCenter recentemente. Ele é tudo o que eles estão falando. Ele é como o rei do home run! Eu não podia deixar de rir na excitação do meu pai. — Eu sei. —E ele está indo aí? Para te ver? —Obrigada pelo impulso de confiança, pai— eu disse secamente. —Desculpa. Estou animado por você. Eu não posso esperar para contar a esses jovens idiotas na academia, mais tarde, que minha menina teve um encontro com Kyle Keegan. —Pai, você não pode se gabar para as outras crianças no playground até que eu tenha certeza que há algo para se gabar?— Eu brinquei.
—Combinado. Mas se você assinar com ele, você pode me pegar algumas bolas de beisebol autografadas? Para a minha boa reputação. Enquanto eu me sentava de volta na minha mesa, eu deixei cair a minha cabeça em minhas mãos. —O fato de que você acabou de usar o termo “boa reputação” já significa que você não tem nenhuma, papai. —Sim, sim.— Ele riu. —Volte para esta entrevista, por que você está tão nervosa? Suspirei e recostei-me na cadeira. —Bem, para começar, meu pai, que só assiste esportes para o jogo, sabia quem ele era e, segundo, ele é muito procurado no momento. Meu chefe, o chamou na semana passada e tentou conseguir uma entrevista, e foi recusado. —Uau, isso é ótimo, garota. Por que você está nervosa, então? —Eu quero isso, pai. Eu quero muito isso. Eu só comecei nesta empresa, e eu sinto como se eu balançasse as cercas
no
primeiro
campo
e
perdesse,
eu
vou
estar
derrubada. —Eu abaixei minha voz. —No entanto, se eu bater fora do parque, eu vou fazer um pouco de dança da vitória quando eu correr em volta das bases, com certeza. —E quanto a este chefe seu? Você não disse uma palavra sobre ele... ou é uma ela? —Não, é um ele. Seu nome é Andy Shaw. —E? Ele perguntou severamente. —E o que?
—E eu preciso voar para ai e chutar a bunda dele como os outros caras? Aqueles irmãos de merda ou como eles eram chamados? —Eles eram os irmãos Leighton, e não, você não tem que voar aqui. Guarde a arma, papai, Andy tem sido muito respeitoso até agora. Infelizmente. —Hm — ele gemeu com ceticismo. —Você só me avise se precisar de mim, e eu estarei lá. Qualquer coisa para minha menina. —Mentiroso,— eu provoquei. —Você só quer vir aqui para ver Kyle Keegan. Meu telefone fixo tocou alto, fazendo com que o meu coração caisse todo o caminho até os meus sapatos. —Espera aí, pai— eu disse rapidamente, antes de definir o meu celular para baixo e pegar a linha de escritório. —Sim? —Srta. Douglas, Sr. Keegan está aqui para vê-la. —A voz super profissional de Ellie me fez rir, porque eu estava tão acostumada a ela ser auto pateta no meu escritório. —Obrigada, Ellie. Eu vou sair. —Eu desliguei o telefone do escritório e peguei meu celular novamente. —Eu tenho que ir, pai. Ele está aqui. —Espere, — suplicou ele. —Você pode colocá-lo em altofalante e apenas me deixar ouvir? Eu prometo ficar quieto. —Adeus, pai— eu disse com uma risada, quando desliguei na cara dele. Tanto para uma conversa de estimulo.
Eu rapidamente escondi o espelho para trás na estante e respirei fundo quando endireitei as rugas na minha saia. — Tudo bem, Dani. Ele é jovem, não muito mais jovem do que você. Seja dura, seja forte, e diga-lhe o que você queria ouvir na sua idade —, eu disse para mim mesma. —Ha! Chupe, pai. Quem precisa de suas conversas estimulantes? Abri a porta do meu escritório e sai com tanta confiança que pude. Kyle estava em pé perto da área de espera, conversando com Andy, que estava sorrindo de orelha a orelha. Eu o assisti interagir com atletas suficientes ao longo das últimas semanas para saber que seu rosto vendedor estava em pleno vigor. Ele estava concordando e rindo, mais difícil do que costumava fazer, em tudo que Kyle estava dizendo, e isso me irritou. Eu tinha trabalhado muito, muito duro durante a última semana para obter Kyle para vir e se encontrar comigo para Andy roubar o meu negócio. Pelas costas de Kyle, eu estreitei os olhos para Andy enquanto eu caminhava até a conversa. —Oi, Sr. Keegan. Sinto muito por mantê-lo esperando. —Eu o olhei diretamente nos olhos enquanto eu segurava a sua mão. Ele apertou e sorriu de volta, mas não disse nada. Eu coloquei minha mão suavemente no braço de Andy. —Espero que esse cara não tenha o aborrecido muito enquanto você estava esperando. Os lábios de Kyle enrolou, e ele abriu um grande sorriso quando olhou de mim para Andy. —Na verdade não. Ele
estava me dizendo como tem sido grande a sua ajuda, e que estou em boas mãos com você. —Oh.— Eu empurrei a minha cabeça ligeiramente para trás,
tentando
demasiadamente
não
deixar
óbvia.
a
—Bem,
minha obrigada
surpresa por
ser
isso.—
Concordei com Andy antes de apontar em direção a minha porta. —Por que não vamos para o meu escritório? Quando ele passou por mim, eu segui bem atrás dele, virando antes que chegasse até meu escritório para ver Andy ainda parado com as mãos nos bolsos, nos observando.
Ao conduzir uma entrevista, eu procurava pistas da pessoa que eu estava falando e o que eles realmente queriam de mim. Kyle Keegan era um rapaz calmo, e desajeitado que claramente dependia de outras pessoas para dirigir uma conversa. Quando eu lhe fazia uma pergunta, ele me dava uma resposta de uma palavra ou simplesmente acenava com a cabeça. A única parte minúscula de informação que ele tinha dado a mim foi que ele era, obviamente, um filhinho de mamãe total e a única razão que eu sabia que era é que, nos dez minutos que ele estava sentado no meu escritório, ele já tinha falado dela três vezes. Eu mesma não era uma mãe, nem de longe, mas eu tinha que ir com o que eu sabia.
—Você está em uma encruzilhada na vida e carreira agora, Kyle. O agente que você escolher poderia realmente ajudar ou ferir a sua carreira. —Mm-hmm.— Ele balançou a cabeça novamente. —Deixe-me dizer o que eu acho que é meu trabalho como a sua agente.— Eu me inclinei para a frente, colocando os cotovelos sobre a mesa, e cruzei as mãos na minha frente. —Imagine que você está em um carro, dirigindo pela estrada que é a vida, e eu estou em um helicóptero, voando acima de você. Você não pode ver os buracos, carros quebrados e pistas fechadas que estão em seu caminho à frente, mas eu posso, e é o meu trabalho me certificar de que você dirija em volta deles e fique nos bairros seguros. Sabe o que eu quero dizer? Ele balançou a cabeça novamente quando um sorriso inocente se formou em seus lábios, fazendo meu coração disparar. Graças a Deus algo bateu em casa com aquele garoto. Até o final de nossa conversa, eu não pude fazê-lo calar a boca. Ele contou-me tudo sobre surpreendentes biscoitos de manteiga de amendoim de sua mãe e seus três irmãos menores. Aquele pobre garoto tinha que encontrar uma boa garota e casar com ela rápido ou a vida acelerada de atleta ia mastiga-lo e cuspi-lo de volta. Eu realmente não quero que ele seja o preenchimento de um aplicativo para gerenciar uma Starbucks daqui dez anos a partir de agora. Ele continuou a tagarelar alegremente enquanto eu o acompanhei ao elevador
e apertei a sua mão mais uma vez. Com o canto do meu olho, eu notei Andy aparecendo em sua porta. —Eu vou ter a minha mãe enviando um e-mail assim que eu chegar em casa para ter a bola rolando em tudo.— Kyle sorriu como uma criança pateta quando apertou o botão da area de entrada no painel do elevador. —Parece bom, Kyle. Mal posso esperar para começar. — Eu sorri, dando tchau quando as portas fecharam. Quando me virei para enfrentar Ellie, ela jogou as mãos no ar e correu em torno de sua mesa, me envolvendo em um abraço apertado. —Essa certeza soou como um sim—, disse ela em um tom abafado contra o meu ombro quando nós balançamos para trás e para frente. Fechei os olhos e apertei-a de volta. —Obrigada. Eu estou tão animada. Eu tive que trabalhar por isso. Aquele pobre garoto não tinha idéia do que ele queria. —Parabéns— Andy disse atrás de mim. Eu deixei Ellie e girei para encará-lo. —Obrigada.— Eu suspirei e mordi o lábio. —Estou muito animada por isso. —Você deveria estar. Essa é uma grande vitória para a empresa e uma vitória ainda maior para você. —Seus olhos azuis brilharam. Ele se inclinou para me dar um abraço, envolvendo os braços em volta dos meus ombros. Fechei os olhos novamente, enfiando os braços sob o seu quando eu deixei o cheiro de seu perfume invadir os meus sentidos e governar-me por apenas um segundo. Seus músculos das costas flexionaram sob minhas mãos, me surpreendendo.
Exceto por uma noite no bar, eu sempre vi Andy em um terno, e do lado de fora, ele parecia ser magro, mas não muito muscular. O que eu senti na minha mão me contou uma história completamente diferente. Ele me soltou e eu fiz, também, com relutância. Ele se virou e caminhou de volta para seu escritório, mas algo estava me incomodando. —Entre!— Andy chamou depois que bati à sua porta. —Hey,— eu disse calmamente, fechando a porta atrás de mim. —Eu queria falar com você rapidinho. Eu meio que lhe devo um pedido de desculpas. Ele franziu a testa e se inclinou para trás em sua cadeira enquanto eu estava sentada em frente a ele. —Uma desculpa? Por quê? —Porque eu sou uma idiota total. —Você não é uma idiota total—, ele zombou. —Nem mesmo um tipo de idiota. —Lá fora.— Eu apontei para a porta. —Antes que eu me reunisse com Kyle, eu saí do meu escritório e vi vocês conversando. Eu assumi que você estava tentando roubá-lo de mim, então quando ele me disse o que você tinha dito a ele, eu me senti muito mal. Andy soltou uma risada rápida. —Não precisa se desculpar. Nós dois sabemos que tipo de negócio que é esse e posso pensar em montes de agentes que sabemos que fariam algo assim. Mas eu nunca iria roubar clientes seu, Dani. Você é minha colega de trabalho, não minha competição. Você também é muito, muito boa no que faz, e eu nunca iria tirar isso de você.
Eu apertei os lábios e assenti. —Obrigada por isso. Eu nunca tive a validação dos irmãos Leighton... nunca, então você dizendo isso realmente significa muito para mim. —Bem,
eu
vou
validar
com
prazer
você
tão
frequentemente quanto eu puder, contanto que você prometa que não vai a lugar nenhum.— Ele se inclinou para frente, apoiando
os
antebraços
sobre
a
mesa
enquanto
ele
entrelaçava os dedos. —O escritório é diferente com você nele. —Diferente? —Sim. Eu realmente não sei como explicar isso, mas tudo é justo... Melhor. Ellie é mais feliz, Ethan é, bem, ele ainda é Ethan. —E você? Aquela pergunta minuscula de duas palavras mudou algo na sala. O canto da boca puxou para cima em um sorriso sexy quando os seus olhos azuis se suavizaram. —Eu sou muito mais feliz. O calor subiu do meu pescoço para minhas bochechas. —Bem, eu tenho um sentimento de que Ellie sempre foi feliz, e eu sei que Ethan tem sido sempre Ethan, mas... —Fiz uma pausa e engoli rapidamente. —Mas você é o único que importa. Quero dizer, você é o único que eu quero ver feliz. Gostaria de ver... feliz em me ter aqui. —Parei de divagar porque eu estava apenas fazendo o pior. Acabei de flertar com meu chefe?
—Desculpa... —Eu gaguejei sem jeito. —Eu não queria que isso soasse do jeito que soou. Eu só quis dizer... deixa pra lá. Ele soltou uma gargalhada quando eu suspirei e me levantei, fazendo meu caminho rapidamente para a porta. Eu fechei atrás de mim sem dizer uma palavra. Enquanto eu atravessava o escritório, passando a mesa de Ellie, ela ergueu a cabeça e olhou para mim. —O que aconteceu? Porque é que o seu rosto está todo vermelho? —Cale a boca— eu disse, brincando sem parar. Dentro de alguns minutos, houve uma batida tranquila na minha porta. Rezando que não fosse Andy vindo para me provocar de novo, eu gritei, —Entre! Ellie enfiou a cabeça para dentro e me entregou um grande envelope FedEx branco. —Isso acabou de chegar para você. —Obrigada.— Fiquei olhando para o envelope quando ela entrou e fechou a porta atrás dela. —E você me deve uma explicação, por sinal. —Para o quê? —Você entrou em seu escritório uma pessoa normal; você saiu como uma garota de dezesseis anos de idade, apaixonada. —Oh, pare com isso.— Eu acenei para ela. —Você está imaginando coisas. —Mm-hmm.— Ela me olhou com ceticismo, levantando uma sobrancelha. —Veremos.
Revirei os olhos e voltei a minha atenção de volta para o envelope.
Rasgando
a
aba
aberta,
fiquei
surpresa
ao
encontrar apenas um pedaço de papel dentro. Conforme eu puxei-o para fora e olhei para ele, minha boca ficou seca e as minhas mãos começaram a tremer.
CAPÍTULO 15 Andy —Podemos ir agora, por favorrrrrrrrrr?— Logan gemeu quando ele saltou para cima e para baixo na minha cama. —Estou indo.— Eu ri. —Você está pronto para ir?— —Pai.— Ele parou de pular e olhou para mim com uma expressão impassível no rosto. —Eu estive pronto para ir desde que eu acordei esta manhã. Ser um agente de esportes definitivamente tinha as suas regalias, como bilhetes de pontuação para jogos procurados, sendo capaz de ficar à margem, em certas coisas, como vestiários exclusivos, coisas assim. Aconteceu então de ser o All-Star Weekend18 na liga principal de beisebol, e Target Field teve sorte o suficiente para ser o anfitrião deste ano. Eu sabia há meses que eu iria receber passes para todos os eventos, mas eu não tinha contado a Logan que estaríamos com certeza indo para Home Run Derby19 até aquela manhã. E eu estava tão feliz que eu não tinha. Eu juro que ele me perguntava a cada dois minutos se ja era hora de sair. Mas, finalmente... Era a hora de ir.
é um jogo de baseball profissional anual sancionado pela Major League Baseball (MLB) disputada entre os jogadores da Liga Americana (AL) e da Liga Nacional (NL) 19 O Home Run Derby é uma competição entre os melhores rebatedores de home runs da Major League Baseball. É disputado antes do Jogo das Estrelas. 18
—Tudo bem bobão, vamos dizer adeus a Becca antes de sair. —Nós temos que fazer?— Ele reclamou novamente. Eu estendi a mão e bati o gorro dos Twins. —Seja legal. Uma hora depois estávamos no campo do alvo, mas ainda tinhamos que estar realmente dentro do parque bola. Logan estava muito ocupado me arrastando para as estátuas de Kirby Puckett e Rod Carew para que ele pudesse tirar fotos de falsa ação com eles. —Ok, podemos acabar de jogar como paparazzi e ir para dentro, por favor?— Eu brinquei com ele quando levantou o braço de sua T-shirt e flexionou seu músculo do bíceps insignificante ao lado da estátua Harmon Killebrew. —Eu estou pronto, eu estou pronto.— Ele sorriu timidamente para o chão. —Eu não posso esperar para entrar, pai. Nós estamos seriamente indo ao campo? —Não só você vai para o campo, como eu ainda não te disse uma coisa. Seus olhos azuis se arregalaram como poderia ser e dispararam para o meu. —O que? —Lembra q você discutiu comigo quando eu lhe disse para trazer a sua luva? Ele assentiu animadamente. —Bem, você vai para a posição no campo externo e lançará as bolas durante o Home Run Derby.— Eu assisti a reação dele com o canto do meu olho. Seu rosto ficou pálido, e sua boca estava aberta em estado de choque. Eu não pude deixar de rir. —A menos que você não queira?
Ele acenou com a cabeça para cima e para baixo tão rápido quanto ele conseguia. —Eu definitivamente quero. Caminhamos em direção ao corredor que levava para o campo e passamos por um guarda de segurança que colocou a mão para cima, para nos parar. Logan orgulhosamente levantou um crachá de plástico pendurado no cordão vermelho, branco, e azul All-Star em volta do pescoço. O homem teve um olhar mais atento, então sorriu para Logan e nos acenou para passar. Era uma noite de julho quente, e o ar era espesso, quente e úmido. Eu não tinha certeza de quantas bolas iam deixar o parque com essa umidade, mas eu acho que não havia uma coisa que poderia ter umedecido os espíritos de Logan. Seus olhos brilhavam quando eles saltaram todo, olhando do Jumbotron para o banco e o logotipo All-Star pintado na grama. —Muito legal, né?— Eu queria sentir em tudo o que ele sentia, mas eu estava muito ocupado olhando para o olhar em seu rosto, que era mil vezes melhor do que qualquer manhã de Natal que já tive. —Tão legal, pai!— Rapidamente, ele ergueu o braço e apontou. —Olha! Ali Justin! Eu segui seu dedo apontado e cobri a minha boca com as mãos quando vi Justin. —Ei, Sutter! Justin virou ao som de seu sobrenome, sorrindo quando ele me viu e Logan. Ele disse algo rapidamente para a pessoa que ele estava falando e se aproximou. —O que é isso,
companheiro?— Ele levantou a mão no ar para que Logan saltasse para alto-para bater Depois que Logan bateu, Justin colocou a mão sobre o meu ombro. —Como vai, chefe? Vocês acabaram de chegar aqui? —Sim, um pouco atrás. Deixe-me ver essas camisas. — Eu puxei o tecido em seu peito um pouco. —Estas estão nítidas. —Elas são muito fodas, não são?— Ele girou em um círculo para que pudéssemos admirar sua jersey vermelha #9, feita especialmente para o Home Run Derby. As mangas curtas eram negras e tinha estrelas vermelhas, brancas e azuis ao longo da bainha. —Isso é incrível— Logan deixou escapar. —Você acha?— Justin sorriu para Logan depois de me mandar uma piscadela. —Eles estão vendendo réplicas por lá por apenas duas centenas de dólares. Você deve informar ao seu pai para que você tenha uma. O rosto de Logan atirou para mim. —Podemos, pai? —Qualquer coisa que você quiser, grande cara— eu respondi a Logan antes olhando para Justin, que estava rindo duro por trás de suas mãos. —Muito obrigado, idiota. —Tudo bem vocês dois, vamos nos aquecer em breve, então eu vou seguir em frente. Torça por mim, tudo bem, cara? —Justin suavemente bateu Logan no peito. —Antes de ir, você não viu mais ninguém? —Perguntei a Justin.
—Sim, eu vi Brody e Viper há cinco minutos, e eu também vi Danicka. —Você
fez?—
Fiquei
surpreso.
Ela
tinha
estado
realmente quieta no trabalho toda a semana e, em seguida, disse que não tinha certeza se ela iria, então eu assumi que ela não estava se sentindo bem. —Oh, sim.— Seus olhos se arregalaram e ele mordeu o lábio quando olhou para Logan, que não estava prestando atenção, então de volta para mim. —Eu a vi. Todos nós a vimos. Uau, cara. Uau. Revirei os olhos e acenei para ele. —Saia daqui. Justin afastou-se em direção a um grupo de outros homens, sendo um deles Kyle Keegan. Aquele pobre alto, garoto magricela levantava algumas polegadas acima de todo mundo em altura e mundos por trás deles na maturidade. Estudei Kyle por um minuto, ele deu um passo para o lado, e eu observei que Danicka estava bem atrás dele, olhando para o seu telefone celular. Uau era um eufemismo. Exceto para a primeira noite, quando ela estava montando seu escritório, eu só a tinha visto em saias e camisas de botão no escritório. Esta noite ela estava vestindo shorts jeans de corte, uma camisa branca do Cubs com riscas azuis, e uma blusa vermelha por baixo. Seu longo, cabelo escuro, ondulado fluía pelas costas quando ela virou a cabeça para falar com as pessoas, e tudo que eu conseguia pensar era passar as minhas mãos por ele e agarrar um punhado. —Senhor?— Eu pulei com estranho falando que estava de pé ao meu lado, inclinando-se perto demais.
Dei um passo para trás, olhando para ele quando se aproximou e repetiu. —Eu disse que são vinte e três dólares. —Vinte e três dólares? Por que... —Eu me peguei olhando para Logan, que tinha encontrado um assento e estava feliz comendo um cachorro-quente, nachos, e um saco de amendoins. Ele sorriu para mim com queijo nos cantos de sua boca enquanto eu gemia e tirava a minha carteira. —Oooh, o que você me comprou?— Danicka aproximouse, piscando um sorriso de milhões de dólares quando eu contei os trinta dólares e dei ao fornecedor. Ele enfiou a mão no bolso para o troco, mas eu gentilmente o detive. —Apenas mantenha. —Grande gastador—. Danicka mexeu as sobrancelhas para cima e para baixo. —Sim, não completamente, mas eu sou um otário e não posso dizer não a um garoto.— Eu coloquei a minha carteira de volta no bolso, roubando um vislumbre da pele macia logo abaixo de sua clavícula enquanto eu olhava para o chão. Eu queria tocar essa pele tão extremamente ruim. Ela inclinou a cabeça. —Que garoto? Dei um passo para trás, acenando em direção a ao mini adolescente sempre com fome atrás de mim. —Meu filho, Logan. Danicka deixou escapar um pequeno suspiro, e seus olhos ficaram enormes quando ela olhou dele para mim. —Eu nunca conheci seu filho.
—Logan, levante-se. Não seja rude. —Eu puxei o ombro de sua T-shirt quando ele ficou de pé, não deixando cair qualquer um de seus alimentos no processo. —Oi, Logan. Meu nome é Dani, e eu trabalho com o seu pai. —Danicka se inclinou para frente e colocou as mãos entre os joelhos para que ela ficasse da altura de Logan. Eu sabia exatamente o que aparecia de seu ângulo, e por apenas aquele momento, eu queria desesperadamente que eu pudesse trocar de lugar com meu filho. —Oi.— Ele sorriu de volta, sem noção que ele estava tendo um dos melhores momentos de toda a sua vida aos nove anos de idade. —Você é a coisa mais fofa que já vi, sério. —ela murmurou para ele. Suas
bochechas
ficaram
vermelhas
e
seu
queixo
mergulhou para baixo. —Obrigado. —Você parece exatamente como seu pai.— Seu olhar capturou o meu, em seguida, fugiu para longe rapidamente quando ela se encolheu e percebeu o que acabou de dizer. —Ele se parece comigo. Pequeno jogador. —Eu segurei a minha mão para cima e ele bateu. —Quantos anos ele têm? Suspirei e inclinei a cabeça para trás e para frente. — Sua certidão de nascimento diz que ele tem nove, mas se você for pela maneira como ele come e que eu pago em mantimentos cada semana, ele tem dezessete anos. As luzes do estádio brilhavam nos olhos escuros de Dani quando ela riu. —Eu aposto.
—Danicka!— Alguém chamou por trás dela. Ela virou-se e levantou um dedo antes de voltar com um suspiro. —As pessoas continuam tentando me roubar esta noite. —Não é possível dizer que a culpa são deles, — eu murmurei, mais alto do que eu pretendia. —O que? —Nada— eu menti. Ela estreitou os olhos para mim quando virou a cabeça para o lado apenas um pouco. —Mm-hmm. Eu não acho que eu acredito em você, mas por uma questão de Logan não ouvir a minha boca de marinheiro, eu vou deixar isso ir. — Ela olhou para o meu filho. —Logan, foi muito bom conhecêlo, e espero chegar a vê-lo novamente algum dia. —Prazer em conhecê-la, também,— Logan respondeu, derrubando em sua perna taco e pequenos pedaços de amendoim. Eu suspirei alto. —Oh meu Deus, sinto muito por isso. Logan! —Pare.— Ela estendeu a mão e agarrou meu braço quando levantou a perna sobre o assento para limpá-la. — Não é grande coisa. Você se esquece quando trabalha com atletas para a vida. Isso provavelmente não é a pior coisa que eu já tive correndo em minha perna. —Ela piscou para mim e se afastou. Quando ela foi embora, eu não podia deixar de olhar. —Oooooh, Andy tem uma namorada!— Viper cantou em voz alta enquanto andava de um lado meu para o outro.
Meus olhos caíram rapidamente para baixo em Logan e de volta quando eu lhe dei um soco no braço. —Você quer calar a boca, por favor? Viper apertou seus olhos fechados e fez uma careta quando percebeu que Logan estava sentado atrás de mim. — Erro meu, cara. Brody passeou ao lado de Viper, batendo-lhe com força na parte de trás do pescoço. —Normalmente não é erro seu, idiota? O que você fez dessa vez? —Uh.— Viper entrou em pânico quando esfregou a parte de trás do pescoço. —O nosso amigo Andy aqui estava apenas olhando bem de perto, tentando ver a marca do shorts jeans que Danicka Douglas estava usando, e eu comentei... alto. Brody espiou ao redor de Viper e notou Logan sentado no banco. —O que há, L-Dawg!—, Ele gritou, segurando um punho para ele. Logan revirou os olhos e deu um soco de volta. —Qual foi o olhar?— Perguntei, irritado com as maneiras de meu filho. —Estou pronto para começar. Quando é que vai começar? — Ele lamentou. —Boa noite, senhoras e senhores. Poderíamos ter sua atenção por apenas um segundo, por favor? —Um homem anunciou pelo alto-falante. —Nós vamos precisar de todas as crianças que estão no campo para apresentar o placar da casa agora. Nós estaremos começando em apenas alguns minutos.
Minhas sobrancelhas se ergueram. —Olhe para isso, eles devem tê-lo ouvido. Vai lá! Logan pulou de seu assento, empurrou o lixo em meus braços, e correu por nós, para o campo. —Uau. Bom tempo —, disse Brody. —Cara,
eu
realmente
sinto
muito—,
Viper
pediu
desculpas novamente. —Eu nem sequer o vi sentado lá. —Está tudo bem.— Eu cruzei meus braços enquanto olhava para o campo, tentando não perder o controle de Logan, que estava correndo para o centro do campo em um mar de outras crianças. —Você a estava verificando, no entanto.— Viper riu. —Não, eu não estava— eu menti. Viper franziu a testa para mim. —Claro que sim, você estava. Grande momento. Eu olhava, procurando o boné vermelho de beisebol e a camisa do Logan. —Chega,— eu disse com firmeza. —Oooh, eu acredito que você acertou um nervo, Sr Lawrence Finkle,— Brody brincou. —Eu certamente o fiz.— Os olhos de Víper eram enormes. Eu tinha dado a ele combustível suficiente para manter o fogo aceso, mas eu estava fazendo o meu melhor para evitar o contato de olhos, esperando que aqueles idiotas fossem farejar em outro lugar. —Então, qual é o problema? Você gosta dela? —Não.— Eu suspirei, esperando que ele fosse pegar a dica e parar de empurrar o problema.
—Whoa— Viper disse secamente. —Você ouviu o suspiro, Murphy? Ele totalmente gosta dela. Andy quer Dani. —Eu acho que você está certo. Andy quer Dani, —Brody brincou. Viper deu um tapa no peito de Brody de brincadeira. — Você sabe se eles se reunissem, seu nome de relacionamento seria “Dandy”? Brody apertou os lábios, tentando conter o riso. —Sério, o suficiente— Eu bati. —Eu não gosto dela. Não assim. Brody coçou o queixo, me olhando com suspeita. —Não é assim como? —Não gosto da maneira que vocês estão pensando. Ela é apenas a minha colega de trabalho — Eu grito de volta. Brody e Viper olham para mim com as mesmas expressões em seus rostos inexpressivos. —O quê?— Eu grito. —Ela é apenas um colega de trabalho em um tipo que você quer jogar para baixo-e-foder-o inferno fora de seu tipo de qualquer forma?— Viper riu. Brody sacudiu a cabeça. —Não, não. Eu acho que ele está dizendo é que ela é apenas um colega de trabalho que ele-quer-fazer-gritar-o-nome-dele-na-cama
em
todo
o
caminho. Eu respirei fundo pelo nariz. —Eu acho que ele está dizendo é que seus amigos são idiotas e ele vai se afastar agora.
—Espere um minuto, deixe-me ver se entendi. Se eu ver você ir embora, como você a observou, isso significa que eu estou interessado ou não estou interessado? —Viper gritou, recebendo mais um soco.
CAPÍTULO 16 Danicka O All Star Week foi demorado e cansativo, e eu estava realmente feliz quando terminou. Ainda levou alguns dias para me recuperar depois de tudo que foi dito e feito, mas no início da próxima semana, foi o negócio de costume. —Você sabe que dia é hoje?— Ellie gritou enquanto vinha sorrateiramente por trás de mim. Eu me virei. —Jesus, Ellie!— Meu coração estava batendo tão alto que eu podia ouvi-lo em meus ouvidos. —Desculpe,
eu
fiquei
animada.—
Ela
riu.
—Mas
seriamente... Você sabe que dia é hoje? Voltei-me para organizar a minha mesa. —Terça? —Não é qualquer terça-feira, tola. É a terça-feira do Taco! Que hora você quer ir? —Oh, uh... —Eu fingia estar ocupada com meus papéis para parar, em vez disso tendo um tempo para pensar em uma desculpa. Ellie e eu tinhamos os nossos almoços juntas, ao mesmo tempo todos os dias, o que era fantástico, mas ela gostava de ir a esse mesmo pequeno restaurante mexicano a cada semana para o Taco as terça-feira. Depois de três terças e três pedaços de papel enviados para mim, um por fax e dois por entregas FedEx, eu comecei a notar um padrão. —Eu não sei se o meu estômago poderia lidar com tacos hoje. Podemos
verificar o tempo e ir para saladas em vez disso? —Eu implorei a ela, jogando em um lábio enrolado de piedade extra. —Oh, isso não é problema.— Ela acenou com a mão. — Doze trinta? —Soa perfeito. —Você está bem? —Ela perguntou, franzindo a testa para mim. —Totalmente bem— menti com um sorriso antes de me retirar para o meu escritório para me enterrar no meu trabalho por um tempo e esquecer que o resto do mundo existia.
Doze trinta veio ao redor, e eu olhava para a porta, esperando que Ellie batesse nela. Assim como um relógio, lá estava ela. Ela colocou a cabeça no meu escritório depois que bateu suavemente. —Você está pronta para ir? Peguei a minha bolsa, e estávamos fora. Estava quente, pelo menos, trinta graus e totalmente abafado lá fora. Descemos a rua, procurando um bom lugar para entrar e agarrar uma salda fresca. —O que há com você?— Eu e Ellie colidimos enquanto estávamos na esquina, à espera da faixa da luz de pedestres mudar.
—Não há nada comigo.— Eu sorri normalmente quanto eu poderia. —Por quê? —Eu não sei.— Ela encolheu os ombros. —Você parece... Diferente. Quieta. Distante. —Sinto muito, eu só tenho um monte na minha mente. —Qualquer coisa que você queira falar?— Ela perguntou docemente enquanto atravessávamos a rua e faziamos nosso caminho para o Slice of Life, uma incrível e pequena delicatessen a uma quadra do nosso prédio de escritórios. —Não,
apenas
coisas
de
trabalho.
É
realmente
totalmente chato. —Eu puxei a porta aberta para Ellie e dei um passo para trás, olhando em volta rapidamente antes de seguir e entrar. Tivemos as nossas saladas e sentamos em uma mesa para dois no canto de trás. Depois de alguns minutos de silêncio, exceto pela nossa mastigação, Ellie ficou com um pequeno sorriso no rosto. —O que é isso?— Eu apontei para o rosto dela. —O que é o quê? —Não se faça de idiota comigo, você tem um olhar. Um olhar um pouco má. Derrame. Ela nem sequer tentou esconder seu sorriso mais; Ela estava radiantemente aberta. —Eu conheci um garoto. Meus olhos se arregalaram. —Você fez? Um garoto bonito? —Um garoto muito bonito. Eu acho que eu gosto dele. Eu acho que eu gosto muito dele, na verdade. —Detalhes.
—Bem... —Ela apertou os lábios em um sorriso e olhou para o teto enquanto pensava sobre ele. —Na semana passada, quando vocês estavam todos fora se divertindo, a maioria do tempo era só eu e Ethan no-escritório... —Oh Deus. É Ethan? —Eu franzi o nariz e definir o meu garfo. —Vou precisar parar de comer se for ele. —Ai credo. Não, não é Ethan. —Ela balançou a cabeça, espelhando a minha cara de nojo. —Mas quinta-feira teve um monte de amigos vindo para o escritório para buscá-lo para o almoço. Um deles se chamava Kevin, me chamou a atenção. —Isso é emocionante, Ellie. Então, obviamente, você falou com ele no fim de semana? —Eu dei uma mordida no mirtilos de couve, e castanha de caju em minha boca. —Bem, ele voltou na sexta-feira, sozinho e Ethan não estava. Eu disse a ele isso, e ele disse que não tinha ido lá por Ethan.— Ela colocou seu garfo para baixo e apoiou o queixo em sua mão. —Ugh, ele é tão bonito. De qualquer forma, nós trocamos números e mandamos uma mensagem no final de semana. Então domingo nós nos encontramos para almoçar, que se transformou em jantar, que se transformou em café da manhã antes de ir trabalhar na segunda de manhã. —Ellie! Sua putinha! — Eu sussurrei em voz alta, inclinando-me para perto. —Ele é bom na cama? —Meu Deus... surpreendente. Minha pobre gata estava correndo em volta do meu apartamento com seu cabelo arrepiado, porque ela nunca me ouviu gritar assim antes.
Cobri a minha boca com a mão, tentando abafar a minha risada. —E você?— Ela acenou para mim. —Quando foi a última vez que teve relações sexuais tão boa que assustou o inferno fora de seu gato? —Primeiro de tudo, eu tenho um cachorro. O nome dela é Roxy. Em segundo lugar, tem sido... Um tempo. De volta para você. Ellie não estava saindo. —De jeito nenhum. Você não vai sair desta. Vamos lá, me dê alguma coisa. —Não há nada a dizer.— Eu enrolo o meu guardanapo e deixo cair no meu prato. —Eu não estou namorando ninguém e não tenho estado por um tempo. —Por que não? Dei de ombros. —Eu não sei. O último cara com quem namorei parecia super em mim até o natal chegar. Ele basicamente
me
deu
uma
lista
de
todas
as
coisas
autografadas que ele queria. Vim a descobrir que ele estava vendendo a merda no eBay e fazendo uma tonelada de dinheiro, também. Nem preciso dizer que terminou rápido. —Que idiota! —Grande momento. Desde que terminou, cerca de um ano atrás, eu não sei... a vida apenas tem estado ocupada e ninguém tem realmente despertado o meu interesse, sabe? — Ellie levantou uma sobrancelha e olhou para mim como se quisesse dizer algo, mas não tinha certeza se ela deveria. —O quê? —Eu perguntei na defensiva.
—Ninguém tem capturado o seu interesse? Tem certeza? —Ela desafiou. —Uh... sim, certeza. —Ninguém? —Ninguém. —Nem mesmo um certo homem cujo nome rima com...— Ellie fechou um olho e olhou para o teto com o outra. —Randy Thaw? —Randy
Thaw?—
Eu
repeti
devagar,
tentando
decodificar seu cara mistérioso. —Andy?— Eu exclamei tão alto que as poucas pessoas sentadas perto de nós olharam. Uma vez que eles voltaram a suas mesas, eu me inclinei para frente novamente. —Andy? Você está fora de sua mente maldita? Ellie ergueu o queixo no ar. —Não, eu não estou fora da minha mente. E eu acho que estou certa. —Quem diabos jamais teria lhe dado essa ideia em primeiro lugar? —Oh, por favor.— Ela suspirou, golpeando o ar. —Vocês acham que a pequena Ellie apenas se senta na mesa e faz o que ela disse. Ninguém percebe que ela presta atenção... a tudo. Eu vi a maneira como vocês dois se olham e roubam olhares quando pensam que o outro não está olhando. Já para não falar antes de você vir trabalhar lá, ele raramente saia de seu escritório. Agora ele está correndo por minha mesa tantas vezes por dia, que provavelmente está gastando as solas de seus sapatos.
Joguei a minha cabeça para trás e ri pesado. —Ellie, minha pobre, doce Ellie. Você é Insana. Ela virou a cabeça para o lado, olhando para mim com ceticismo. — Eu sou? —Sim, você é. —Você sabe que não negou isso ainda?— O canto dos lábios vermelhos enrolou em um sorriso. —Eu tenho certeza que o fato de eu achar que é risível é a minha maneira de negar isso, El. —Sério?— Ela fez beicinho. —Porcaria. Eu realmente queria estar certa. Eu não sabia sobre o seu ex-idiota, mas o garoto, o que eu sei sobre ele. Ele merece ser feliz novamente. Depois de Blaire, ele merece ganhar uma namorada na loteria. Eu tentei não parecer muito interessada, especialmente desde que Ellie já suspeitava que eu gostava de Andy, mas eu estava morrendo de vontade de ouvir sobre a sua ex. —Você a conheceu? —A conheci? Pfft! Ela entrou no escritório gritando sobre isto ou aquilo tantas vezes que por um tempo eu juro que me retrai cada vez que a porta do elevador se abriu. —Ela balançava a cabeça em desgosto. —De jeito nenhum!— Eu olhei para o meu relógio. Nós estávamos indo para voltar tarde do almoço, mas quem se importava? De jeito nenhum eu pararia Ellie agora. —Sim desse modo. E ela não era silênciosa sobre o assunto, tampouco. Eles se separaram recentemente quando
eu comecei a trabalhar lá, mas ela ainda acha que possuí o lugar e o deixou saber sempre como se sentia sobre ele. —Ela soa como uma verdadeira jóia—, eu disse secamente, esperando que ela continuasse falando. —E você sabe, Andy é um grande cara. Ele nunca gritou de volta com ela do jeito que ela gritou com ele. —Um pequeno sorriso quebrou para fora através de sua boca. — Havia um par de vezes que ele a acompanhou até o elevador com firmeza e lhe disse para dar o fora, mas ele nunca gritou. —Eu meio que gostaria que ele tivesse. —Você e eu.— Ela olhou para o telefone e suspirou. — Caralho! Estamos atrasadas. Nós limpamos nossa mesa e fomos de volta para o escritório. Quando nós caminhamos rapidamente, o meu olhar varreu a rua, estranhamente consciente dos meus arredores e todas as pessoas andando em volta de mim. Eu olhei para o chão, deixando meu cabelo cair na frente do meu rosto, tanto quanto possível, quando eu segui Ellie do outro lado da rua e no nosso edifício de escritórios. Uma vez que estavamos no elevador, minha frequência cardíaca diminuiu, e eu puxei o meu cabelo para trás em um rabo de cavalo. —Eu estou contente que nós tivemos saladas em vez de tacos.— Ellie riu quando a porta se abriu. —Eu preciso entrar em forma, se eu vou continuar vendo Kevin. —Por favor, não.— Eu descansei a minha mão contra o meu estômago e fiz uma careta. —histórias de sexo selvagens não mais. Estou muito cheia.
—O quê?— Ethan colocou a cabeça para fora do corredor. —Tacos e histórias de sexo selvagem? Estou dentro. Ellie e eu gememos, ao mesmo tempo, cada uma indo para nossas respectivas mesas. Cerca de quinze minutos depois, vi Ellie se levantar da sua mesa e ir para a sala de cópia. Em poucos segundos, ela gritou: —Oh meu Deus! Danicka! Calafrios cobriram todo o meu corpo. Oh não, de novo não.
CAPÍTULO 17 Andy Eu voltei do almoço, assobiando feliz quando saí do elevador. Ellie estava parada na porta do escritório de Dani, falando em voz baixa. Fiz a curva em direção ao meu escritório até que ouvi o meu nome. —Andy, você pode vir aqui, por favor?— Ellie gritou. —Ellie, pare!— Dani virou-se para ela em um tom mais agressivo do que eu já a ouvi falar. —Eu disse que estava tudo bem. Não é um grande negócio. —O que está bem e o que não é um grande negócio?— Eu perguntei curiosamente, andando atrás de Ellie. Ela virou-se a meio caminho em direção a mim na porta, mas manteve os olhos focados em Dani, que estava sentada em sua mesa. —Você quer dizer a ele ou eu deveria? Dani estreitou os olhos e olhou para Ellie, claramente querendo que tudo o que estava acontecendo fosse mantido em segredo. —Que tal se nenhums de nós disser a ele e deixarmos esquecido como eu disse que deveria? —Que tal alguém dizer a ele antes que ele fique chateado porque ele realmente odeia falar na terceira pessoa?— Apoiei um braço na moldura da porta acima da cabeça de Ellie e me inclinei mais para dentro da sala. — Alguém? Alguém?
Dani ergueu o queixo em desafio e cruzou os braços, ainda franzindo o cenho para Ellie. —Bem. Você pode ficar com raiva de mim, se quiser, mas eu te amo e isso é importante —, disse Ellie a Dani antes de olhar para mim. —Isso foi enviado por fax aqui hoje—, ela disse quando me entregou um pedaço de papel. Fiquei olhando para a imagem fotocopiada preta-e-branca de Dani. Ela estava andando pela rua, olhando para a esquerda, quando o vento soprava seu cabelo um pouco. Ela claramente não tinha idéia de que alguém estava tirando uma foto dela. Ao lado da fotografia tinha a palavra cadela escrita à mão do marcador grosso. Minha cabeça se levantou, e meus olhos focaram em Dani. —O que diabos é isso? Ela lambeu os lábios e encolheu os ombros com indiferença. —Eu não sei. —O que quer dizer que você não sabe? O que é isso? — Meu coração começou a correr. Nada assustador como isso nunca tinha vindo através do meu escritório antes, e o fato de que ele foi dirigido a Dani me irritava ainda mais. —EU. Não. Sei —, ela repetiu bruscamente, olhando diretamente para mim. —Não sabemos quem mandou isso?— Eu estudei a folha de papel e olhei de volta para Ellie. —Não sabemos por quê? —Eu fui para a máquina de fax porque eu estava esperando alguma coisa, e em vez, isso estava colocado lá. Eu trouxe para ela imediatamente, e ela me pediu para dar a ela
e não lhe dizer. Isso me assustou, então eu o chamei aqui. — Ellie olhou para o chão, infelizmente. Troquei meu olhar com a Dani. —Por que não está trabalhando como estamos? Isso já aconteceu antes? Dani engoliu, mas não respondeu. —Quando? —Eu rugi. —Algumas vezes, eu não me lembro as datas exatas. Não é grande coisa. Acalme-se e pare de gritar com todo mundo — ela engoliu. —Eu vou chamar a polícia.— Eu girei em meus calcanhares e comecei a marchar em direção ao meu escritório. Eu estava a menos de dez passos da porta da sala quando Dani, correu na minha frente e virou, cavando seus calcanhares enquanto colocava as mãos nos quadris. —Você não está ligando para a polícia. —O
inferno
que
eu
não
estou.—
Eu
evitei
ela,
continuando para meu escritório. Mais uma vez ela correu na minha frente, desta vez batendo a mão em cima do meu telefone de mesa. —Andy, ouça. Eu acho que sei quem ele é, e ele está apenas irritado. Ele vai superar e isso vai explodir, a menos que chamemos a polícia e tornamos um negócio maior do que realmente é. —Quem é ele? Sem tirar os olhos de mim, ela lentamente deslizou a sua mão desligando o telefone e levantando-se em linha reta. —Eu acho que é Cole Woods ou um dos membros de sua comitiva ridícula.
Eu fiz uma careta para ela. —Cole Woods? A partir dos Vikings? —Sim.— Ela assentiu com a cabeça. —Lembra-se da história que eu lhe disse... sobre por que eu estava saindo da Empresa
Leighton?
Ele
é
o
único
que
fez todos
os
comentários inadequados e me assustou o muito no meu escritório. —Esse era Cole Woods? Eu me lembro de você me dizendo sobre o incidente, mas você nunca me disse um nome. —Senti um adormecimento, eu deslizei na cadeira em frente da minha mesa, colocando o pedaço de papel para baixo na minha frente. —Não é o meu estilo arrastar as pessoas e dar nomes. Especialmente neste negócio, você sabe como é. —Ela puxou minha cadeira de escritório e sentou-se. Ficamos em silêncio por um momento, ambos, sem dúvida, pensando a mesma coisa... que porra de pedaço de papel. —Houve outros?— Eu finalmente perguntei. Ela engoliu em seco novamente, mas recusou-se a fazer contato visual comigo. —Sim. —Assim como esse? —Um pouco. As minhas fotos eram diferentes, mas sempre tinha a mesma coisa escrita nela. Olhei para cima do papel para ela. —Quais foram as outras fotos? —Tudo minha, e até agora todas elas foram tiradas às terças-feiras, quando Ellie e eu saímos para o almoço— ela
disse suavemente, tocando com os dedos nervosamente enquanto ela falava. Suspirei, esfregando a minha testa com a mão. — Quantas outras? —Este é a quarta. Deixei a minha mão no meu colo rapidamente. —Jesus, Dani. Você disse um casal. Um casal são dois. Ela olhou para mim com medo disfarçado de raiva. — Será que o número realmente importa neste momento? Quando eu defini a imagem na minha mesa e cruzei os braços, ela o pegou. Ela estava certa. Não importava se houvesse dois, dez ou cinqüenta. Um deles era demais para mim. Eu não sabia muito sobre Cole Woods, mas iria terminar no minuto em que ela saisse do meu escritório. Nós nos sentamos novamente em silêncio, cada um de nós sem saber o que fazer. Eu queria chamar a polícia e ter seu rabo preso dentro de uma hora, mas e se Dani estivesse certa? O que fez de alguma forma torna as coisas piores? Será que isso realmente apenas acabaria eventualmente? —Você está bem?— Eu finalmente perguntei. Ela estava assustada, olhando para cima do papel. —Eu estou bem.— Ela parecia tão pequena por trás da minha mesa grande, e a verdade é que eu não nunca queria que ela saísse. Eu queria que ela ficasse no meu escritório para sempre, onde pelo menos eu sabia que ela estava a salvo. —Eu não me refiro apenas agora, eu quero dizer... você está bem? Realmente bem? —Estou muito bem.
Ao longo das últimas semanas, eu aprendi muito sobre Danicka Douglas. Ela era inteligente, ela era afiada, ela era um pequeno terror que me deixava louco na maior parte do tempo. A única coisa que ela não fazia era se assustar com facilidade, mas quando eu estava sentado naquela cadeira e a observava mastigar as unhas enquanto olhava para aquele pedaço de papel, eu poderia dizer que ela estava com medo. —Escute, eu estou aqui. Se você precisar de qualquer coisa... —Eu sei—, ela me interrompeu enquanto seus olhos agarravam ao meu, me oferecendo um sorriso tenso, — e eu aprecio isso, mas eu vou ficar bem. Estou preocupada principalmente com isto saindo e parecendo ruim para a empresa. —Danicka, agora eu não dou a mínima para a empresa.— Eu balancei a cabeça, olhando diretamente para ela. —Neste momento, tudo que me importa é você e sua segurança. Essa é a minha única preocupação. Sua expressão se suavizou quando seu olhar caiu para o chão. —Eu aprecio isso, mas eu estou esperando que se nós simplesmente não fizermos nada, tudo vai embora.— Ela pegou a foto e levantou-se da minha mesa, caminhando ao redor. Quando ela chegou ao meu lado, ela parou e colocou a mão no meu ombro. —Andy.— Ela olhou para mim. —Quero dizer. Sem polícia. Promete? Eu olhei para ela os olhos escuros e suplicantes e coloquei a minha mão sobre a dela. —Bem. Eu prometo por
agora. Mas você tem que prometer me dizer se alguma coisa acontecer, no minuto em que acontecer. Combinado? Seus olhos se suavizaram e ela me deu um pequeno sorriso de boca fechada. —Combinado. Quando ela saiu do meu escritório, eu sentei na minha cadeira e sacudi a cabeça, sabendo que ela tinha acabado de mentir na minha cara.
CAPÍTULO 18 Danicka Na semana seguinte, no escritório foi um pouco tenso, mas por incrível que pareça, eu me senti aliviada que Andy sabia o que estava acontecendo. Eu tinha crescido tão acostumada a olhar por cima do ombro no último mês ou assim, era bom ter alguém vigiando as minhas costas, também. Apenas dizer o nome de Cole Woods, em voz alta, foi purificador e tirou uma tonelada de peso dos meus ombros. Andy pediu que, por enquanto, Ellie e eu mantesse as nossos encontros de almoço na empresa, e enquanto ela era uma dor no início, tínhamos resolvido em uma pequena rotina. Ela iria pedir almoço enquanto eu configurava um piquenique improvisado no meu escritório. Andy e Ethan até mesmo se juntaram a nós um par de vezes. Tínhamos tornado este grupo um pouco estranho, muito unido, e eu adorei. —Bom dia, Ellie!— Eu disse alegremente quando saí do elevador. Sem olhar para cima de seu computador, ela me ofereceu um pequeno aceno. —Dia. Confusa, eu parei e olhei para ela, perguntando por que ela não estava em seu típico auto borbulhante. —Você está bem?
—Tudo bem,— ela disse rapidamente, em seguida, voltou para o seu trabalho. —Ok.— Eu dei de ombros e me dirigi para o meu escritório, surpresa ao encontrar a porta fechada. Eu sempre deixava aberta quando eu saía do trabalho no final de cada noite. Por uma fração de segundo, pensei em voltar atrás para perguntar a Ellie se alguém tinha estado lá, mas decidi não o fazer. Virei à maçaneta, dei um passo para o meu escritório, e engasguei. Flâmulas penduradas de canto a canto, confetes cobriam o chão, e pelo menos trinta balões amarelos lotavam a sala. —Feliz aniversário!— Ellie gritou, envolvendo os braços em volta dos meus ombros e apertando forte. —Oh meu Deus, Ellie. Eu não acredito que você fez isso. —Eu coloquei a minha bolsa no chão e virei-me para lhe dar um abraço real, o que era difícil de fazer, porque ela não parava de saltar para cima e para baixo. —Eu vim bem cedo só para colocar os balões. Não vou mentir, estou um pouco tonta. Eu ri em seu ombro, rapidamente piscando para conter as lágrimas. Ninguém nunca tinha feito um grande negócio pelo meu aniversário, e eu sempre disse a mim mesma que não me importava, mas agora que alguém tinha, era incrível. Ellie era incrível. —Minha vez! Quero fazer parte deste abraço! —Ethan gritou enquanto corria ao longo de seu escritório e jogou os braços em volta de nós duas. —Feliz aniversário, Dani.
—Obrigada, Ethan.— Eu subi e apertei seu antebraço. —Ok, você pode deixar ir agora. —Espere. Só mais alguns minutos — disse Ethan, fechando os olhos enquanto apoiava a cabeça nas costas de Ellie. —Ethan!— Ellie e eu gritamos, balançando fora do seu alcance. Ele deu um passo para trás, prendendo o lábio inferior para fora, e chorando todo o caminho de volta para seu escritório. Eu abaixei e peguei minha bolsa do chão. —Eu me perguntei por que você estava sendo tão estranha comigo esta manhã, pirralha,— eu disse a Ellie quando fiz o meu caminho para o meu escritório, chutando balões no ar no caminho. Ela escovou confete fora da cadeira e se sentou. —Eu não podia olhar para você. Foi tão difícil de ignorá-la, mas eu sabia que se nós fizéssemos contato com os olhos, eu teria cedido, e eu queria que você fosse surpreendida. Você ficou surpresa? Eu empurrei um par de balões da minha mesa e olhei para
ela.
—Você
está
brincando
comigo?
Eu
estava
totalmente surpresa. Você é a melhor, Ellie. Muito obrigada. —Você não estará indo me agradecer na próxima semana, quando você ainda estiver limpando confete. — Ela cobriu a boca, tentando esconder o riso, mas seus sorridentes olhos azuis jogaram fora. —Não me diga—, eu concordei, suspirando enquanto eu olhava para as pequenas sucatas prata e azuis por todo o chão. —Mas eu te amo por isso, então você está perdoada.
—Whoa.— Os olhos de Andy se arregalaram e sua boca caiu quando empurrou a porta aberta. —O que está acontecendo aqui? —É
o
aniversário
de
Danicka!—
Ellie
cantou
alegremente. Seus olhos voaram para os meus, os cantos enrugando ligeiramente enquanto olhava diretamente para mim. — É mesmo? Eu não fazia ideia. —Tudo bem, por que você faria?— Eu respondi, sentindo-me tímida sob o seu olhar. Limpei a garganta. —Na verdade, eu não tinha idéia de que Ellie sabia, tampouco. Ellie levantou as mãos no ar, palmas para cima, e sorriu com orgulho. —O que posso dizer, minhas capacidades assediadoras não conhecem limites-— Ela parou de repente e fechou os olhos, encolhendo-se. —Sinto muito, Dani. Má escolha de palavras. —Não se preocupe com isso. — Eu acenei para ela. — Tem sido mais de uma semana. Esperemos que tenha ficado aborrecido e mudou-se para algo mais excitante — disse eu, tão otimista quanto eu poderia. Meu olhar caiu para Andy, e eu dei-lhe uma piscadela. —Sim, bem, vamos ficar para o almoço por um tempo ainda, ok? Eu não quero vocês duas lá fora, sozinhas, incitando-o. —Andy suspirou profundamente. —Isso significa que você está se juntando a nós esta noite?— Ellie perguntou a Andy, movendo as sobrancelhas para cima e para baixo.
—Hoje à noite?— Eu exclamei, voltando a minha atenção para Ellie. Ela revirou os olhos enquanto estava de pé, olhando para mim. —Oh vamos lá. É sexta-feira e é seu aniversário. Você realmente pensou que nós não estávamos indo sair depois do trabalho? Comecei a discutir, — Espere. Não eu tenho... Ellie levantou a mão, me parando. —Mentira. — Ela balançou a cabeça. —Você não tem nada para fazer. —Não, é sério. EU… —Vamos,— Andy interrompeu com um pequeno sorriso adorável, seus olhos azuis brilhando. —Primeira rodada por minha conta. Borboletas que estavam adormecidas durante anos sacudiram acordadas com essas cinco pequenas palavras e começaram a saltar fora das paredes da minha barriga como se estivessem pulando na fenda. —Você vai? — Perguntei, mordendo o meu lábio interior para não sorrir muito grande. Ele estreitou os olhos, puxando as sobrancelhas, apertadas quando inclinou a cabeça para o lado. —Claro. —Você não precisa,— eu soltei sem pensar. Cale a boca, Danicka. Cale sua estúpida boca. Não diga isso. Ele deu de ombros rapidamente. —Eu quero ir. —Oh meu Deus.— Um sorriso rolou lentamente nos lábios de Ellie quando ela olhou para trás e para frente entre nós dois. —Eu sinto como se estivesse assistindo a conversa
mais adorável no campo de jogos agora. Vocês dois estão indo firme agora? —Cale a boca, Ellie!— Eu bati, meu rosto aquecendo de vergonha. Olhei para cima, esperando que Andy estivesse tão envergonhado como eu estava, mas em vez disso ele tinha um sorriso arrogante no rosto, os olhos grudados em mim. — Ambos, saia! Eu tenho trabalho a fazer. —Acenei com as minhas mãos, empurrando-os para a porta. Ellie riu quando passou por Andy, cujo olhar brincalhão ainda estava firme. Felizmente, ele entrou em cena logo atrás de Ellie e a esquerda, fechando a porta atrás de si. Peguei um pedaço de papel da minha mesa e me abanei, de repente estava quente, embora
o
ar-condicionado
estivesse
soprando
forte
e
enchendo o meu escritório me senti como se estivesse em um iglu. Cerca de trinta segundos depois, meu celular tocou, e o rosto sorridente de Ellie apareceu na tela, sinalizando um texto. E: Sério. Vocês dois não poderiam ser mais bonito? Eu quero estar no casamento, ok? Revirei os olhos e coloquei o meu telefone para o modo silencioso, determinada
em
conseguir realmente
algum
trabalho feito, apesar de que tudo o que eu podia pensar era sair depois do trabalho. Eu era a mulher que tentava chutar o traseiro de um homem no mundo, de modo que eu não era Sadie, que estava ocupada sendo uma nova mãe, eu não
tenho um monte de namorados. Ellie e eu tínhamos nos ligado no segundo em que eu pisei através da porta na Empresa Shaw e nunca olhei para trás. Estávamos em pólos opostos, mas eu amava a forma como ela completamente pegava sobre o que eu estava pensando sem eu mesma dizer uma palavra. Ela vinha dizendo há semanas que poderia ver algo entre Andy e eu. Enquanto eu a desanimava a cada momento, bem lá no fundo, eu esperava que ela estivesse certa. Cada vez que havia uma batida na minha porta, eu rezava que fosse ele. Às vezes eu deixava a minha porta aberta apenas para que eu pudesse ter um vislumbre dele andando dentro ou fora do seu escritório. Se ele passava pela minha porta para ir para a sala de reposição, de repente eu decidia que precisava de mais papel, apenas para que eu tivesse uma desculpa para falar com ele por um minuto. Mal sabia que, eu tinha oito pacotes extras de papel armazenado na minha gaveta vazia, o que provavelmente me levaria anos para usar. Suspirando, eu balancei a cabeça parecendo uma adolescente louca, com pensamentos que estavam girando ao redor e me joguei no meu trabalho. Um par de horas depois, eu estava comendo uma salada no meu escritório desde que Ellie tinha me abandonado para almoçar com Kevin, quando houve uma batida suave na minha porta. —Entre! — Gritei, tentando não cuspir alface em toda a minha mesa.
A porta rangeu quando se abriu, revelando um Andy sorrindo, segurando uma sacola amarela. Engoli em seco e lambi o restante fechando os meus lábios enquanto eu sorri para ele. —Hey,— eu disse alegremente. —Ei. — Desde que Ethan e Ellie estão ambos fora para o almoço, eu percebi que agora era um bom momento. —Ele deu um par de passos para o meu escritório e colocou o pequeno saco de presentes para baixo na minha frente. — Feliz aniversário, Danicka. Minha boca se abriu enquanto eu olhava para baixo no saco do presente em estado de choque. —Espere, você saiu e me comprou um presente hoje? Ele se sentou na cadeira na minha frente e balançou a cabeça. —Mas eu pensei que você não sabia.— Parei de falar e estreitei os olhos para ele com ceticismo. Ele apertou os lábios e tentou manter uma cara séria. — Então eu não fui totalmente honesto sobre não saber que era seu aniversário. —Você foi pouco mentiroso— eu acusei com um pequeno sorriso, enquanto limpei as mãos no guardanapo e empurrei a minha salada para o lado. —A propósito, amarelo é minha cor favorita. —Eu sabia disso, também. Suas palavras pairavam no ar entre nós, mudando o clima do lúdico para alguma coisa... Mas.
—Hum. Interessante — eu disse alegremente quando eu espreitei para dentro do saco. Eu não podia ver muito, exceto o papel branco e tecido, mas o que quer que fosse era pesado. Envolvendo a minha mão em volta de uma caixa, eu a puxeipara fora com cuidado e coloquei na minha mesa. Senti os olhos de Andy em mim, observando cada movimento que eu fiz quando eu ansiosamente desembrulhei o tecido. Quando o tecido caiu e a caixa foi revelada, meu queixo caiu. —Eu não acredito que você fez isso.— Eu balancei a cabeça, olhando para a nova lente da câmera que eu estava querendo
há
meses.
Olhando
acima
em
seu
sorriso
orgulhoso, eu engoli um pequeno nódulo que se formou na minha garganta. —Como você sabia? Ele lambeu os lábios e deu de ombros. —Eu vi você tirando uma tonelada de fotos no Home Run Derby no mês passado, e quando eu ouvi você e Ellie falando de câmeras no outro dia, eu ouvi você dizer a ela que tipo de câmera que você tinha e que você queria essa lente por um tempo. Então, eu tive isso. Meus olhos ardiam com as lágrimas que eu rapidamente tentei piscar a distância. —Andy, essa lente era muito cara, é por isso que eu estava esperando para tê-la. —Eh.— Ele acenou com a mão despreocupadamente. — Foi um preço pequeno a pagar por uma parceira tão incrível. Olhei para a lente de novo, evitando propositadamente contato visual com ele. —Não é pequeno para mim. Eu não tive o tipo de vida onde às pessoas saiam de seu caminho por mim ou para fazer um grande negócio sobre as pequenas
coisas, então isso é apenas... —Minha voz sumiu enquanto eu balancei a cabeça, não querendo me envergonhar por chorar na frente dele. —Dani, — disse ele em um tom que era suave, mas apontava o suficiente para que isso me fizesse levantar os olhos para ele. —Se isso for verdade, então você não está rodeada das pessoas certas.
CAPÍTULO 19 Andy —Woo-hoo! Quem está pronto para a noite? —Ellie gritou, batendo palmas. Danicka riu. —Se você está tão animada no elevador, eu não tenho certeza se posso lidar com você no bar. —Eu não sei se eu vou ser capaz de lidar comigo no bar.— Ellie riu quando Danicka e eu olhamos um para o outro e rolamos os olhos. A partir do minuto que Danicka entrou no elevador, eu estava lutando para tirar meus olhos dela. Eu não sei se ela tinha roupas extras em seu escritório ou foi às compras ou o que, mas a roupa que ela vestia me tinha a verificando e fez o meu queixo babar. A parte superior azul escura, com um top brilhante e jeans preto que parecia ter sido pintado nela, eu tinha as minhas próprias calças parecendo um pouco apertada. Seu cabelo caiu em volta de seu rosto em uma ondulada, confusão selvagem de uma maneira que eu imaginei que provavelmente seria quando ela acordava de manhã, algo que eu gostaria de testemunhar em primeira mão. Imagens dela de manhã com o cabelo desalinhado, quente, vestindo uma das minhas camisas de botão, inundou a minha mente, e de repente as paredes do elevador pareciam que estavam se aproximando de nós. Ela é sua empregada, Andy. Acalme-se, porra.
—Espere
um
minuto.—
Danicka
juntou
as
sobrancelhas quando se endireitou. —Eu pensei que Ethan estava vindo. Será que ele mudou de idéia? —Ele já tinha planos para jantar com os rapazes, eu acho, por que ele e Kevin vão nos encontrar lá mais tarde, — respondeu Ellie. —Você e esse cara parecem muito sério, hein? — Perguntei a Ellie. Ela encolheu os ombros. —Sim, mais ou menos. Eu acho. Falamos o tempo todo em ver um ao outro quase todos os dias. Isso nos faz ficar sério? —Ellie olhou para Danicka, e meus olhos seguiram. —Ou é vamos ter uma conversa e decidir se vamos ou não estar falando sério? —Não olhe para mim.— Ela levantou as mãos no ar na defensiva, —Eu realmente nunca tive um namorado sério, então eu não tenho idéia. —Mentira— eu disse, um pouco mais duro do que eu pretendia. Os
olhos
de
Danicka
se
arregalaram,
e
suas
sobrancelhas se ergueram quando ela olhou para frente e para Ellie. —Eu totalmente não estou brincando. Já namorei alguns caras aqui e ali, mas nada sério. Nada nem remotamente sério. Eu abri a minha boca para lhe perguntar mais sobre isso quando o elevador apitou. Todos nós saímos para o parque de estacionamento, em direção a nossos lugares. —Aqui está o que eu estou pensando.— Minha voz ecoou quando nos aproximamos dos nossos carros. —Eu
estou pensando que eu vou dirigir por nós três. Não há razão para tomarmos três carros, certo? Além disso, depois de observar como Ellie estava apenas agindo no elevador, ela não tem de estar atrás do volante de um carro esta noite. Ellie jogou as mãos em comemoração. —Estou dentro! —Uh, vocês vão em frente. Eu vou seguir, disse Danicka, caminhando em direção a seu carro. —O que? Não, você não está — argumentei. —Isso é ridículo. Venha aqui e vamos com a gente. Ela balançou a cabeça enquanto vasculhva a sua bolsa para as chaves. —Não, é sério. Eu odeio não ter meu carro comigo e ser capaz de sair quando eu quiser. —Vamos, desmancha prazeres,— Ellie implorou em voz chorosa. —Pense nisso desta maneira, se ele dirige, não temos que contar nossas bebidas. Dani inclinou a cabeça para o lado e olhou para Ellie com um olhar distante, contemplando o que ela tinha acabado de dizer. Finalmente, ela estreitou os olhos e disse: —Eu nem me lembro a última vez que eu estive tonta, muito menos bêbada. O rosto de Ellie se iluminou quando ela correu em volta do carro de Dani, ligando os braços com ela. —Mais uma razão para andar com a gente, então! — Ela disse com entusiasmo enquanto arrastava Dani para o meu carro. —Ok, ok.— Ela riu, deslizando do aperto de Ellie. — Apenas deixe-me colocar essas coisas no meu carro.— Ela abriu e colocou as flores que tinham vindo de seu pai e o meu saco de presente para dentro.
Eu fui para o lado do passageiro do meu carro e abri a porta, apenas a tempo de Ellie, pular em primeiro lugar, indo direto para o banco de trás. Dani apertou seus lábios vermelhos escuros juntos em um sorriso tenso, seus olhos fixos nos meus, quando ela passou por mim, peito a peito, e deslizou para o banco do passageiro. Quando fechei a porta, olhei para o teto e fiz uma rápida oração pedindo para ser capaz de me conter por toda a noite. Eu não tinha estado com uma mulher em um longo tempo, e por um par de meses agora, Dani e eu tínhamos estado enviando um ao outro vibrações estranhas, coisas estavam borbulhando sob a superfície. Entre a maneira sedutora que ela apenas olhava para mim e a roupa que ela estava usando, eu tinha a sensação de que estavam prestes a transbordar. Quando chegamos ao The Penalty Box, local solicitado por Dani para a noite, eu disse às meninas para ir em frente enquanto eu fiz um rápido telefonema. —Ei, como vai?— Eu disse quando Gloria atendeu o telefone. —Bem. As crianças foram para Blaire a pouco tempo, e eu estou me arrumando para ir a casa de Paul. Um tremor de culpa passou por mim quando ela mencionou as crianças indo para Blaire. Essa foi à primeira noite que eu os enviei para Blaire sem estar lá para dizer adeus. Enquanto eu estava feliz por estar com Dani e Ellie, eu definitivamente deixei de ver os meus filhos, mesmo por um par de minutos.
—Tudo bem, tenha um fim de semana divertido. Vejo você na noite de domingo. —Você também. Nós desligamos e eu fui para dentro para encontrar as meninas. No começo do dia eu já tinha chamado para me certificar de que Brody e Viper estavam ao redor e ver se eles queriam vir e se juntar a nós, por isso não foi surpresa encontrar Ellie e Dani sentadas na cabine reservada atrás do bar. O que eu não esperava era encontrar Louie, o goleiro reserva e desprezível residente, com o braço em volta do ombro de Dani. Eu respirei fundo pelo nariz e corri a minha língua ao longo de meus dentes superiores, instantaneamente irritado. —Que há, irmão?— Brody estendeu a mão para mim enquanto eu caminhava até o grupo. —Não diretamente
muito— para
respondi-lhe,
Louie,
que
enquanto
estava
muito
olhava ocupado
conversando com Viper para notar meu olhar. Viper ergueu o queixo e acenou para mim quando ele percebeu que eu tinha caminhado até o grupo. —E aí cara. Feliz que você chamou hoje. —Sim, eu também.— Eu estendi a mão e bati o punho, em seguida, propositadamente dirigi a minha mão para Louie, que teria de abrir mão de Dani, a fim de apertar a minha mão de volta. Eu já odiava o cara, mas com ele pendurado em cima dela do jeito que estava, eu queria bater alguns de seus dentes falsos de volta para fora.
—E aí, Andy?— Ele me deu um sorriso largo quando ele apertou a minha mão, imediatamente colocando as mãos ao redor dos ombros de Dani quando ela beliscou os lábios e revirou os olhos. Sabendo que ela obviamente não estava gostando foi apenas uma sugestão menos irritante, mas eu ainda o queria longe dela. —Não muito. Eu vejo que você conheceu minha nova garota? —Eu questionei, sabendo que eu estava fazendo seu som mais como uma namorada do que uma parceira, mas naquele momento, eu não dava à mínima. —Na verdade eu conheço Double D por um tempo.— Louie sorriu para ela. —Nós voltamos. — A forma viscosa que ele disse fez o meu estômago revirar enquanto eu tentei não deixar o show de choque no meu rosto que alguém como Danicka teria namorado alguém como ele. —Acalme-se, porra, Louie— disse Dani, revirando os olhos. —Eu deixei você me comprar café uma vez. —Bem, foi um encontro muito quente— disse ele perto de seu ouvido em seu melhor tom de trepadeira. Dani revirou os ombros para libertar-se de suas mãos. —Oh, por favor. Primeiro de tudo, não era mesmo um encontro.
Em
segundo
lugar,
a
única
coisa
quente
acontecendo entre nós era o café. —Ela virou seu olhar de Louie para Ellie e cutucou seu ombro. —Me dê um pouco de espaço, pode ser? —Oooooh!— Viper cobriu a boca com as mãos e gritou quando Ellie rapidamente deslizou mais fundo na cabine para
abrir
espaço
para
Danicka.
—Aposto
que
alguém
se
machucou, hein, Louie? —Que seja.— Louie golpeou o ar em direção a Dani. — Essa cadela pensa que ela é uma merda dura, mas ela não é nada. Antes que Danicka ou qualquer outra pessoa pudesse dizer qualquer coisa, eu rapidamente agarrei o seu braço no ar e apertei com força enquanto eu dei um passo para mais perto dele. Eu levantei meu queixo e olhei-o diretamente nos olhos. —Não a chame mais desse nome. Compreende? —Jesus, homem!— Louie resmungou, puxando o braço livre. —Você precisa ficar frio. —Estou frio. Se eu não estivesse, você estaria tentando levantar-se do chão agora. —Eu olhei para ele até que ele finalmente desistiu e olhou para longe. —Tanto faz. Estou fora. Vocês se divirtam com este imbecil esta noite. —Ele apontou um dedo para mim e afastou-se rapidamente. Quando me virei de volta para o grupo, todos os olhos estavam sobre mim, olhando incrédulos. —Tudo bem!— Gritei, batendo palmas juntas. —Quem está pronto para algumas bebidas? O próximo par de horas voou em um borrão de tequila e cerveja. Dani e Ellie estavam tendo uma explosão, triturando de cima e para baixo entre si na pista de dança e cantando tão alto que eu tinha certeza que onde quer que Louie tivesse se arrastado, ele podia ouvi-las. Brody, Viper, e eu sentamos no estande, principalmente sóbrio. Nenhum deles bebia
muito quando estavam no bar, apenas no caso de algo acontecer que eles precisassem lidar, e eu não estava tendo mais de uma cerveja ou duas, para que eu estivesse completamente sóbrio no tempo de sair. —Então, qual é o seu problema?— Viper perguntou cuidadosamente, com um sorriso no seu rosto quando olhou para mim. —Ainda negando que você gosta dela? —O que você está falando?— Eu joguei de mudo enquanto eu evitava contato visual descascando o rótulo da minha garrafa de cerveja. Ele jogou a cabeça para trás dramaticamente e revirou os olhos. —Oh vamos lá. Desista. Do jeito que você estava olhando Louie quando se aproximou, quase rasgando o braço dele por chamar Dani de cadela, é óbvio, cara. Dolorosamente óbvio. Olhei para Brody, que apenas levantou as sobrancelhas e assentiu. Dei de ombros, olhando para a minha cerveja. —Quero dizer, o que eu posso dizer? Temos vindo a trabalhar juntos todos os dias por um par de meses agora, nós claramente estamos mais próximos. —Você já trabalhou com Ellie por anos, e nunca perdeu a sua merda assim sobre ela— acrescentou Brody. —Apenas dizendo. Engoli em seco quando meus olhos percorreram a mesa, tentando pensar no que dizer. Esses dois me conheciam melhor do que ninguém, por isso era inútil mentir sobre o que estava acontecendo. —Eu gosto dela? Sim. Eu sou
apaixonado por ela? Não. —Eu levantei a minha cabeça, finalmente, olhando para trás e para frente entre os dois. — Nós somos colegas de trabalho. Tecnicamente, eu sou seu chefe. Nada pode acontecer. —Exceto sexo na mesa. O sexo na escrivaninha pode definitivamente acontecer. —Um sorriso malicioso apareceu no rosto de Viper quando ele concordou. —Você está hormonalmente desequilibrado? Você está constantemente pensando, e falando, com seu pau — eu brinquei, balançando a cabeça. Antes que ele pudesse responder, um grito da pista de dança pegou toda a nossa atenção. Um homem tinha pegado Ellie e estava girando em volta dela enquanto ela ria. Brody e Viper moveram-se para levantar-se, mas eu os peguei. — Aguarde. Esse é o namorado dela, Kevin. Ela sabia que ele estava nos encontrando aqui. Brody acenou com a cabeça e sentou-se, enquanto Viper se levantou e espreguiçou, erguendo os braços acima da cabeça. —Eu estou fodidamente morto de fome. Vou ver o que Ruth tem lá dentro. Eu voltarei. —Ele bateu na borda da mesa de madeira com os dedos e se afastou. —Tudo bem, a caminhada dura saiu, seja direto comigo? Você gosta desta menina? —Brody perguntou sério. Eu balancei a cabeça, olhando para ela na pista de dança. —Eu faço. Eu vi quando os quadris de Dani balançavam com a música, seu corpo se movia em movimentos sensuais intoxicantes enquanto dançava com os olhos fechados. Ellie e
Kevin estavam emaranhados juntos nas proximidades, mas ela nem percebeu. Ela estava perdida demais em sua própria cabeça, seduzindo os cérebros de todos ao seu redor, especialmente eu. —Eu acho que você deve ir para ela—, disse Brody, puxando a minha atenção para longe de Dani e de volta para a mesa. —Hã? —Eu disse que eu acho que você deve ir para ela—, ele repetiu. —E se eu fizer? E se eu lhe disser que eu gosto dela, ela me disser que ela gosta de mim também, e ficarmos juntos? Nós namoramos por um tempo e depois, como todas as coisas boas fazem, ela termina. O que agora? O que acontece com minha empresa? —Eu divagava as coisas que eu já tinha colocado em minha mente. —E se? E se você não contar a ela e ela começar a namorar outra pessoa? E se você contar a ela e ela acabar por ser a mais surpreendente humana que você já conheceu, além de mim, é claro, e você dois se casar? —Brody passou as mãos pelo cabelo e as deixou cair com força na mesa na frente dele. —Nada de SE, homem. Você sabe que eu sou um otimista incurável, e eu sempre vou encontrar o forro de prata. —Isso é uma qualidade muito chata, você sabe disso?— Eu brinquei. —Sim, bem, você pode agradecer a minha esposa por isso.— Brody sorriu.
—Sua esposa é impressionante. Você? Nem tanto. — Peguei a, etiqueta da cerveja encharcada fechei e atirei para ele. Um zumbido nos chamou a atenção, e ambos verificamos os nossos telefones. Brody levantou o seu para cima e olhou para a tela. — Eu não. Olhei para baixo e vi que tinha um texto de Danicka. Confuso, eu bati na tela. D: Porque essa cara triste? Quem é o desmancha prazeres agora? Meus olhos foram em direção à pista de dança, digitalizando rapidamente todas as pessoas. Apenas um pouco para a esquerda de onde haviam estado inicialmente, Danicka acenou para mim. Eu sorri e acenei de volta antes de voltar minha atenção para o meu telefone. Eu
não
tenho
uma
cara
triste.
Você
está
se
divertindo? Eu vi com o canto do meu olho quando ela parou de dançar, o brilho de seu telefone iluminando seu rosto enquanto ela mordeu o lábio. D: Eu estou, mas está quente aqui. Quer ir lá fora?
Eu não me incomodei mesmo de mandar mensagens de texto de volta. —Danicka diz que aqui esta quente e quer sair. Eu estarei de volta — eu disse a Brody quando me levantei da cabine e endireitei a minha camisa. Brody abriu os braços para o lado, descansando em cima da cabine, e levantou uma sobrancelha para mim. — Lembre-se o que eu disse. —Sim, pai— eu respondi com um rolar de olhos. Dani começou a dançar novamente e não me notou andando atrás dela. Estendi a mão e agarrei a mão dela, tentando não rir quando ela saltou e girou. Ela não podia me ouvir sobre a música, então eu apenas inclinei a cabeça, apontando para a porta. Ela assentiu com a cabeça e segurou um dedo para cima, sinalizando para eu esperar um minuto. Deixando de lado a minha mão, ela correu até a mesa, pegou sua cerveja, beijou Brody na bochecha, e correu de volta com um grande sorriso no rosto. Os olhos de Brody se arregalaram quando ele me deu um polegar para cima. Antes que eu pudesse alcançá-la, ela colocou a mão na minha e me levou até a porta da frente. Quando chegamos à frente do bar, cheguei ao redor e abri a porta, dando um passo para trás com a mão descansando na parte inferior das suas costas. O que tinha sido um dia quente e úmido tinha se transformado em uma noite fresca e arejada. —Uau! Realmente esfriou, hein? —Dani suspirou feliz enquanto caminhávamos até o banco em frente.
—Claro que fez. Você teve um bom tempo? —Eu tive! Meio irônico que acabamos aqui, neste banco, huh? —Definitivamente um pouco irônico. — Eu ri, pensando um par de meses atras quando eu lhe ofereci um emprego no mesmo banco de ferro forjado. —Estou tão feliz que eu corri para você naquela noite—, disse ela, enquanto puxava o joelho para cima e se virava para mim. Eu puxei meu joelho para cima, espelhando. —Eu também. E estou ainda mais contente que Sadie teve muito para beber e se perdeu. Você estava tão chateada comigo que, se você não precisasse da minha ajuda, eu duvido que estivesse sentada aqui agora. Ela puxou os lábios em um sorriso tenso. —Você provavelmente está certo. Eu posso ser um pouco teimosa, às vezes. —Um
pouco?—
Eu
provoquei,
levantando
as
sobrancelhas. Ela mordeu o canto do lábio superior e assentiu com um brilho animado nos seus olhos castanhos. —Estou tão feliz que, apesar de minha teimosia, vocês não me deixaram ir para casa e ser mal-humorada sozinha. —Ellie pode ser bastante persuasiva.— Eu ri. Uma rajada de vento soprou os fios macios de seu cabelo escuro em seu rosto, enquanto seus olhos caíram em seu colo, e ela pegou nervosamente em sua brilhante unha
polonêsa vermelha. —Eu não vim aqui para sair com Ellie, Andy. Eu a vejo durante todo o dia, todos os dias. Eu respirei fundo e segurei, preocupado que se eu abrisse a minha boca para falar, eu diria a coisa errada. Eu não podia ver seu rosto, mas eu tinha a sensação de que ela estava indo para algum lugar que eu realmente queria que ela fosse. Ela continuou: — O que realmente mudou a minha mente foi quando você disse que estava vindo.— Finalmente, ela olhou para mim, mas algo sobre o olhar dela era diferente. Seus olhos estavam focados nos meus, tanto quanto o meu estavam nos dela. Dezenas de pessoas conversando e rindo quando passaram por nós, mas a forma como estávamos olhando um para o outro era como se fôssemos os únicos em toda a rua. —Bem, eu tenho uma confissão a fazer, também.— Fiz uma pausa e limpei a minha garganta. —Eu quase nunca saio depois do trabalho, especialmente às sextas-feiras. Normalmente estou demasiadamente com pressa para chegar em casa e ver meus filhos, mas quando percebi que estávamos indo para o seu aniversário, eu não pensei duas vezes sobre isso. As bochechas de Danicka coraram, e enquanto havia uma chance de que era por causa de todo o álcool, eu tinha certeza que era por causa de tudo o que estava mudando entre nós naquele exato momento. —Escute, Dani-— Antes que eu pudesse obter uma sentença para fora, ela se inclinou para frente e apoiou os
lábios
nos
meus.
Meu
choque
inicial
desapareceu
rapidamente quando eu fechei os olhos e a beijei de volta. O beijo foi suave, hesitante mesmo, nós claramente nervosos sobre a linha que estávamos atravessando, mas essa linha imaginária desapareceu no segundo que ela abriu a boca e me convidou para entrar. Eu coloquei a minha mão na parte de trás de sua cabeça e gentilmente puxei para mais perto, ansioso para mantê-la beijando. Minha língua escorregou para frente da sua boca, onde sua língua encontrou a minha. Ela tinha gosto de cerveja e hortelã e no valor da tensão explodindo ali mesmo naquele banco onde tudo começou em primeiro lugar, há dois meses. Alguém assobiou para nós do outro lado da rua quando sua mão teceu pelo meu cabelo, mas estávamos tão perdidos naquele momento um no outro que não nos importava. Nossos lábios bateram quando eu puxei para trás por um segundo para tomar um fôlego e garantir que este não foi um erro. —Danicka... —Andy, cale a boca e me leve para casa.— Ela respirou fundo quando lambeu os lábios cheios. Eu escovei um pedaço de seu cabelo atrás da orelha pequena, sexy. —Eu não posso. Você andou bebendo. —Eu tenho bebido, mas eu não estou bêbada. Eu sei exatamente o que estou dizendo, exatamente o que eu estou fazendo, e exatamente o que eu quero. —Tem certeza?— Eu estava preparado para aceitar se sua resposta fosse não, mas eu orei que ia ser um sim.
Seus olhos ficaram mais escuros, embaciado devido à luxúria. —Agora—, ela ordenou. Essa única palavra foi como um tiro direto para o meu núcleo, e em poucos segundos eu estava de pé e tinha a sua mão na minha, puxando-a de volta para o bar para deixar os outros saberem que estavamos saindo. —Kevin!— Gritei quando chegamos mais perto. —Você tem Ellie, certo? —Sim, ela está voltando para minha casa.— Ele assentiu. Voltei-me para Dani, ansioso para tirá-la de lá antes que qualquer um de nós decidicemos que não era uma boa idéia, afinal. —Sua bolsa está na mesa? Ela assentiu, ainda olhando para mim como se quisesse arrancar a roupa ali mesmo na pista de dança. Abaixei-me perto de seu ouvido. —Se você continuar me olhando assim, nós não vamos sair do parque de estacionamento. —Tudo bem, também.— E assim, com um encolher de ombros, meu pau endureceu contra meus jeans. Puta merda. —Volto já— eu gritei, correndo até a cabine. —Acho que a conversa correu bem?— Brody perguntou brincando quando eu alcançei através dele e peguei a sua bolsa. —Desculpe sobre a guia do bar, mas eu prometo que eu sou bom com isso. Te ligo amanhã... ou domingo se tudo correr bem.
Virei-me e praticamente corri para Danicka, que estava falando com Ellie na pista de dança. —Boa
noite,
Ellie,—
eu
disse
quando
eu
andei
passando, agarrando a mão de Dani e arrastando-a atrás de mim como um homem das cavernas. Ela riu, mas não se opôs quando acenou adeus a Ellie. Nós fizemos o tempo de volta para o meu carro em tempo recorde, exceto quando paramos para beijar duas vezes ao longo do caminho, uma vez contra a parede do bloco de cinza de um McDonald. Tenho certeza de que não era segredo para as pessoas na rua o que estávamos correndo para fazer, mas que estavamos tão longe de nossas mentes, que nós não nos importamos. Quando finalmente chegamos de volta para o meu carro, eu abri a porta, e ela deslizou rapidamente para o banco do passageiro. Fiquei tentado a deslizar sobre o capô para chegar à minha porta mais rápido, mas decidi, pelo menos, jogar um pouco frio. Eu abaixei atrás de meu volante, e assim quando eu coloquei a minha chave na ignição, ela se inclinou e deu um beijo suave no meu pescoço. Meus olhos se fecharam, e eu gemi, mesmo sem querer. Ela puxou o colarinho da minha camisa para ela e beijou a minha clavícula, arrastando sua língua por todo o caminho até a minha orelha. —É melhor você começar a dirigir, ou eu estou subindo até lá.— Seu hálito quente fez cócegas na minha orelha. Enfiei a chave na ignição e mal tive meu carro vagando quando eu parei fora do meu espaço de estacionamento. Dani sentou-se em seu próprio assento e afivelou o cinto de
segurança, que se estabeleceu perfeito entre os seios. Quando eu andava pelas ruas, dividido entre não obter uma multa e soprando a cada sinal de parada, a mão de Dani descansava confortavelmente na minha. De repente, ela endireitou-se, ofegando suavemente. Merda. Por favor, não mude a sua mente. —O que é isso?— Eu apertei a mão dela mais forte, rezando para que ela não estivesse tendo dúvidas. —Meu carro.— Ela olhou para mim com tristeza. —Eu não quero deixá-lo lá durante a noite. —Baby.— Eu ri. —Você não está exatamente em posição de conduzir esta noite, de qualquer maneira. Vamos apenas deixá-lo lá. Está seguro na garagem. —Ok, mas precisamos parar de volta para que eu possa pegar a lente. Eu atirei-lhe um olhar rápido. —Você só pode estar brincando comigo! Agora? Ela balançou a cabeça para trás e para frente, enquanto ela olhava para a frente. —Essa lente é super cara, e eu esperei muito maldito tempo para ter algo acontecendo agora. —Está na garagem, eu prometo que vai ficar bem. —Por favorrrrrr— ela implorou num tom sexy que me deixou louco. Ela arrastou a mão dela até o interior da minha coxa lentamente. —Se eu me preocupar com isso durante toda a noite, eu não poderia ser capaz de relaxar, e se eu não puder relaxar... —As costas de seus dedos roçaram a protuberância desconfortável no meu jeans, e eu sabia
exatamente o que estava insinuando. —É apenas uma rua fora do caminho. Eu vou ser rápida. —Se você continuar me provocando assim, você não é a única que vai ser rápida. Ela riu e puxou a mão de volta quando me virei à direita em direção à garagem, em vez de à esquerda em direção a minha casa. Nós puxamos para dentro da garagem, e eu enrolei em volta da parede para nossos espaços de estacionamento, meus faróis brilhando no carro de Dani. —Que porra é essa? —Ela gritou, sentando-se em linha reta. Antes que eu estacionasse o carro no parque, nós dois estávamos lutando para sair. O carro dela estava estacionado exatamente onde deixamos há apenas algumas horas antes, só que agora ele tinha quatro pneus cortados. —Puta merda!— Dani gemeu, empurrando as suas mãos em seu cabelo quando ela parou e olhou para o carro dela. — Eu pensei que ele tinha acabado. Eu pensei que ele tinha acabado sobre isso. Isso é loucura! —Sua voz falhou quando ela começou a seperder. —Ei, venha aqui.— Eu passei os meus braços em volta dela e comecei a puxá-la para perto do meu peito, mas ela resistiu. —Não, eu estou bem.— Ela se afastou com frieza e limpou a garganta. —Eu não posso acreditar que ele fez isso. O que é a porra de um psicopata!
—Dani, isso foi longe demais. Você sabe o que é preciso fazer —, eu disse com firmeza, não realmente me importando se ela lutasse mais. —Eu sei, só espere um minuto, ok? Me deixe pensar sobre tudo isso em um segundo. —Ela suspirou alto e deu a volta para o lado do motorista do carro, onde ela congelou, olhando para ele. —Andy. Chame a polícia. Chame agora. — Correndo ao lado dela, eu segui os olhos para o lado do carro, onde o marcador, preto, dizia FELIZ ANIVERSÁRIO, CADELA! Puxei meu telefone do meu bolso e disquei o 911, subitamente consciente de que ele poderia não ter ido embora e nós podíamos não estar sozinho naquela garagem. Com o telefone ainda no meu ouvido, eu corri para o meu carro e peguei uma lanterna. Quando eu expliquei para o operador onde estávamos e o que tinha acontecido, eu andava, focando a luz em cada canto e recanto possível que ele poderia ainda estar escondido. Depois que eu verifiquei todo o nível, eu corri de volta para Dani, que não estava mesmo tentando segurar as lágrimas mais. —Ele quebrou minha janela. E roubou a lente. —Ela fungou, as lágrimas escorrendo pelo seu rosto enquanto ela me entregou o saco amarelo de presente vazio. —Vamos deixar tudo no carro para que eles possam tirar as impressões digitais, ok?— Eu puxei a minha manga para baixo sobre a minha mão quando eu peguei a bolsa dela e coloquei de volta no assento.
Ela ficou perfeitamente imóvel, abraçando-se e piscando para fora mais lágrimas quando ela olhou para o seu carro. —A polícia está a caminho,— eu disse calmamente, envolvendo meu braço em volta dos ombros. Felizmente, ela não me afastou de novo; em vez disso ela se virou em direção ao meu peito e chorou baixinho, quebrando meu coração em pedaço por pedaço. Uma sirene a distância cresceu cada vez mais alto, e tudo que eu conseguia pensar era que ela tinha acabado de ter o pior aniversário de sempre.
CAPÍTULO 20 Danicka A polícia estava lá por cerca de uma hora tomando um relatório detalhado, digitalizando cada polegada do lado de fora do carro, bem como a maior parte do interior, e chamando os gestores de edifícios para dizer-lhes que precisavam da filmagem da camêra de segura de toda aquela noite. Nada disso me fez sentir melhor, mas me fez sóbria bem rápido. Quando o caminhão de reboque estava se afastando com o meu carro na parte de trás dele, Andy suspirou alto atrás de mim. —Eu sinto muito sobre seu aniversário, Dani. —Não importa.— Eu dei de ombros, com uma sensação de dormência dentro. —Isso importa.— Ele deu um passo mais perto, e eu podia senti-lo atrás de mim. Cruzei os braços e dei um passo rápido para frente. — Por favor, não. —Ei, venha aqui—, disse ele suavemente quando me virou para ele. Ele enganchou o dedo embaixo do meu queixo e levantou, por isso eu gostei de olhar para ele. Era difícil olhar em seus olhos azuis reconfortantes e não entrar em colapso contra seu peito em um monte de tristeza e frustração, mas não era o meu estilo. Ele já tinha visto mais
emoção minha do que a maioria das pessoas tinha. —O que posso fazer para ajudar? Virei à cabeça, livrando meu queixo de seu dedo, e olhei para baixo em direção ao chão, tendo um longo suspiro, instável. —Estou exausta. Eu só quero ir para casa. —Você quer ir para a minha casa? —Perguntou ele com cuidado. Meu rosto bateu de volta até o seu, e eu estreitei os olhos. —Você está brincando comigo? Você ainda quer ficar com alguém depois de tudo isso? —Eu mordi fora duramente. Suas sobrancelhas se juntaram com força, e ele sacudiu a cabeça rapidamente. —Não. Não. Não é isso que eu quis dizer. Eu só pensei que talvez você não quisesse ficar sozinha esta noite. Eu tenho um par de quartos. Poderíamos pedir uma pizza e conversar. —Não, obrigada—, eu disparei de volta, virando-me para evitar contato com os olhos antes que eu tivesse outra avaria. —Você acaba de me levar para casa, por favor? Um suspiro alto encheu o espaço entre nós. —Claro—, ele murmurou fracamente. Ele parecia magoado, e embora eu me sentisse mal, eu precisava manter a minha distância. Antes que eu perdesse a cabeça, eu me virei e voltei para a garagem com ele acompanhando de perto atrás de mim. O que aconteceu não foi culpa de Andy nem minha, mas eu estava chateada com o mundo, e eu não poderia me ajudar. Eu não o queria perto de mim, mas eu não queria estar sozinha, também. Nós andamos em total silêncio, exceto para o clique de meus saltos ecoando nas paredes de blocos de
concreto da garagem todo o caminho de volta para o carro de Andy. Ele fugiu ao redor de mim e abriu a porta antes que eu pudesse tentar abrir. —Obrigada—, eu disse baixinho quando deslizei para dentro. Além de mim dando-lhe instruções para a minha casa, nós não falamos uma palavra um ao outro todo o caminho de casa. Quando ele parou e estacionou na frente do meu triplex, reuni a minha bolsa do chão de seu carro. —Obrigada por ficar comigo e me dar uma carona. Desculpe a noite se tornar tão merda. —Quando eu me virei no meu lugar, ele girou a chave desligando e soltou o cinto de segurança. — Espere. O que você está fazendo? —Perguntei. —Entrando—, ele disse com firmeza quando ele abriu a porta. Meu coração começou a correr. —O que? Não. Por quê? —Eu divagava em pânico, não querendo falar mais nada. Eu só queria ir para a cama. —Eu não vou ficar, não se preocupe—, disse ele em um tom abrupto, irritado. —Eu só quero ter certeza de que tudo está bem lá, e então eu vou e você pode se fechar atrás de mim. Pendurei a minha bolsa sobre meu ombro, olhando para ele por cima do carro. —Andy, isso é muito gentil de sua parte, mas eu prometo que eu estou bem. Eu tenho um cachorro para vigiar a casa e um gancho médio de direita, se o bicho-papão estiver se escondendo no meu chuveiro.
Ele revirou os olhos quando passou por mim e subiu os degraus da frente. —Ou não—, eu murmurei para mim mesma quando eu pesquei em volta de minha bolsa para minhas chaves da casa. Andy deu um passo atrás enquanto eu subia as escadas e passava por ele, prendendo a respiração para que seu perfume inebriante não me dominasse novamente. Minha porta se abriu e Roxy veio correndo em direção à porta, as etiquetas em seu pescoço tilintando enquanto corria. Acendi a luz e virei-me para Andy, que estava olhando para ela quando ela tentou saltar para cima em sua perna. Ele se abaixou e pegou a minha Yorkshire terrier de dois quilos em uma mão, deslizando seu olhar para mim com uma sobrancelha levantada. —Este é o seu cão de guarda assassino?— Ele segurou-a no ar enquanto ela se contorcia lambendo o seu rosto. —Eu estou duvidando que ela pudesse tirar um esquilo que pudesse entrar. —Engraçado,—
eu
disse
secamente
enquanto
eu
caminhava em direção aos fundos da casa. Deixando a minha bolsa no balcão da cozinha e voltando-me para encará-lo. — Tudo está bem aqui. Eu aprecio você verificando para mim. Ele colocou Roxy para baixo e balançou a cabeça. —Eu vou dar uma olhada rápida ao redor. —Andy... é sério. —Eu cruzei os braços sobre o peito e levantei meu quadril para o lado. —Eu duvido que esse idiota está escondido em algum lugar na minha casa.
—E se ele estiver?—Ele disparou de volta. —Será que o seu minúsculo terror sabe como chamar o 911? Porque estou seguro como a merda que ela não assusta ninguém embora. Eu só vou caminhar através rápido e real, e eu vou embora. Pare de ser tão teimosa uma única vez. Não havia nenhuma maneira que eu estava o tirando de casa sem deixá-lo fazer a sua coisa de macho, então eu admiti a perda. —Tudo bem.— Eu joguei as minhas mãos no ar. —Divirta-se. Eu estou tendo uma cerveja. —Quando abri a geladeira, eu ouvi seus passos subindo as escadas. Eu nunca, nunca iria admitir isso em voz alta, mas era uma espécie de bom tê-lo caindo em cima de mim e fazendo um grande negócio para me manter segura. Definitivamente não é algo que eu estava acostumada. Depois de alguns minutos ouvindo as tábuas rangendo quando ele foi de quarto em quarto, ele desceu as escadas e entrou na cozinha. —Retirou todos os psicopatas com facas?— Eu ri para mim mesma quando eu levantei a minha cerveja aos lábios e tomei um gole. —Não, mas você precisa limpar debaixo de sua cama. Você possui mesmo um vácuo? — Ele brincou de volta com um sorriso arrogante. Tentei falar de volta antes que eu tivesse engolido minha cerveja e comecei a tossir duro, cobrindo a minha boca com a mão para que eu não cuspisse cerveja em todos os lugares. Ele pegou um pano a partir da alça do forno e o colocou na minha frente enquanto eu terminava o meu ataque de tosse e limpava o meu queixo. Eu abri a minha boca para dizer-lhe
onde eu ia enfiar meu vácuo, quando houve uma batida suave na porta da frente. Eu congelei, olhando com olhos arregalados para Andy. —Isso não é ele, não é? —Provavelmente não.— Ele inclinou a cabeça para o lado. —A maioria dos perseguidores não batem na porta antes de matar você, mas eu vou respondê-la apenas no caso. Se eu gritar, envie Roxy para me salvar. —Ele piscou para mim e se virou para a porta. Eu saí do meu banquinho e dei um passo para o corredor, tentando ver quando ele parou na porta da frente. Andy abriu a porta e olhou ao redor. —Oi—, ele disse em um tom amigável. —Posso ajudar? —Oh
Olá.
Eu
não
estava
esperando
que
você
respondesse— disse uma voz amigável, familiar. —Danicka está aqui?— —É june?— Gritei, reconhecendo imediatamente a voz quando eu andei na frente. Minha doce, vizinha sorriso estava de pé na varanda, completamente confusa. —Venha, june!— Acenei para vir para dentro. Andy recuou e segurou a porta para ela. —Obrigada, meu jovem.— Ela sorriu para ele enquanto passava. —June, este é Andy, meu... chefe —, gaguejei, sem saber como apresentá-lo. Ele era meu chefe, mas ele também era meio que o meu amigo, e se meu carro não tivesse sido destruído, nós provavelmente ainda estariamos rolando nus em sua cama. Havia um rótulo para essa pessoa?
—Olá, Andy.— June segurou sua pequena mão para cumprimentá-lo. —Eu sou June, vizinha de Danicka. Andy mostrou seu charme, o sorriso de cair calcinha e gentilmente apertou a mão dela. —Prazer em conhecê-la, June. —June é mais do que do que minha vizinha.— Apertei os lábios e balancei a cabeça para a resposta modesta. —Ela me ajuda com Roxy, ela molha as minhas flores, e ela me mantém sã. Inferno, às vezes ela até me cozinha o jantar. June riu timidamente, acenando com a mão para mim. —Oh, pare com isso.— Ela olhou para Andy. —Danicka é como uma filha para mim. Eu a adoro. É por isso que quando ouvi toda a comoção aqui, mas não vi o carro dela, eu queria ter certeza de que estava tudo bem. —Oh, June,— Eu suspirei. —Você não vai ver o meu carro por um tempo. Algum idiota o destruiu enquanto estávamos todos fora após o trabalho. Seu queixo caiu quando ela cobriu a boca com a mão pálida e enrugada. —Isso é horrível. E no seu aniversário, também. Oh, Danicka. Eu sinto muito. —Ela se aproximou e colocou os braços em minha volta, me apertando de forma tão carinhosa que eu tinha que lutar contra o impulso de colocar minha cabeça em seu ombro e apenas soluçar. —Obrigada.—
Eu
a
abracei
de
volta
e
afastei
rapidamente antes que eu fizesse exatamente isso. —Andy me trouxe para casa e insistiu em entrar e dar uma olhada. —Está tudo bem? —Ela perguntou, olhando de mim para Andy.
—Perfeito.— Ele assentiu. —Os armários e chuveiro estão
vazios,
e
o
melhor
por
baixo
está
limpo...
principalmente. —Seus olhos vieram na minha direção em um olhar brincalhão. Deixei meus olhos permanecem nos seus o suficiente para deixá-lo saber que ele estava me irritando novamente, então me voltei para June. —De qualquer forma, ele andou subindo e descendo as escadas é provavelmente o que você ouviu. —Ah.— Ela assentiu, voltando-se para Andy. —paredes finas como papel. Eu o ouvi sobre as escadas. —Oh!
Sinto
muito
—,
desculpou-se.
Um
sorriso
apareceu em seus lábios, e seus olhos deslizaram para mim mesmo que ele ainda estivesse falando com ela. —Vou ter de me lembrar disso. —Não se preocupe. Só queria me certificar que tudo estava bem. —Ela suspirou. —Ok, bem, é tarde e eu tenho que acordar cedo para a ioga, então eu estou indo para casa. Se você precisar de alguma coisa, Dani, você sabe onde me encontrar. Ela me puxou para mais um abraço e cochichou no meu ouvido quando chegou perto, — Ele é uma gracinha. Não o deixe sair. Tirar meu aparelho auditivo esta noite, apenas no caso. Eu não pude deixar de rir enquanto eu balancei a cabeça. —Oh, june! O que eu vou fazer com você? Ela disse adeus ao Andy e fechou a porta atrás dela.
—Ioga? Ela é a mais engraçada velha senhora que eu já conheci. —Ele apontou o polegar para a porta depois de fechado. —Não deixe ela te enganar.— Revirei os olhos. —Ela não sabe que ela é uma senhora de idade. Ela pensa que é um hipster. —Voltei para a cozinha, acenando para Andy me seguir quando eu continuei falando. —Eu comprei esta casa há alguns anos atrás, e eu a conheci no primeiro dia. Nós conversamos um pouco, mas não ficamos próximas até que eu tive a Roxy. Ela insistiu que eu deixasse me ajudar com o cão louco. —Sem sequer perguntar se ele queria uma, peguei uma cerveja da geladeira e coloquei na ilha para ele. Ele a pegou e girou-a aberta. —Obrigado. E o que você quer dizer ajudá-la? Dei de ombros. —Nós estávamos conversando uma vez, e eu disse a ela o que eu fazia para viver e que, por vezes, minhas horas podem ficar loucas, então ela ofereceu-se para caminhar com Roxy algumas vezes por dia para mim e alimentá-la à noite, se eu precisasse. Eu realmente não precisava de ajuda, mas ela não tem nada melhor para fazer, então eu me senti mal. E veio a calhar, no entanto, em noites como esta onde eu não volto para casa imediatamente. Eu só mando um texto para ela, e ela cuida dela para mim. — Inclinando-se para o lado para que eu pudesse ver através da ilha, olhei para Roxy, que estava dormindo na entrada de ar novamente. —Como você pode ver, ela exige muita atenção. — Eu sorri pela primeira vez desde que entramos no parque de estacionamento.
—Espere. Você mandou uma mensagem a ela? —Ele perguntou, incrédulo. —A maioria das pessoas nessa idade mal pode trabalhar um controle remoto, e muito menos um telefone celular. —Oh não, não June. Ela é uma nerd total da tecnologia. Tem em dia um novo iPhone, iPad, iWhatever vindo de fora, ela está em conformidade com todos os outros técnicos na Apple Store. Andy soltou uma gargalhada, jogando a cabeça para trás apenas um pouco enquanto eu observava o pomo de Adão subindo e descendo. —Não me diga? —Não me diga,— eu repeti, deixando escapar uma pequena risada também. —Às vezes, quando estou no trabalho, ela vai me mandar um texto de um selfie dela e Roxy no parque ou compartilhando um deleite em um banco. Ela ainda tem uma página no Instagram. Ele olhou para mim com os olhos arregalados, mas não disse nada. —Eu não estou brincando. Ela tem cinco mil seguidores, também. É hilário. —Nós dois rimos novamente e tomamos goles de nossas cervejas, sentados na minha ilha de cozinha como eu imaginava que casais normais faziam numa sexta à noite. Mas... Não eramos um casal. Nem mesmo perto de ser um casal. Nós tínhamos quase cometido um erro a um par de horas antes, mas todo o fiasco do carro nos obrigou a ficar sóbrios e vir aos nossos sentidos. Especialmente eu. Eu não poderia ter relações sexuais com Andy. Isso estaria apenas
turvando as águas, e eu precisava delas para permanecer muito, muito claro. No minuto em que subimos as escadas juntos, as coisas mudariam para sempre. A palavra iria sair, e pouco tempo depois, rumores começaria que só consegui um emprego na Empresa de Shaw porque dormi com o meu chefe. Se eu tinha aprendido alguma coisa na minha vida, era que eu não podia contar com ninguém além de mim, e eu precisava mantê-lo dessa forma. Perder a minha reputação com uma noite de sexo com Andy simplesmente não valia a pena o risco, tão incrível como eu imaginava que seria. —Escute, isso é divertido e tudo, mas eu estou realmente cansada.— Eu me levantei e limpei minha garganta. —Eu tenho que acordar cedo para chamar a companhia de seguros e lidar com essa confusão, então eu acho que eu vou para a cama. Sem ofensa. Seus ombros caíram um pouco quando ele lambeu os lábios e olhou para a cerveja. Ele mal teve a chance de beber. —OK. Eu andei na frente, esperando que ele fosse obter a dica e me seguir. —Você tem meu número, se você precisar de alguma coisa— disse ele, parando junto à porta. —Sim. —Eu te ligo amanhã... —Eu só vou ver você na segunda de manhã, ok?— Interrompi. Estar perto de Andy assim não era bom para nenhum de nós, mesmo que ele não pudesse ver isso agora.
—Certo. Feliz aniversário, Dani —, disse ele docemente enquanto ele empurrava os lábios e balançava a cabeça, parecendo completamente derrotado. Fechei
a
porta
atrás
dele,
sem
outra
palavra,
certificando-me de garantir os dois parafusos antes de me virar e encostar as minhas costas na parede, suspirando alto. —Sim, feliz aniversário para mim.
CAPÍTULO 21 Andy —Que porra é essa? Você está brincando? —Brody exclamou domingo de manhã quando eu finalmente chamei para lhe dizer sobre tudo o que aconteceu com Danicka. Ele chamou um par de vezes no sábado, mas eu não estava com vontade de falar com ninguém, assim eu deixei ir para o correio de voz. —Eu desejava estar. O carro dela foi destruído. —Senteime no sofá e apoie os pés sobre a mesa de café. —Todos os quatro pneus cortados, de volta a janela estava quebrada, e eles escreveram “Feliz aniversário, cadela” do lado. Foi terrível. —Puta merda— disse ele, incrédulo. —Eu não posso acreditar nisso. —Nós também não. Eu estava pensando que estávamos tão fora de si que íamos acabar fazendo ali mesmo no carro para logo depois chamar o 911, tudo isso no espaço de vinte segundos. —Uau. Fale sobre isso. Como é que ela está fazendo agora? Suspirei. —Eu não tenho idéia, não falei com ela. —O quê? Ele gritou no meu ouvido.
—Eu mandei uma mensagem a ela um par de vezes ontem, mas ela nunca respondeu. Ela ficou realmente estranha depois que a polícia saiu, totalmente fechada, então eu não sei o que diabos está acontecendo.
—Minha
mandíbula apertou enquanto eu corria a mão pelo meu cabelo. —Eu não namoro em um longo tempo, e isso o que é agora? Tudo isso “Eu quero você, não, eu não, eu faço” merda? Brody soltou uma risada dura. —Hum... você viu o quão duro eu trabalhei para ter a Kacie para me dar um tiro, certo? Elas vêm com a vagina, cara, e elas sabem disso. Se elas têm uma, elas conseguem fazer as regras. Período. —Era muito mais simples há dez anos. —Sim, mas veja com o que você acabou, ele apontou. —Touché, meu amigo. Touché. Brody tinha deveres de pai para cuidar, então acabamos a nossa ligação, e eu fiz algo que não fazia há muito tempo. Eu coloquei meus pés em cima do sofá e tirei uma soneca.
Poucas horas depois, acordei desorientado, sem saber se era de manhã ou à noite. Peguei meu celular na mesa de centro para ver a hora e percebi que Blaire, ou seu motorista mais provável, deixaria as crianças em apenas um pouco. Uma batida na porta da frente ecoou pela casa, e eu percebi que era provavelmente o que me acordou. Eu pulei e corri para a porta, animado para as crianças estarem em casa cedo
pela primeira vez. Quando cheguei mais perto da porta, o rosto de Dani entrou em foco. —Hey,— eu disse enquanto abria a porta, surpreendido ao vê-la. Ela soltou o cacho que ela tinha estado girando em volta de seu dedo e puxou as sobrancelhas apertada. —Você está bem? —Hum... sim? Por quê? —Bati três vezes. Eu estendi meus braços para o alto no ar. —Oh eu estou bem. Adormeci. —Oh.— Seu rosto relaxou. —Os seus filhos estão aqui? —Não. Eles estão em sua mãe por mais algumas horas. Vamos entrar. —Eu dei um passo para trás e fiz sinal para ela entrar. Ela usava shorts jeans e uma T-shirt Minnesota Vikings, com seu cabelo casualmente em um rabo de cavalo, mas ela parecia tão quente quanto na sexta à noite, quando ela estava toda arrumada para sair. Suas mãos estavam nos bolsos, e ela olhou para o chão enquanto entrava pela porta. Estiquei o pescoço um pouco para a direita, tentando ver a minha calçada. —Isso é uma minivan? —Sim.— Ela revirou os olhos. —Esse foi o único empréstimo que tinham disponível em tão curto prazo. E eu não estou feliz com isso, por isso nem sequer comece. —Confie em mim, não há nada engraçado sobre essa situação toda.
—Isso
é
realmente
porque
eu
vim,—
ela
disse
suavemente, mordendo o canto do lábio nervosamente. — Quero dizer, não falando sobre a situação do carro, mas a situação sobre nós. Minha cabeça empurrou de volta quando as minhas sobrancelhas se ergueram. —Estamos numa situação? —Bem, você sabe... Quero dizer com o que aconteceu na sexta à noite e outras coisas. Eu tinha a sensação de que uma conversa estranha estava prestes a ser tida. —Você sabe o que? Eu estou com fome. Está com fome? Seus grandes olhos piscaram para mim enquanto esfregava o queixo. —Hã? —Com fome. Comida. Quer um pouco? —Eu me virei e me dirigi para a cozinha. —Siga-me se você estiver. —Hum... bem. —Seu tom era lento e confuso, mas ela me seguiu para a cozinha de qualquer maneira. Ela sentou-se à ilha e me assistiu procurar as coisas na geladeira. —O que eu estava dizendo. Eu sinto que eu lhe devo algum tipo de explicação pela outra noite. —Você gosta de salsa?— Eu perguntei a ela, espreitando minha cabeça em volta da porta da geladeira. —O que? —Salsa, a comida, não a dança, você gosta? —Gloria fez alguma salsa caseira e guacamole na outra noite, e estava incrível. —Eu peguei as taças de salsa e guacamole para fora e coloquei na ilha em frente a ela. —Andy.
—Eu ainda estou ouvindo. Vá em frente —, eu respondi enquanto caminhava até a despensa para pegar um saco de batatas fritas de pacote. —Eu sei, mas é difícil falar com você quando você está vibrando ao redor assim. Com o saco de batatas fritas na minha mão, eu fechei a porta da despensa e dei-lhe um sorriso. —Desculpa. Quer uma cerveja? Agua? Qualquer coisa? Ela gemeu e deixou cair à cabeça na dobra do braço. —Vou tomar isso como um não.— Eu ri e peguei duas garrafas de água do refrigerador de qualquer maneira, estabelecendo uma para baixo na frente dela. —Há uma água, apenas no caso. Ok, eu estou pronto. Vá. Ela levantou a cabeça, apoiando o queixo no punho, enquanto observava-me com uma mordida em minha boca. —Eu vi você me ligar ontem, e, honestamente, eu não estava com vontade de falar. Então hoje eu estava indo mandar uma mensagem, então eu estava indo para chamar, e, finalmente, eu decidi que era melhor apenas vir aqui e falar com você cara a cara. —Estou feliz que você fez— eu murmurei por trás da minha mão com um bocado de comida quando eu apontei para a tigela entre nós. —Você realmente precisa tentar este guaca. —Andy, por favor, me escute. Estou tentando pedir desculpas. Eu me acalmei e olhei para ela. —Por quê? Você não fez nada de errado.
—Depois que chegamos ao seu carro e as coisas estavam... aquecidas, em seguida, na garagem eu totalmente o cortei e agi como uma cadela. Sinto muito sobre a maneira como me comportei. —Dani... — Fiz uma pausa para limpar a minha boca em um guardanapo. —Você tinha acabado de ser conduzida até seu carro preso à merda. Seu comportamento era totalmente justificado. Você não me deve nenhum pedido de desculpas. —Mas a maneira como agi com você depois foi desnecessário. Eu estava super mal intencionada, e eu me sinto mal com isso. —Ela finalmente estendeu a mão e agarrou um chip do pacote, molhando-o na guacamole. —Eu só não quero que haja qualquer tensão estranha ou constrangimento no trabalho amanhã. —Nós dois somos adultos com trabalhos para fazer, Dani. Não haverá tensão estranha. Ela olhou para a tigela enquanto mastigava, sua mente em outro lugar. —Deixe-me perguntar uma coisa.— Eu tomei uma bebida rápida. —E se o seu carro estivesse bem? Seu olhar subiu para encontrar os meus. —O que você quer dizer? Ela não era estúpida. Ela sabia exatamente o que eu queria dizer, mas estava protelando a pensar sobre o que ela queria dizer em seguida. Isso só me estimulou mais. De jeito nenhum eu a deixaria fora do gancho agora.
—Saímos do bar um sobre o outro, certo?— Fiz questão de olhar diretamente em seus olhos quando eu a lembrei o quão ruim queríamos um ao outro. Eu queria que ela se lembrasse do jeito que ela gemeu quando eu beijei contra a parede de tijolos e a forma como ela esfregou o interior da minha perna no carro. —Vamos fingir que chegamos ao parque de estacionamento e seu carro está bom. O que aconteceria a seguir? — Eu me endireitei e cruzei os braços. —Eu acho que nós dois sabemos o que teria acontecido. — Seus olhos caíram para a ilha. —Olhe para mim,— Eu exigi, recusando-me a deixar que ela me explodisse. Seus olhos vieram para cima e eu continuei. —Eu quero ouvir você dizer isso. —O que há para dizer, Andy? Estávamos tão quentes um pelo outro que, ou nós teriamos vindo aqui e tido relações sexuais, ou feito ali mesmo na garagem sobre o capô de seu carro. É isso que você queria que eu dissesse? Bem. Eu disse isso. Eu queria você. Feliz agora? —E agora? —E agora? —Você não me quer mais? —Não é isso.— Ela balançou a cabeça e deu de ombros. —Mas não pode acontecer. As coisas foram longe demais, rápido demais, e a coisa do carro me fez voltar atrás e fazer uma pausa. —O que você aprendeu sobre esta pausa? —Honestamente, que eu tenho trabalhado muito, muito duro para fazer um nome para eu perder a minha reputação
e ter as pessoas supondo que eu tenho o trabalho com você porque eu estava disposta a dormir com o chefe. Essa declaração me pôs em chamas. —Isso é ridículo— eu gritei, mas o som da abertura da porta da frente interrompeu-me e eu congelei. —Papai!— Becca gritou enquanto corria pela casa e pulou em meus braços. —Ei, menina bonita.— Eu apertei as suas costas, orando para ver Warren, o motorista de Blaire, que trazia as crianças para casa a maior parte do tempo. —Eu tenho que vestir uma camisa de colarinho estúpido? — Perguntou Logan. —Sim, eu quero que você pareça agradável para fotos, Blaire respondeu. —Nós não fizemos fotos em muito tempo— Ela congelou quando entrou pela porta e viu Dani sentada na ilha comigo. Ela rapidamente a olhou de cima para baixo, em seguida, deslizou seus olhos em cima de mim. —Bem, eu espero que não esteja interrompendo alguma coisa? Porra. —Não.— Eu balancei a cabeça, fixando Becca no chão. —Apenas algumas batatas fritas e salsa. Está com fome, campeão? Logan se aproximou e me deu um abraço, olhando para Danicka o tempo todo. —Eu te conheci no jogo de beisebol, certo? — Ele perguntou com um grande sorriso, pequenos cabelos louros espreitando para fora sob o seu boné de basebol.
Dani sorriu para ele. —Sim, no Home Run Derby. Boa memória. Limpei a garganta e mentalmente me preparei para fazer a introdução mais estranha de todos os tempos. —Blaire—, eu disse, apontando para Dani. —Está é a minha parceira, Danicka Douglas. Danicka está é Blaire. Danicka deu um passo para Blaire com a mão para fora. —Oi, Blaire. Prazer em conhecê-la — ela cumprimentou em um tom amigável. Blaire franziu o nariz quando ela olhou para a mão de Dani e seguiu todo o caminho de volta até seu rosto. Ela rolou a língua sobre os dentes superiores e deslizou seu olhar para mim. —Eu sei quem você é. Dani puxou a mão para trás e cruzou os braços, inclinando seu quadril para o lado. —Logan e Becca, levem as suas malas no andar de cima e coloque as coisas fora, por favor.— Eu esperei até que seus passos desaparecessem para dar um passo adiante. —Blaire, não comece. —Eu não estou começando alguma coisa, Andrew. Eu estava simplesmente afirmando que eu sabia quem ela era. Eu vi fotos de sua nova amiga na Internet — ela zombou, batendo os cílios negros falsos em Dani. —Eu não sou sua nova amiga. Dani atirou de volta, apertando os olhos. —Eu sou sua colega de trabalho. Blaire revirou os olhos. —Mm-hmm. Não é preciso ser um cientista para descobrir por que ele contratou você, e eu tenho certeza que você vale a pena cada centavo, querida.
—Querida? —Repetiu Dani. —Isso é o suficiente.— Eu entrei. —Blaire, vá para casa. A cabeça de Blaire empurrou de volta quando ela olhou para mim. —Por que a pressa, Andrew? Vocês dois têm muito trabalho a fazer aqui hoje? Quero dizer... ela realmente sabe como fazer as coisas de agente, né? Ou isso é apenas uma cobertura? A mandíbula de Dani caiu, mas antes que pudesse responder. —Blaire, para fora. Agora. Blaire enrolou seus lábios para cima e soltou uma risada rápida. —Com prazer—, ela zombou quando se virou e saiu da cozinha. Mordi a língua quando eu a segui até a porta da frente, quando o que eu realmente queria fazer era gritar com ela para deixar de ser uma cadela por uma vez em sua vida. Quando ela estava fora, eu tranquei a porta e corri de volta para a cozinha. —Sinto muito sobre isso, Dani— eu disse, encostado ao balcão enquanto eu esfregava o rosto com as mãos. —É exatamente por isso,— Dani disse suavemente. Deixei minhas mãos. —Hã? Seus olhos pareciam tristes quando ela balançou a cabeça lentamente. —O que ela disse sobre isso que me contratou? Isso é o que todo mundo vai pensar. Isso é o que todo mundo vai dizer sobre mim. É exatamente por isso que nunca iria funcionar entre nós. —Dani, Blaire é uma idiota. Você nunca deve ouvir qualquer coisa que ela diz.
—Mas ela está certa.— Ela encolheu os ombros. —As pessoas vão pensar que você me contratou por todas as razões erradas. Isso iria arruinar ambas as nossas carreiras e colocar toda a sua empresa em risco. —Não, não pense assim... —Eu tenho que pensar assim porque é a verdade. Eu gosto de você, e eu gosto da maneira que eu me sinto quando estou com você, mas nós trabalhamos muito duro pra estragar tudo ao longo de um tempo —Ouça.— Eu dei um passo para a frente e gentilmente agarrei os seus ombros, olhando-a diretamente nos olhos. — Ninguém vai pensar isso. Você era uma agente muito antes de eu te contratar Seus olhos foram para o espaço. —Não importa. Nada disso importa. Todo mundo vai falar sobre isso, como Double D está pegando o seu novo chefe. Eu vou perder toda a credibilidade. Assim como você. —Dani... —Eu tenho que ir.— Ela parou a minha refutação antes de começar. —Vejo você na parte da manhã.— Com isso, ela passou correndo por mim e pela porta da frente.
CAPÍTULO 22 Danicka Segunda-feira elevou sua cabeça feia, não importa o quão duro eu desejei afasta-la. Eu estava deitada na minha cama quente e brevemente pensei em ligar e falar que estava doente, mas eu sabia que Andy iria ver através disso e acabaria na minha porta dentro de uma hora. Rolei para o meu lado, abri os olhos e olhei diretamente para Roxy, que soltou um suspiro alto. —Por
que
você
está mal-humorada?
Você é
um
cachorro. —Eu estendi a mão e corri os dedos ao longo da curva de seu rosto, acariciando-a suavemente entre os olhos. —Você não tem que lidar com o trabalho ou homens ou contas ou homens ou perseguidores ou homens. Quer trocar de vida? Meu celular vibrou na minha mesa de cabeceira. Eu recolhi, feliz de ver o rosto sorridente de meu pai na tela. —Oi pai. —Hey, abóbora! Como você está? Eu rolei de volta e suspirei. —Estou bem. Cansada. Eu sinto que eu poderia dormir por três dias seguidos. —Talvez você devesse.— Ele riu. —Tire o dia de folga e descanse. —Não, eu preciso me manter ocupada ou eu vou enlouquecer.
—Essa é minha garota. Você já falou de novo com o detetive designado para o seu caso? —Detective Larson? Não. Ontem foi domingo, embora, por isso eu realmente não esperava. Esperemos hoje. —Saí da cama e coloquei os braços em meu robe. Ele ficou quieto por um segundo. —Você soa para baixo. —Papai. Meu carro foi vandalizado por um psicopata que está também me mandando mensagens assustadoras por alguns meses agora. Claro que estou para baixo. —Eu tentei não soar aborrecida, mas deveria ter sido óbvio para o meu pai porque eu não estava no meu normal, auto, alegre. —Você está certa. Eu sinto muito. Isso foi estúpido da minha parte —, ele pediu desculpas sinceramente. —Quer que eu vá ai, Dani? Eu posso estar em um avião mais tarde hoje. —Não, pai, está tudo bem. Obrigada pela oferta, no entanto. Eu aprecio isso. —Eu puxei o telefone do meu ouvido e verifiquei a hora. —Escute, eu tenho que saltar no chuveiro ou eu vou estar atrasada para o trabalho. Eu te ligo mais tarde, ok? —Tudo bem, querida. Ligue-me antes de dormir, ok? —Eu te ligo mais tarde. Tchau, papai. —Eu terminei a chamada e joguei o meu telefone na minha cama, assustando a pobre Roxy. Parte de mim queria que ele não tivesse perguntado se eu queria que ele viesse aqui. Eu queria que ele apenas tivesse pulado no próximo avião para fora da Califórnia, e estivesse na minha casa na hora do jantar, e ficar até que eles prendessem o imbecil que estava tentando
me assustar. Pedir a alguém para me confortar era algo que eu nunca tinha sido capaz de fazer, e eu não estava prestes a começar agora. Quando
eu
puxei
para
dentro
do
parque
de
estacionamento e próximo ao meu lugar normal, ao lado de Andy, a tristeza tomou conta de mim. Por que eu? Porque agora? Pela primeira vez desde que eu disse a Cole Woods onde enfiar seus comentários, e depois adivinhar que deixar a Empesa de Gestão Leighton era a melhor decisão, eu odiava isso.
Eu
odiava
adivinhar qualquer coisa. Para
mim,
segunda-suposição era uma fraqueza, o oposto de confiança, algo que me esforcei a cada dia. Quando eu tomava uma decisão, eu possuía... bom ou mal. Mas, naquele momento, só por um segundo fugaz, eu me perguntava o que aconteceria. Uma batida na janela a polegadas do meu rosto me assustou tanto que eu gritei em voz alta. O grande sorriso no rosto de Ellie desapareceu rapidamente quando os seus olhos se arregalaram. —Eu sinto muito! Meu Deus. Sinto muito, — ela divagava quando abri a porta do carro. Eu balancei a cabeça e suspirei. —Está tudo bem. Seus olhos estavam selvagens quando ela agarrou a borda da porta, sacudindo a cabeça para trás e para frente. —Não. Eu me sinto mal. Eu não queria assustá-la. —Está tudo bem. —Eu simplesmente puxei para a direita depois de você e pensei que poderíamos caminhar juntas. Eu sinto muito.
Fechei a porta do carro e me virei, colocando as minhas mãos em seus ombros enquanto a olhava direito no olho. — Ellie. Está tudo bem. Suas
bochechas
estufaram
quando
ela
exalou
profundamente, dando-me um sorriso triste. —Como você está? Eu soltei e joguei a minha bolsa sobre meu ombro. — Estou bem. Tão fina como eu posso estar sabendo que há um psicopata lá fora, tentando me deixar louca, sabe? Ela assentiu enquanto entramos no elevador. —Como está o seu carro? Eu suspirei, deixando a minha cabeça cair para trás contra a parede do elevador quando eu olhei para as feias telhas do teto branco. —Nada bom. Quatro pneus novos, um novo trabalho de pintura e uma nova janela provavelmente não será barato, mas não é mesmo o dinheiro do seguro ou o aborrecimento que me irrita. Alguém está me mandando mensagem. Alguém quer me assustar, e está funcionando. Ellie deu um passo mais perto e descansou a cabeça no meu ombro. —Eu sinto muito, Dani. O que eu posso fazer? Qualquer coisa? Felizmente, as portas do elevador se abriram antes de eu quebrar completamente. —Não. Eu estou bem. Nós duas corremos para fora do elevador, e eu estava tão ocupada tentando me apressar para o meu escritório com a cabeça para baixo que eu corri direto no peito de Andy, saltando fora com um ruído surdo e quase caindo no chão.
—Whoa! —Ele gritou, com os olhos esbugalhados quando ele estendeu a mão e pegou meu braço. —Você está bem? Eu tropecei para trás, mas não cai. Uma vez estável, eu respirei fundo, limpando, tentando recuperar a compostura. —Eu estou bem.— Eu dei-lhe um sorriso de boca fechada enquanto meu rosto ficou quente de vergonha. —Só não estava prestando atenção, me desculpe. —Está tudo bem.— Seus olhos corriam em volta do meu rosto sem jeito, não tenho certeza se ele deveria fazer contato visual ou não. Olhei para os meus dedos, torcendo-os, desconfortável. —Então… — Ele começou a dizer. —Bem, eu vou começar— eu disse quase exatamente ao mesmo tempo. Ele fechou a boca e balançou a cabeça, apenas com uma pitada de tristeza no rosto. Corri por ele para o meu escritório e fechei a porta atrás de mim, onde eu descuidadamente deixei cair as minhas malas no chão ao lado da minha estante e sentei na minha cadeira. Assim que minha bunda bateu o assento houve uma batida suave na porta. Antes que eu tivesse a chance de dizer qualquer coisa, Ellie abriu-a e deslizou para dentro. Ela endireitou-se na beira da cadeira em frente a minha mesa com as mãos cruzadas no colo e uma expressão impassível no rosto. —O quê?— Eu finalmente perguntei quando ela não disse nada. —Que diabos foi isso?
—O que aconteceu? —Isso.— Ela apontou o dedo de volta para a entrada. Inclinei a cabeça para o lado e olhei para ela, brincando. —Ellie, estou exausta e mal funcionando, por favor, basta dizê-lo. —Vocês dois. Aquilo foi... intenso. Minha cabeça empurrou de volta. —Intenso? Ellie, eu só encontrei com ele. Pare de olhar muito longe para isso. Ela franziu os lábios e revirou os olhos. —Oh, por favor! Se você estiver indo para me dizer que você não sentiu a estranheza, a tensão, a atração óbvia entre vocês dois agora, eu vou chegar lá e bater em você. É claro que eu senti. Naquele momento, eu queria mais do que qualquer coisa embrulhar a minha mão em volta do pescoço e puxar os lábios para baixo no meu, mas eu não podia. Sentindo-me derrotada, eu deixei cair a minha cabeça no canto dos meus braços e apertei. —Ellie, pare. Somos apenas colegas de trabalho. — Minha voz ecoou na minha mesa. —Hum... Eu estava lá na sexta à noite. Vocês não são apenas colegas de trabalho. Não mais. Ergui a cabeça e apoiei no meu queixo. Ela estava olhando diretamente para mim com seus olhos azuis acinzentados largos e sua boca aberta ligeiramente. —Nada aconteceu. —Nada convencida.
aconteceu?—
Ela
revirou
os
olhos,
não
—Não, nada aconteceu. Meu carro ficou destruído, e tipo matou o humor, mas estou feliz que isso aconteceu. Isso me deu tempo para voltar atrás e ver os meus outros sentidos. Ellie prendeu o lábio inferior um pouco para fora. — Então, é só isso mesmo? Você simplesmente desistiu? —Basicamente. Vire os sentimentos e desista. Ela balançou a cabeça, mas não tirou os olhos dos meus. —Então você está me dizendo que não sentiu nada agora? Quando você bateu em seu peito? Quando você olhou em seus olhos? Nada? Senti tudo. Deixei escapar um suspiro pesado. —Claro que eu sinto isso, Ellie. É impossível para mim estar na sala com ele e não sentir isso, mas nada aconteceu. Nada pode acontecer. Ele é meu chefe. Se eu dormir com ele, ou baixar a guarda e começar a sentir as coisas por ele, poderia estragar tudo o que ambos trabalhamos tão duro. O telefone em sua mesa começou a tocar. —Isso é uma porcaria total, Dani, e você sabe disso, mas eu vou deixar ir por agora. Eu voltarei. Isso ainda não acabou. —Ela levantou-se e olhou para mim antes de virar e ir bufando fora do meu escritório. Antes que eu pudesse ligar o meu computador, meu celular tocou dentro da minha bolsa. Meu coração disparou rápido quando eu olhei para o número bloqueado. Ele não teria coragem de me chamar, iria? —Olá?— Eu disse suavemente. —Oi, Sra. Douglas? É o Detetive Larson.
Eu exalei alto, lavando de alívio sobre mim. —Oi, Detetive Larson. —Espero que este não seja um mau tempo. Eu só queria tocar na base com você e ver como você está fazendo, ter certeza que nada mais aconteceu no fim de semana. —Estou bem. Pronta para chegar ao fundo deste e colocá-lo para atrás. —Eu aposto que você esta. Deixe-me lhe falar sobre onde estamos. Eu estou realmente caminhando de uma maneira que hoje vou pegar a fita de vigilância do Serviço de Segurança e passar por cima de perto. Eu também queria subir se estiver tudo bem, e pegar as mensagens que ele enviou a você. Sr. Shaw disse que as tem em seu escritório. —Sim, eu as tenho todas em minha mesa. —Tudo bem, eu vou te ver daqui a pouco. Quando eu cliquei no botão e coloquei meu telefone na minha gaveta da mesa, houve outra batida na porta do meu escritório. Revirei os olhos, e por uma fração de segundo, me arrependi de não ficar em casa depois de tudo. —Entre! — Gritei. Quando a porta se abriu silenciosamente, a alta moldura de Andy encheu a porta. Tão mal quanto eu queria ficar sozinha por apenas cinco minutos, vendo-o ali com aquele sorriso contagiante no rosto acalmou-me mais do que qualquer outra coisa. —Ei. —Ei você mesmo — Eu sorri, acenando para entrar. Ele empurrou a porta e sentou-se na cadeira na minha frente. Haviam círculos escuros pendurados sob seus olhos, e
parecia que ele não tinha tido uma boa noite de sono em semanas. —Fiquei realmente surpreso ao vê-la aqui hoje. —Por quê?— Eu perguntei, inclinando a cabeça para o lado. —Você passou por muita coisa, obviamente. Eu achei que você poderia tirar um ou dois dias fora. Eu não teria me importado, sabe? Estou preocupado com você. —Seus olhos eram intensos, e olharam para mim de uma maneira que me fez querer dar todos os meus problemas a ele para corrigir. Andy era uma espécie. Ele era gentil, e ele se importava comigo. Ele também era sexy como o inferno e um pouco superprotetor, o que só o tornava mais atraente, mas eu trabalhei muito duro para construir um nome para mim para dar-lhe tudo. —Eu pensei sobre isso, na verdade.— Eu sentei na minha cadeira e cruzei os braços sobre o peito. —Mas eu achei que você provavelmente iria acabar na minha porta, então eu só vim. Seus lábios se separaram e ele sorriu, deixando escapar uma pequena risada. —Você está absolutamente certa. Eu não gosto disso, Dani. Eu não gosto disso em tudo, e até descobrir exatamente quem é e ele ser preso, eu vou estar te observando como um falcão. Engoli um pequeno nódulo, que tinha brotado na minha garganta. Ele puxou as sobrancelhas apertadas quando ele olhou para minha mesa por apenas um segundo e depois de volta
para mim, com algo definitivamente na sua mente. —E, sobre o que aconteceu antes de encontrarmos o seu carro na sexta à noite, eu não me arrependo disso. Nem um pouco. Eu entendo o que você está dizendo sobre a sua carreira, por isso não vou empurrar isso, mas eu nunca vou esquecer como me senti quando você me beijou naquele banco. Isso foi feroz. Definitivamente não é algo que começou naquela noite, e isso com certeza não vai parar por aí, não importa o que você diga. Ele se levantou e calmamente saiu do meu escritório, e eu lutava para engolir essa mesma massa novamente, só que desta vez era uma pedra maldita.
CAPÍTULO 23 Andy Fazia duas semanas desde o aniversário de Danicka. Duas semanas desde que tínhamos nos beijado pela primeira vez e deixamos o bar juntos. Duas semanas desde que seu carro foi vandalizado e ela fechou-se. Duas semanas desde que ela decidiu ser seu braço-forte e me manter afastado. Nessas mesmas duas semanas, ela tinha feito um monte de coisas para me puxar para trás... para todos. Não só ela tinha passado a maior parte de seu tempo em seu escritório com a porta fechada, ela também começou a arrumar um almoço em casa e comer só, atrás dessa mesma porta fechada. Mesmo quando ela iria participar de práticas dos clientes ou ir para fora com um atleta de faculdade, ela não falava muito a ninguém. Eu sabia por que eu tinha contratado alguém para segui-la e ter certeza que ela estava segura quando não estava no escritório. Eu também contratei alguém para ficar na cauda do imbecil do Cole Woods e me manter a par de todas as suas atividades, não importa quão insignificante parecesse. Infelizmente, na fita de vigilância da garagem não tinha aparecido nada, só um vídeo de um cara vestido de preto,
vestindo um boné de beisebol preto, batendo em seu carro. Detetive Larson também pegou as mensagens e as analisou, mas os fax foram enviados de lugares não rastreáveis e as mensagens que vieram via FedEx foram pagas com dinheiro. O psicopata estava cobrindo bem seus rastros, mas eu estava orando por um deslize. Apenas um deslize. Uma chance para pregar a sua bunda doente na parede por transformar a vida de Dani, e todo o meu escritório, de cabeça para baixo. Pobre Ellie não tinha tido um sorriso genuíno em dias, já que Dani tinha começado a dar-lhe o ombro frio, também. A principal razão de eu ter contratado Dani, em primeiro lugar foi para colher um pouco da responsabilidade e carga do cliente em seu prato, mas eu estava tão preocupado com ela que eu estava gastando mais tempo no escritório do que eu tinha estado antes. O stress de tudo foi ficando para mim. Toda vez que eu pisava o pé dentro de meu escritório, parecia como se as paredes estivessem se fechando e meu colarinho estivesse ficando mais apertado. Os Cubs tinha terminado uma série de três jogos com os gêmeos na noite passada e estavam fora hoje, então quando eu acordei naquela manhã, eu tinha um texto de Justin perguntando se eu, Brody, e Viper queríamos vir para um pequeno-almoço tardio antes de seu avião decolar. Eu não podia sair daquele escritório rápido o suficiente. —Eu vou estar de volta, El. Eu estou tirando um almoço mais cedo hoje —, eu disse enquanto passava por sua mesa em direção ao elevador.
—Ok— ela reconheceu, sem olhar para cima de seu computador. Enquanto eu atravessava as portas de construção e para a calçada, eu respirei fundo o ar quente de verão que em breve iria mudar e decidi caminhar em vez de ir de carro para o restaurante. Era apenas um par de quarteirões de distância, e considerando que tinha sido semanas desde que eu
tinha
visto
o
interior
de
uma
academia,
era
definitivamente uma boa idéia. Quando cheguei ao Café Wildberry, os três já estavam sentados em uma cabine no canto mais distante. Eu sorri para a anfitriã quando passei por ela, fazendo meu caminho pelo corredor cheio de cabines azul-marinho e marrom. Não era o lugar decorado mais impressionante, mas era uma parte importante no bairro, e todos sabiam que tinham a melhor comida, especialmente às duas horas da manhã, quando você precisava ficar sóbrio. Quando cheguei mais perto para a mesa, eu não podia ouvi-los, mas eu poderia dizer pelos olhares em seus rostos que os caras estavam falando sobre algo sério. —Bom dia, senhoras,— eu cumprimentei enquanto eu caminhava até a mesa. —O que há, Shaw!— Viper anunciou em voz alta. —Bom dia,— Brody e Justin disse em uníssono. Brody deslizou para que eu pudesse sentar-me, mas depois eles ficaram em silêncio. Meus olhos se moviam lentamente de Viper para Justin para Brody, mas nenhum deles fizeram contato visual
comigo. —Não me deixe matar a conversa. Continuem com o que estavam falando. Brody
deu
de
ombros.
—Nós
estávamos
apenas
preenchendo Justin com todas as besteiras que você está lidando ultimamente. —Ugh. Podemos falar sobre qualquer coisa, mas nada disso por um tempo, por favor? —Deixei escapar um suspiro pesado. —Certo. Podemos falar sobre o fato de que Brody “Supersperm” Murphy bateu apenas sua pobre esposa de novo — exclamou Viper. —O que?— Minha cabeça virou em direção Brody, chocado com o que Viper disse, antes que ele me dissesse. —O quê?— Brody ecoou, sua cabeça vacilando para trás enquanto ele franziu a testa para Viper. —Eu estou apenas brincando.— Viper sorriu com os olhos
selvagens.
—Mas
esta
destinado
a
acontecer,
eventualmente, certo? Eu só percebi que começaria a praticar agora. Justin gritou e bateu com o punho na mesa com tanta força que as xícaras de café ficaram de cabeça para baixo sacudindo ao redor em seus pires. —Puta merda!— Eu virei para Brody. —Eu pensei que ele estava falando sério! —Por um segundo, eu também!— Brody disse incrédulo, esfregando a testa. —Eu estava tentando descobrir como diabos ele sabia antes de mim.
—Ele está certo, porém,— Justin acrescentou. —Todos nós sabemos que vai acontecer de novo, eventualmente. Vocês são como dois bebês longe de serem os Duggars20 do Centro-Oeste e terem o seu próprio reality show. —Cale a boca, idiota.— Brody pegou um pacote de açúcar e atirou para ele enquanto Viper, e eu rugimos alto. Passamos a próxima hora rindo e falando sobre as últimas besteiras em nossas vidas. Viper nos contou sobre suas férias em Nova Orleans e Brody perguntou a Justin cinquenta perguntas sobre os Cubs e a temporada incrível que eles estavam tendo. Os caras fizeram exatamente o que queria e deixou o assunto de Dani e seu perseguidor fora. Era bom ter uma refeição onde eu não pensasse ou falasse sobre isso. Depois que terminei de comer, Brody pegou o cheque antes que qualquer um de nós pudesse e empurrou na frente pagando. Nós nos despedimos e seguimos nossos caminhos separados. A caminhada de volta para o escritório não estava perto de tão agradável quanto à caminhada até lá, graças ao meu estômago cheio de panqueca. Desde que foi tão agradável ir para fora, eu dei uma volta extra em volta do bloco, esperando que isso fosse me livrar de algumas das minhas plenitudes.
20
foi um reality show americano que foi exibido no canal a cabo TLC por sete anos, até seu cancelamento em 2015. O programa apresentou a família Duggar: os pais Jim Bob e Michelle Duggar e suas dezenove crianças - nove meninas e dez meninos, cujos nomes começam com a letra "J."
As portas do elevador se abriram, e mesa de Ellie estava vazia. Nada do que pensar, eu me virei para direita e me dirigi para o meu escritório, mas um baque forte atrás de mim me chamou a atenção. Ellie estava em pé na porta de Dani, e eu não podia ver muito por ela, mas eu ouvi um monte de barulho. —Tudo bem?— Gritei. Ellie se virou para mim. As sobrancelhas estavam colocadas juntas, e ela estava mastigando as suas unhas quando ela balançou a cabeça. Meu estômago virou quando me virei e me dirigi ao escritório de Dani. —O que aconteceu? Outra mensagem? Dani estava pegando um par de porta retratos que tinham caído ou sido jogado fora de sua mesa. —Que diabos está acontecendo?— Eu repeti com firmeza. —Eu tenho que ir!— Dani respondeu sem olhar para cima quando ela jogou o celular na bolsa. —Vou me encontrar com June no veterinário. É Roxy. —O que aconteceu?— Eu empurrei, sentindo-me como se alguém que não estivesse me dizendo alguma coisa. —Não tenho certeza—, Ellie finalmente respondeu. —Ela recebeu um telefonema há poucos minutos a partir de June. Ela foi até Roxy, e ela não estava acordando, então ela chamou Dani. Então ela notou uma tigela estranha no chão ao lado de suas tigelas regulares. Minha cabeça foi para Dani. —Uma tigela estranha?
Ela mordeu o lábio e assentiu. —Ela me mandou uma foto dela. Eu nunca tinha visto isso antes. Meu peito apertou e minha boca ficou seca —Puta merda, ele estava em sua casa? Balançando a cabeça novamente, ela acrescentou: — Havia uma nota, também, mas eu não consigo nem lidar com isso agora. Eu tenho que ir atender June. Eu te ligo mais tarde. —Dane-se isso. Eu vou com você — eu insisti, grato que ela não perdeu tempo discutindo de volta sobre isso. —Ellie, cancele toda a minha tarde. Ellie balançou a cabeça rapidamente e correu de volta para sua mesa. —Você tem tudo? —Perguntei a Dani quando ela apagou a luz e passou correndo por mim. —Eu acho que sim. Vamos. —Ela correu para o elevador e apertou o botão meia dúzia de vezes. —Por favor, me mantenha informada,— Ellie gritou quando as portas se abriram. Dani correu e apertou o botão de entrada mais e mais. —Eu vou chamá-la— eu gritei de volta, mal tendo as portas fechadas. O elevador cantarolava a um começo, baixando-nos lentamente. Dani mordeu o lábio inferior nervosamente, olhando para os números dos pisos descendo quando os seus olhos se encheram de lágrimas. Eu sabia que ela não queria falar, mas eu não podia deixar de tocá-la quando ela se parecia assim, então eu dei um passo para frente e puxei a
mão na minha. Ela apertou com força enquanto uma lágrima escorria pelo seu rosto. As portas do elevador se abriram, e ambos corremos para o estacionamento. —Eu estou dirigindo,— eu pedi, não deixando uma opção para ela discutir. Nós corremos pelo estacionamento e pulamos no meu carro. Eu liguei o meu carro e sai do estacionamento antes que Dani tivesse seu cinto de segurança. —Diga-me para onde ir— eu disse quando eu puxei até o portão na saída da garagem. —Vá para a esquerda— ela respondeu suavemente. Eu roubei um olhar para ela quando virei o carro. Suas mãos estavam no colo, nervosamente puxando um lenço de papel, e seu rosto estava mais pálido do que eu já tinha visto. —Você pode me dizer o que aconteceu? — Perguntei lentamente. Empurrá-la e causar um colapso era a última coisa que eu queria, mas eu ainda era bastante ignorante sobre o que tinha realmente acontecido. Ela fungou e enxugou os olhos com o lenço. —Eu estava sentada na minha mesa e meu celular tocou. Era June. Ela disse que ela foi à casa de Roxy como ela faz todos os dias, mas à direita no interior da porta havia uma pilha de vomito. Não totalmente estranho, mas não típico para Roxy, também. Então ela foi para a cozinha e havia mais duas pilhas. Foi quando ela ficou nervosa. Sua voz era baixa e trêmula, o oposto exato da força de vontade, da boca inteligente de Danicka Douglas que eu
havia trabalhado lado a lado ao longo do último par de meses. —Ela disse que chamou o nome dela, mas ela não veio correndo como ela normalmente faz, então ela começou a olhar ao redor. Roxy estava deitada enrolada debaixo da mesa da cozinha, respirando, mas não respondeu. Ela pegou-a em um cobertor e tentou acordá-la novamente... —Sua voz falhou e ela parou por um segundo para se recompor. Dirigir era quase impossível quando Dani estava agindo assim. Tudo o que eu queria fazer era estacionar o carro e puxá-la para um abraço. —Quando ela estava sentada na cadeira com ela, ela disse que notou uma tigela diferente ao lado das suas normais. Foi quando ela me chamou. Eu lhe disse que não tinha deixado outra tigela, e ela me enviou uma foto dela. Eu nunca tinha visto antes — ela tomou um fôlego trêmulo—, então ela se levantou e foi em direção a porta da frente, e isso foi quando ela notou a nota na ilha. Eu não poderia imaginar o quão difícil era para Dani me contar essa história, mas eu queria saber tudo. —E... o que a nota diz? Ela respirou fundo, exalando alto pelo nariz. —Ele disse: Você é a próxima, cadela! Meu sangue correu gelado. Enviando a Dani todas essas mensagens era uma coisa, vandalizar o carro cruzando a linha principal, mas entrar em sua casa, se fazendo de Deus com o seu cão, e deixando notas em sua cozinha? Porra horrendo. Eu daria o salário de
um ano inteiro para ficar a sós com esse idiota cinco minutos. —Então o que aconteceu? Perguntei com os dentes cerrados, tentando tão duro quanto eu podia parecer normal. —Eu me assustei!—, Ela respondeu honestamente. — Entre a tigela e a nota, eu estava apavorada que ele ainda poderia estar na minha casa, então eu disse a ela para dar o fora e ir direto ao veterinário, então eu chamei o Detetive Larson imediatamente. Ele disse que está se dirigindo para a minha casa agora e para mantê-lo informado sobre como ela está indo. Minha mente começou a correr cem milhas por hora. Quando ele chegou em sua casa? Se ele tivesse feito uma chave? Será que ele voltaria? Eu não sabia as respostas para qualquer uma dessas perguntas, mas eu sei de uma coisa com a maldita certeza. De jeito nenhum Dani iria para casa esta noite... ou a qualquer momento em breve. Compreensivelmente,
todos
e
Dani
estavam
preocupados no momento com Roxy, mas o que eu estava preocupado era com ela.
CAPÍTULO 24 Danicka Enquanto nos dirigíamos, eu olhava pela janela para todas as pessoas que vivem suas vidas normais... crianças andando de bicicleta, enquanto seus pais andavam felizes atrás, um casal idoso sentado em um banco com cones de sorvete, uma mulher que se movimenta enquanto empurrava um carrinho de criança. Eu sentia falta disso. Tudo isso. Falar sobre a sua vida e não se preocupar se alguém estava assistindo você ou tirando fotos de você. Mesmo que meus dias tinham sido cheios de tormento e paranóia, a noite era diferente. Minha casa era o meu lugar seguro onde ninguém podia me tocar, e agora tinha sido tirado, também. Eu não tinha ideia do que Cole Woods, estava tentando provar, mas se ele estava tentando me deixar louca, ele estava trabalhando. Eu não poderia viver assim por muito tempo. Eu não faria isso. Vou pegar Roxy e desaparecer. É isso aí. Eu vou sair e deixar a cidade. Ele ganha. —Oh, vire à direita aqui— eu soltei, pairando sobre a maçaneta da porta quando Andy virou no último segundo. — Desculpa.
—Está tudo bem.— Ele olhou através do sol. —É isso aí em cima? Eu balancei a cabeça. —Eu tenho ouvido falar deste lugar, mas nunca estive aqui. As crianças têm vindo sempre a pedir um cão, mas eu não tenho dado ainda. —Ele soltou uma risada estranha, claramente tentando fazer uma conversa pequena para que eu
pudesse
me
sentir
melhor,
mas
isso
não
estava
acontecendo. Ele puxou para um espaço de estacionamento, e eu pulei para fora antes dele ter o motor desligado. Um pequeno sino em cima da porta tilintou quando eu chicotei aberta. June se levantou e correu, envolvendo os braços em volta de mim. —Oh, Dani. Eu sinto muito. —Ela apertou-me tão forte. —Onde ela está? O que está acontecendo? —, Perguntei, em pânico por suas palavras. —Eu não sei.— Ela soltou e deu um passo para trás, levantando os óculos para enxugar os olhos com um lenço. — Levaram-na para dentro logo que eu cheguei aqui, e eles não sairam mais. Isso é um bom sinal, certo? Se algo estivesse realmente errado, eles teriam saido, certo? —Eu não tenho certeza.— Balançando a cabeça, eu caminhei até a mesa da recepcionista. —Oi, eu sou Danicka Douglas. Minha cachorra, Roxy, foi trazida pela minha vizinha. Pode me dizer alguma coisa? A recepcionista de cabelos escuros digitou algo em seu computador, em seguida, sorriu para mim como ela estava.
—Deixe-me ver o que posso descobrir para você, ok? Eu já volto. —Ela desapareceu por uma porta atrás da mesa, e levou toda a minha força de vontade para não entrar por aquela porta atrás dela. Eu passei meus braços em volta de mim e comecei a andar pela sala, pensando para trás a um par de meses no tempo que Sadie me chamou em histeria total. Skyler tinha seis semanas de idade e tinha uma febre de 40 graus. Eles estavam em seu caminho para o médico, mas ela estava assustada e triste e me senti incrivelmente impotente, exatamente como eu estava me sentindo. —Danicka? Minha cabeça se levantou ao som de meu nome. Dra. Sells estava em pé perto da mesa da recepcionista, enxugando as mãos numa toalha de papel. Ela jogou no lixo e me deu um sorriso de boca fechada. —Oi, deixe-me falar sobre o que está acontecendo até agora. Eu nervosamente belisquei a pele no meu pescoço e respirei fundo. Andy apareceu ao meu lado, descansando a mão na parte inferior das minhas costas. —Como você já sabe, Roxy foi trazida porque ela estava insensível e com vómitos. Ela vomitou novamente, uma vez que ela chegou aqui, o que foi útil para nós, não só porque posso testar isso e ver o que está acontecendo, mas que isso também significa que ela está tentando se livrar sozinha de tudo o que está lá dentro. Eu nunca tinha sido tão feliz pelo vomito de um cão em toda a minha vida.
—Tiramos um pouco de sangue e fizemos um exame de urina, e devemos ter isso de volta em breve, mas com base no que June havia dito sobre a tigela desconhecida e vômitos e letargia de Roxy, eu já lhe dei um pouco de carvão ativado para
bloquear
a
absorção
do
que
eu
acho
que
foi
provavelmente anticongelante. —Puta merda— Andy murmurou e June engasgou. —Aquele
filho
da
puta
deu
a
minha
cachorra
anticongelante?— Eu rugi. Os olhos da Dra. ficaram comprimidos fechados por um breve segundo, mas ela continuou, —Eu sei que é difícil de ouvir, mas felizmente June chegou na hora. Se ela não tivesse encontrado Roxy por mais uma hora ou duas, estaríamos tendo uma conversa muito mais difícil. Sem virar a minha atenção para longe da Dra. Sells, me abaixei e pesquei em volta da mão de June, apertando suavemente. —Roxy está estável por agora, e uma vez que receber os resultados do teste de volta, eu vou ter uma idéia melhor de como tratá-la, mas o plano está em sua permanência na UTI esta noite, com certeza. Roxy não estava fora de perigo, mas definitivamente saoava como se Dra. Sells tivesse uma alça sobre o que estava acontecendo, e o fato de que ela estava aqui falando comigo, em vez de na parte de trás trabalhando em Roxy era uma boa notícia o suficiente para mim. —Eu posso vê-la?
Ela apertou os lábios e inclinou a cabeça para o lado. — Ela está muito exausta e medicada, portanto, apenas por um minuto rápido, ok? Eu
balancei a
cabeça,
desesperada
por
qualquer
momento que ela estava disposta a me dar. —Vamos, por aqui.— Ela acenou. Dra. Sells empurrou a porta, segurando para eu seguila. Um casal de enfermeiras com pijamas coloridos com vários animais sobre eles sorriu quando passei pela sala. Eram sorrisos de pena. Os sorrisos que você dá a alguém quando sabe que eles estão prestes a ver algo que eles não querem ver e você se sente mal. Eu odiava sorrisos de pena. Voltei seus sorrisos educadamente quando nós caminhamos para um quarto à direita. Em uma mesa de metal enorme no meio da sala, estava colocada a minha minúscula melhor amiga. Seus olhos estavam quase fechados, e sua língua pendurada para fora da boca. Eu fiz uma careta quando eu notei a atadura branca envolvida em volta de sua perna. —Isso é de sua coleta de sangue,— Dra. Sells disse antes que eu tivesse a chance de perguntar o que era. Eu balancei a cabeça, tentando absorver tudo o que eu estava vendo. Quando ela disse que Roxy tinha sido envenenada, parte de mim esperava que ela estivesse ligada a todos os tipos de máquinas e tubos, mas não era o caso em tudo. Diferente do seu novo curativo, ela só parecia que estava dormindo.
Ajoelhei-me ao lado da mesa e estudei seu pequeno rosto. —Posso tocá-la? Dra. Sells assentiu. —Suavemente. Com um dedo, eu alisei o pelo em sua pata dianteira. Lágrimas brotaram nos meus olhos quando eu pensei sobre esse psicopata em volta de minha cozinha, persuadindo o meu bebê doce para beber veneno. Essas mesmas lágrimas derramaram pelo meu rosto quando eu pensei sobre o que teria acontecido se June não tivesse sido uma das pessoas mais organizadas do mundo que tinha o mesmo horário todos os dias. —Ela vai ficar aqui hoje à noite e ter uma boa noite de sono— disse a Dra. Sells — mas como eu disse, se estou certa sobre o anticongelante, você tem muita sorte. Foi detectado precocemente e é tratável. Ela é uma menina forte. Levantei-me e funguei, de bom grado, tendo o lenço que Dra. Sells estava oferecendo. —Obrigada por esse grande cuidado com dela. —Claro— respondeu ela, enquanto puxava seu cabelo escuro em um rabo de cavalo baixo. —Eu te ligo quando tivermos os resultados do teste de volta. Você tem o nosso número, por isso, se você quiser chamar antes apenas para verificar, sinta-se livre. —Você pode se arrepender de dizer isso— eu respondi com um riso estranho quando nós caminhamos para a sala de espera. Acenei para a recepcionista enquanto eu passava por sua mesa e caminhei em direção a Andy e june. Eles pularam
em uníssono quando me notaram se dirigindo em seu caminho. —Como ela está?— June perguntou em voz trêmula. —Ela realmente parece bem—, respondi, colocando a mão em seu ombro. —Ela só está aqui por sua causa, June. Eu não sei o que eu faria sem você... —A sala começou a girar, e eu estendi a mão, agarrando o braço de Andy para a estabilidade. —Ei, ei... Você está bem? —Ele enganchou um braço sob o meu e o outro em volta da minha cintura, literalmente me segurando. —Sim, eu acho que estou bem. É apenas... muito. June desenhou sua sobrancelha apertada enquanto seus olhos viajaram de cima e para baixo em meu corpo antes de deslizar sobre Andy. —Leve-a para casa. Ela precisa descansar. Andy
concordou
com
a
cabeça
e
me
levou
cuidadosamente para seu carro. Ele acenou adeus a June e deslizou para o assento do motorista quando eu afivelei o cinto de segurança. —Eu conversei com Detetive Larson enquanto você estava no quarto. Meu rosto chicoteou ao dele. —Você fez? —Sim. Eles levaram a tigela para impressões digitais e analisar, mas parece que a doutora estava certa. Isso é o que ele pensou que era, também. —Ele olhou para frente com as mãos segurando o volante com força.
—Eu nunca pensei que ele iria fazer algo assim—, murmurei, deixando a minha cabeça cair para trás contra o assento. —Nem eu.— Ele se virou para mim, mas não ligou o carro. —Ele é imprevisível, e ele só está ficando mais louco. Quero dizer... ele estava em sua casa. Deixei escapar um suspiro pesado. —Eu sei. Eu vou ir para um hotel esta noite. —O inferno que você vai, ele disse com firmeza enquanto ligava o carro. Ele colocou a mão na parte de trás do meu banco e virou-se para verificar por trás de seu carro quando saiu. —Você está vindo para minha casa e isso é tudo que existe para você. —De jeito nenhum! Eu não estou trazendo isso para a sua casa com seus filhos. —Eu balancei a cabeça com firmeza. —Eu tenho isso coberto. —Como? —Dani, eu tive um segurança a seguindo por algumas semanas agora. Eu só vou quadruplicar. —Espere. O que? Você tem? —Eu me atrapalhei. —Sim. —Por que você não me contou? Nós puxamos até um semáforo, e ele virou o rosto para mim. —O que você teria dito se eu lhe dissesse que eu contratei alguém para cuidar de você? Dei de ombros. —Provavelmente que eu não preciso.
—Exatamente. É por isso que eu não lhe disse. —O sinal ficou verde, e ele começou a dirigir novamente. —Dani, você é a única pessoa mais teimosa que já conheci. Você é tão independente e tão obcecada em fazer as coisas à sua maneira o tempo todo. Por uma vez, não discuta, basta ter a minha ajuda, ok? —Ok— eu admiti suavemente. Eu estava cansada demais para lutar e com muito medo de ficar sozinha. —Mesmo? OK? É isso aí? Fechando os olhos, eu tomei uma respiração grande e, trêmula e deixei sair lentamente, rezando para que eu estivesse tomando a decisão certa. —Sim, é isso, mas apenas até que eu possa descobrir uma solução mais permanente, ou até que ele finalmente seja apanhado.
CAPÍTULO 25 Andy Eu sabia quando eu estava à frente, e eu sabia quando parar, portanto, rodei em silêncio o resto do caminho até a casa de Dani. Quando nós chegamos, eu andei devagar e abri a porta. Ela não se moveu. —Você está bem? Ela apenas balançou a cabeça, olhando para frente. —Você não tem que ir lá, se você não quiser, sabe? Você pode me dirigir, e eu posso pegar algumas roupas e tudo o mais que você precisar. —Não.— Ela soltou um suspiro pesado. —Eu tenho que fazer isso. —Ok.— Eu assenti. —Bem, tome o seu tempo. Ninguém está apressando você. Depois de um minuto ela finalmente levantou-se entre o carro e a porta e sorriu para mim. Era um sorriso triste, ao contrário do perfeito sorriso, espumante que Dani geralmente dava que poderia levar um homem crescido de joelhos. — Obrigada, Andy. Por tudo —, disse ela em um tom sombrio, derrotado. —Você é bem-vinda. Ela saiu do carro, eu fechei a porta, e ambos nos viramos para olhar para a casa. Eu não tinha certeza de
quantas pessoas Detetive Larson tinha trazido com ele antes, mas a maioria deles já haviam ido embora, deixando apenas o carro de Larson. Começamos a subir as escadas até a porta quando Dani estendeu a mão e agarrou a minha mão. Fiz uma pausa e olhei para ela. —Você está bem? —Eu não tenho certeza.— Ela encolheu os ombros. —Só não me deixe ir, ok? —É isso aí.— Eu apertei a mão dela forte e acariciei o topo dela com a outra mão. Eu segui a sua liderança, indo lentamente nas escadas e pela porta da frente. —Você quer que eu vá lá em primeiro lugar?— Eu perguntei cautelosamente. —Não, está tudo bem.— Ela balançou a cabeça rapidamente, recompondo-se um pouco enquanto caminhava lentamente para a cozinha. Com exceção de algumas pequenas pilhas de vômito de Roxy e uma varredura de luz branca de pó de onde eles estavam esperando que o covarde pudesse ter tocado, tudo parecia bastante normal. Eu só tinha conhecido Dani há alguns meses, mas eu já sabia que ela era forte como o inferno e não deixava muito chacoalhar ela. Esse cara, embora... ele estava dentro de seu cérebro, movendo-se lentamente através dela como um parasita tentando assumir o seu hospedeiro. Ela estava lutando duro, mas eu poderia dizer que ela estava ficando mais fraca, deixando consumi-la peça por peça.
Fiquei em silêncio enquanto ela caminhava pela cozinha lentamente, os olhos correndo por todo o lugar. Ao passar pela ilha, onde june disse que ela encontrou o bilhete, ela deslizou seu dedo através de uma fina camada de pó branco. Fazendo seu caminho para o outro lado, ela congelou e olhou para o chão, onde June tinha encontrado Roxy deitada. O desejo de ir até lá e envolver meus braços em volta dos seus ombros era intenso, mas de alguma forma eu pensei que estava no controle, essa caminhada através de sua cozinha a levava de volta, era purificador para ela. Poucos minutos depois, o detetive Larson pigarreou atrás de nós, e Dani, claramente perdida em seus próprios pensamentos, girou para encará-lo. —Desculpa. Eu sei que isso é difícil para você, e acreditem, a última coisa que eu quero fazer é apressar você, mas eu quero voltar para o escritório para começar a trabalhar sobre isso, e eu realmente gostaria que vocês estivessem fora de casa. A casa ficará segura quando eu sair. Dani assentiu. —Sim, desculpe-me. Eu só vou correr nas escadas e pegar algumas roupas. Não vai me levar muito tempo. —Quer que eu vá também?— Eu ofereci. Ela olhou para mim e, apesar de sua boca manter-se estável, com os olhos ela sorriu um pouco. —Não, eu estou bem. Mas obrigada. Virei-me para Detective Larson. —Eles fizeram uma varredura minuciosa de toda a casa, certo?
—Absolutamente. Está tudo claro lá em cima — disse ele, confiante. —Eu já volto.— Ela correu através de mim e foi até as escadas. Detetive Larson apoiou-se na borda do balcão enquanto peguei um maço de toalhas de papel. —Para que são esses? —Perguntou. —Eu não quero que ela tenha que lidar com isso—, eu disse enquanto andei até as pilhas de vômito de Roxy e os peguei. —Estou feliz que você a convenceu a ficar em sua casa por um tempo. —Eu também. —A idéia dela estar aqui sozinha e aquele cara voltando... —Ele parou e suspirou, nós dois provavelmente pensando sobre o mesmo cenário horrível. —Ok, eu acho que tenho tudo— disse Dani, finalmente, com um suspiro pesado enquanto arrastava uma mala enorme descendo as escadas. —Tudo bem, eu tenho seus números de celular e o número de casa em caso de eu precisar falar com você—, disse o detetive Larson quando todos nós fizemos o nosso caminho para fora da porta da frente. Seu cabelo escuro estava desgrenhado, e ele tinha bolsas sob os olhos. É evidente que o dia tinha tomado o seu pedágio sobre ele, também. —Obrigada,
detetive
Larson.—
Dani
deu-lhe
pequeno sorriso quando fechou e trancou a porta.
um
—Danicka, eu disse isso para Andy mais cedo, mas, por favor, saibam que estamos fazendo tudo que podemos para parar esta situação. Se você pensar em qualquer coisa, não importa quão insignificante que pareça, por favor, me ligue imediatamente. Às vezes só precisamos de um pequeno pedaço para começar a montar todo o quebra-cabeça. —Eu vou. Prometo. Ele nos deu um aceno rápido e se dirigiu para o carro, sem perder tempo deu a partida do motor e desapareceu na rua. Eu abri o porta-malas do meu carro e coloquei a sua mala antes de abrir a porta do lado do passageiro para ela. Dei um passo para trás e esperei que ela afundasse no banco, mas ela fez uma pausa entre a porta e o carro, olhando para mim com seus grandes olhos castanho escuro. Seu rosto estudou o meu por um minuto antes dela olhar diretamente para mim. —Por que você é tão bom para mim? Engoli em seco, sem saber como responder. Com certeza era a privação do sono dela falando, eu inclinei e beijei a sua testa suavemente. —Porque se você está ou não pronta para admitir, você é a minha garota.
CAPÍTULO 26 Danicka Chegamos a casa de Andy, e eu não sabia o que esperar. Minha mente estava em todo o lugar. Será que as crianças vão ficar bem de eu estar aqui? Será que Andy e eu nos damos bem? Quanto tempo eu vou ficar? E o mais importante. . . Será que o psicopata me seguiu para o Andy? Nós puxamos para dentro da garagem, e ele fechou a porta atrás de nós. —Pronta? —Ele perguntou, olhando para mim quando soltou o cinto de segurança. Dei de ombros e deixei cair o meu olhar para o meu colo. —Eu acho. —O que está errado? —Eu só estou nervosa. Eu tenho um monte na minha mente. —Eu levantei a minha cabeça e olhei para frente para a prateleira em frente do seu carro que tinha três bolas de basquete, duas malas e uma caixa de armazenamento rotulada como “Decorações de Natal”. Sua garagem parecia tão... normal. —Estou um pouco cansada, obviamente. E ficar em um lugar estranho não acalma os meus nervos em tudo, infelizmente.
—Este não é um lugar estranho, é sua casa... por agora. Vamos entrar e resolver, então nós estamos tendo uma reunião. Eu virei para ele e franzi as minhas sobrancelhas. — Uma reunião? —Sim.— Ele assentiu. —Gavin Mercer tem alguns caras da sua equipe de segurança vindo aqui esta noite, e vamos passar por cima de algumas coisas. Você não tem que estar lá, se não quiser, no entanto. Eu posso lidar com tudo isso. Eu suspirei, deixando a minha cabeça cair contra o encosto de cabeça. —Se você for lidar com tudo isso. Eu gostaria de estar lá. Ele deixou cair à cabeça para trás, também, espelhando o meu olhar. —Eu realmente não tenho lidado tanto Dani. Só estou tentando te apoiar de qualquer maneira que eu puder. Eu me sinto muito impotente em toda esta situação, e eu odeio isso. Ergui a cabeça e forcei um sorriso falso. —É o que é, certo? As narinas de Andy queimaram enquanto inalava, claramente frustrado com a minha tirada, mas eu tive o suficiente para um dia. Eu queria comer alguma coisa e dormir. Dormir por dias. Dormir até o Detective Larson ligar e dizer que eles tinham prendido Cole e eu poderia ir para casa novamente. Nós caminhamos para o porta malas, ele agarrou a minha mala, e eu o segui para dentro da casa. —Surpresa!
Minha cabeça levantou-se, e meu coração começou batendo forte com a súbita, explosão alta. Debrucei-me à minha esquerda, em volta de Andy, para ver o que estava acontecendo. Becca, Logan, e uma mulher que eu assumi que era Gloria estavam todos sentados ao redor da ilha, de frente para nós com grandes sorrisos em seus rostos. Na frente deles estava um enorme assado, batatas vermelhas bebês e feijão
verde
com
lascas
de
amêndoa.
Quando
nós
caminhamos mais para dentro da cozinha, o cheiro derivava em meu nariz, fazendo meu estômago roncar. Quente e acolhedor e tinha um cheiro, seria a carne assada. —Ei, turma!— Andy gritou quando ele colocou a mala no chão no canto da cozinha. —Oi—
eu
disse
com
tanta
confiança
que
pude,
acenando para eles. —Você conheceu as crianças, mas Dani está é Gloria. Gloria, está é Dani, — Andy introduziu com um grande sorriso. —Olá, prazer em conhecê-la.— Eu estendi a minha mão e caminhei até ela, surpresa quando ela passou por minha mão e colocou os braços em volta de mim em vez disso. —Awww, coitadinha. O que você teve que passar, nenhuma pessoa deveria ter que passar. Estou feliz que você está segura agora. —Até aquele momento, eu não tinha ideia de que algumas pessoas poderiam abraçar melhor do que outras. Ela apertou-me tão forte e era tão reconfortante sobre isso que eu pensei que eu poderia começar a chorar de novo ali mesmo. Em vez disso eu apertei meus olhos tão forte que
não havia espaço para uma lágrima se formar, mesmo se quisesse. —Muito obrigada, Gloria. — Eu me afastei e fiz um gesto em direção à ilha cheia de comida. —Você não fez tudo isso para mim, não é? —Claro que nós fizemos. Você precisava de um jantar de boas vindas adequado, então as crianças e eu votamos. —Ela sorriu e virou-se para eles. A mão de Becca disparou em linha reta no ar. —Eu votei por Lucky Charms. —Eu queria pizza.— Logan fez beicinho quando cruzou os braços. —Você sempre quer pizza. — Andy riu e se aproximou, sussurrando no cabelo loiro de Logan antes puxando-o para uma um jogo de cabeça brincalhão. —Eu não posso dizer que o culpo, — eu adicionei. — Pizza e Lucky Charms são praticamente os melhores alimentos em todo o planeta. — Olhei para Becca e pisquei enquanto ela sorria com orgulho. —Bem, este passa a ser o meu jantar favorito em todo o planeta, e eu digo que comemos antes que esfrie.— Andy pegou Becca e fez cócegas enquanto caminhavam para a mesa da cozinha. Ela ria e se contorcia em seus braços enquanto Logan seguiu atrás deles. Gloria pegou a bacia de feijões debaixo de um braço e tentou levar a taça de batatas no outro, mas vacilou instável em sua mão. —Aqui, deixe-me ajudar,— eu ofereci, pegando a taça.
—Não, não, não. Você é convidada de honra. Você se senta e eu vou cuidar de tudo. —Seus lábios puxaram em um sorriso largo e quente, e ela balançou a cabeça em direção à mesa para eu sentar. Eu devolvi o sorriso e me dirigi até a mesa, surpresa que ja foi colocada para cinco. —Você vai se sentar perto de mim? —Perguntou Becca, sorrindo para mim tão docemente que eu não poderia dizer não. —Claro.— Corri em torno da mesa, sentei no assento vazio entre ela e Andy. Pressionei os meus lábios, tentando esconder meu sorriso, quando ela puxou a sua cadeira mais perto de mim. Gloria colocou as tigelas de feijão verde e batatas sobre a mesa antes de voltar para obter o enorme prato de carne assada da ilha. Quando ela terminou de colocar toda a comida na mesa e tinha tomado à última cadeira vazia, Becca e Logan ligaram as mãos como um relógio, Andy e Gloria seguiram. Becca estendeu a mão para mim. Fiquei olhando para ela por um segundo, seguindo de volta para seu pequeno rosto, sorrindo. Eu devolvi o sorriso com o meu próprio quando eu peguei a mão dela na minha. Um empurrão do outro lado me fez virar para a direita, onde a mão de Andy também estava esperando. Segurei e baixei a cabeça, juntamente com todos os outros. Para minha surpresa, Becca foi quem começou a falar. —Obrigada por nossa comida. Obrigada por nossa família. Obrigada por nossa casa quente. Obrigada por feijão verde.
Obrigada para você me dar meu novo bambolê. Obrigada pela senhorita
Joyce,
minha
nova
professora
de
ginástica.
Obrigada por picolés. Amém! Sua
cabeça
se
levantou
animadamente,
e
todos
libertaram as suas mãos quando mordi o lábio, tentando desesperadamente manter uma risadinha dentro. Essa foi à oração mais bonita que eu já ouvi, se ela poderia até mesmo ser considerada isso. —Eu apenas gostaria de acrescentar mais uma coisa—, Andy disse antes que começasse a encher nossos pratos. Logan franziu a testa em confusão, mas baixou a cabeça novamente sem fazer nenhuma pergunta. Todos os outros seguiram o exemplo. —Eu só queria fazer um agradecimento por esta noite, por manter Dani segura e trazê-la para nossa casa. Também peço que você continue a mantê-la segura, assim como o resto de nós. Amém —Amém—,
Becca,
Logan,
e
Gloria
disseram
em
uníssono. Amém. Olhando para meu prato, eu tentei engolir quando eu senti a minha garganta crescendo mais apertado. Eu chorei mais naquele dia do que nos últimos dois anos juntos, e eu simplesmente não queria mais fazer isso, mas a simples oração de Andy quase abriu as comportas novamente. —Assim... a escola começa na próxima semana. Quem está animado? — Andy perguntou quando colocou uma pilha de batatas em seu prato.
—Eu não,— Logan gemeu. —O verão passou muito rápido. Um pequeno puxão na manga esquerda da camisa me chamou a atenção. Virei-me, e o rosto de Becca estava tão perto e seu queixo estava praticamente descansando em meu antebraço. —Você pode me pegar alguns grãos, por favor?—, Ela perguntou em voz baixa. —Claro, querida.— Eu estendi a mão e peguei uma grande porção de feijão verde, colocando em seu prato. —Desculpe—, Andy se desculpou. —Eu costumo sentar ai e ajudá-la com seu prato. —Tudo bem.— Eu dei de ombros, olhando para ele rapidamente. —Eu não me importo.— Antes que ela pedisse mais ajuda, eu felizmente empilhei um pouco de tudo no seu prato. —Com manteiga ou sem manteiga?— Eu perguntei quando eu peguei um pedaço de pão quente para fora do cesto. —Sem manteiga— disse ela, torcendo o rosto e enfiando a língua para fora. —Ok.— Eu ri. —Dani, depois do jantar, você quer assistir TV?— Becca perguntou com a boca cheia de pão. —Ou podemos jogar um jogo. Ou nós podemos colorir uma imagem. Ou nós pode… —Ei, ei,— Andy interrompeu com uma risada. —Calma lá,
princesa.
Dani
não
teve
sequer
uma
chance
de
desempacotar as coisas dela ainda, mais ela teve um longo dia. Vamos dar-lhe algum tempo e talvez resolver a sua lista de coisas a fazer amanhã, ok?
—Ok—, ela disse com tristeza, os olhos azuis abaixando em direção à mesa. Inclinei-me perto dela e sussurrei: — Eu poderia ter alguma ajuda para desempacotar. Sua cabeça levantou e os olhos brilharam quando ela saltou para cima e para baixo com entusiasmo em sua cadeira. —Eu sou realmente uma boa ajudante. Ela
me
fez
rir
novamente.
—Então
você
está
sua
boca
contratada.— Eu pisquei para ela. Ela
sorriu,
mastigando
a
comida
em
rapidamente. Quando todos nós comiamos, eu ficava cada vez mais impressionada com a maneira como Andy interagia com seus filhos. Eu não tinha irmãos, e a maioria dos meus jantares quando uma criança foram comidos no sofá ao lado de meu pai enquanto observávamos destaques esportivos daquele dia, mas a forma como Andy fazia contato com os olhos e fazia perguntas, realmente parecendo interessado no que eles tinham a dizer, era adorável. Becca nos contou tudo sobre como ela tinha feito uma cambalhota na trave na aula de ginástica, e Logan disse a seu pai sobre screwball que seu amigo lhe ensinou a jogar. —Sim, esse screwball quase quebrou a janela da cozinha.— Gloria olhou para Logan, brincando. —Faltou cerca de três polegadas. Eu estava em pé à direita da janela, também. Fez um barulho tão alto que eu quase mijei em minhas calças.
As bochechas de Logan sopraram para fora quando ele tentou não rir, e Becca jogou a cabeça para trás, rindo descontroladamente. —O que eu te disse sobre jogar bolas em direção à casa? — Andy perguntou, sorrindo quando balançou a cabeça. Antes que Logan pudesse responder, o telefone de Andy disparou. Ele puxou-o para fora do bolso e olhou para ele. —Papai, você sabe a regra. Nenhuma telas na mesa, — Becca avisou. —Telas? —Perguntei, franzindo as sobrancelhas para ela. —Não há telefones, iPads, Kindles... Qualquer coisa com uma tela — acrescentou Logan. —Ah.— Eu assenti. —Eu sei crianças, mas isso é importante— Andy respondeu, parecendo distraído. Seu polegar rolando a tela quando ele franziu a testa para seu telefone. —Ok.— Seu olhar varreu-se para mim. —Gavin Mercer e sua equipe de segurança estará aqui em cerca de trinta minutos. O nó que havia se tornado um elemento permanente no meu estômago, mas desapareceu desde que se sentei à mesa do jantar voltou instantaneamente. Eu tinha estado tão envolvida com Andy e as crianças e suas histórias tolas que eu esqueci a vida assustadora que esperava por mim lá fora daquela casa.
CAPÍTULO 27 Andy Minha cama era tão boa que eu estava disposto a vender minha alma ao diabo para não ficar de fora, mas o leve toque na
porta
do
meu
quarto
me
lembrou
que
as
responsabilidades estavam chamando meu nome. —Entre— eu gritei. Lentamente a porta se abriu, e minúsculo rosto de Becca apareceu, seus cachos loiros, uma confusão louca selvagem. Ela me deu um grande sorriso e subiu na minha cama enquanto eu rolei para o meu estômago para esconder meu amigo da manhã. —O que está acontecendo, princesa? — Eu bati o travesseiro para ela se aconchegar-se ao meu lado. —Você tem que ir trabalhar hoje? — Ela reclamou, com o lábio inferior para fora. —Infelizmente sim. Eu tenho um monte de trabalho a fazer, — eu disse enquanto esfregava o meu nariz em seu pescoço. —Mas a boa notícia é que hoje é sexta-feira, e isso significa que eu estarei em casa para os próximos dois dias. —Sim! — Ela gritou, jogando os braços no ar em comemoração. —Podemos fazer algo divertido amanhã? —Como o quê? Dormir. Por favor, diga dormir.
Ela virou para mim e apertou as minhas bochechas entre as mãos. —Como ir para o café da manhã, e depois para o Bouncy Bandit, em seguida, sair para o almoço, em seguida, ir ao parque? —Isso é um monte de coisas—, eu murmurei com um rosto esmagado. —Eu sei.— Ela plantou um beijo molhado na ponta do meu nariz e puxou para trás, soltando meu rosto. —A Dani pode vir também? —Querida, eu não tenho nenhuma idéia de que planos a Dani tem, mas eu não acho que devemos bombardeá-la totalmente com coisas, sabe? —Eu sei—, ela disse com tristeza, rolando de costas novamente. —Eu só gosto dela, papai. Ela é legal e ela me deixou ajudá-la a colocar suas roupas no armário na noite passada. Ela até mesmo deixou experimentar seus sapatos. —Ela fez?— Eu ri com o pensamento de Becca empinando em torno do quarto de Dani em seus sapatos. Becca assentiu. —Ela tem sapatos pretos e sapatos vermelhos e sapatos azuis. Aqueles são realmente grandes! — Ela virou-se para mim novamente. —Podemos apenas perguntar se ela quer ir? —Claro.— Eu assenti. —Você pode perguntar a ela uma vez, mas se ela disser que não, sem reclamar e sem mendicância. Entendeu? Você também tem que esperar até que ela se levante para pedir a ela. Sem entrar em seu quarto e acordá-la.
—Ela já está— ela disse indiferente. —Ela e Gloria estão sentadas à mesa da cozinha, conversando. —Ela está? Quero dizer... elas estão? —Ergui a cabeça do travesseiro, meu interesse foi despertado. Ela assentiu com a cabeça. —Uh-huh. Eu gosto de seu robe, é rosa como o meu. Santo inferno. Como um ninja, eu rolei para fora da minha cama e corri para o banheiro para urinar. —Por que não vai lá para baixo, eu estarei lá em um minuto— Eu disse antes de fechar a porta. Eu urinei mais rápido do que eu já fiz em toda a minha vida, passei a mão pelo meu cabelo, e escovei os dentes em velocidade recorde, na esperança de ter um vislumbre rápido de Dani em seu robe rosa. Eu nunca tinha ficado com ciúmes da minh filha de seis anos de idade, antes, mas eu estava naquele momento. A parte inferior do meu corpo gritava Corra! Mas meu cérebro me disse para manter as minhas coisas e caminhar lentamente as escadas como um ser humano normal. Enquanto eu caminhava para a cozinha, a decepção tomou conta de mim quando eu vi Gloria sentada sozinha na mesa da cozinha. Ela tinha o seu café em uma mão e um livro na outra. —Bom dia, Gloria. Ela se assustou, virando o rosto para mim com uma careta. —Eu não ouvi você descer as escadas.
—Deve ter sido meus furtivos movimentos ninja, huh?— Eu provoquei enquanto eu me dirigia para a cafeteira. —Mm-hmm, ou você está tentando me dar um ataque cardíaco. De qualquer maneira, bom dia, Sr. Shaw. —Você
já
viu
Dani
esta
manhã?
—
Perguntei
calmamente, me fazendo de bobo. —Papai!— Becca gritou enquanto corria para o quarto. —Eu lhe disse que Dani estava aqui, lembra? Felizmente, eu estava de frente para o balcão para que Gloria não visse o meu rosto vermelho brilhante. —Oh, eu não ouvi. Desculpa. —Sim, você fez.— Becca riu quando correu e colocou os braços em volta da minha cintura. —Lembra, você disse para descer, que você estaria aqui? Limpei a garganta e ignorei, querendo cavar um buraco mais profundo. —Então de qualquer forma... —Eu virei para Gloria, que estava olhando para mim com uma sobrancelha erguida, os lábios contraídos juntos. —O quê? — Perguntei na defensiva, segurando uma das mãos. —Oh, nada—, disse ela em um tom condescendente. — O que você estava dizendo agora? —Uh, eu não me lembro.— Dei de ombros e olhei para minha xícara de café, evitando os olhos dela me examinando. —Mm-hmm, certeza de que não— disse ela antes de voltar para seu livro. Quando eu fiz o meu caminho até a mesa, eu olhei para a sala. Becca estava encolhida no sofá e já tinha ligado My Little Pony. Logan estava longe de ser visto.
—Sem Logan ainda esta manhã?— Eu perguntei quando eu defini a minha caneca para baixo e puxei a cadeira para fora. —Não.— Gloria sacudiu a cabeça, mas não tirou os olhos de seu livro. —Provavelmente fora dormindo por seus últimos dias de férias de verão. —A essa altura, na próxima semana, vai ficar quieto por aqui novamente. Você está animada? Os olhos de Gloria brilharam até o meu. Ela colocou o livro de lado e encolheu os ombros. —Na verdade não. Eu gosto de tê-los por perto. Eles me mantem no meu pé e fazem os meus dias divertidos. —Uma pitada de tristeza encheu a sua voz. —Gloria, como é que você nunca teve filhos?— Nos oito anos que tinha trabalhado para mim, eu nunca lhe fiz essa pergunta, mas eu sempre me perguntei. Ela estava em seus quarenta e tantos anos. Eu sabia que ela tinha sido casada uma vez, muito antes de eu contratar ela, mas eu nunca soube por que ela não tinha filhos. —Eu não posso.— A boca se fechou, um triste sorriso cruzou seus lábios. —Eu tive um acidente quando eu era muito jovem, e eu sempre soube que eu nunca iria ter meus próprios filhos. Fiquei feliz quando me contratou e Logan era apenas um bebê, porque era a minha chance de ver um bebê crescer. Então, quando você teve Becca, eu estava sobre a lua por ter uma menina para cuidar. Secretamente, eu desejei que você tivesse mais de dez crianças. Eu adoro cuidar deles, especialmente o seus. Eu estava preocupada quando você e a
Sra. Shaw se divorciaram que você não precisava mais de mim, porque eu não podia suportar não vê-los todos os dias. Eu sei que são seus filhos, mas eles são a minha vida, também. Suas palavras me deram um soco no intestino como um golpe rápido. Eu sabia que ela gostava dos meus filhos, mas eu não tinha idéia de que ela não poderia ter os seus próprio, ou que ela se importava muito com os meus. —Gloria—, eu disse suavemente, balançando a cabeça. —Eu não tinha idéia sobre nada disso. Eu sinto muito. —Não se desculpe.— Ela me deu um grande sorriso enquanto ela rapidamente enxugou uma lágrima que tinha caído sobre a sua bochecha. —Nunca peça desculpas, Sr. Shaw. Você me deu o melhor presente que alguém já me deu. Uma oportunidade para ver como é ser uma mãe. Eu tive que engolir duas vezes para tirar a bola de golfe fixa da minha garganta para que eu pudesse falar novamente. —Eu já disse isso antes e vou dizer de novo, nós somos os sortudos, Gloria.— Eu a alcancei sobre a mesa e apertei a mão dela. —Então de qualquer forma... —Ela limpou a garganta e sacudiu a cabeça rapidamente. —É por isso que eu não estou realmente animada sobre a próxima semana. Eu gosto de têlos por perto. Tomei um gole de meu café e ri quando eu coloquei a caneca de volta na mesa. —Bem, eu posso tira-los e você pode ter uma escola em casa se quiser.
Os olhos dela se arregalaram e sua boca se abriu um pouco. —Ah, não, Sr. Shaw. Você não me paga o suficiente para tudo isso. Nós dois rimos, e eu levei a minha caneca e coloquei na pia. O clique distintivo de saltos altos em madeira me chamou a atenção, e eu virei. Dani passou pela porta, parecendo nova e pronta para chutar o traseiro do dia. Ela usava calças lisas pretas e uma camisa rosa brilhante, sem mangas que mostrava seus braços tonificados perfeitamente. —Bom dia,— ela disse com um sorriso. O primeiro sorriso genuíno que eu acho que tinha visto em seu rosto bonito em semanas. —Bom dia para você. Como você dormiu? —Demorou um pouco para realmente chegar lá, mas uma vez que eu fiz—, ela balançou a cabeça lentamente para frente e para trás — foi provavelmente o melhor sono que tive em semanas. Muito obrigada. Foi bom não ter que tentar dormir com os meus ouvidos abertos. —Não me agradeça.— Dei de ombros. —Você está pronta para o trabalho já? —Sim, não consegui nada feito ontem e estou esperando que eu possa fugir um pouco mais cedo hoje de novo para ir ver Roxy, eu quero começar o dia cedo. —Ok, bem, deixe-me tomar um banho rápido, e eu vou estar pronto para ir. — Eu comecei a ir em direção à porta, embora eu quisesse ficar lá e olhar para ela o resto do dia.
—Na verdade, eu acho que vou na frente,— ela gritou, me fazendo parar em meus pés. Dei um passo para trás, apenas apoiando a minha cabeça no espaço. —Hã? —Eu acho que estou indo na frente, — ela repetiu. —Hum... você não tem um carro aqui. —Eu dei alguns passos e inclinei o meu quadril contra o balcão, cruzando os braços sobre o peito. —Fomos a partir do escritório direto para o veterinário para a sua casa e aqui, lembra? —Merda!— Ela bateu o pé no chão suavemente e olhou ao redor da sala. —Espere, você acha que meu carro está bem? Tudo aconteceu tão rápido ontem que eu esqueci completamente que eu o deixei na garagem novamente. —Eu tenho certeza que ele está bem— eu a tranquilizei. —Ele seria um completo idiota se fizesse qualquer coisa a ele novamente. Eu posso chamar e ter alguém verificando isso, se você quiser ter certeza? —Não,
está
tudo
bem.
Vamos
descobrir
quando
chegarmos lá, certo? —Ela soltou um suspiro pesado quando um fio de cabelo escuro saiu de seu rabo de cavalo, caindo para o lado de seu rosto. Ela lambeu os lábios quando enfiou atrás da orelha. —Vá em frente, prepare-se, e nós sairemos. Eu balancei a cabeça e sai da cozinha, indo para o chuveiro. Um balde de água fria.
CAPÍTULO 28 Danicka —Cara, o que diabos está acontecendo?— Sadie gritou no meu ouvido quando eu finalmente respondi meu telefone. Ela tinha ligado seis vezes antes de eu sequer chegar a minha mesa, mas meu telefone estava na minha bolsa, e eu não poderia chegar a ele sem deixar cair tudo o que estava em meus braços. —Ei! Desculpe, minhas mãos estavam cheias. —Eu sentei na minha cadeira. —Eu não quero dizer agora, quero dizer na noite passada. Você me enviou um texto dizendo que você vai estar em Andy por alguns dias e depois nada? Mandei uma mensagem para você de volta. Aparentemente eu não tive um tempo tão dificil para adormecer como eu senti que ia ter. Meus olhos se comprimiram fechados. —Eu sei, me desculpe. Enviei planejando te contar sobre tudo e depois eu desmaiei. Ela soltou um suspiro pesado e seu tom de voz suavizou. —Então o que está acontecendo? Você está hospedada em Andy? Por quê? —Lembra que eu disse a você sobre todas essas mensagens estranhas que eu estava recebendo?
—Sim. —E então eu disse a você sobre a coisa do carro? —Sim.— Sua voz ficou mais ansiosa. —Bem, piorou Sadie. Muito pior. June foi ontem ver Roxy como normalmente faz e a encontrou debaixo da mesa da cozinha, quase sem respirar. Sadie deixou escapar um suspiro alto seguido por completo silêncio. —Esse louco entrou em minha casa, envenenou minha cachorra, e deixou outra mensagem na minha ilha. Isso bateu muito perto de casa, Sadie. Isso me assustou. Bastava dizer as palavras em voz alta que fazia o meu estômago
doer.
Tão
bom
quanto
eu
estava
em
compartimentar a minha vida e arquivar as minhas emoções longe para lidar em um momento posterior, nada trazia para fora de suas caixas feias como dizer em voz alta novamente. SE eu estava me ouvindo dizer-lhes, eu não poderia fingir que elas não eram reais, e se eu não poderia fingir que não eram reais, eu teria que lidar com elas. Escondê-los em um escuro, lugar seguro e tranquilo era muito mais fácil. —Oh meu Deus, Dani. Eu nem sei o que dizer mais. Isso é uma loucura! Esta é uma maneira louca. —Diga-me sobre isso. —Então, o que vai acontecer agora? Você está se mudando? Eu ainda não tinha pensado sobre a mudança. Oh Deus. Eu não quero me mudar!
—Não, eu não estou me mudando. Eu amo essa casa. Você sabe o quanto eu amo essa casa. Por agora, vou ficar em Andy. —Isso é... interessante. —Não é o que você está pensando. Estou no quarto de hóspedes fora da sala pela cozinha, em frente a sua babá. Em um piso completamente diferente, por isso antes de ir pensando algo... —Eu só disse que era interessante, mas agora estou pensando isso. —Bem, pare. Isto é apenas temporário. Com alguma sorte eu vou estar de volta em casa em uma semana ou duas. A
decepção
que
cresceu
no
meu
estômago
me
surpreendeu. Ontem eu nem sequer queria ir para a sua casa, mas depois do jantar ontem à noite com Andy e as crianças e Gloria, eu estava olhando meio para frente para passar alguns dias com eles. Bebê Skyler soltou um grande grito. —Está bem, está bem. Shh, shh. Tudo bem, eu tenho que ir alimentar a minha minipiranha. —Eu preciso trabalhar, de qualquer maneira, eu estou tão atrasada.— Eu esfreguei as minhas têmporas com os meus dedos, desejando que eu estivesse deitada em uma praia, com uma bebida frutada em minha mão, fazendo absolutamente nada. Eu não reclamaria se Andy estivesse deitado na cadeira ao meu lado, também. —Eu amo você, Dani. Por favor, fique segura e me ligue se precisar de alguma coisa. —Sua voz era grave, tão grave
que me pegou de surpresa. Sadie e eu não éramos sérias uma com a outra, nunca. Piadas e jabs eram a base da nossa amizade, e quando ela usava esse tom comigo, enviava calafrios na espinha. —Eu também te amo, Sadie. A manhã passou rapidamente, e em silêncio, eu estava grata. Falei brevemente com Dra. Sells, que me disse que Roxy tinha tido uma boa noite e parecia estar respondendo bem ao tratamento. Ela queria mantê-la, pelo menos, mais uma noite, se não duas, e isso me chateou, mas o que a traria para casa para mim permanentemente no final era bom para mim. Pouco antes do almoço, houve uma batida suave na minha porta. —Entre! Os cachos loiros de Ellie espiou pela porta antes de seu rosto fazer. —Ei. Você está ocupada? Suspirei e olhei para os papéis espalhados na minha mesa. —Eu vou estar ocupada durante os próximos três anos, mas eu poderia usar uma pausa rápida. Vamos entre. Quando ela deslizou para o meu escritório, eu notei que ela estava com o mais bonito vestido Chevron azul-marinho e branco. —Vestido bonito! — Eu exclamei. Ela olhou para si mesma e para mim rapidamente, os lábios entreabertos em um sorriso enorme. —Obrigada! —Então, o que está acontecendo?— Liguei meus dedos, descansando os antebraços sobre a mesa.
Seu joelho saltou para cima e para baixo enquanto ela mexia com um botão na parte superior do vestido e evitou o meu olhar. —Eu só queria perguntar como Roxy está indo. Apertei os olhos, sem acreditar por um segundo que era a verdadeira razão que ela tinha batido na minha porta, mas eu percebi que eu amo o humor dela. —Ela está indo bem. Não ótimo, mas melhor do que ontem. —Isso é bom.— Ela assentiu com a cabeça. Uma tensão estranha se construíu entre nós, e eu inclinei a cabeça para o lado. —O que está realmente acontecendo, El? Eu sei que você não veio aqui só para perguntar sobre Roxy. Assim que as palavras saíram da minha boca, o queixo começou a tremer, e seus olhos se encheram de lágrimas. — Eu só queria falar com você. Eu sinto a sua falta. Desde que tudo isso começou, você se afastou mais e mais, e isso está me assustando. Eu só preciso saber que você estará de volta, uma vez que acabar. Você pode me dizer isso? Quanto mais ela divagava, mais meu coração se partiu. Eu tinha estado tão profundamente dentro de mim para lidar com isso, que eu não tinha percebido que a estava afetando do jeito que estava. —Ellie! Eu sinto muito! —Eu pulei e corri ao redor da minha mesa. Ela levantou-se, e nós jogamos os braços em torno da outra. —Eu não tive a intenção de te machucar, é apenas que tem sido muito difícil para mim, e é isso que eu faço. Eu recuo. Eu odeio isso, mas não posso me ajudar...
A rachadura em minha voz fez com que fosse mais como uma rachadura na minha barragem emocional. Naquele momento, eu deixei tudo para fora. Toda a emoção reprimida das mensagens, meu carro, minha cachorra, ter que sair da minha casa, ignorar Sadie, deixando Ellie para trás... tudo isso derramou em meus olhos e em todo vestido bonito de Ellie, e eu chorava e soluçava. —Está tudo bem.— Ellie esfregou as minhas costas. — Entendi. Você é uma mulher forte, Dani, e você sente que você tem que levar tudo isso sozinha, mas você não tem. Eu estou aqui, Andy está aqui. —Eu sei. Vocês dois têm sido surpreendentes. —Eu me afastei e funguei enquanto eu pegava um lenço da minha mesa. Nós duas ficamos ali, um par de idiotas avermelhadas, com lágrimas nos olhos e limpando os nossos narizes quando nós agarramos uma a outra para a vida. —Eu me sinto horrível, El. Você não merece isso. Você tem sido nada, mas favorável a mim. —Está tudo bem.— Ela balançou a cabeça com uma risadinha. —Eu posso lidar com isso, apenas certifique-se de que é temporário, ok? —Não é nem mesmo temporário. Acabou. Eu prometo. Almoço hoje? Os cantos dos lábios cor de rosa enrolaram em um sorriso quando ela começou a chorar novamente. —Sim! Absolutamente! —Ela gritou, me puxando para outro abraço apertado. —Você pode me contar tudo sobre como sua primeira noite no Andy foi.
—Temo que não há muito para contar. Eu dormi no quarto de hóspedes, é isso. Eu te disse, Ellie. Nós somos colegas de trabalho, é isso. Ellie revirou os olhos. —Se você realmente acha isso, Dani, você é uma idiota. Ele saiu de seu escritório três vezes hoje só para me perguntar se você já tinha saído do seu. —Ele fez? —Ele tem quinze caixas de lenços extras em seu armário que ele pegou apenas para que tivesse uma desculpa para andar por sua porta e iniciar uma conversa. Você não notou todo Kleenex que temos aqui? —Sério? —Sim sério. Agora que você parou de ser uma idiota teimosa, admita que você é tão louca por ele? —Ellie... —Não. Não eu Ellie. Estou falando sério. —Ela me olhou diretamente nos olhos, as sobrancelhas baixa e com raiva. — Se você aprendeu alguma coisa com estes últimos meses, Dani, deve ser que a vida é muito curta para você não aproveitar esta oportunidade com ele. E se você estivesse naquela casa quando ele chegou lá ontem? Sua pergunta foi um ataque furtivo bem no meu intestino. —O que?— Eu gaguejei, sentindo-me tonta. —Eu disse... E se você estivesse em sua casa ontem, quando ele entrou em sua casa? E se você não estivesse aqui hoje? E se em vez de mim que está aqui falando com você agora, eu estivesse em casa chorando no meu sofá, me
perguntando o que eu vou vestir no seu funeral em alguns dias? Engoli em seco enquanto meu estômago deu voltas e voltas. —Ouch. Ellie, isso é duro. —Assim é a vida.— Ela encolheu os ombros. —E você está tão preocupada com o que outros agentes ou atletas ou os perdedores da Internet vão dizer sobre você, que está perdendo um homem incrível. Ela me deu outro abraço, seguido de um beijo na bochecha, e abriu a porta do escritório. —Pense nisso.
CAPÍTULO 29 Andy Dani passou a maior parte da sexta-feira a noite sozinha em seu quarto, então eu não tinha nenhuma idéia de qual eram os seus planos de fim de semana, mas era o último fim de semana de verão para Logan e Becca, e eles queriam se divertir —Ok, o que estamos fazendo de novo? — Eu bocejei, pairando sobre a minha xícara de café na mesa da cozinha. —Lembra papai? Eu quero ir para o café da manhã, então o Bouncy Bandit, em seguida, almoço, em seguida, o parque, — Becca disse alegremente. —E a minha barriga está roncando, por isso precisamos ir logo. —Está roncando, hein? —Sim.— Ela baixou a voz, imitando um monstro. —Ela está dizendo “eu quero panquecas”! —Oooh, panquecas isso é um bom som! Becca
e
eu
olhamos
para
cima,
agradavelmente
surpreendidos ao ver Dani vindo em nossa direção com um sorriso no rosto... vestindo esse robe rosa. —Dani!— Becca pulou da cadeira e correu, praticamente batendo Dani com seu abraço. Dani deixou escapar um riso macio. —Bom Dia. Eu ouvi a palavra “panqueca”, e meus sentidos espinhosos disparou.
—Nós vamos sair para o café da manhã. Quer vir? — Becca perguntou animadamente. Dani olhou para mim. —Uh... eu tenho tempo para tomar banho? Eu balancei a cabeça. —Eu não tomei banho, tampouco, e Logan ainda não está acordado. Temos algum tempo. Becca virou e franziu a testa para mim. —Não muito tempo, embora. Né, papai? Estou morrendo de fome, lembra? —Você está morrendo de fome, está?— Eu estendi a mão e agarrei-a no ar, fazendo cócegas em suas axilas enquanto ela se contorcia descontroladamente para fugir. —Pare! Pare! —Becca guinchou entre risos. —Dani disse que ela está com fome também. Pegue-a! Meus olhos brilharam para Dani meio segundo antes que ela percebesse o que Becca tinha dito. —Espere? O que? Não. —Ela levantou as mãos na frente dela defensivamente quando eu coloquei Becca no chão e brincando caminhei para ela. —Não. É sério. Pare. Eu nem estou mesmo... Eu nem sequer a deixei terminar a frase antes que eu apontasse os dedos para os lados de seu robe e começasse a fazer cócegas nela furiosamente. Ela jogou a cabeça para trás, rindo alto enquanto se contorcia e se contorcia, tentando desesperadamente ficar longe de mim. —Você nem mesmo o que?— Eu provoquei, continuando o meu assalto em suas costelas. —Você não quer nem mesmo cócegas? — Becca cobriu a boca com as mãos, rindo quase tão duro quanto Dani.
—Você!— Dani chamou de brincadeira, apontando para Becca. —Isto é tudo culpa sua. Venha aqui! —Ela bateu os braços para Becca, que gritou e saiu correndo em direção à sala de estar. Eu parei de fazer cócegas em Dani, mas não a soltei. Em vez disso eu passei meus braços em volta de sua cintura e segurei a sua preciosa vida. —Quer que eu a solte?— Eu disse, inclinando-me tão perto que meu rosto estivesse praticamente enterrado em seu pescoço. Ela virou a cabeça ligeiramente para mim, falando suavemente. —Eu ainda não tenho certeza. A adrenalina passou por mim quando eu levantei a minha cabeça em surpresa. —Espere. Você não tem certeza de que? —Se eu quero que você me solte. —Sério?! Achei que você ia dizer sim. —Você quer que eu diga sim? —Não! A maneira que nós estávamos me deixou com um grande problema. Por um lado, eu não a queria deixar ir, nunca, mas, por outro, se ela continuasse falando com aquela voz baixa, sexy, ela estava indo para saber exatamente o quanto eu gostava dela quando eu empalei o osso do seu quadril. —Papai,
eu
estou
com
fome!—
Becca
lamentou
dramaticamente, batendo na cozinha. —Parece que é melhor deixar ir agora, hein?— Dani deixou cair à cabeça para trás contra o meu peito.
Eu inclinei meu queixo de encontro ao lado de sua cabeça. —Não até que você concorde em passar o dia com a gente. —Por favor, Dani?— Suplicou Becca, juntando as mãos enquanto ela as enfiou debaixo do queixo. —Por favor, por favor, por favor. —Contanto que você prometa sentar ao meu lado no café da manhã? —Disse Dani para Becca. Becca reagiu como eu imaginava que ela faria se Dani dissesse que ela tinha comprado um unicórnio rosa brilhante que a seguia, deixando um rastro de bolinhas e de glitter onde quer que fosse. Ela arregalou os olhos tão grande como eu já tinha visto, e sua boca aberta. —Você quer que eu sente perto de você? —Claro!
Você
é
minha
amiga,
—
Dani
disse
calorosamente, ganhando outro grande abraço. Eu saio assim enquanto Becca jogou os braços ao redor de Dani, e eu caminhei até a mesa para pegar a minha xícara de café. Tomando um último gole, eu coloquei na pia. —Ok, vamos todos ficar prontos e nos encontrar na porta da frente em trinta minutos? —Parece bom para mim— Dani respondeu com um sorriso sexy, apertando a minha mão enquanto ela passava. —O perdedor compra café da manhã,— eu gritei, relutantemente, soltando os seus dedos. Ela virou de costas, olhando para mim com os olhos arregalados. —Combinado!— Um sorriso perverso dançava
em seus lábios antes dela se virar e correr pelo corredor para o quarto dela. Fazendo uma nota mental para falar com ela sobre essa mudança repentina depois, peguei Becca, a joguei por cima do ombro, e corri, recusando-me a perder o desafio da porta da frente. Tomei banho em tempo recorde e sem me barbear fui para fora do box, algo que eu quase nunca fazia. Depois eu coloquei shorts cáqui e a minha camiseta favorita desde meus tempos de faculdade Dave Matthews Band, eu corri para o quarto de Logan. —Logan! Levante-se! Temos que vencer! —Eu empurrei o seu colchão, agitando ele antes e o apressando, ao longo de sua cômoda. Peguei a primeira T-shirt e um par de calções que eu poderia encontrar e os deixei cair em seu rosto enquanto
eu
corria
pelo
do
quarto.
—Coloque
esses,
depressa! Eu tive que segurar a moldura da porta para não correr passando pela porta de Becca. —Becca?
Onde
está
você,
baby?
—Meus
olhos
percorreram o quarto rapidamente. —Eu estou aqui, papai. Esticando o pescoço em direção ao som de sua voz, vi alguns de seus cachos loiros selvagens que colavam acima do chão no final da sua cama. —O quê você está fazendo querida? Temos que ir. —Eu não posso—, ela disse com tristeza, sacudindo a cabeça.
—O que? Por quê? —Fui até lá e sentei-me ao lado dela. Ela estava sentada com as pernas cruzadas, de frente para o berço de sua boneca. —Porque o meu bebé está triste. Ela está com fome, também, e eu não posso deixá-la aqui, se ela está com fome. —Ela virou a cabeça, olhando para mim com os olhos azuis mais tristes de bebê que eu já vi. Rainha do drama. —Ok, que tal se nós a levarmos conosco para o restaurante?— Bati o ombro e saltei, correndo para o armário, pensando que eu tinha tomado conta do problema. —Papai, ela está com tanta fome que ela não pode sequer se mover. Ela precisa comer agora — disse ela, incrédula, um pouco me xingando. Quando eu agarrei seu vestido rosa favorito do cabide e coloquei sobre a cama, peguei a mamadeira fingindo que comecei a alimentar a boneca. —Becca, doce. Por favor. Ela me ignorou completamente, feliz que alimentava o seu bebê. —Você não quer ir para o café da manhã com a Dani?— Eu disse, esperando que o lembrete gentil fosse despertar o seu interesse e tirar a sua bunda em movimento. —Eu faço, depois do meu bebê comer. Tempo para se reagrupar. —Ok, e quanto a isso. Vou alimentar seu bebê enquanto você se veste. Dessa forma, nós ainda podemos bater Dani na porta da frente. —Felizmente, a minha filha tinha herdado o meu osso competitivo.
—Sim!— Ela sussurrou animadamente, empurrando a sua boneca e uma mamadeira em meus braços. Ela tirou os seus pijamas e colocou o vestido mais rápido do que eu já vi qualquer mudança do sexo feminino... sempre. —Escove o cabelo super rápido, também,— eu adicionei. Depois que pegou sua escova seu armário, ela se virou para verificar meu progresso com sua boneca. —Uh... Pai? Ela disse, apontando para baixo em direção ao meu colo. Olhei para baixo, percebendo que eu tinha o frasco de cabeça para baixo. —Opa, desculpe.— Mudei rapidamente. —Pronta para ir? —Sim!— Ela bombeou os braços para cima e para baixo com entusiasmo. —Você levá-la; Eu tenho que pegar minha bolsa. As palavras saíram de sua boca e fiz uma pausa, olhando para a boneca cor-de-pêssego em meus braços. Eu pensei em discutir com ela por um breve segundo, mas decidi que eu prefiro ganhar a corrida para a porta da frente do que uma discussão com minha menina de seis anos de idade. —Ok, eu estou indo lá embaixo. Apresse-se! —Gritei enquanto eu corria pelo corredor, parando brevemente na porta de Logan. Ele estava sentado em sua cama, ainda meio dormindo enquanto amarrava os sapatos. —Pronto, cara? —Mm-hmm— ele murmurou, franzindo a testa quando ele olhou para mim.
Sabendo que ele estava se referindo a boneca em minhas mãos, eu apenas balancei a cabeça. —Não pergunte. Todos nós descemos as escadas, e eu celebrei, tentado a deixar a boneca de Becca no chão, quando vi que Dani não estava lá ainda. —Nós fizemos isso. Vencemos! —Eu bati as mãos de ambos. —Aqui, fuja para uma selfie. Vou mandar isso para ela. —Logan e Becca pressionaram as suas bochechas contra a minha, e eu segurei o meu telefone na nossa frente. —Espere!— Becca gritou, pouco antes de eu clicar no botão. Ela estendeu a mão e agarrou a sua boneca de mim, pegando-a de modo que ela estivesse na foto, também. Eu ri alto. —Ok, todo mundo sorrindo. Eu tirei a imagem dos três, que eram quatro, e mandei com um texto... HA! Como se sente ao perder? Esperei um segundo, olhando para trás e para frente entre meu telefone e área da cozinha, meio esperando que ela virasse a esquina com uma carranca adorável em seu rosto. Em vez disso, meu telefone tocou. Olhei para a mensagem de Dani, também com uma foto dela sentada em um banco que parecia estranhamente familiar. D: Eu não sei, você me diz. Abra a porta da frente!
—O quê?— Eu exclamei em voz alta, olhando para a foto. Logan viu a foto, também, e antes que eu tivesse a chance, ele se virou e abriu a porta da frente. Seus olhos se iluminaram. —Pai, ela está aqui! Becca correu para fora da porta com seu bebê debaixo do braço dela, pulando para cima e para baixo. É evidente que eu precisava ensinar aquele garoto que as celebrações só acontecem quando você ganha, não quando você perde. Eu a segui para a varanda, balançando a cabeça. —Por que vocês demoraram tanto? Estive aqui por uns quinze minutos já, — Dani regozijou-se com um enorme sorriso quando piscou para mim. Eu segurei as minhas mãos para cima, defendendo a minha perda. —As probabilidades estavam contra mim. Eu tinha que ter meus dois filhos prontos. Ela inclinou a cabeça para o lado, revirando os olhos com ceticismo para mim. —E—. Argumentei novo —, eu tinha que alimentar a boneca de Becca, porque, aparentemente, ela estava com fome, então eu tenho que ter crédito para tudo isso. —Falando de fome.— Ela levantou-se e atirou a bolsa por cima do ombro. Ela usava shorts jeans e T-shirt rosa quente
e
chinelos
pretos.
Ele
nunca
deixou
de
me
surpreender de quanto sexy ela estava, se ela estava toda pronta com seu cabelo e maquiagem feita e com roupa de trabalho ou com o cabelo jogado em um rabo de cavalo, indo casual com quase nenhuma maquiagem. Eu sempre estava
mudando de idéia sobre o que eu gostava mais. —Quem mais está com fome? Com fome de quê? —Eu! — Disse Becca e Logan em uníssono, levantando as mãos no ar. —Tudo bem, vamos lá.— Eu me virei bem rápido para garantir que a porta estivesse trancada, e estávamos fora.
Nós fomos para o café da manhã em tempo recorde, quase não falamos porque estávamos tão ocupados enchendo nossos estômagos. Claro, Becca estava anexada ao lado de Dani, mas, felizmente, Dani não parecia se importar. Aquelas duas estavam se tornando rapidamente duas ervilhas em uma vagem21. Depois do almoço todos nós nos sentamos no banco do lado de fora do restaurante, tentando descobrir o que fazer a seguir. —O
Bandit
Bouncy.
Porrrr
favorrrrrrrrrr,
—Becca
implorou. Dani tirou os óculos escuros do topo da sua cabeça e deslizou-os em seu nariz quando se virou para mim. —O que é o Bouncy Bandit? Eu respirei fundo e soltei o ar pelo nariz, não querendo que Becca me ouvisse. —É um daqueles lugares com camas
21
Frase de efeito como unha e carne
elasticas saltitantes, mas eles também têm trampolim extremo em uma sala separada. —Divertido!— Exclamou Dani. —Sério?— Eu olhei para ela, incrédulo. —Veja, papai! Dani quer ir. — acrescentou Becca. —Você realmente não quer, quer? — Eu murmurei para Dani calmamente. —Claro. Por que não? Você está velho. Eu empurrei a minha cabeça para trás. —Você acabou de me chamar de velho? O que você tem, noventa e cinco anos de idade? Ela arqueou uma sobrancelha para mim enquanto rolava a língua entre seus dentes superiores e lábio. — Chame-me do que você quiser, eu não sou a única que não quer ir saltar por um par de horas. —É mesmo? — Perguntei de brincadeira. —Aposto que duro mais tempo do que você. —Oh garoto!— Ela jogou a cabeça para trás e riu alto. — Agora que você disse. Qual é a aposta? Quero dizer, você já teve de me comprar café da manhã, então eu realmente não quero tomar mais do seu dinheiro hoje. A festa ela era, mais eu queria. —Hoje à noite, depois de eu colocar esses dois tolos para a cama, vamos assistir a um filme. Quem saltar mais tempo sem parar escolhe o filme. —Hmmm.— Ela inclinou a cabeça para o lado e apertou os lábios com força, pensando na minha oferta. —Eu gosto disso. E eu espero que você goste de filmes como E o Vento Levou, Flores de Aço, e praias.
—Por uma questão de verdade, eles são os meus favoritos, — eu brinquei. —Mas quando eu ganhar, você vai passar a noite com Jason Statham e Arnold Schwarzenegger. —Eu acho que vou bater você, — Logan brincou com um sorriso malicioso. —Oh garoto, quero ver. — Eu ri e balancei a cabeça. Enquanto todos eles foram para o carro, fiz um rápido desvio para deixar Gavin e seu parceiro para o dia, Samuel, saber o que nossos planos.
Chegamos ao Bouncy Bandit, e felizmente para nós, o lugar estava bastante morto. Todos os outros estavam fora desfrutando um dos últimos belos dias de verão, que teria sido inteligente a fazer, também, mas tínhamos uma aposta para resolver, por isso não vamos voltar agora. Nenhum de nós estava usando meias, por isso, apenas jogamos as sandálias em um dos armários juntos. Antes que eu tivesse a chance de dizer-lhes para ter cuidado, Becca e Logan estavam fora, saltando ao redor da sala como um par de cangurus. —Assim.— Dani se aproximou com os braços cruzados sobre o peito. —Não temos quaisquer regras básicas, ou estamos apenas indo? —Vamos embora... A menos, claro, que você esteja se acovardando?
—Eu
desafiei,
balançando
sobrancelhas para cima e para baixo.
as
minhas
—Nem de perto, meu amigo— ela zombou. Com um movimento perverso de olho, ela esticou a mão para mim tremendo. —Que o melhor saltador dure mais tempo. A
primeira
meia
hora
foi
muito
fácil.
Logan se
aproximou e foi ao redor comigo. Fizemos um jogo do tipo amarelinha gigante com um sistema de ponto detalhado que ajudou a passar o tempo um pouco. Mesmo durante o nosso jogo, eu mantive um olhar atento sobre Dani, que estava pulando com Becca. Não só ela não parecia tão sem fôlego quanto eu me sentia, ela parecia que ia ser capaz de continuar por um longo tempo. Foi então que eu percebi que eu poderia ter abocanhado mais do que eu poderia mastigar. —Como você está indo?— Dani saltou por cima com um sorriso no rosto, regozijando claramente. —Eu
estou
bem
—
eu
respondi,
tentando
desesperadamente controlar a minha respiração. Ela riu. —Sim? Você não parece bem. —Quantas
vezes
você
malha?
—
Perguntei
mais
indiferente possível. Ela riu de novo, totalmente pegando o que eu estava colocando para baixo. —Eu não tenho ido ultimamente por causa de toda a loucura, mas eu normalmente vou a academia umas cinco vezes por semana. Assim que ela disse isso, eu parei então de pular. De jeito nenhum que eu vou bater ela. —O que? Espere. O que você está fazendo? Você está desistindo?
Não só eu desisti, eu caí para trás em uma posição de aguia espalhada no trampolim com o meu peito arfando para cima e para baixo por ar. —Você está desistindo? Eu ganhei! Eu ganhei! —Ela aplaudiu quando ela continuou pulando, bombeando os braços para cima e para baixo. Deitei na cama elástica, observando a celebração com o canto do meu olho, pensando em como eu tecnicamente acabei de perder, mas eu tinha passado a última hora observando-a
saltar
sobre
realidade... Eu era o vencedor.
um
trampolim,
assim,
na
CAPÍTULO 30 Danicka Depois que terminamos o trampoling extremo, nós decidimos ir a mercado dos agricultores, que era à direita da rua. Becca segurou a minha mão o tempo todo, mas na verdade, eu era a única segurando a dela. Andy e eu escapamos em um aconchego rápido ou dois, e me senti incrível. Eu tinha estado praticamente sozinha toda a minha vida, mas depois de passar algum tempo com a família de Andy, eu definitivamente senti um puxão diferente dentro de mim. A atração por algo mais. Nós agarramos toneladas de legumes frescos para cozinhar para o jantar, juntamente com um pouco de milho na caldeira e frutas vermelhas. Quando passamos por uma tenda branca na saída, todos nós viramos, simultâneamente, como o cheiro de canela derivando em nossos narizes. —Pai, olha!— Logan apontou e correu. Andy, Becca, e eu seguimos. Um doce homem mais velho estava sentado em um banquinho ao lado, um pequeno sorriso em seu rosto, enquanto observava Logan olhar para baixo em sua mesa cheia de nozes, caramelos, e donuts. —Vê alguma coisa que gosta, meu jovem? Perguntou. — Quer experimentar alguma coisa?
Logan assentiu animadamente. —Por favor, posso provar um destes?— Ele apontou para o prato cheio de donuts com palitos preso neles. —Claro.— Ele se levantou e caminhou em nossa direção. —Talvez sua mãe, pai e irmã querem um, também? —Oh, ela não é minha mãe—, Logan o corrigiu quando ele pegou um pedaço de rosquinha e colocou-o na boca. — Uau. Papai. Temos que pegar estas para amanhã no café. —Elas são feitas com cidra maçã real— o velho disse com orgulho. —Sério?— Fiquei impressionada. —E você faz tudo isso sozinho, ou você tem uma pequena loja? —Não.— Ele balançou a cabeça, seus olhos virando um pouco triste. —Apenas eu. Eu cozinho tudo nos fins de semana e vou para diferentes mercados de agricultores durante a semana. Eu costumava fazer tudo isso com minha esposa, mas ela morreu no ano passado. Meu
coração
afundou.
—Sinto
muito—
eu
disse
sinceramente, querendo saltar sobre a mesa e abraçá-lo. —Sinto muito, também. Ela era minha melhor amiga. — Ele ficou em silêncio por um minuto enquanto olhou para sua mesa, mas eu sabia que sua mente estava em outro lugar. —Você sabe, estamos enganando o quão rápido o tempo passa. Quando nos casamos, eu sentia que nós tinhamos a nossa vida inteira pela frente e todo o tempo do mundo para fazer o que queríamos, mas agora que ela se foi, eu percebi que não era o suficiente. Não foi o suficiente.
Uma pitada desconfortável em minha garganta me fez engolir quando eu digeri as suas palavras. —De qualquer forma.— Ele limpou a garganta e sorriu para nós com bochechas carnudas rosadas. —Vocês querem provar alguma coisa? —Eu vou roubar um destes pedaços de donut. Eles parecem deliciosos. —Larguei o donut açucarado na minha língua e fechei os olhos. Era fantástico. Você não poderia provar muito a cidra de maçã, mas eu imaginei que era o que a tornava tão saborosa. Isso e a canela e açúcar. —Uau. Isso é incrivelmente bom — eu disse a Andy antes de voltar para o homem. —Vamos levar uma dúzia de donuts e tudo o que esses caras quiserem. Becca, Logan... por que não escolhem algumas coisas? —Eu não quero estragá-los demais—, Andy disse, balançando a cabeça. —Você não, mas eu faço.— Eu dei a minha língua para ele de brincadeira quando puxei minha carteira da minha bolsa. Poucos minutos depois, pagamos o homem doce e saímos com uma dúzia de donuts, meia duzia de caju canela, e quatro quadrados de fudge de hortelã. —Eu não sei quanto a vocês, mas eu estou exausto. Vamos para casa — Andy disse enquanto caminhávamos para o carro. No caminho para casa, fiquei pensando sobre o que o homem disse, suas palavras jogando mais e mais como um disco em meus ouvidos. Olhei para trás, Becca, adormeceu com a boca aberta, inclinando-se contra o encosto de cabeça do seu assento elevado. Depois que eu assisti por
um par de segundos, meus olhos deslizaram para Logan, que estava olhando para fora da janela. —Uma centavo por seus pensamentos?— Eu disse a ele. Ele se virou para mim, franzindo o rosto em confusão. — Hã? —Um centavo por seus pensamentos,— eu repeti. —Isso significa que eu vou te dar um centavo se você me disser o que você está pensando. Com o canto do meu olho, eu vi Andy levantar o queixo, olhando para Logan em seu espelho retrovisor. —Eu não sei.— Logan deu de ombros. —Eu realmente não estou pensando em nada. Eu estou apenas... feliz. —Ele se virou para a janela e apoiou o queixo no punho, um sorriso satisfeito nos lábios.
Estamos preparando saladas superdimensionadas para o jantar com todos os achados saborosos do mercado dos agricultores. Depois que terminamos de comer, eu disse a Andy que eu limparia a cozinha enquanto ele levava as crianças para o banho e os colocava na cama. A máquina de lavar louça estava correndo, os contadores eram claros, e eu tinha varrido os cantos do chão, mas Andy ainda estava no andar de cima com as crianças. Eu decidi que eu queria ficar mais confortável, então eu rastejei pelo corredor até o meu quarto e coloquei algo acolhedor e uma T-shirt grande.
Quando voltei para a cozinha, Becca estava sentada na ilha, esperando por mim. —Que é isso, garota? —Eu queria dizer boa noite para você.— Ela estendeu os braços em linha reta para um abraço. Fui até lá e a peguei para fora do banco, apertando forte. —Eu me diverti com você hoje. —Mm-hmm—
ela
murmurou
em
um
tom
em
voz
alta,
suave,
sonolento no meu ombro. —Você se divertiu? —Mm-hmm. —Você está com sono? —Mm-humm. —Caindo?—
Andy
sussurrou
rindo
enquanto ele entrou na cozinha. —Ela se foi. —Isso foi rápido.— Eu embalei-a para frente e para trás, tomando uma respiração profunda de seu cabelo. Ela cheirava a laranjas e baunilha, e eu fiz uma nota mental para esgueirar-me no andar de cima amanhã e ver que tipo de shampoo que ela usava. —Uma vez que ela terminou, ela terminou. Ela vai dormir em qualquer lugar, então você tem que levá-la para a cama no instante em que ela começa a reclamar sobre estar cansada. —Ele riu novamente, caminhando e a pegando em seus braços para que ele pudesse levá-la de volta para cima e colocá-la na cama. Eu assisti Andy em pé, com os braços fortes e ombros largos que levavam a sua doce menina. Ele se inclinou e beijou o lado de sua cabeça, assim quando ele
subiu a escada. Nenhum cara nunca me teve com borboletas do jeito como ele fez. Eu estava encolhida no sofá com o controle remoto na mão, quando ele voltou para baixo um par de minutos mais tarde. —Tudo bem, eu sou um homem adulto— anunciou ele, enquanto caminhava até o sofá e sentava-se ao meu lado. — Maduro o suficiente para paga uma aposta quando eu perco. O que estamos assistindo? Minha cabeça caiu para trás contra o sofá, e eu revirei os olhos, virando o rosto para ele. —Tempo de confissão. Eu odeio filmes de pintinho. Eles me dão um inferno de tempo. Eu prefiro assistir SportsCenter e ver como meus atletas fizeram hoje. —Sério?— Suas sobrancelhas se ergueram em surpresa. —Ponto! Ficamos em silêncio por um tempo, ambos olhando para a TV como foram os dez melhores jogos do dia. Nenhum dos meus atletas fizeram nada de espetacular, mas um dos jogadores de beisebol de Andy bateu dois home runs. Ele bombeou o punho no ar enquanto nós assistimos o replay. Após o show ter acabado e eles irem para o comercial, eu cliquei no botão do controle remoto para olhar para o guia. —Sinto muito sobre Becca,— Andy disse de repente. Meus olhos se voltaram para ele. —Becca? De onde veio isso? Ele deu de ombros e levantou os pés sobre a mesa de café, cruzando-os na altura dos tornozelos. —Ela tem estado
em cima de você desde que você chegou aqui, e eu me sinto mal. Tenho certeza de que você não estava esperando isso. Dei de ombros. —Andy, eu não estava esperando nada disso. Uma semana atrás, eu estava sentada no sofá na minha própria casa assistindo SportsCenter com Roxy no meu colo. Agora eu estou aqui. Tudo aconteceu tão extremamente rápido, e eu sou apenas grata que você esteve lá para mim. Além disso, eu precisava de uma nova ajudante. Becca é ótima. Adoro sair com ela. Ele balançou a cabeça enquanto seus olhos caiam para seu colo. Outra coisa estava definitivamente em sua mente. —Agora que você está aqui, eu posso definitivamente ver o quanto ela sente falta de ter uma mãe. Uma pontada puxou no meu estômago com a menção da palavra M, mas eu não queria falar sobre mim naquele momento. —Ok.— Eu puxei meu joelho para cima do sofá e me virei para ele. —Você abriu a porta, então eu vou entrar. O que se passa com ela? E você? —É muito estranho. E esmagador às vezes. —O que aconteceu? Se gostavam... por que você se divorciou? Ele soltou um suspiro pesado. —É uma longa história, mas vou dar-lhe a versão condensada. Quando Brody começou a namorar sua agora esposa, Kacie, Blaire era má para ela sem nenhuma razão. E eu quero dizer... cruel. Ela quase os separou, só por esporte. De qualquer forma, tivemos uma conversa, e ela jurou que pararia de se intrometer na
vida das pessoas, mas não o fez. E qualquer coisa ela piorou, e depois que eu descobri tudo e que a poeira baixou, eu comecei a dar uma olhada longa e dura em nosso casamento e como ela tinha sido todos esses anos. Ela nunca foi uma pessoa agradável, mas eu fiz o meu melhor para manter as crianças e eu mesmo fora de seu caminho e apenas tolerar. Eu decidi que não era uma boa maneira de viver, então eu puxei o plugue. Foi isso. Meus olhos dançavam em volta do seu rosto, enquanto eu tomava um segundo para ingerir tudo o que ele tinha acabado de dizer. Uma coisa eu não entendia, embora. Eu puxei minhas sobrancelhas juntas e inclinei a cabeça ligeiramente. —Ok, mas o que fez você mesmo se apaixonar por ela, em primeiro lugar? Ela não soa como se fosse muito amável. —Começamos a namorar na faculdade. Naquela época, ela tinha um gosto pela vida e falava sobre todas essas coisas que ela ia fazer depois da formatura. Ela queria começar uma linha de roupas e ser um designer de moda de alta tecnologia. Eu estava encantado com ela, ou com quem eu pensava que fosse. Eu não podia esperar para ver o que ela ia fazer com seu futuro... —Ele parou. —E...? —Eu não estava deixando-o fora do gancho assim tão fácil. —E... —Ele respirou fundo e soltou o ar lentamente. — Então, bem antes da formatura, ela me disse que estava grávida.
Meus olhos se arregalaram e meu queixo caiu. —Uau! Eu não fazia ideia. —A maioria das pessoas não faz. — Ele balançou a cabeça, deixando cair seu olhar para baixo em direção ao seu colo. —Seus pais eram podre de rico me apavoraram e basicamente nos disseram que tínhamos que casar. Na época, eu a amava o suficiente, então nós fizemos. —Uau— eu murmurei, incrédula. —Coincidentemente, a semana depois do casamento, ela perdeu o bebê. —Puta merda.— Eu olhei para ele, incrédula. —Você parece cético? —Eu fui. Eu sou. Ela nunca realmente admitiu isso, mas o momento era suspeito para dizer o mínimo. —Ele levantou os olhos para mim e lambeu os lábios. —Brody estava sendo observado a cada jogo por dois a três novos agentes e recebendo ofertas, pelo menos uma vez por semana. Era óbvio que ele estava indo para os profissionais. Ela era minha namorada, então é claro que eu compartilhava que com ela... Eu balancei a cabeça lentamente quando tudo começou a afundar-se. —E, naturalmente, uma vez que você se tornou agente de Brody e ele começou a fazer um bom dinheiro, você faria o mesmo. —Sim. Seus pais nos obrigaram a ter o mais grande casamento forçado de sempre, para que ela não estivesse grávida de muito tempo, mas ela nunca me mostrou um teste ou qualquer coisa. E a única vez que ela foi supostamente a
uma consulta médica, perguntei-lhe se eu poderia ir, e ela se apavorou.
Acusou-me
de
não
acreditar
nela
e
estar
sufocando-a. Eu lhe disse que não era nada do que eu estava fazendo, que eu estava apenas curioso e queria ir, mas ela pegou a luta de qualquer maneira e parou de falar comigo... até depois da nomeação. Minha mente derivou para meu primeiro encontro com Blaire. Eu só tinha a conhecido um tempo na cozinha de Andy, mas com essa reunião além de tudo Ellie tinha me dito, eu não estava surpresa que ela era manipuladora, eu só não tinha idéia do quanto ela poderia ser manipuladora. Parecia que ela tinha feito seu principal passatempo tornar a vida de Andy miserável, e isso me deixou triste por ele. Mais triste por Becca e Logan. —Uau. Eu sinto muito que você teve que lidar com tudo isso. Você tiveram bons momentos? Andy puxou as sobrancelhas, apertadas e olhou para o sofá. —No início as coisas não eram de todo ruim. Nosso primeiro encontro oficial foi neste pequeno restaurante chamado Storybook Productions. Foi um café que vendia sanduíches, sopas, saladas, coisas assim, e todas as noites eles tinham autores locais entrando e lendo partes de seus livros. Às vezes era romance, às vezes dramas do crime, às vezes ficção científica. Era tão fácil se perder em suas histórias. Eu sempre acabei comprando os livros depois, exceto romance, que não era a minha coisa. —Nós dois rimos, e ele continuou:— No início, fomos muitas vezes, em seguida, desacelerou para uma vez por mês, e, eventualmente, parou completamente, exceto por nossos aniversários. Mesmo
quando nos casamos, nós sempre fomos lá para o jantar. No nosso terceiro aniversário de casamento, fomos lá, como de costume. O tempo todo, ela estava em seu telefone ou olhando para o espaço. Em um ponto, ela começou realmente a lixar as unhas. Ela foi tão rude e eu estava envergonhado. Depois que saímos, ela estava chateada e me disse para nunca levá-la lá novamente. Já não era bom, o suficiente para ela. —Caramba.— Ela realmente era um monstro. —Sim, e eu estava chateado porque enquanto nós poderíamos nos dar ao luxo de jantar onde quer que quiséssemos,
que
fosse
o
nosso
lugar.
Dinheiro
não
importava lá, pelo menos não para mim. Não era segredo que eu gostava de manter as minhas emoções escondidas, a salvo de julgamento de todo mundo, mas eu não poderia imaginar ser tão fria e indiferente como Blaire foi. Eu pensei que uma vez que você se casasse e tivesse filhos, você deveria amá-los mais do que você fazia a si mesma? Que você deveria colocar as suas necessidades e felicidade acima da sua própria? Não só Blaire não fez essas coisas, ela realmente manteve a felicidade longe das pessoas que amava. Ela era alguma assaltante doente, bem-vestida da felicidade. —Você se arrepende de ter se casado com ela? Um sorriso cresceu lentamente em seus lábios quando ele balançou a cabeça. —Não, eu não. Primeiro de tudo, eu tenho as melhores partes dela em Logan e Becca, e para isso, eu sempre serei grato. Em segundo lugar, eu acho que todo
relacionamento nos ensina alguma coisa, e me ensinou que eu sou feito para o casamento. Eu amo ter piadas com alguém. Eu amo a criação de tradições e memórias e celebrar todas as pequenas coisas. Eu amo voltar para casa no final do dia para a mesma pessoa. Blaire era a pessoa errada, mas estou ansioso para o dia em que eu começar tudo de novo com outra pessoa. Alguém melhor. Alguém que me ame tanto quanto eu a ame. Aquela mulher era a porra de uma idiota que tinha um príncipe entre os homens em volta de seu dedo mindinho esnobe, bem cuidados, e ela o jogou como um erro inútil. —E você? —Andy perguntou, puxando-me dos meus pensamentos. Sua pergunta me pegou desprevenida. —E quanto a mim? —Sim.
Estou
assumindo
que
você
já
teve
relacionamentos no passado. Alguém já mentiu para você sobre estar grávida? — Perguntou ele com uma risada. —Ha-ha, engraçadinho. Não, ninguém nunca mentiu para mim sobre estar grávida, e honestamente... Eu não tive muitos relacionamentos. Nenhum bom, pelo menos. —Dei de ombros. —Por que isso? —Eu realmente não sei. Meus pais eram adolescentes quando eles me tiveram, mas a minha mãe saiu antes mesmo de completar um, então eu estava completamente cuidada pelo meu pai. Nós meio que crescemos juntos, na verdade. Ele me criou para ser super independente e nunca confiar em
qualquer um para qualquer coisa. Toda vez que eu namorei um cara, era sempre a mesma coisa. Poderia começar grande, mas, eventualmente, ele ia ficar todo macho e tentar me enfiar debaixo de sua asa. Mal sabia ele, que é a pior coisa a fazer comigo. Em vez de me apegar, minha reação foi dar um soco no seu intestino e fugir. A boca de Andy ampliou em um grande sorriso, os olhos brilhando de rir com o meu visual. —Você sabe, eu realmente posso imaginar você fazendo isso. —Eventualmente isso tornou mais fácil manter todos longe e me concentrar em minha carreira. Menos sentimentos e besteira dessa forma, sabe? As narinas de Andy queimaram enquanto inalava alto. —Eu sei. Mas... você me deixou te colocar debaixo da minha asa algumas vezes. O que isso significa? —Eu não diria que fui todo o caminho sob sua asa, mas eu definitivamente deixei você me puxar para mais perto do que a maioria.— A tensão encheu o espaço no sofá entre nós. A mesma tensão que senti naquela noite no banco, do lado de fora do bar, quando eu o beijei pela primeira vez. —Mas a boa notícia é que eu não tenho o desejo de dar um soco no seu estômago, então isso é um bônus. As palavras mal saíram da minha boca, e eu ainda não tinha tido a chance de rir da minha própria piada quando Andy se inclinou, segurou meu rosto, e colidiu seus lábios contra os meus. A adrenalina passou por mim, assim como fez naquela noite fora do bar, mas depois de tudo o que tinha acontecido no último par de semanas juntos, era mais
intenso. Estendi a mão, colocando as minhas mãos em seus braços enquanto sua boca abria contra a minha. Todo cuidado que eu tive no mundo se desintegrou completamente quando ele se aproximou, pressionando seu corpo contra o meu. Naquele momento, eu não me importava com nada além de estar com ele. Eu precisava disso. Eu precisava dele.
CAPÍTULO 31 Andy Beijar Danicka era como jogar uma moeda de um centavo por um desejo bom, só que em vez de nunca mais vêlo novamente, você se vira e há um duende ali, entregandolhe a porra de um pote de ouro. Ela beijava tão ferozmente como ela argumentava. Nada com ela era meia-boca. Paixão escoava para fora dela em tudo o que fazia, e ser o sortudo no fim da recepção de sua intensidade era incrível. Puxei meus lábios dos dela e me levantei, não tirando os olhos dela. Descendo, eu gentilmente agarrei-lhe os pulsos e a puxei para posição enquanto eu tentava recuperar o fôlego. Eu passei a minha mão em seu cabelo, puxando-o de seu rabo de cavalo. Ela olhou para mim com os lábios entreabertos, quando fios de seu cabelo escuro caíram ao longo dos lados de seu rosto. Me senti carnal, animalesco. Eu queria pegá-la, jogá-la sobre meu ombro, e arrastá-la de volta para a minha caverna, mas eu também queria levar as coisas devagar e aproveitar cada segundo com ela. Eu corri as costas dos meus dedos suavemente para baixo em sua bochecha e ao longo de sua mandíbula. Ela fechou os olhos e inclinou a cabeça, ficando na minha mão quando ela levantou os dedos e colocou sobre mim. Um choque de antecipação passou por todo o meu corpo quando
ela puxou meus dedos e os levaram para baixo após o cós de sua bermuda. —Espere,— eu sussurrei. Ela mordeu o lábio e baixou uma sobrancelha preocupada quando eu puxei a minha mão de volta. —Eu não vou transar com você no sofá da sala como um garoto de fraternidade. Pelo menos, não pela primeira vez. —Eu pisquei para ela como um sorriso tímido eclodindo em seus lábios. Eu peguei a mão dela na minha, desliguei a TV, e a levei para cima para o meu quarto. Eu calmamente tranquei a porta do quarto e voltei. Ela estava franzindo a testa novamente. —Qual o problema?— Perguntei. Por favor, não me diga para parar. Foda-se, por favor, não me diga para parar. Ela olhou para si mesma e de volta para mim rapidamente, encolhendo os ombros e jogando os braços para os lados. —Olhe para mim. Eu estou em bermudas e uma Tshirt. Eu não sou muito boa em ser sexy. Meu pau duro discordava. —Danicka, não é suas roupas que fazem você sexy. É só você. E essa boca atrevida não faz mal, também. —Antes que ela pudesse argumentar, eu avancei e agarrei a sua cintura, levantando-a para que ela pudesse envolver as pernas ao redor da minha cintura e os braços ao redor do meu pescoço. Seus lábios provocavam e chupavam o meu quando nós caminhamos
para
o
lado
da
minha
cama.
Deitei-a
suavemente e me arrastei em cima dela. Seu cabelo
espalhado por todo meu travesseiro enquanto eu descansava no meu cotovelo, olhando para ela. —O quê? —Ela perguntou suavemente quando olhou para mim com olhos escuros e intensos. Eu balancei a cabeça, apertando meu lábio inferior entre meus dentes enquanto eu estudava cada polegada de seu rosto. —Nada. Eu apenas imaginei você aqui, como está, há meses. Ela piscou lentamente, enquanto apertou os lábios, sorrindo
preguiçosamente
para
mim.
Arqueando
uma
sobrancelha, ela perguntou: — Então, por que eu ainda tenho roupas? Jogo. Dentro. Sentei-me rapidamente e arrastei a sua camiseta sobre a cabeça, revelando o sutiã preto e belos seios, que tinha estado me provocando por trás de camisas de abotoar por meses.
Esperando
que
eu
ainda
lembrasse
como
desenganchar um sutiã, eu cheguei por trás dela com uma mão e agarrei a borda, rapidamente desenganchando a correia quando eu apertei a minha boca para baixo sobre a pele doce apenas sob sua clavícula. O sutiã caiu para a cama, e eu empurrei para o lado. Por mais que eu quisesse sentarme novamente e admirá-la, não havia chance de uma bola de neve no inferno que eu estaria tirando a minha boca de seu corpo. Eu tinha trabalhado muito duro para ter um gosto dela, e este era apenas o começo. Tão lentamente quanto eu pude, eu beijei o meu caminho de sua clavícula para baixo contra o peito. Liguei a
ponta de seu mamilo com a língua quando ela soltou um gemido e arqueou as costas, empurrando para dentro de mim. Eu sorri para mim, sabendo que ela queria mais quando puxei todo o mamilo na boca e chupei com mais força. Depois de alguns segundos, eu puxei para trás e agarrei a cintura de seus shorts, puxando-os para baixo e deixando fora do final da cama, também. Na seqüência ela enfiou os dedos de sua tanga preta, laçada e começou a puxar, mas eu coloquei a minha mão sobre a dela. —Ainda não. — eu disse com um sorriso. —Eu quero aproveitar isso por apenas mais alguns minutos. Sentei-me um pouco e tracei a pele de seus quadris com os meus dedos. Cada macio redemoinho que eu fiz com a minha mão brincando com o seu corpo e ela arcando da maneira mais sexy possível. Meus olhos estavam tentando absorver tudo, correndo por todo seu corpo quando ela respondia, no mais incrível caminho para o meu toque. Eu agarrei as cordas de sua calcinha e, lentamente, puxei para baixo, beijando as pernas quando eu fui. Ela riu e levantou a cabeça, olhando para mim, quando tirei até os tornozelos. — Têm cócegas em seus tornozelos? —Eu ri, beijando-a novamente. —Sim muito. Então é melhor você parar antes de eu acidentalmente chute e coloque o pé em algum lugar que iria deixá-lo incapacitado, e ambos muito infelizes, para o resto da noite. Levei-a advertência a sério e me sentei novamente, alcançando sobre a minha cabeça e agarrando a gola da
minha T-shirt. Ela observava cada movimento que eu fazia, arregalando os olhos enquanto eu puxava minha camiseta sobre a minha cabeça e jogava no chão. Ela deixou escapar um pequeno grito de surpresa quando eu rapidamente subi de volta por cima dela e reivindiquei a sua boca novamente. Nossas línguas dançaram e emaranhadas quando o calor se construíu entre nós dois. Sua mão lentamente se arrastou pelo meu estômago, se esquivando dentro do meu short. No instante em que a mão enrolou no meu pau duro, eu soltei um gemido. —Você gosta disso? — Ela sussurrou, beijando seu caminho até meu pescoço e para baixo pela minha clavícula. Eu gemi de novo, incapaz de formar palavras. Eu tinha um pressentimento de que ela estava indo, quando ela me rolou de costas e continuou beijando ao sul. —Posso ver o que mais você gosta? Puta merda. Sim. Por favor, sim. Ergui a cabeça, olhando para ela quando ela puxou o cós da do meu shortes e tirou de mim. Apenas a visão de seu belo corpo, nu pairando sobre meu pobre pau, privados de sexo foi o suficiente para me transformar em um menino de quinze
anos
de
idade,
sem
controle,
mas
eu
estava
determinado a não me envergonhar. Ela agarrou o meu pau, e eu juro que no momento em que colocou em sua boca pela primeira vez, eu esqueci a porra do meu nome. Sua boca quente se movia a um ritmo lento, tortuoso enquanto ela olhava para mim com seus intensos olhos escuros. Mordi o lábio e deixei a minha cabeça
cair para trás contra o travesseiro, preocupado que se eu observasse seu trabalho em mim, gozaria antes de ter começado. Sua cabeça balançava para cima e para baixo, a boca agarrada, e ela apertou as minhas bolas para o ponto onde eu tinha certeza que se ela deslizasse para baixo em mim mais uma vez, era isso. Sentei-me e puxei-me para longe rapidamente, fazendo com que os lábios fizessem um barulho de um tapa quente. Ela riu e passou o dorso de sua mão ao longo de seu lábio inferior. Eu agarrei a mão dela e puxei-a para mim. —Eu quero você no topo. Eu quero observar você. —Ok—, ela sussurrou sem fôlego, seu peito arfando com antecipação. Eu rolei para a minha gaveta do criado mudo e tirei um preservativo, rolando-o sobre meu pau inchado em tempo recorde. Ela abaixou-se e beijou-me com força. Colocando as suas mãos nas minhas, ela interligou os nossos dedos e levantou uma perna em cima de mim. A antecipação do segundo foi mais forte do que eu imaginava que seria, e tão lentamente abaixou-se em cima de mim. A boceta molhada cobrindo o meu pau todo o caminho até o fundo, e ela jogou a cabeça para trás, deixando escapar um gemido alto quando ela ficou ali por um segundo. —Jesus, Dani. Me monte, —eu pedi, usando a minha força para empurrar as mãos para cima um pouco. Ela não hesitou, empurrando-se lentamente sobre os joelhos e depois de volta para baixo novamente. Eu deixei as suas mãos e agarrei a sua cintura. Eu queria senti-la me foder.
Eu queria vê-la me foder. Eu queria ouvi-la me foder. —Mais rápido, baby— eu gemi. Mais uma vez, ela ouviu, pegando a velocidade enquanto bombeava para cima e para baixo em mim. Ela usou as mãos para se equilibrar em meu peito enquanto eu deslizava a minha para a parte de trás dela, apertando-lhe a bunda dura quando eu dobrei meus joelhos e empurrei de volta para ela. Ela olhou bem nos meus olhos enquanto ela vinha cada vez mais duro contra mim, a nossa pele batendo juntas em voz alta cada vez que ela batia em mim. Seus gemidos se tornaram mais altos e mais frequentes, e não foi muito antes dela forçar seus olhos bem fechados e abrir os lábios. —Oh Deus—, ela gemeu. —Andy. Eu não posso, estou... oh Deus! — Ela gritou em voz alta. Por uma fração de segundo eu temia que as crianças ouvissem, mas quando as minhas bolas apertara e meu próprio orgasmo começou, eu não me importava mais. Observando-a enquanto ela se perdia e gozava em cima de mim me enviou sobre a borda, também, mas eu não estava prestes a fechar os olhos e perder um segundo do que ela estava fazendo. Bati tão duro quanto eu poderia até que eu explodi, sua buceta ainda apertava em volta de mim. Quando eu me acalmei, ela continuou a moagem, tirando até a última gota do meu orgasmo de mim. Quando estávamos ambos feito, ela desabou sobre meu peito e não se mexeu. —Uau,— ela ofegava.
—Sim.— Eu gentilmente escovando o cabelo de sua bochecha. —Isso é um eufemismo. Ela rolou de cima de mim, mas não foi muito longe, estabelecendo-se na dobra do meu braço com uma mão envolta em meu peito. —Então,
eu
tenho
uma
pergunta.—
Ela
virou
completamente para o lado dela e inclinou seu cotovelo, descansando a cabeça na mão. —Segure esse pensamento.— Eu levantei um dedo. Indo o mais rápido possível para o banheiro, eu deixei cair o preservativo no lixo e corri de volta para a cama. —Ok, faça a sua pergunta. Vá. —Por que os homens fazem isso? Eu fiz uma careta. —Fazem o que? —Aquela coisa que você fez antes. Puxando sua camisa por cima da sua cabeça assim. É em algum Manual do Homem que permite que todos saibam que levam as mulheres loucas ou o quê? —Manual do Homem?— Eu ri alto. —O meu deve ter se perdido no correio, porque vocês mulheres confundem a merda fora de mim. —Oh, por favor.— Ela revirou os olhos. —As mulheres são as criaturas mais fáceis de entender. Os homens simplesmente não escutam. Esse é o problema. —Criaturas fáceis?— Eu zombei, olhando para ela, incrédula. —Você é de longe a mais confusa pessoa que eu já conheci em todo os meus trinta e dois anos neste planeta.
—Eu?— Ela gritou em voz alta. Ela rapidamente cobriu a boca e olhou para a porta quando percebeu o quão alto ela tinha soado. —Desculpe—, ela sussurrou. —Tudo bem. Se eles ouviram alguma coisa, era você orando a Deus, em voz alta, cinco minutos atrás. Ela golpeou meu peito, e eu peguei as suas mãos nas minhas, puxando-a para outro beijo. —Espere, não.— Ela se afastou. —Você não vai sair dessa. Como sou confusa? —Dani, desde que você andou pela primeira vez em meu escritório há alguns meses, você me deixou perplexo, você me irritou, mas mais do que qualquer outra coisa, você me cativou muito. —Você não respondeu a minha pergunta—, ela desafiou em brincadeira. —Como faço para confundi-lo? —Honestamente? Ela assentiu com a cabeça. —Claro. —Bem. Há uma semana, você ficou em seu escritório e se recusou a falar comigo mesmo durante o dia, agora você está na minha cama. Por quê? Ela piscou e seus olhos caíram para a cama enquanto contemplava sua resposta. —Esta tem sido uma semana emocional, obviamente, mas um dos meus momentos mais emocionantes foi quando eu tive um pouco de amor duro de uma boa amiga. Ela lembrou-me que a vida é curta e que o nosso tempo não é garantido. Então ela me disse que eu estava perdendo o meu me preocupando com o que as pessoas que eu nem conhecia poderia pensar de mim. Sentei-
me no meu quarto durante toda a noite fazendo um balanço da minha vida e como eu segurei todos no comprimento do braço e o que eu preciso fazer para mudar. Então, como se eu precisasse de outro sinal, vimos o pequeno homem no mercado hoje, que falou sobre como ele achava que tinha todo o tempo, e isso realmente me marcou... —Ela fez uma pausa e engoliu, levantando os olhos para o meu. —Eu estou pronta, Andy. Eu não me importo com o que as pessoas digam ou o que eles pensem. Estou pronta. Eu estou pronta para ser feliz, Sua honestidade me surpreendeu. Estendi a mão e gentilmente esfreguei os dedos com os meus. —Primeiro de tudo, eu estou pronto, também, Dani. Pode não ser fácil, mas vamos ir devagar e descobrir tudo. Em segundo lugar, me lembre de dobrar o salário de Ellie na segunda-feira. Seus olhos brilhavam, e ela soltou uma risadinha suave quando mergulhou em cima de mim.
CAPÍTULO 32 Danicka —Bom dia.— Andy tinha dito essas duas palavras a cada manhã pelo último mês, e nunca deixou de fazer a minha pele ficar arrepiada. —Bom dia para você.— Eu sorri de volta para ele enquanto ele me serviu uma xícara de café na minha caneca amarela favorita, outra coisa que ele fazia todos os dias. Houve realmente algumas novas rotinas que tínhamos caído em relação ao mês passado, e não apenas eu e Andy, mas eu e as crianças também. Sem dúvida, o mais emocionante foi a minha caminhada matinal com Becca, Logan, e Roxy. Uma vez que Roxy estava se sentindo melhor e a Dra. Sells estava confortável de soltála, eu a trouxe para a casa de Andy. Ele revelou que as crianças tinham estado pedindo um cão por anos, mas Andy não parava de dizer não, de modo que o fato de que eu trouxe para casa Roxy definitivamente aumentou minha rua de créditos com eles. Roxy se juntar a família não foi à única coisa nova regular que tínhamos começado a fazer. Assumindo que nem Andy ou eu tinhamos que trabalhar até tarde, tivemos jantar em família todas as noites, em seguida, colocamos as crianças na cama juntos. Becca e eu tinhamos começado a
ler livros a cada noite, e era algo que eu tinha crescido para olhar para frente, tanto que eu tinha estado parando em livrarias muito ultimamente, à procura de algo novo que eu pensei que ela gostaria. Depois que terminamos de ler, Andy e eu ficávamos olhando o relógio, esperando por eles adormecer, para que pudéssemos passar despercebido em seu quarto e fazer amor até tarde da noite. Mesmo se nós não tivessemos relações sexuais, gostavamos de ficar deitado na cama com os braços e pernas entrelaçados quando nós conversavamos
por
horas.
Minhas
paredes
estavam
completamente desintegradas ao chão, e ao longo do último mês, ele tinha aprendido tudo o que havia para saber sobre mim. Eu defini o alarme no meu telefone para sair meia hora antes que Logan então eu tive tempo para me esgueirar de volta para baixo para o meu quarto. Pensávamos que estávamos sendo furtivo e escondendo isso das crianças e Gloria até que uma manhã eu corri para ela na cozinha. Ela estava fazendo rolos de canela mais cedo como uma surpresa para as crianças. Eu fiquei congelada na porta, torcendo as mãos nervosamente enquanto eu tentava chegar a uma razão de estar esgueirando e descendo as escadas no início da manhã. Eu não queria que ela soubesse que eu estava no meio de alguma estranha caminhada da vergonha. Ela apertou os lábios e balançou a cabeça para mim. —Não só você está vestindo a t-shirt favorita do Sr. Shaw— ela olhou para a camisa de Andy e reserva minha —você sabe que o meu
quarto está diretamente abaixo dele, certo?— Meu queixo caiu quando ela piscou e virou longe. Demorou um par de dias antes de eu olhar nos olhos dela novamente. —Bom dia, Gloria!— Eu disse alegremente quando ela entrou na cozinha, onde Andy e eu estávamos sentados. Ela sorriu para nós dois. —Bom dia para você pequenos loucos. O que está na agenda para hoje? —Na verdade, tenho que ir cedo. Eu tenho uma reunião com um cliente em potencial às sete. —Estiquei o pescoço para olhar para o relógio no forno. —Eu tenho que ir. —Espere.— Andy virou-se para me encarar. —Você vai muito cedo? Eu balancei a cabeça e caminhei até ele, rindo quando cheguei mais perto. —Você tem um pouco de crème de queijo em seu lábio, deixe-me ajudá-lo com isso.— Eu levantei a ponta do pé e sedutoramente lambi e beijei seu lábio superior. Um som de engasgos fraco veio da Gloria para a mesa da cozinha, e nós dois rimos. —Oh, Glória! Você sabe que nos ama. —Fui até lá e passei meus braços em volta dos seus ombros, apertando suavemente. Andy e as crianças não eram os únicos que eu tinha ficado perto desde que me mudei para a casa de Andy. Nós tínhamos sido amigáveis antes, mas após o incidente no corredor, Gloria e eu nos ligamos rapidamente. Andy adorava, e
eu
respeitava
desempenhava
na
o
papel vida
muito das
importante
crianças.
Nós
que
ela
também
brincavamos pelas costas de Andy sobre como ele era tecnicamente o nosso chefe, e ela gostava de acrescentar que felizmente apenas uma de nós estava dormindo com ele. O humor seco de Gloria me manteve na ponta dos pés, e eu a amava por isso. Eu estava me apressando em volta de meu quarto, tentando encontrar uma roupa para o dia e houve uma batida suave na porta. —Ugh. Eu não tenho tempo para falar —, eu murmurei sob a minha respiração. —Entre! A porta se abriu, e Andy espreitou a cabeça. —Ei, eu vou pular no chuveiro agora. Tem certeza de que não pode esperar por mim? —Nós estávamos dirigindo para o trabalho em
conjunto
pelas
últimas
três
semanas
ou
mais e
surpreendentemente tínhamos apenas parado para fazer sexo duas vezes. Elogios para nós. —Eu adoraria, mas eu realmente não posso. Hoje não. Eu mal vou fazer esta reunião como ela é. —Eu acenei para ele fechar a porta quando eu puxei as minhas calças para baixo. —Oooh, você quer fazer sexo? Parece bom para mim —, brincou ele, perseguindo outro lado do quarto em minha direção. —Saia daqui!— Dei um tapa no peito de brincadeira quando ele me jogou suavemente na cama. —Andy, eu não tenho tempo para isso. Vou ser… — Meus olhos estavam envidraçados quando ele arrastou beijos no meu pescoço e mergulhou os dedos dentro da minha calcinha. Inclinei a
cabeça para ele e respirei fundo, estremecendo quando seus dedos circularam e me torturaram. Depois de dez segundos ou assim, ele se afastou de repente e se levantou. Meus olhos se abriram. —Espere. O quê? —Inclinei-me em meus cotovelos e olhei para ele. —Você vai chegar tarde. Eu só queria mostrar o que você tem olhando para frente para mais tarde esta noite, exceto que será a minha língua, em vez de meus dedos. —Ele piscou para mim e saiu do quarto rapidamente quando me sentei congelada na minha cama, tentando formar um pensamento coerente. O pensamento de chamá-lo de volta e ter relações sexuais então passou pela minha cabeça duas vezes, mas eu realmente estava atrasada. Peguei o primeiro par de calças pretas que eu poderia encontrar e joguei, juntamente com uma camisa de botão amarelo claro. Eu deslizei meus pés em meus saltos pretos de tiras favoritas, que estavam pela porta do meu quarto, e fiz uma nota mental para procurar uma pedicure na minha pausa para o almoço. —Ok, eu estou fora—, eu disse para a cozinha cheia de pessoas. Minhas pessoas. —Já? Eu nem sequer cheguei a vê-la hoje. —Becca fez beicinho quando joguei a minha bolsa sobre meu ombro. Fui até lá e me agachei na frente dela. —Eu sei, querida, mas eu tenho que começar a trabalhar cedo hoje. Mas... Que tal eu cair fora do trabalho mais cedo hoje e parar na livraria e pegar o novo livro da Judy Moody para lermos?
Seus olhos se iluminaram, e ela balançou a cabeça animadamente enquanto jogou os braços ao redor do meu pescoço. Eu apertei-a com força e fechei os olhos, suspirando feliz. Quem sabia que eu podia ficar tão louca sobre uma garota que não era nem mesmo minha? Quando ela finalmente me deixou ir, eu me levantei e inclinei-me, beijando-a no topo da cabeça. Eu escapei por trás da mesa e dei um beijo no topo da cabeça de Logan, também. —Boa sorte em seu teste de ortografia hoje. —Obrigado.— Ele sorriu para mim. Logan não tinha se ligado a mim tão fortemente como Becca
tinha,
mas
nós
definitivamente
tínhamos
uma
amizade. Mais uma vez, eu conectei meu braço na minha bolsa e acenei adeus a Gloria. Eu dei a Andy um sorriso de boca fechada quando passei por ele. —Uh... Eu vou levá-la para fora —, ele gaguejou, olhando para as crianças quando me seguiu até a porta da frente. Nós saímos, e fiquei surpreendida com a frieza nitida do ar da manhã. Era meados de setembro, e já cheirava a queda. As folhas não tinham começado a ter cores ainda, mas você podia sentir o cheiro à mudança no ar. Logo tudo estaria vermelho e laranja, fogueiras seria chamas cada fim de semana, e s'mores22 voltaria a ser o meu prazer culpado. —Está frio aqui fora—, Andy disse, como se ele lesse a minha mente.
22
marshemelow
—Eu sei, eu deveria ter agarrado um suéter.— Eu pensei por um segundo sobre ir de volta, mas não havia tempo. Corri para o meu carro e abri a porta, jogando a minha bolsa para cima do banco do passageiro. —Vou levar um para você quando eu for,— ele ofereceu. Delicadamente, ele agarrou meus ombros e me virou para encará-lo. Seu cabelo loiro era mais longo do que o normal e parecia adicional adorável todo desarrumado da cama. A barba por fazer cobria seu queixo, do jeito que eu gostava, mas nada comparado com a sua roupa. —Eu já lhe disse o quanto eu amo esses?— Liguei meu dedo dentro da cintura de suas calças de pijama de Superman e puxei-o para perto. —Eles fazem coisas para mim, Andy. Coisas muito, muito boas. —Sério?— Sua língua percorria o lábio inferior quando ele olhou para mim, seu olhar cada vez mais intenso. —Logan deu para mim no Natal do ano passado, mas agora que eu sei que você gosta tanto deles, eu vou comprar mais dez pares. Eu ri alto quando ele abaixou a cabeça e deu beijos no meu pescoço. Suas mãos deslizaram dos meus ombros para a minha cintura e apertou com mais força enquanto eu gemia baixinho, fechando meus olhos. Seu hálito quente causava arrepios por todo o caminho até os dedos dos pés e ate em cima. Depois de um minuto eu o empurrei de brincadeira. —É melhor você voltar lá.— Meus olhos caíram de volta para as calças do pijama, que agora tinha um deliciosa protuberância nelas. —Ou você vai ter um monte de explicações a dar.
Ele olhou para si mesmo e para mim com uma sobrancelha levantada. —Oh, por favor, Logan está ficando assim durante durante anos. Fiquei de boca aberta. —O que? —Sim, seus pequenos fiascos começaram quando ele estava com quatro... e ele está vindo a se realizar a eles para salvar a vida desde então. —Sua gargalhada bateu na porta da garagem e ecoou pela rua sem saída. —E nessa nota, eu estou indo para o trabalho.— Eu ri e lhe dei um beijo rápido antes de subir no meu carro.— Nos vemos depois. Ele piscou para mim, olhou, e acenou para Gavin, que estava estacionado na rua, e ficou na varanda até que eu puxei para fora da garagem.
A garagem estava tranquila e ainda muito escura às seis e meia da manhã, mas fiquei agradavelmente surpreendida ao ver que o carro de Ellie já está em seu lugar. Quando parei, eu me inclinei para ver se ela estava realmente ainda em seu carro, mas estava vazio. Estendendo a mão para pegar minha bolsa, eu fiz uma careta quando eu notei um pedaço de papel dobrado no meu suporte de copo que eu não me lembrava de colocar lá. Hm. . . isso é estranho. Eu abri- lentamente.
Todo dia, eu me encontro querendo estender a mão e a puxar debaixo da minha asa, mas eu sei que você vai fugir.
Só sei que eu estou lutando contra isso. . . Difícil. Espero que um dia você vá em frente e dobre-se. Meu coração disparou enquanto eu olhava para baixo, para a caligrafia de Andy. Eu não tinha idéia de quanto tempo a nota tinha estado lá ou o que o fez decidir escrever isso, mas eu tinha a certeza feliz de que ele fez. Eu nunca quis ser cuidada no passado, mas com ele... Eu gostava. Ansiava por isso, mesmo. Eu queria estar debaixo de sua asa, dobrada bem e perto. Essa era a minha casa. Peguei meu telefone e lhe enviei um texto rápido. Acabei de encontrar sua nota. Eu gosto de mim sob a sua asa. Vá em frente, me puxe para dentro. Sem esperar por ele responder, eu sorri para mim e deixei cair meu telefone de volta na minha bolsa enquanto eu recolhia o resto das minhas coisas. Eu abri a porta assim quando Gavin parou atrás de mim e rolou a janela para baixo. —Quer que eu espere hoje desde que o Sr. Shaw não está com você?
—Não, eu estou bem—, eu falei quando bati a porta do carro. —Continue. —Tudo bem, eu vou estar de volta antes do final do dia.— Ele acenou e foi embora. Corri para a porta que dava para o saguão, rezando para que quando chegasse lá em cima, eu teria alguns minutos de reposição para configurar e fazer algumas notas antes de meu encontro. —Bom
dia,
Srta.
Douglas.— Jerry,
o
guarda
de
segurança, tirou o chapéu quando me viu. —Bom dia, Jerry,— eu disse alegremente. —Como está hoje? —Oh, eu estou bem—, disse ele casualmente, com um grande sorriso no rosto. —Meu joelho está me incomodando muito ultimamente. Eu acho que é a mudança no tempo que está chegando. —Sim. Outro inverno em Minnesota estará aqui antes de sabermos. —Eu suspirei e lhe dei uma piscadela quando eu me virei e fui em direção ao elevador. —Tenha um bom dia, Jerry! —Você também, Srta. Douglas. Enquanto
o
elevador
subiu
lentamente,
meus
pensamentos foram para Andy, como muitas vezes o fez. A nota que ele deixou, que foi escondida de forma segura dentro do meu bolso, me dando os recadinhos carinhosos. Eu nunca tive recadinhos carinhosos. Eu detestava recadinhos carinhosos.
Os recadinhos carinhosos significavam que eu estava perdendo uma batalha que eu jurei que nunca iria perder. Na minha vida pessoal, assim como era com o meu negócio, eu nunca fui pega. Eu nunca perdi a cabeça. Controle era a minha droga, e eu era um viciada. Mas a minha conexão com Andy era mais poderosa que o meu vício, e eu era inútil contra ele. Eu estava acenando a bandeira branca. Os carinhos quentes haviam vencido oficialmente, e eu estava totalmente bem com ele pela primeira vez. As portas do elevador se abrirm em silêncio, e eu saí. — Ei, Ellie!— Eu a cumprimentei. Todo o corpo de Ellie sacudiu em surpresa, e seus olhos dispararam para mim. —Oh meu Deus, Dani! Você me matou de susto. Eu ri, balançando a cabeça. —Eu juro que você é a maior medrosa do mundo, El. Ela sentou-se na cadeira e cruzou os braços, exalando alto. —Eu sei. —O que você está fazendo aqui tão cedo, afinal? —Eu olhei para o calendário na noite passada e vi que tinha uma reunião mais cedo, então eu percebi que eu deveria vir fazer café, todas essas coisas boas. —Você é a melhor. —Eu sei disso, também.— Ela me deu um sorriso largo e voltou a sua atenção para a tela do computador. Meu celular vibrou da minha bolsa, sinalizando um novo texto. Mordi o lábio para esconder meu sorriso antes de eu sequer olhar para a tela. Para minha surpresa, o texto não
era de Andy como eu tinha pensado; era a partir de um número desconhecido. Danicka, este é Jerry do andar de baixo. Alguém está mexendo com seu carro novo. Venha aqui rápido. —Puta merda. Uh... uh... Eu tenho que ir. —Eu deixei minhas coisas no chão ao lado da mesa de Ellie e acertei o botão do elevador, pelo menos, dez vezes, em silêncio, na esperança de que ele viesse mais rápido quanto mais eu empurrava ele. Ellie
levantou-se
rapidamente.
—O
que
está
acontecendo? —Isso era Jerry do andar de baixo. Ele está no meu carro novo. —As portas elevadores abriram, e eu corri, freneticamente pressionando o botão de entrada mais e mais. —Ligue para o Andy! —Espere! Não devemos chamar a polícia? Ou, pelo menos, esperar por Andy para chegar lá? —Ellie exclamou. —Não há tempo!— Eu gritei de volta quando as portas do elevador se fecharam. Meu estômago rolou como se eu pudesse vomitar, e meu pé bateu nervosamente no chão atapetado do elevador quando eu assisti os números acenderem mais e mais. Por favor, diga-me que Jerry chamou a polícia já. Por favor, deixe que Andy já esteja lá, pegando o imbecil. Por favor, por favor, por favor, deixe isso acabar.
Finalmente, depois do que pareceu uma hora, as portas se abriram e eu corri através do lobby tranquila, não de todo surpresa ao ver a mesa de Jerry vazia. Eu corri através das portas, para a garagem de estacionamento, e fui direto para o meu carro. Eu estava tão concentrada que nem sequer vi o homem em pé, parado do outro lado da coluna de concreto, mas eu senti a queimadura de seu soco quando ele explodiu contra o lado direito do meu maxilar. Meu corpo inteiro foi levado em outra direção, caindo contra o chão com um baque violento. O sangue encheu a minha boca enquanto eu tentava lutar para os meus pés, mas tudo estava girando, e eu mal conseguia levantar a cabeça do chão. Virei-me e tentei ver o rosto da figura vestida toda de preto, mas tudo foi muito desfocado. Pisquei algumas vezes e fui capaz de me concentrar apenas no tempo para ver o contorno de uma perna voando em direção a mim. Eu cobri o rosto com as mãos e tentei me afastar, gritando de dor quando o sapato foi duro na mão esquerda, fazendo um som de estalo. Minha mão ficou dormente e dor atravessou minha mandíbula como um relâmpago quando eu me enrolei em uma bola e gritei, rezando para que alguém me ouvisse e viesse me ajudar. Meus gritos pararam imediatamente quando seu pé bateu contra o meu estômago, e de repente eu estava com falta de ar. —Você deveria ter saido! — Ele rosnou quando me chutou novamente, ainda mais duro do que a primeira vez. Cada nervo do meu corpo doeu como o inferno, e eu senti como se estivesse me afogando sem estar em qualquer
lugar perto de uma gota de água. Movi as minhas mãos ligeiramente, obcecada em ter um olhar dele, mas assim quando eu fiz, o punho bateu com força contra meu olho e tudo ficou preto.
CAPÍTULO 33 Andy Meu carro quase inclinou sobre duas rodas quando eu fechei em volta do canto, desesperado para chegar a Dani. Uma chamada frenética de Ellie a um par de minutos antes dizendo algo sobre um texto de Jerry e um cara no carro de Dani enviou meu corpo e meu carro na ultrapassagem. Eu tinha explodido dois semáforos e quase tomado um mínimo de seis esquilos, mas eu me recusei a abrandar. Quando me virei na última esquina, minha adrenalina disparou através do telhado, quando vi os dois carros da polícia bloqueando a entrada da garagem. Oh! Graças a Deus. Esperemos que eles o pegaram. Meus pneus cantaram quando bati em meus freios e saltei para fora do carro sem sequer tirar a minha chave da ignição. Corri a direita passando, um oficial de vinte e poucos anos magro, que ergueu a mão para me parar. Meus olhos dispararam ao redor. Havia milhares de pessoas, toneladas de oficiais, e uma ambulância estacionada até a rampa um pouco as formas. Por que diabos tem uma ambulância aqui? Ellie acenou para mim enquanto eu corria em direção ao grupo de pessoas. Quando cheguei mais perto, pude ver que
seus olhos estavam vermelhos como se tivesse estado chorando, e ela tinha maquiagem preta debaixo deles. —Que diabos está acontecendo? — Eu não esperei por ela para responder quando eu fiz o meu caminho através do grupo, gentilmente empurrando as pessoas para o lado. Quando cheguei à frente do grupo, eu congelei. A piscina do que parecia ser sangue estava no concreto, e vários paramédicos e policiais estavam carregando uma maca na parte traseira da ambulância. Com meus olhos fixados para baixo no sangue, eu não olhei para Ellie quando a senti andar ao meu lado. —De quem é isso? Com o canto dos meus olhos, eu a vi sacudir a cabeça, sem responder. Minha
cabeça
disparou
e
eu
caminhei
para
a
ambulância. Um oficial de polícia que estava perto da ambulância colocou a mão no meu peito enquanto eu andava para cima. —Senhor, precisamos de você para estar de volta, por favor. —Essa é a minha namorada—, argumentei. Ele assentiu. —Eu entendo, senhor, mas os homens precisam fazer seu trabalho agora. Eu preciso de você para ficar para trás aqui comigo. Eu o olhei diretamente nos olhos. —O que aconteceu com ela? Pode me dizer isso? —Eu implorei. —Parece que ela foi atacada. Ainda estamos tentando descobrir tudo. —Você sabe quem a atacou?
—Sim. Um guarda de segurança estava lá dentro. Ele ouviu um barulho, saiu aqui, e encontrou aquele cara —, ele apontou para a parte traseira de um carro da polícia— que a estava chutando no estômago.
O guarda lutou com ele e,
junto com um par de outros caras, segurou-o até que chegamos aqui. Chutando-a no estômago? Eu queria vomitar. Isso por si só era suficiente para fazer a minha corrida de sangue quente, mas o sangue no chão tinha que ter sido causado por outra coisa, então eu sabia que havia mais do que isso. Engoli em seco. —O que mais ele fez? O policial apertou os lábios e deu de ombros. —Eu não tenho certeza. Ela tinha um corte grande debaixo de seu olho e um monte de sangue em sua bochecha, então estou assumindo que foi ele, mas ela estava gemendo algo sobre sua mandíbula, também. Puta merda. Minhas narinas, e minha mandíbula apertou, pensando sobre o que ele tinha acabado de dizer como eu esperava. No minuto em que ele olhou para o outro, eu o perdi, correndo em linha reta para o cara no carro da polícia. Eu rasguei a porta aberta e só comecei a perfuração. Deixando um corte sob o olho e uma mandíbula fodida parecia uma ótima idéia para mim. Não havia muito que pudesse fazer desde que ele foi algemado e eu aterrei pelo menos três socos sólidos antes que ele saísse e rasgasse para trás para o outro lado do carro, onde eu não podia alcançar. Subi no carro logo depois dele,
pronto para matá-lo com minhas mãos nuas porra, quando senti as pessoas agarrando as minhas calças. Dois oficiais agarraram cada um dos meus braços com firmeza e me puxaram para trás, para fora do carro. —Ei Ei! Que porra você está fazendo? — Um deles gritou na minha cara. Meu peito arfava de cima para baixo. Eu não poderia deixar de esconder meu sorriso quando eu balancei a cabeça, sem tirar os olhos da escória idiota na parte de trás do carro. —Só estou tentando guardar um pouco de dinheiro do contribuinte. O cara no carro gemeu e inclinou a cabeça contra a partição de plástico duro, gemendo algo sobre querer que me prendessem. —Sim, sim. Em seus sonhos, — o oficial que estava falando comigo pela ambulância disse enquanto fechava a porta do carro e a trancou. Ele se voltou para mim. —Escuta, eu sei que você está chateado agora, e eu estaria também, mas fazendo merda como isso não vai ajudar a sua menina em tudo agora, entendeu? Eu balancei a cabeça, ainda tentando recuperar o fôlego. Outro policial aproximou-se e olhou para mim. —Ela está estável no momento, e eles estão a transportando, mas ela está pedindo por você. Você não pode ir junto, mas se você quiser vê-la por um minuto antes de ir, agora é a sua chance.
Eu balancei meus braços livres dos outros oficiais e caminhei em direção à ambulância com o terceiro oficial em meus calcanhares. —Agora escute—, disse ele enquanto caminhávamos, — Eu preciso de você para estar calmo e não agitá-la. Eu balancei a cabeça novamente. —E... Eu preciso de você para se preparar e não surtar quando você vê-la. Ela não parece tão bem. Meu estômago afundou novamente. —Não me importa o que ela parece, contanto que ela esteja respirando. Quando chegamos a ambulância, os outros oficiais que estavam reunidos em volta deram um passo para trás. Eu não gosto da maneira que todos eles meio que sorriram para mim com simpatia quando passei por eles. Isso me irritou e me assustou muito ao mesmo tempo. Dei um passo para dentro da ambulância e me ajoelhei ao lado de Dani. O oficial estava certo, ela não parecia bem. Ela tinha um enorme pedaço de gaze colocado sob o seu olho e sangue seco cobria o lado direito do seu rosto. Sua mandíbula estava tingida e estava com uma luz púrpura, e a metade inferior do seu rosto estava tão inchado que eu não podia sequer ver as maçãs do rosto mais. Sua mão esquerda estava completamente envolviada e colocada de bruços com um IV saindo daquele braço. Eu não sei se eu deveria, mas eu precisava ter contato físico com ela desesperadamente, então eu estendi a mão e gentilmente apertei sua parte da canela. Seus olhos se abriram lentamente, e as sobrancelhas plissaram quando ela me viu.
—Shhhh,— eu disse antes que ela tentasse falar. —Não diga nada, ok? Eles vão levá-la e avaliá-la, e eu vou acompanhar no meu carro. Eu vou estar lá o tempo todo, ok? Uma lágrima escorria pelo canto do olho e correu pelo seu rosto ensanguentado. Eu queria limpar a lágrima de seu rosto, mas eu estava morrendo de medo de machucá-la, então eu apenas disse. — Não chore, baby. Acabou agora. Ele vai para a prisão para sempre. Está tudo acabado. Ela tentou assentir, mas o colar cervical não permitiria isso. —Não se mova.— Eu balancei a cabeça. —Não até que eles todos te examinem —Ok, eu sinto muito, mas nós temos que ir andando—, disse um jovem EMT23 de trás da ambulância. —Ok.— Eu concordei com ele antes de voltar para Dani. —Eu estarei bem atrás de você. Fique forte para mim, ok? Agora que você concordou em estar sob a minha asa, eu não vou deixar você fora tão cedo. Eu te amo, Dani. —Eu me inclinei para frente e dei um beijo suave no o topo de sua testa. Quando eu puxei para trás, outra lágrima caiu. Apanhei com o meu dedo e ergui-a. — Eu estou guardando está. Você consegue isso. Vejo você em breve. —Eu dei-lhe outro beijo rápido e apertei-lhe a perna mais uma vez no meu caminho para fora da ambulância.
é um termo da língua inglesa usado em vários países para designar um prestador de cuidados médicos treinado para desempenhar serviços préhospitalares de emergência médica. Em português pode ser traduzido como técnico de emergência médica. 23
Algumas das pessoas tinham esvaziado, e a polícia tinha gravado a área onde o ataque, obviamente aconteceu. Os braços de Ellie estavam envolvidos em torno de si mesma quando ela se aproximou de mim. —Você está bem? Eu olhei diretamente para ela e soltei um suspiro exausto. —Eu te amo, El, mas isso não foi uma pergunta inteligente. —Bem, eu só queria dizer... sim, você está certo. Isso foi estúpido. —Ela enganchou seu braço no meu, e nós caminhamos para a porta em silêncio. Jerry estava falando com um policial, mas parecia que eles estavam o verificando, por isso fiquei para trás e esperei por ele. Ele se aproximou com um olhar confuso em seu rosto. —Como você está?— Perguntei-lhe. Ele apenas balançou a cabeça para trás e para frente. — Eu realmente não sei, Sr. Shaw. Estou correndo em pura adrenalina agora. —Eu aposto.— Eu dei um tapinha no seu ombro. —Você foi o único que conseguiu parar o ataque? Ele balançou a cabeça, e seus olhos caíram no chão com tristeza. —Obrigado, Jerry. Você salvou a vida dela. —Eu estendi minha mão para ele, e ele apertou-a fracamente. —Eu só não entendo.— Ele puxou as sobrancelhas, apertadas e balançou a cabeça. —Eu nunca lhe enviei um texto. Eu nem sequer tenho o número dela. —Espere. O que?
—Ellie disse que Dani disse a ela que você lhe enviou um texto sobre o carro, mas não o fiz. Se algo tivesse acontecido com seu carro, eu teria chamado a polícia, não ela. Ela passou direto por minha mesa, mas eu estava no banheiro. Se ao menos eu tivesse estado sentado lá... —Ei, ei. Desacelere. Diga tudo isso de novo. —Ele mandou uma mensagem para ela, fingindo ser Jerry—, disse alguém atrás de mim. Virei-me e Detetive Larson estava caminhando em nossa direção. —Desculpe—, ele suspirou, — Eu recebi o telefonema, e eu ainda estava em casa. Vim aqui tão rápido quanto eu pudi. —E quanto ao texto?— Perguntei-lhe. —Nós temos o telefone de Dani.— Ele pegou um bloco de notas do bolso do paletó e olhou para ele. —Ela tem um texto de seis minutos antes que a chamada viesse sobre o ataque. Está escrito... “Danicka, este é Jerry do andar de baixo. Alguém está mexendo com seu carro novo. Venha aqui rápido”. Seus olhos se levantaram de volta para o meu. —Mas Jerry nunca enviou esse texto. —Eu nunca chamei Danicka—, acrescentou Jerry. —Eu sempre a chamo de Sra. Douglas. Eu nem sequer tenho o seu número de telefone celular. —O cara obviamente, descobriu o nome de Jerry, que não é uma coisa difícil de fazer, e mandou uma mensagem a ela para levá-la a descer,— Detetive Larson disse quando ele colocou seu bloco de notas de distância. —Se ao menos eu estivesse sentado naquela mesa...— A voz de Jerry rachou e sumiu.
—Jerry.— Eu descansei minha mão em seu ombro. — Isso não é culpa sua. De modo nenhum. Você salvou a sua vida, nunca se esqueça disso. —Eu vou chamar o meu patrão— disse Jerry num tom sombrio, como os ombros caídos. —Você sabe onde me encontrar se precisar de qualquer outra coisa.— Seus pés rasparam ao longo do concreto enquanto ele voltava para a entrada. Voltei-me para Detetive Larson. —E agora? —Bem, agora eu vou colocar esse cara nas grades pelas próximas doze horas e tentar descobrir por que diabos ele está fazendo isso. —Você vai me manter informado? Os cantos de sua mandíbula estalaram quando ele apertou. —Eu vou. E você me mantem informado sobre ela, certo? —Combinado—, eu concordei. As luzes vermelhas e azuis da ambulância brilharam e começaram a girar. —Eu tenho que ir. Eu estou seguindo. —Virei-me e comecei a caminhar para o meu carro. —Ei, Shaw!— Detetive Larson me chamou. Virei-me, mas me mantive rastejando para trás em direção a rua onde meu carro ainda estava estacionado. —Você notou que não era Cole Woods, certo? Eu parei de me mover. Sim, quando eu estava batendo no rosto.
—Sim eu fiz. Não importa neste momento se estava certo ou errado, certo? Ele está preso e isso acabou — eu gritei de volta. Ele enfiou as mãos nos bolsos e apertou os lábios. — Vamos esperar que sim. Eu vou estar em contato.
CAPÍTULO 34 Danicka —Dani? Dani? Você pode me ouvir? Mal. —Você pode abrir os olhos, menina? Papai? —Querida, se você pode me ouvir, abra os olhos. Juntei cada célula do meu corpo e tive uma reunião rápida, implorando para trabalharem juntas apenas o suficiente para levantar as pálpebras. Felizmente, elas responderam. Foi uma das coisas mais difíceis que eu já tinha feito, mas eu lentamente abri meus olhos. Tudo era ainda um pouco embaçado, mas eu estava preocupada que se eu fechasse os olhos e piscasse tudo em foco, eu não seria capaz de abri-los novamente. Depois de alguns segundos, meus olhos se ajustaram, e eu fui capaz de piscar. Meu pai estava sentado ao lado da cama, vestindo o maior sorriso que eu já tinha visto. —Oi, princesa! — Disse ele através de uma voz rachada. Seus olhos se enrrugaram quando ele mordeu seu lábio superior para não chorar. Eu gemi, mas não cheguei a formar palavras.
—Você não tem que falar se você não quiser... —Ele estendeu a mão e apertou a minha mão. —Você sabe onde você está? A dor atravessou meu pescoço enquanto eu assenti. —Você se lembra o que aconteceu? —Sim—, eu disse com uma voz fraca, pensando de volta na garagem. —Será que eles o pegaram?— Meu queixo latejava, e eu levantei a minha mão para tocá-lo. —Seja gentil, — ele advertiu: — você está muito machucada. E isso vai levar um tempo para curar. Segui seus olhos para baixo a minha mão esquerda, que estava enrolada mais e mais como um taco. —Está quebrado? Ele assentiu. —Sim, mas eles não podem molda-lo até que o inchaço diminua um pouco. Eles acham que você cobriu
o
rosto
e
ele
chutou.
A
boa
notícia
é
que
provavelmente salvou de um monte de ossos quebrados em seu rosto. —Meu rosto dói—, eu disse com os dentes cerrados. — Tem certeza de que nada esta quebrado? —Sim, eles fizeram um monte de raios-X ontem e mais um par a mais
na
noite
passada, apenas para ser
minuncioso. —Espere, é amanhã?— Eu tentei me sentar, mas a dor atravessou meu corpo como um raio. —Dani, abrande.— Meu pai se aproximou da cama. — Você não vai a lugar nenhum por enquanto. E sim... o ataque foi ontem. Tão brutal como Jerry fez soar, você está realmente em boa forma. Você tem uma mão quebrada, um par de
costelas quebradas, um bom corte sob seu olho, e seu rosto vai ficar ferido por algumas semanas, mas poderia ter sido muito pior. —A voz do meu pai quebrou e seus olhos caíram para a cama. Meu pai não era um homem emotivo, mas vendo a sua única filha em uma cama de hospital, obviamente, abria as comportas. —Eu vou ficar bem, pai. Fico feliz que você esteja aqui. Espere, quando você chegou aqui? —Ontem à noite. Andy me ligou do hospital, e eu estava no primeiro vôo disponível para fora da Califórnia. Ele tinha um carro esperando por mim no aeroporto. —Mais uma vez o meu pai ficou com os olhos enevoados. —Ele é bom, Dani. Eu estava prestes a perguntar onde ele estava, mas fui interrompida. —Toc, Toc,— uma voz feminina alegre disse em voz alta quando ela bateu na porta. Segundos depois, uma jovem médica vestida de azul veio com um jaleco branco enquanto entrava para o quarto e sorriu para o meu pai. Ela congelou, e seu queixo caiu quando ela se virou para mim. —Oooh, você está acordada. —Sim, por apenas um par de minutos, no entanto,— meu pai disse quando se levantou e se afastou da cama. —Não há problema.— Ela subiu ao meu lado e me deu um sorriso caloroso. —Eu sou a Dra. Morris, bem-vinda de volta. —Obrigada.— Eu tentei sorrir para ela, mas qualquer movimento do meu rosto doia.
—Como é essa sensação? — Ela apontou para o meu queixo. Eu fiz uma careta. —Dolorido. —Sim.— Ela assentiu com a cabeça, dando-me um sorriso torto simpático. —Você vai ficar assim durante vários dias. A dor deve ficar melhor em breve, mas o ferimento vai demorar um pouco mais de tempo. Corretivo será o seu melhor amigo — ela acrescentou com uma risada. —De qualquer forma, eu vou verificar isso rápido, e então eu vou deixar vocês em paz, ok? Eu balancei a cabeça enquanto ela empurrava e cutucava em volta do meu queixo, brilhando uma luz forte em meus olhos, e ouviu meu peito. Ela se encolheu quando gentilmente removeu o curativo debaixo do meu olho. —Desculpe se isso doer, eu só quero dar uma rápida olhada.— Ela se aproximou e olhou para baixo do nariz para mim. —Parece ótimo. O cirurgião plástico fez um trabalho fantástico de alinhar tudo, simplesmente perfeito. A cicatriz será mínima, e se você quiser ter mais trabalho feito, depois que tudo estiver curado, isso deve desaparecer facilmente. Ela colocou a bandagem de volta para baixo e deu um tapinha
na
minha
perna,
oferecendo
outro
sorriso
reconfortante. —Ok, eu vou deixar as enfermeiras saberem que você está acordada, e eu acho que você deve ter alguns remédios para dor, então eu vou lhes dizer para conseguir isso, também. Eu estarei de volta daqui um pouco, ok? —Obrigada—, eu murmurei quando ela saiu do quarto.
Meu pai esticou o pescoço para a esquerda, seguindo seus movimentos até que ela fechou a porta atrás dela. Ele olhou para mim e balançou as sobrancelhas para cima e para baixo. —Não.— Eu comecei a balançar a cabeça, mas parei quando ela latejava. —Namorar a minha médica está fora dos limites, mesmo que eu tenha apenas conhecido ela por todo seis minutos. Ele soltou uma gargalhada. —Não pode culpar um cara por tentar. Revirei os olhos. —Então, onde está Andy, afinal? —Ele está em um hotel ao lado. Ele sentou-se aqui a noite toda, dormindo nessa cadeira. —Ele apontou para a pequena cadeira azul, de couro falso no canto do quarto. — Quando cheguei aqui, ele parecia horrível. Eu lhe disse para ir para casa e descansar um pouco, mas ele se recusou a ir tão longe. Deixou-me com instruções estritas para chamá-lo no instante em que você acordasse. —Claro que ele fez.— Eu queria rir, mas eu não tinha energia. —Eu só vou mandar um texto para ele, embora, no caso dele ainda esta dormindo.— Papai pegou seu telefone e manuseou em uma mensagem para Andy. Quando ele terminou, colocou o telefone de volta para baixo em minhas pernas e olhou para mim com simpatia. —Obrigada por ter vindo, pai.
Seus olhos caíram para o cobertor de tecido branco, hospitalar que me cobriu. —Eu deveria ter vindo quando seu carro foi vandalizado, Dani. Eu não tenho sido um bom pai. —Sim, você tem,— eu discuti com tanto entusiasmo como eu poderia ter. —Eu sou uma adulta, pai. Não havia nenhuma razão para que você tivesse que voar em todo o país. —Sim, bem, você é minha única filha, minha menina, e eu não estava aqui quando eu precisava estar. Talvez se eu tivesse estado... —Pare com isso, — eu gemi. —Por que os homens fazem isso? Por que eles automaticamente culpam a si mesmos e pensam se eles estivessem ao redor, coisas ruins não vão acontecer? Notícias, às vezes as coisas ruins acontecem por acaso... independentemente de quem está próximo. Será que isso procede? Totalmente! Mas pelo menos está tudo acabado agora e eu posso seguir com a minha vida. Meu pai fungou e me deu um pequeno sorriso quando ele balançou a cabeça, incrédulo. —Quando você se tornou tão extremamente sensível? —Quando você estava fora pegando as ondas de manhã cedo.— Eu dei-lhe um sorriso torto. —Sim, bem, não haverá mais disso. —O que? Por quê? —Eu estou negociando a minha prancha para esquis, minha doce Danicka. Minnesota, aqui vou eu.
Eu balancei a cabeça o mais rápido que pude, não dando a mínima para a dor. —Você não pode fazer isso, pai. Você ama Califórnia. —Sim, e eu te amo mais. Ontem realmente me assustou. Ter a chamada de Andy e estar tão longe foi insuportável. Eu não poderia chegar aqui rápido o suficiente. —Mesmo assim, você ama aquela casa, você não pode deixá-la. —Eu não vou deixá-la, eu só estou transformando-a em uma casa de férias. Estou me mudando para cá, Dani, e é isso. Passei muitos anos longe de você, e eu não estou ficando mais jovem, então... é Minnesota. Quem sabe, talvez eu vá encontrar um verdadeiro coelho da neve bonito, ou uma médica, e nós podemos nos abraçar em volta de um fogo, juntamente com chocolate quente. —Uma piscadela acompanhou seu sorriso diabólico. —Oh, papai. Grosseiro. —Eu me encolhi. Outra batida forte na porta do hospital nos assustou muito. —Ela ainda está acordada?— Andy perguntou, antes que ele viesse ainda completamente através da porta. —Sim.— Meu pai assentiu uma vez, olhando de Andy para mim. Um lado de sua boca levantou em um sorriso preguiçoso. —E mal-humorada como sempre. Andy seguiu, e apenas a visão dele me envolveu. Eu não tinha percebido o quanto eu sentia falta de vê-lo até que eu fiz. Eu segurei meus braços, e ele veio à direita e sentou-se
no outro lado da minha cama, me abraçando tão gentilmente quanto podia. Meu pai limpou a garganta e se levantou. —Uh... Eu vou sair por um pouco e fazer alguns telefonemas. Deixarei vocês por um minuto... Eu levantei a minha cabeça do peito de Andy e sorri quando ele fez o seu caminho em volta do pé da cama, em direção à porta. —Não vá agora, ok? Ele congelou e virou um pouco para mim. —Nunca mais, Dani. Nunca mais. —Antes que eu pudesse responder, ele abriu a porta e saiu. Assim que ele se foi, Andy puxou-me delicadamente em direção a ele novamente. —Ouch— eu gemi. —Desculpe— Andy sussurrou, soltando seu aperto em mim. —Eu não posso deixar ir, apesar de tudo. Eu não terminei com você ainda. Eu não discuti. Nem sequer pensei em discutir. Minha cabeça descansou contra seu peito, o som de seu coração batendo contra o meu ouvido, e eu silenciosamente desejava que pudesse ficar assim para o resto do dia. Não falar sobre o ataque ou meus ferimentos ou qualquer outra coisa. Apenas sentar. Juntos. Depois de um minuto, ele soltou um suspiro pesado, preocupado. —Você me assustou muito ontem, Dani. —Eu me assustei muito também— eu brinquei. —Eu não quero nunca mais fazer isso de novo, ok? —Eu aprecio isso.
—Você já falou com o detetive Larson em tudo?— Sua parte superior do corpo ficou tenso debaixo da minha cabeça, logo que a questão estava fora da minha boca. —Uh-oh. Você ficou tenso. Isso não é bom. —Bem, não é ruim, e isso não é bom. É apenas... nada. O cara se recusa a falar. —O cara? Não é Cole? Ele balançou sua cabeça. —Não é Cole. Eles sabem seu nome agora, Javier Delgado e estão ainda à procura de seu apartamento, mas é sobre ele. Ele tem um histórico de ficha limpa com uma multa por excesso de velocidade, e até agora eles não encontraram absolutamente nada incriminador em seu apartamento. Javier Delgado. Nunca ouvi esse nome em toda a minha vida. Meu peito escavou quando a deflação encheu o local onde a esperança costumava estar. —Mesmo? Nada? —Eles ainda estão escavando, e eles estão acusando-o de tentativa de homicídio desde que ele atraiu você para a garagem, então ele está totalmente ferrado, mas não consigo encontrar
qualquer
motivo.
—
Sua
mão
massageou
suavemente a parte de trás da minha cabeça machucada, mas seu toque era tão bom que eu não ousava pedir para ele parar. —E ele não está falando? Em tudo? —Eu finalmente sentei-me. —Não. Quando eles lhe fazem perguntas, ele apenas se senta
lá
com
um
sorriso
em
seu
rosto
presunçoso,
machucado. —Uma veia no pescoço de Andy se contraiu, algo que eu tinha aprendido ver apenas quando ele estava realmente chateado. Eu puxei minhas sobrancelhas para baixo. —Hã? Seus olhos passaram de mim até a cama. —Eu me perdi quando ouvi o que ele fez com você e fui atrás dele no carro da polícia. —Você fez?— Minha voz elevou, mas terminou me encolhendo de dor em seu lugar. Instintivamente eu levantei a minha mão gigante, enfaixada à minha mandíbula para tocá-la e dar-lhe algum conforto, mas acabou socando-me na bochecha em seu lugar. —Ow— Eu gemia. —Calma aí, assassina.— Andy riu quando colocou uma mecha de cabelo solto atrás da minha orelha gentilmente. — Mas sim, eu fui atrás dele. E eu não me arrependo nem um pouco. Se a polícia não tivesse me puxou para fora do carro, eu sinceramente não acho que eu teria parado até que ele tivesse seu último suspiro. Suas palavras enviaram um arrepio pelo meu corpo. Ninguém nunca tinha sido tão protetor comigo em toda a minha vida, nem mesmo o meu pai. —Obrigada,— eu disse suavemente, deixando cair meus olhos para a cama. De repente, eu estava me sentindo tímida, não merecedora de um amor e proteção extremo. —Hey.— Ele baixou a cabeça para tentar pegar meus olhos novamente. —Não faça isso. Não vá embora. Engoli em seco e levantei a cabeça. —Desculpa. Eu não estou. Isso tudo é apenas... esmagador.
—Tudo bem. Não lute contra isso, deixe ser esmagador. Apenas fique comigo, ok? —Seus olhos azuis intensos vieram diretamente
nos
meus.
Eu
estava
hipnotizada
e
não
conseguia desviar o olhar, se eu quisesse. —Estadia estreita e instalada. Até que fique debaixo da minha asa, lembra? Fiquei quieta por um minuto, contemplando se era o momento certo, mas eu nunca tive um para ter o meu tempo exatamente certo, então eu imaginei o inferno. —Eu me lembro o que você disse na ambulância. Todo o resto era nebuloso, mas eu me lembro disso. —Que eu te amo? Eu balancei a cabeça, tentando ignorar o calor doloroso subindo em meu pescoço. —Bom—, disse ele em um tom arrogante, adorável. — Estou feliz que você se lembre disso. —Quero dizer— Fiz uma pausa, me perguntando se levantar isso tinha sido um erro, afinal. Palavras começaram a cair da minha boca mais rápido do que meu cérebro podia filtrá-las. —Às vezes, nessas situações, as pessoas estão com medo e dizem coisas que não significam, por isso, se você não quis dizer isso, é totalmente ok... —Dani—, ele interrompeu. —Eu quis dizer isso na época, e eu quero dizer isso agora. Eu te amo. Sabendo que ele não se arrependeu do que havia dito na ambulância permiti que o meu ritmo cardíaco voltasse lentamente ao normal quando eu relaxei de volta contra o meu travesseiro e apenas o deixei falar.
—Eu sei que você é uma corredora e isso assusta, mas você vai ter que superar isso, porque nestes últimos dois meses de duração antes que eu pudesse me deixar eu me apaixonei por você. E eu não estou saindo tão cedo. Apertei os olhos e olhei para ele, tentando decidir o que eu fiz para merecer um cara tão incrível como ele, mas pela primeira vez em sempre, eu não tentei dissecá-lo, não tentei argumentar, afastar, e eu não tive o impulso de correr. Muito pelo
contrário,
na
verdade.
—Correção.
Eu
era
uma
corredora... mas as minhas pernas estão muito, muito cansadas, então eu acho que vou me acomodar bem onde estou. Pelo menos por enquanto. Ele me deu um sorriso lento, aliviado quando se inclinou para frente e pressionou seus lábios contra a minha testa. Quando ele não se afastou, eu fechei os olhos e recostei-me nele. Diga-lhe, Dani. Basta dizer isso. —Eu te amo, Andy.
CAPÍTULO 35 Andy A notícia do ataque de Dani se espalhou rapidamente. Pelo menos metade das chamadas que entram no escritório eram repórteres querendo declarações, e quando Ellie lhes disse “sem comentários”, de alguma forma começaram a acampar no lobby onde iria levá-los a colher o que eles queriam. Errado. Demorou algumas manobras inteligente da minha parte, mas eu não estava prestes a sair do lado de Dani, e me sentia mal deixando Ellie e Ethan sozinho para lidar com as conseqüências, assim, pela primeira vez, eu fechei o escritório por um par de dias. Eu reencaminhei todas as chamadas de negócios para o telefone de Ellie temporariamente e lhes disse para trabalhar em casa até que as coisas se acalmassem. Eu teria amado não fazer nada mais do que tomar os mesmo par de dias para me concentrar em Dani, mas o mundo dos esportes não estava disposto a parar só porque o meu quase fez. Meu laptop se tornou meu escritório móvel, e quando Dani dormia durante o dia, eu revirei os mangas e tenho feito tanto quanto como eu poderia. Os analgésicos ainda estavam fazendo seu sono a desligar, mas ela estava ficando mais forte a cada hora. Ela
ainda tentou gritar comigo uma vez para trazer seu laptop, mas isso não passaria por cima tão bem. Liguei para todos os seus clientes para que eles soubessem o que estava acontecendo, mas a maioria deles já tinha ouvido. Detetive Larson e eu também estavamos em contato constante. Ele chamou um par de vezes por dia para verificar Dani, e, embora não houvesse muito a dizer devido ao ritmo do caracol do sistema de justiça criminal, ele manteve-me informado sobre todos os desenvolvimentos em matéria de Javier. Ele tinha sido indiciado sob a acusação de assalto e tentativa de homicídio, e espero que, isso pudesse ligá-lo às mensagens, o vandalismo, e Roxy, haveria muitas mais acusações próximas. De acordo com Larson, quando ele fazia uma pergunta, Javier apenas olhava para a mesa em frente a ele o tempo todo, sem dizer nada. A boa notícia foi que, devido à brutalidade do ataque, sua fiança foi estabelecida em meio milhão de dólares, mas a má notícia... ainda nenhum motivo óbvio, e ele ainda estava recusando-se a responder a quaisquer perguntas. Larson já tinha passado duas tardes com Dani passando por cima das imagens de Javier e tentando ligar os pontos para onde ela poderia tê-lo visto, mas nada tocou uma campainha. Nada mesmo. No terceiro dia, a cadeira de couro falsa no canto da sala tinha a minha impressão de bunda permanentemente incorporada. Minhas costas doíam quando fechei meu laptop e relaxei contra o encosto da cadeira, encolhendo-me quando ele fez um barulho alto. Os olhos de Dani abriram.
—Desculpe,—
eu
sussurrei
enquanto
seus
olhos
pararam no meu um segundo depois. —Tudo bem.— Ela sorriu, sentando-se cautelosamente. Ela endireitou as costas para cima e empurrou os braços acima da cabeça. Quatro dias atrás, eu nunca teria pensado que era possível parecer sexy em uma camisola do hospital, mas Dani puxou isso na perfeição. O fato de que eu tive que lhe dar um banho de esponja ontem não incomoda. Ela se sentou em um banquinho no chuveiro enquanto eu estava atrás dela, gentilmente esfregando as suas costas com uma toalha e sabão. Ela segurou sua nova atadura rosa quente para o lado, tentando não deixar molhar. Quando eu assisti a fuga de bolhas fluindo sobre os seios, para baixo em sua barriga, e fazendo uma piscina, onde eu gostava de descansar meus dedos e língua, meu pau ficou mais do que um pouco gordinho. Quando ela notou a protuberância em minhas calças, ela revirou os olhos e pegou a toalha com a mão não embarcando. Olhei para ela com a cabeça inclinada para o lado. — Como você faz isso? Ela franziu a testa para mim. —Faço o que? —Parece tão sexy o tempo todo? Arqueando uma das sobrancelhas, ela me olhou com ceticismo. —Você está tomando os meus remédios para dor? —Eu não estou alto, Dani.— Deixei escapar uma risada dura. —Quero dizer.
—Bem, eu poderia realmente usar o impulso do ego hoje, então eu vou guardar o argumento e tomar o elogio. Obrigada. —Você precisa de um impulso maior? Ela soltou um suspiro pesado. —Eu já te disse. Eu não estou fazendo sexo no hospital. —Não esse tipo de impulso,— eu respondi, brincando. — Quero dizer um impulso de humor real? Já se passaram três dias, e eu fui tendo toneladas de textos. As pessoas querem te ver. —Sério?— A voz dela atingiu o pico de excitação. Eu balancei a cabeça. —Sim, Sadie mandou uma mensagem, Ellie mandou uma mensagem, Brody e Kacie pediram para passar por aqui, então Ellie mandou uma mensagem
de
novo,
Ethan
saiu,
e,
em
seguida,
as
enfermeiras ameaçaram ter Ellie presa. Ela apertou os lábios e sorriu quando seus olhos se suavizaram. —Awww, eu sinto falta de Ellie... muito. —Bom, porque ela está vindo na hora do almoço e, basicamente, disse que nada menos do que um dardo de tranquilizante
vai
impedi-la.—
Eu
ri,
apenas
metade
brincando. Ela riu, mas seu sorriso desapareceu tão rapidamente como veio. —Estou nervosa de ver as pessoas— disse ela, hesitante, os olhos correndo pelo quarto. —Por quê? —Andy, olhe para mim. Eu sou, uma bagunça inchada, machucada. —Ela parecia derrotada. —Eu vou escovar meu
cabelo e colocar um pouco de maquiagem, talvez isso vá ajudar.— Ela se levantou, movendo-se lentamente e com cuidado. Como estava tentado a correr mais e ajudá-la, eu sabia que se eu fizesse, ela iria apenas ficar chateada e me dizer para recuar. —Talvez outro banho de esponja fosse ajudar? — Perguntei calmamente. Sua cabeça fez meu caminho, e eu balancei as minhas sobrancelhas para cima e para baixo. Ela colocou o braço bom em volta de suas costelas e tentou não rir. —Eu acho que ajuda mais você, do que isso me ajuda.
Ela decidiu que queria outro banho de esponja depois de tudo, e difícil como foi, eu me comportei completamente. Ela cuidadosamente escorregou em uma t-shirt e calça de ioga larga em vez de sua camisola de hospital para se sentir um pouco mais como ela mesma. Debrucei-me contra a moldura da porta com os braços cruzados sobre o peito, observando quando ela arrastou uma escova através de seu cabelo longo, escuro e olhou para si mesma no espelho. Suas contusões estavam se curando, mas isso significava transformar algumas cores falsas, e no momento o lado direito do seu rosto era uma máscara louca de luz roxa.
—Eu pareço como um Muppet. — Ela suspirou, jogando a escova na pia em frustração. —Você não.— Eu ri, sentindo-me mal instantaneamente quando eu percebi que os seus olhos estavam cheios de lágrimas. Ela cobriu o rosto o melhor que podia com a mão boa, e eu corri, passando os braços em volta dela tão gentilmente quanto pude. —Baby, não chore. Você não parece como um Muppet. Você foi atacada, e você está um pouco machucada, isso é tudo. Por esse tempo, na próxima semana suas contusões estarão quase imperceptíveis e seu corte vai ter se curado. —Você está certo.— Ela fungou. —Eu só estou sentindo pena de mim hoje. —Isso é normal, também. Você já passou por muita coisa, Dani. Ela assentiu com a cabeça e deu um suspiro trêmulo, endireitando-se a altura novamente. —Não há mais lamúrias hoje. —Eu sei de uma coisa que pode animá-la. Ela se virou para me encarar. —O que? —Enquanto você estava se vestindo, eu recebi um texto... de Gloria. Ela e as crianças vão estar aqui a qualquer segundo. Os olhos de Dani se arregalaram, e ela me deu um grande sorriso. —Mesmo? —Sim. Ela sorriu. —Isso me faz sentir melhor. Tenho saudades daqueles pequenos monstros.
—Eles sentem falta de você também. Eles estão deixando Gloria louca, perguntando quando eles podem vir vê-la. O rosto dela caiu e ela olhou para baixo em direção ao chão. —Andy, isso é normal? —O que?— —Seus filhos. O que eu sinto por eles. Quero dizer... não só estou apaixonada por você, eu estou apaixonada por eles, também. É meio assustador. —Os olhos dela puxaram para trás até o meu. —Eu nunca amei muitas pessoas ao mesmo tempo antes. —É assustador, mas também é incrível.— Mais uma vez eu passei meus braços em volta dos seus ombros, cobrindo toda a sua metade superior, e apertando suavemente. Tomei uma respiração profunda de seu cabelo com aroma de coco e me apaixonei por ela novamente, ali mesmo em um banheiro de hospital. —Ow,— ela grunhiu em minha camisa. —Desculpe. — Eu ri e a deixei ir. Um pouco mais tarde, houve uma batida tranquila na porta, e os olhos de Dani se arregalaram. —Eles estão aqui—, ela sussurrou em um tom de pânico. —Acalme-se.— Eu segurei a minha mão para cima enquanto eu caminhava em direção à porta. —Gloria falou com eles, e eles sabem que você tem alguns hematomas e outras coisas. Vai ficar tudo bem. Ela beliscou a pele no pescoço nervosamente e acenou com a cabeça.
Eu puxei a porta aberta e agachei-me apenas a tempo para Becca e Logan saltar em meus braços. Os últimos dias tinham sido um turbilhão que eu não tinha tido a oportunidade de ver ou falar muito com eles, e, nesse momento, isso me bateu, o quão difícil isso deve estar para eles, também. —Ei, pessoal!— Eu fechei os olhos e apertei com força. —Oi, papai—, Becca cantarolava como um gafanhoto sobre como ela estava feliz como sempre. Gloria apertou os lábios e sorriu para nós quando eu os segurei e balancei para trás e para frente por um minuto. —Podemos ver a Dani agora?— Becca choramingou quando ela dava mais abraços em seu pai. Eu ri e os deixei ir. —Sim. Ela está animada para ver vocês. Entre. —Dei a Gloria um beijo rápido na bochecha antes de voltar para o quarto. Logan e Becca me seguiram com
cautela,
claramente
nervosos
sobre
vê-la.
Silenciosamente, pelo amor de Dani, orei para que eles não surtassem e saíssem a partir do quarto. Para mim, Dani parecia grande, mas eu estava olhando ela melhorar a cada dia. Do ponto de vista das crianças, eu totalmente cheguei onde estaria nervoso. Assim como eu esperava, Becca delimitou ao longo e subiu até na cama de Dani, praticamente jogando-se em seus braços. —Ei, querida,— Dani disse, envolvendo lentamente os braços firmemente em volta de Becca. —Eu sinto falta de você—, Becca murmurou.
Dani beliscou os olhos com força. —Eu sinto sua falta também. Becca puxou para trás e olhou para ela, estudando seu rosto com cuidado. —Isso é um grande machucado! — Exclamou ela. —Com certeza é, mas vai sair em breve.— Dani deu um sorriso reconfortante. —Isso dói?— Becca apontou para o corte sob o olho de Dani. Dani deu de ombros. —Ele fez no início, e ele ainda está um pouco dolorido, mas estou me acostumando com isso. —Eu tive pontos uma vez,— Becca balbuciou. —Eu estava brincando no quintal no trampolim e Logan disse que era a sua vez, mas ainda era a minha vez. Ele subiu e começou a pular, e eu pulei muito alto e cortei meu queixo em uma pedra. Dani tinha um sorriso permanente grudado em seus lábios quando Becca foi sobre todas as lesões que ela já teve. —Ok, Becca,— Eu pulei no finalmente. —Acho que vamos dar a Dani uma pausa de seu histórico médico, ok? —Ok—, Becca concordou, saltando para baixo da cama. —Além disso, acho que Logan gostaria de dizer oi, também.— Eu me virei para minha esquerda, onde Logan tinha estado permanente, não percebendo que ele tinha dado um passo tímido atrás de mim. Eu virei-me para a parede, ele estava encostado, tocando com os dedos nervosamente. —O que está errado? Sem olhar para mim, ele deu de ombros.
—Você quer ir lá e dizer um oi? Talvez lhe dar um abraço? Ele deu de ombros novamente, ainda olhando para as próprias mãos. —Andy, está tudo bem. Não faça —, disse Dani atrás de mim. Eu respirei fundo e voltei-me para ela lentamente. Ela enrugou as sobrancelhas e balançou a cabeça para mim. — Realmente, está tudo bem. Entendi. Não faça. Não era segredo que Dani e Becca tinham se ligado muito mais rápido e muito mais fácil do que ela fez com Logan, mas eu ainda estava decepcionado com a reação do meu filho, mesmo que ele estivesse nervoso. Gloria olhou para trás e para frente de mim para Dani um par de vezes e, em seguida, deu um passo adiante. — Bem, se ele não está indo em seguida, eu estou.— Todos nós rimos quando Gloria fez seu caminho até a cama de Dani. — Não, não, não se levante. — Ela acenou para Dani, que estava tentando ficar de pé rapidamente para dar em Gloria um abraço. —Vou descer com você.— Ela agachou-se para o nível de Dani e colocou os braços em volta dela suavemente. — Sinto muito se isso dói, mas eu não estou deixando ir. —Eu
estou
bem
com
isso
—
Dani
murmurou,
devolvendo o abraço. —Pobrezinha... —Gloria finalmente a soltou e se sentou na beirada da cama. —Sim.— Dani deu de ombros. —Mas eu sou resistente. Eu estarei de volta ao normal em breve.
Gloria balançou a cabeça lentamente. —Minha mãe costumava dizer que a boa comida te cura mais rápido do que a medicina jamais poderia. Eu vou cuidar bem de você no próximo par de semanas. Dani inclinou a cabeça para o lado quando ela olhou para Gloria pensativa. —Obrigada. Mal posso esperar. Depois de comer a sua comida por um mês, eu prefiro mastigar papelão do que comer mais comida do hospital. —É só esperar—, Gloria disse severamente. —Vou fazer todos os seus favoritos. Vai me levar um mês para você voltar a ter todo o peso que você perdeu aqui, mas eu gosto de cozinhar, por isso vai ser fácil. Dani engoliu e franziu a testa, enquanto seus olhos cairam para a cama. —Bem, o cara foi pego agora, então eu estava pensando que eu provavelmente deveria voltar para minha casa. Becca ficou ofegante, a cabeça de Gloria estalou em direção a Dani, e meu coração afundou como uma porra de pedra. —Dani, não saia!— Becca lamentou. —Espere, sério?— Eu dei um passo para frente com as mãos nos quadris. Nós passamos cada minuto dos últimos três dias juntos, e a menção de seu movimento de volta para casa não tinha vindo nenhuma vez. Dani tentou acalmar rapidamente a bomba que tinha acabado de explodir em seu quarto. —Vamos descobrir tudo mais tarde, ok? Não temos de tomar qualquer decisão agora.
—Na verdade, eu acho que é provavelmente o suficiente para visitas de uma tarde,— Gloria disse enquanto ela levantava. Ela abaixou-se e deu em Dani um beijo no topo da cabeça. —Descanse um pouco, querida. —Tchau, Dani.— Becca fez beicinho, claramente não querendo sair, quando ela deitou a cabeça no colo de Dani. —Adeus querida. Vejo você em breve, ok? —Dani girou um dos cachos loiros de Becca nos dedos. Becca assentiu com uma careta em seu rosto quando ela pegou a mão de Gloria. —Pronto, Logan?— Gloria perguntou quando ela fez seu caminho através do quarto para a porta. Outro encolher de ombros. Eu fiz uma careta, olhando para ele com desconfiança. —Gloria.— Meus olhos deslizaram para o dela. —Você pode levar Becca na sala e nos dar um minuto? —Certo. Becca, vamos olhar para esse grande aquário na sala de espera. —Ela piscou para mim e seguiu. Virei-me e dei um passo para Logan. —O que está acontecendo, companheiro? Mais uma vez, ele deu de ombros. —Ok, é o suficiente com os encolher de ombros, fale comigo. —Eu não sei, eu só me sinto mal—, ele murmurou. —Mau? Por Dani? Ele balançou a cabeça e pegou na bainha de sua camiseta. —Ela parece ruim. Como, se não estivesse mau, mas como se doesse.
—Bem, eu tenho certeza que isso faz, mas ela é dura. E ela não vai quebrar se você abraçá-la. Você quer passar por cima e dar-lhe um abraço? Seus olhos corriam ao redor do chão por um par de segundos, seguido por um aceno lento. —Vá em frente, amigo. Vá dizer oi. —Eu estendi a mão e agitei seu cabelo enquanto ele saiu da parede e começou lentamente ir em direção à cama da Dani. —Ei, você,— Dani disse docemente, dando a sua perna um aperto amigável quando ele se sentou. —Oi.— Logan olhou para o chão. Eles se sentaram em um silêncio constrangedor por um minuto, nenhum deles sabiam por onde começar. Eu estava prestes a saltar e dizer algo para quebrar a tensão quando o rosto de Logan varreu para Dani. —Sinto muito que você se machucou—, ele deixou escapar. Ela
apertou
os
lábios
e
piscou
lentamente,
provavelmente tentando não chorar novamente. —Obrigada. Eu também, — ela disse suavemente. —E eu sinto muito que eu não a abracei antes. —Tudo bem, querido. Eu entendo. —A voz de Dani balançou. —Sinto muito se isso é difícil para você. —É mais difícil para você— disse ele com um encolher de ombros. Dani
soltou
uma
risada
rápida.
—Sim,
isso
é
provavelmente verdade, mas estou feliz que você decidiu vir e me ver hoje. Me fez sentir muito melhor. —Sério?— A voz de Logan subiu.
Dani assentiu. —Sim. Pergunte ao seu pai... Eu estava me sentindo muito fraca antes de você chegar, mas uma vez que ele me disse que você estava vindo, e agora que você está aqui, eu estou muito mais feliz. Os olhos de Logan viraram-se rapidamente para mim, e eu concordei com a cabeça. —Ela está certa. Um enorme sorriso praticamente dividiu o seu rosto pela metade quando ele se virou de volta para Dani e jogou os braços ao redor dela. Ela fez uma careta com a força de seu abraço, mas ela imediatamente colocou os braços ao redor dele, também. Eu não conseguia esconder o sorriso no meu rosto quando duas das pessoas mais importantes na minha vida se abraçaram. —Posso assinar o seu gesso?— Logan murmurou em seu ombro. —Claro! Você realmente quer? —Dani parecia tão animada quanto Logan, quando ele concordou com a cabeça ansiosamente. Ela olhou para mim. —É possível ver se no posto de enfermagem tem um marcador ou algo assim? Eu balancei a cabeça e sai em busca de uma caneta, que não demorou muito em tudo. Eu segurei o dedo para cima, sinalizando mais um minuto para Gloria e Becca, que ainda estavam de pé perto do tanque de peixes no final do corredor. Gloria concordou e eu mergulhei de volta para dentro da sala. —Uma caneta preta, aqui vamos nós.— Eu entreguei a Logan, que ainda estava sorrindo.
Seus olhos brilharam quando ele a tirou de mim e puxou a tampa. —O que você vai escrever? — Perguntei, esticando o pescoço para ver o que estava fazendo. —É uma surpresa—, brincou ele, segurando a sua mão para bloquear meu ponto de vista. Dani olhou para mim com um brilho especial nos olhos, também. Eu sabia que a pouca conexão que ela tinha acabado de fazer com Logan era tão importante para ela como era para mim... e ele. Ela me deu uma piscadela um pouco quente quando ele se sentou. —Feito—,
disse
ele
com
orgulho,
arrastando
um
travesseiro sobre a parte superior de sua escrita. Eu fiz uma careta. —Espere o que? —Ela não pode lê-lo até eu sair.— Seu tom se tornou tímido, e suas bochechas pálidas instantaneamente ficaram rosa brilhante. —Oh,
eu
vejo.—
Eu
puxei
para
uma
chave
de
estragulamento e esfreguei o topo de sua cabeça com a minha junta. —Você não a convidou para sair, não é? Porque eu tenho certeza que ela já está tomada. —Ewww! Pai, não! — Ele gritou, balançando debaixo do meu braço. —Tudo bem, eu vou caminhar com eles, e eu já volto.— Eu pisquei para Dani, que estava sentada na cama, sorrindo para nada... e tudo. Dei um passo para o corredor e dei as crianças outro abraço
e
um
beijo
de
despedida.
Becca
começou
a
resmungar, mas quando eu lhe disse que havia uma chance
de que estaria voltando pra casa no dia seguinte, ela pulou para fora dos meus braços e começou a sacudir, ali mesmo no corredor do hospital. Eu estava no corredor e acenei até que eles viraram a esquina. Quando eu empurrei a porta atrás de mim, eu ouvi Dani fungando. —O que há de errado?— Corri. —Não, nada. Seu filho. Ele é apenas mais doce. —Ela segurou sua mão para cima, e eu me abaixei para um olhar mais atento. Rabiscado em seu gesso com caneta preta...
Fique bem rápido para que possa voltar para CASA! Minhas sobrancelhas se ergueram e eu ri. —Ele até capitalizou a palavra “casa”. Homem inteligente. Os olhos de Dani cairam para evitar o meu olhar, e só assim, o grande elefante branco na sala triplicou de tamanho. —Andy, ouça... —Não. Eu não estou. Isso é ridículo, Dani. Eu te amo, as crianças te amam, você é parte de nossas vidas agora. Por que dar um passo para trás? Ela suspirou. —Eu não tenho uma boa resposta. Parece que desde que me mudei para ficar segura, agora que estou segura, não faz sentido para mim não voltar para casa. —Você se mudou por segurança e agora você vai ficar por amor. Combinado?
—Combinado?— Seus olhos brilhavam enquanto ela balançou a cabeça. —Você continua dizendo coisas fofas como essa e suas chances de transar em uma cama de hospital vão ficando melhor e melhor. Ponto.
CAPÍTULO 36 Danicka As portas do hospital se abriram, e Andy me levou para o carro à espera. Eu estava irritada que as enfermeiras me fizeram ficar na cadeira de rodas todo o caminho para baixo. Eu estava bem. —Pronta? — Andy disse quando jogou minha bolsa no banco de trás. —Sim— bufei. —Eu não precisava estar naquela cadeira estúpida de qualquer maneira, mas a cadela irritada lá dentro não quis me ouvir. Um riso baixo retumbou no peito de Andy. —Eeeeeee ela está de volta, senhoras e senhores. Apertei os olhos, atirando-lhe um olhar brincalhão quando eu me abaixei em seu carro. Ele fechou a porta e empurrou a cadeira para dentro da entrada antes que voltasse para o lado do motorista do carro. —Desculpe,— eu disse com um suspiro quando ele ligou o carro. —Eu acho que estar enfiada no mesmo quarto durante cinco dias está tomando seu pedágio em mim. —Eu vou concordar com isso.— Ele levantou a mão aos lábios e beijou o topo delas quando me deu uma piscadela. — Mas a boa notícia é que você está livre e no seu caminho para casa... para meu lar. Nosso Lar.
—Oh, não fique todo louco agora.— Eu balancei a cabeça. —Não é a nossa casa. É cem porcento a sua casa, eu só concordei em ficar lá... por agora. Ele lambeu os lábios e sorriu, olhando para frente quando puxou para fora do estacionamento do hospital. — Você nunca vai apenas concordar pela primeira vez, ou sempre vai ser uma luta com você? Eu não sei se era porque eu não tinha visto quaisquer outros homens em quase uma semana, mas, naquele momento, ele parecia extra quente, e eu estava feliz que ele não queria me deixar. Quando nós chegamos em casa, um homem veio andando pelo jardim da frente em seu caminho de volta para uma van branca estacionada na rua. Ele nos deu um aceno rápido quando nós dirigimos até a garagem. Olhei nervosamente para Andy. —Quem é aquele? —Novo melhor amigo de Gloria. —Hã? —Você verá em um minuto.— Ele riu e balançou a cabeça. Apertei os olhos para ele com desconfiança. Ele estacionou o carro na garagem e riu novamente. — Acalme-se. É uma coisa boa, eu prometo. Entramos na casa, através do caminho para a cozinha, e imediatamente, tal como a minha primeira noite na casa, meu nariz foi agredido. Desta vez era diferente, embora; não era carne assada ou purê de batatas. Era flores.
Andy
mudou-se
para
o
lado,
e
meus
olhos
se
arregalaram para as dezenas de arranjos de flores que cobriam cada polegada quadrada da cozinha. Olhei para a cozinha lentamente, da esquerda para a direita, com a boca aberta congelada em estado de choque. Rosas cor de rosa, margaridas amarelas, lilases roxos... o nome dele, estava lá. —Estas são todas para mim? —Perguntei, incrédula. —A menos que eu tenha ganhado o Miss América e ninguém me disse, sim, elas são para você.— Gloria riu quando ela se aproximou e me beijou na bochecha. —Bem vinda ao lar, querida. É bom ter você de volta. —Obrigada— eu disse, sem rodeios, ainda pensando em todas as flores. —Incrível, não é? —Disse Andy. —Elas estão vindo por alguns dias agora, e não há fim à vista. —De quem são todas elas? —Nenhuma idéia. Nós não nos sentimos bem abrindo os envelopes sem você, — Gloria disse quando agitou o pote enorme de sopa de legumes no fogão. —Talvez depois do jantar vocês possam ler alguns deles. As crianças estão implorando por um par de dias agora. Coloquei as minhas coisas no meu quarto, rindo dos dez ramos adicionais lá, e nos reunimos todos à mesa da cozinha. —Isso parece incrível, Gloria, mas vocês não têm de ter sopa apenas por causa de mim.— Meu queixo ainda estava um pouco dolorido, e mastigar um bife grande não soa exatamente apetitoso ainda. Eu puxei a cadeira para o meu lugar habitual ao lado de Becca e me sentei.
—Eu queria sopa!— Becca disse alegremente. —Eu também! —Acrescentou Logan. —Bem, tudo bem então. Vamos tomar. —Andy bateu as mãos e as esfregou juntas quando ele pegou uma grande concha. —Papai! Você se esqueceu, —Becca chamou assim que ele mergulhou a colher na panela grande de sopa. Sua cabeça empurrou um pouco quando ele franziu a testa para ela. —Esqueceu o quê? Ela estendeu a mão direita para mim e sua mão esquerda para Logan sem dizer uma palavra. Levou dois segundos para Andy perceber o que ela queria dizer, e quando o fez, ele apertou os lábios juntos, acenou com a cabeça, e levou as mãos as minhas e Gloria em seu próprio lugar. Nós todos abaixamos as nossas cabeças, e Becca começou. —Obrigada por nossa comida. Obrigada por nossa casa. Obrigada por nossa família. Obrigada pelo leite. Obrigada por Gloria não colocar o aipo na sopa. Obrigada por minhas botas novas. Amém. Belisquei meus lábios para abafar meu riso. Não importa quantas vezes eu ouvi aquela menina orar, se é isso que você poderia chamar, ela nunca deixou de me fazer rir. Todo mundo caiu no lugar, rindo e falando sobre seus dias com a colher de sopa em suas bocas. Sentada em volta daquela mesa, com as pessoas, fez o meu coração inchar.
Depois do jantar, eu me ofereci para ajudar Gloria a limpar, mas como de costume, ela sorriu e me disse para ir embora. Andy, as crianças, todos, e eu amontoados na sala de estar, enrolados no sofá juntos. —Como foi a sua primeira refeição em casa? — Andy relaxou no sofá enquanto ele girava o cabelo de Becca em seus dedos. Ela tinha estado colada a ele desde que entramos pela porta. Deixei minha cabeça cair para trás contra o sofá. —Tão bom! Estou cheia! —Ok, quem está pronto para abrir alguns desses cartões?— Gloria riu quando entrou na sala. —Vocês estão indo para estar nisso por horas! —Como vamos fazer isso? Será que importa de quem as flores vieram? Será que tenho que enviar um cartão de agradecimento para as flores? —As perguntas caíram de minha boca uma após a outra. Andy olhou para mim com as sobrancelhas levantadas. —Estou pensando que dadas as circunstâncias, as pessoas vão
entender
se
eles
não
receberem
um
cartão
de
agradecimento seu. —É, acho que você está certo.— Eu dei de ombros. —Posso pegar as cartas? —Perguntou Logan, pulando para cima da cadeira e correndo para a cozinha. Becca estava certa em seus calcanhares. —Eu também!
—Cuidado!— Andy gritou atrás deles. —Eu realmente não quero qualquer flores ou água derramada ou vasos quebrados. —Ok!— Eles gritaram de volta em uníssono. Andy voltou a sua atenção em meu caminho. —Eu queria te perguntar... quando é que o seu pai vai estar aqui o tempo todo? Tomei uma respiração profunda, exalando alto. —Em breve! Ele está apontando na próxima semana, na verdade. —Ele precisa de um lugar para ficar Eu balancei minha cabeça. —Não. Desde que eu não estou usando isso, eu disse a ele para ficar em minha casa até que ele decida onde quer viver e se ele quer comprar ou alugar. —Bom— disse ele com firmeza. Franzi minhas sobrancelhas para ele. —Bom? —Sim.— Ele balançou a cabeça, seus olhos perfuraram os meus. —Quanto mais tempo ele permanecer lá, mais tempo eu fico com você aqui. Revirei os olhos e comecei a dar-lhe uma resposta espertinha, mas Becca e Logan voltaram correndo para a sala, cada um carregando um punhado de pequenos envelopes e cartões. —Temos tantos quanto podíamos. — Logan sorriu, soltando-os em uma pequena pilha sobre a mesa de café. —Estou bastante dolorida e cansada de toda a emoção de hoje.— Eu lutei para manter meus olhos abertos através
de um grande bocejo. —Vocês querem ler alguns deles em voz alta para mim? Quando as crianças se ajoelharam na mesa de café, reunidos em volta de suas pilhas individuais de cartões, Andy fugiu para perto e me escondeu na dobra do seu braço. Gloria se abaixou e pegou o livro de palavras cruzadas que ela tinha vindo a trabalhar há semanas e se ocupou com isso. Logan rasgou o primeiro cartão. Ele apertou os olhos, lendo silenciosamente em primeiro lugar. Inclinei-me para Andy e sussurrei: — Devemos levá-lo ao médico. Ele fez isso recentemente? Um sorriso tão grande quanto eu já tinha visto se formou na boca sexy de Andy. —Olhe para você. —O que? —Isso foi uma coisa muito mãe a dizer. —Oh.— Meu estômago revirou. —Desculpe, eu só quis dizer... —Dani—. Ele estendeu a mão e apoiou os dedos em meus lábios suavemente. —O que eu disse foi uma coisa boa. Pare de pedir desculpas. —Diz... Fique boa logo e se cure rapidamente, Dani. Nós te amamos! —Logan leu lentamente. —De quem é?—, Perguntou Andy. Sua boca se abriu, e seus olhos azuis ficaram grande quando ele olhou para o cartão. Ele nunca pareceu mais como seu pai do que naquele momento. —Os Dallas Cowboys Cheerleaders! — Ele gritou.
—Eu amo essas meninas— eu disse. —Eu também. Hubba, Hubba! —Logan balançou as sobrancelhas de cabeça para baixo. —Logan!— Eu exclamei quando os ombros de Andy sacudiu de rir. Eles passaram os próximos vinte minutos ou assim se revezando rasgando as cartas abertas e lendo. Logan tinha que ajudar Becca com algumas das dela por causa das grandes palavras. —Este diz... Segure lá, chefe. Amor, Kyle Keegan, — Becca leu lentamente. —Ahhh, foi doce. Aposto que sua mãe o enviou — eu brinquei. Andy soltou uma gargalhada alta. —Whoa!— Os olhos de Logan inchou novamente. —Este tem um palavrão. Revirei os olhos. —É de alguém chamado Sadie? —Ou Viper?— Andy acrescentou. Ele balançou sua cabeça. — Diz... Eu não terminei com você ainda, com a p.. palavra. —Seus olhos se levantaram para seu pai, e todo o meu corpo congelou. Gloria engasgou e deixou cair seu livro de palavras cruzadas. Andy foi tão rápido que quase caiu em seu lugar. Enquanto marchava e tomava o cartão de Logan, lendo novamente em silêncio, orei para que Logan tivesse de alguma forma descaracterizado alguma coisa. No segundo que os olhos de Andy deslocaramse para mim, eu sabia. Ele não teve que dizer uma única palavra, e eu já sabia. Mas como? Ele estava na prisão. Detetive Larson era muito cético de que ele não seria capaz de
se relacionar, e mesmo que o fizesse, Larson prometeu nos ligar imediatamente. A sala começou a girar quando a minha mente correu com possibilidades. Eu vagamente ouvi Andy pedir a Gloria para levar as crianças no andar de cima e colocá-los na cama, mas, em seguida, as vozes foram difusa, abafadas pelo sangue subindo através de minhas orelhas. —Eu vou chamar o Detetive Larson e descobrir o que diabos está acontecendo. Eu vou estar de volta. —Eu concordei e ele saiu da sala. Pelo menos eu acho que assenti com a cabeça, eu nem me lembro. Tudo foi finalmente voltando ao normal e me senti segura em minha própria pele, e só assim, com cinco palavras da boca de Logan, foi tudo arrancada novamente. Logan. Becca. Minha mente mudou de rumo para eles. Eu estava preocupada que eles pensam que tinha feito algo errado ou que estaria com medo. Eu entendi porque Andy correu da maneira que ele fez, mas eu queria ter certeza de que eles estavam bem. Eu fiz meu caminho com os passos tão rápido quanto o meu corpo iria permitir e parei no quarto de Becca. —Ei, querida,— eu disse enquanto estava sentada na beira da cama. As cobertas foram puxadas todo o caminho até o queixo, e ela tinha um leve franzido no rosto. —Eu só queria ve-la e dizer boa noite, ok? —Papai está bem?—Perguntou ela. —Ele parecia muito louco.
—Sim, ele está bem.— Eu escovei os cabelos loiros soltos fora de sua testa. —Às vezes as coisas acontecem, e eles fazem os adultos loucos, mas seu pai está bem, e eu estou bem. Você não se preocupe com todo esse material adulto nojento, ok? Seu rosto relaxou quando ela me deu um pequeno sorriso e assentiu. Abaixei-me e beijei a sua testa. —Vejo você na parte da manhã, baby doce —Boa noite, Dani.— Antes mesmo de eu sair do quarto, ela se virou e olhou para a parede. Eu estava na porta, inclinando-me contra a moldura enquanto eu observava seu pequeno corpo se mover para cima e para baixo com cada respiração. Tão preocupada quanto eu estava mais uma vez pela
a
minha
própria
segurança,
o
pensamento
dele
prejudicar um fio de cabelo na cabeça de Becca fez meus músculos que eu nem sabia que tinha ficar tenso. —Boa noite, Logan. Vim de cabeça no corredor, assim quando Gloria estava fechando a porta do quarto. —Ele ainda está acordado? — Perguntei. Ela assentiu com a cabeça. —Então e ela? —Ela está fora.— Eu balancei minha cabeça enquanto eu caminhava em direção a porta do quarto de Logan. —Eu vou falar com ele por um segundo rápido. —Ok, eu estou indo lá para baixo. Eu fui até a porta de Logan e me inclinei perto, ouvi por apenas um segundo antes de bater. —Entre— ele gritou.
Abri a porta, e ele apertou os olhos quando a luz brilhante do corredor bateu-lhe na cara. —Desculpe.— Eu fechei a porta rapidamente. —O que há de errado?— Ele começou a sentar-se. —Não, não. Nada. Não se levante — eu disse, sentandome no final de sua cama. —Eu só queria dizer boa noite e me certificar de que estava tudo bem. As coisas ficaram... meio estranhas lá em baixo. —Sim. Muito rápido, também. —Sim.—
Eu
respirei
fundo
e
estufei
as
minhas
bochechas fora. —Você está bem? Ele encolheu os ombros. —Sim, eu acho. Só estou preocupado. Se ele não está na cadeia, ele vai te machucar de novo? —Oh baby. Não se preocupe com isso. Nem por um segundo. Primeiro, não sei mesmo se ele está fora ou se era um maluco fazendo uma brincadeira doente. Em segundo lugar, se ele está fora e ele mandou eles vão pegar a sua bunda de volta para a cadeia, ok? —Eu tentei dar-lhe um sorriso
tranquilizador,
mas
eu
duvido
que
fui
muito
convincente nesse ponto. Sua boca se abriu em um grande bocejo. —OK. —Você tem um pouco de sono, cara. Tem sido um longo par de dias para todos nós. Eu vou estar aqui de manhã, quando você acordar. Ele me deu um sorriso cheio de dentes e assentiu. — Bom. Estou feliz que você voltou para cá.
—Eu também.— Abaixei-me e beijei a sua testa, bagunçando seu cabelo como eu estava. —Dani? — Ele gritou assim quando a minha mão estava na maçaneta da porta. —Sim, amigo?— Voltei-me para a cama, o seu rosto brilhando do abajur laranja do Minnesota Twins que estava conectado ao lado de sua cama. —Eu queria dizer... que... Eu te amo. Um enorme caroço apareceu na minha garganta, e eu não podia falar nada. Engoli em seco o mais rápido que pude. —Eu também te amo, Logan. Muito. Suas bochechas encheram com um sorriso enquanto ele se aconchegou profundamente em seu edredom e fechou os olhos. Eu fiz meu caminho descendo as escadas devagar, me preparando mentalmente para o pior, mesmo que eu não soubesse o que o pior poderia ser. Andy estava andando na cozinha com seu telefone celular em sua orelha. Ele olhou para cima quando entrei e segurou um dedo para mim, sinalizando que ele estaria fora em um minuto. Sentei-me à mesa da cozinha e olhei para a sala de estar. Gloria deve ter ido para a cama. —OK... Sim... O mais cedo possível... OK... Tchau. —Ele virou o telefone desligado, jogou-o no balcão da cozinha descuidado, e passou as mãos pelo cabelo. Ele caminhou até a mesa da cozinha, também, mas em vez de sentar, ele se levantou, apoiando as mãos nas costas da cadeira ao meu lado enquanto sua cabeça caiu entre elas.
—Bem? Ele levantou a cabeça e olhou para frente, evitando meus olhos. —Bem, ele ainda está na cadeia. Ele nunca saiu, e ele não teve quaisquer outros que não seja seu advogado visitado. —O que?!— Eu gritei. —Como pode ser? Cole deve ter contratado Javier. Cole que enviou estas flores. —Eu não tenho idéia.— Ele balançou a cabeça para trás e para frente. Nesse sentido a raiva estava pulsando em sua testa com tanta força que eu pensei que poderia explodir. — Eles estão indo para enviar um carro aqui para ficar durante a noite do lado de fora, e eu estou indo para lá na parte da manhã para falar mais com Larson . —Eu estou indo com você. —Não, você não está— Ele finalmente passou os olhos sobre o meu. —Você já sofreu bastante. Precisa descansar. —Pare de ser tão foda mandão. Trata-se de mim, e eu tenho o direito de saber o que diabos está acontecendo, provavelmente, ainda mais do que você. —Eu bati um pouco mais dura do que eu queria, mas eu me recusei a voltar. —Eu sou uma mulher adulta que se cuidou muito bem antes de você aparecer, Andy. Não me trate como uma flor delicada que não pode cuidar de si mesma. Seu rosto se apertou, e ele apertou os lábios enquanto falava, mas depois de um segundo, ele relaxou novamente. — Você está certa. Eu sinto Muito. —Está tudo bem.— Eu me levantei e me aproximei, levantando seu ombro para que ele pudesse ficar em pé.
Assim que ele fez, eu passei meus braços em volta de sua cintura. Seu coração batia contra o meu ouvido, logo que eu coloquei a minha cabeça no peito dele, um som que tinha crescido para me acalmar. No momento estava batendo um pouco mais rápido do que deveria estar, mas ainda era calmante, no entanto. —Podemos ir para a cama, por favor? Para o andar de cima? Juntos? Para toda a noite? — Murmurei, desesperada para sentir seus braços em volta de mim até a manhã. —Você
está
brincando?
—
Ele
zombou.
—Você
realmente acha que deixá-la dormir sem mim seria ainda uma opção? Eu sou um fodido mandão, lembra?
CAPÍTULO 37 Andy Eu quase não dormi. Entre me levantar para verificar e me certificar se o carro da polícia ainda estava estacionado em frente e olhando para Dani enquanto ela dormia, eu tinha menos de três horas de sono toda a noite. Em um momento eu pensei ter ouvido algo na cozinha, então eu peguei um dos bastões de Logan em seu quarto e desci os degraus na ponta dos pés. Se não fosse o brilho da luz da geladeira, eu provavelmente teria derrotado a pobre Gloria à morte. Para dizer que eu estava no limite era colocar o mínimo. No momento em que o meu alarme tocava na parte da manhã, eu já estava acordado e o desligando imediatamente. Dani gemeu e se moveu em seu sono, mas não abriu os olhos. Em poucos segundos, sua respiração se equilibrou, e ela desmaiou outra vez. Pelo menos um de nós era capaz de descansar. E se eu tivesse que escolher, eu estava feliz que era ela. Ela ainda tinha um longo caminho de recuperação à frente dela e eu queria que seu corpo tivesse tudo o que precisava. Ouvi Logan e Becca tagarelando enquanto desciam os degraus, então eu deslizei cuidadosamente meu braço em torno da cintura de Dani, dobrei a sua volta, e esgueirei-me atrás deles.
O sol estava brilhando através da porta de entrada, as crianças estavam rindo na cozinha, e se não fosse o carro da polícia estacionado na frente da casa, parecia como qualquer outra fantástica manhã de setembro. Olhei para o relógio do forno enquanto eu navegava para a cozinha. Sete e dois. Eu tinha que estar no escritório do detetive Larson em uma hora, e a idéia de deixar Dani dormindo passou pela minha cabeça. Eu estava preocupado que Larson não seria tão sincero e honesto com ela sentada lá, mas depois me lembrei da matigada de burro que ela me deu na noite anterior, e eu percebi que ela faria ainda pior para ele se sentisse que estava retendo informações. —Bom dia, pessoal.— Eu tentei soar mais normal e alegre possível. —Papai!— Becca cantava alegremente, saltando para os meus braços. —Bom
dia,
Sr.
Shaw,
—
Gloria
disse
enquanto
empurrava ovos mexidos ao redor da panela. Suspirei. — Pessoal, levante a mão se você acha que Gloria deve me chamar de Andy. Becca iria concordar com qualquer coisa que eu perguntasse para concordar, levantou a mão tão alto quanto ela conseguia. Logan, que estava meio adormecido no outro lado da mesa, levantou a mão, e as minhas seguiram. —Olhe para isso. Um dois três. Você está em desvantagem. É Andy.
Gloria virou-se e atirou-me um olhar que era o equivalente a sua mãe usando o seu nome do meio, e eu decidi calar. Estávamos terminando o café da manhã quando ouvi os passos dela no corredor. Dani apareceu na porta. Seus olhos estavam
inchados
e
seu
cabelo
parecia
uma
versão
ligeiramente mais doméstica de Medusa, mas eu não conseguia tirar os olhos dela. A camiseta que ela usava tinha deslizado para baixo, expondo seu ombro, como sempre fez, dirigindo-me absolutamente insano. Eu tive que me esforçar para lembrar que meus filhos estavam na cozinha e esmagar o sonho que estava tendo de jogar ela na mesa da cozinha e fazer amor com ela ali mesmo. —Bom dia, todo mundo. Que horas são? —Ela olhou para o relógio, e seus olhos se arregalaram. —Meu Deus. Temos que sair em quinze minutos. —Então, tão rápido quanto ela veio, ela se foi. Ela se virou e desapareceu pelas escadas enquanto eu gastei mais alguns minutos com as crianças. Vinte e cinco minutos depois estávamos prontos para sair pela porta. Eu estava pronto a tempo para nos levar para a delegacia, mas Dani insistiu que tomassemos o par extra de minutos e andasse com as crianças para o ponto de ônibus, não tanto por uma preocupação de segurança, mas ela queria passar mais tempo com eles. Nós fomos em silêncio para a delegacia, nós dois, sem dúvida, pensando no pequeno cartão azul que estava entre nós em um saco plástico.
Quando entramos pela porta, Detetive Larson passou andando perto do vestíbulo. Ele acenou para nós e tocou a porta de segurança aberta. Nós o seguimos por um longo corredor,
passando
por
várias
pequenas
salas
de
conferências. —Aqui, vamos dar um presente no final. — Ele abriu a porta e acendeu a luz, mas não entrou. —Eu tenho que pegar uma coisa. Eu volto já. Nós mal tivemos tempo para sentar, e ele já estava de volta com uma pasta azul na mão. Ele se sentou e respirou fundo, olhando para trás e para frente entre nós dois. —Primeiro de tudo, é bom ver você de novo, eu só lamento sobre a ocasião. Você —, ele dirigiu a sua atenção para Dani-— parece fantástica considerando a semana que você teve, e eu não tenho certeza que qualquer outra mulher que eu já conheci iria lidar com isso com tanta graça como você faz. Enfiei minha mão em seu joelho enquanto ela apertou os lábios, acenando para Detetive Larson. —Obrigada por isso. —Agora, eu não sei quanto a vocês dois, mas eu mal podia dormir na noite passada. Quebrei a cabeça mais e mais, tentando descobrir isso. Deixei a minha casa às quatro horas da manhã para farejar o que pude antes de chegar aqui. Em primeiro lugar... as flores. Estou assumindo que você trouxe o cartão? Enfiei a mão no bolso da minha jaqueta, tirei do bolso, e colquei sobre a mesa na minha frente.
—Obrigado.— Detetive Larson deslizou para o lado. — Eu vou ter a minha equipe analisando, mas não nos teremos nada, porque ele nunca tocou. A ordem foi tirada e foi pago com um cartão Visa pré-pago. —Como você sabe? — Perguntei. —Floriculturas abrem mais cedo. Por um capricho, eu passei por lá no caminho, e havia dois funcionários que já estavam lá, um dos quais se lembrava de ter feito isso. Dani
colocou
a
mão
sobre
a
minha
e
apertou
suavemente. —Ela não lembra se era um homem ou uma mulher, infelizmente, porque eles recebem tantas encomendas a cada dia. Este indivíduo ordenou as flores, e quando o funcionário da loja de flores perguntou o que eles queriam escrito no cartão, ela estava desconfortável com a resposta. Essa resposta —, disse ele, apontando para o saco. —Então, por que eles ainda preencheram o cartão?— Rosnei, irritado com a incompetência da floricultura. —Me deixe terminar. Porque ela estava um pouco surpresa com a resposta, perguntou a pessoa da encomenda seu endereço, algo que nunca fez, mas assim que ela fez, eles desligaram. Eu suspirei, preocupado que a nossa liderança voasse para fora da janela. —Ela encheu o cartão porque ela tinha medo de perder o emprego se não o fizesse, mas... acontece que está empregada é uma jovem na faculdade, com especialização em
justiça criminal, então ela fez uma nota da data e hora que a chamada veio no momento. —Você está me cagando— Dani disse incrédula. —Não, eu não estou.— Ele balançou a cabeça com um sorriso torto puxando o canto da boca. —Levou todo o meu auto-controle para não oferecer aquela garota um trabalho no local. De qualquer forma, com sua informação eu fui capaz de ir para a cadeia e puxar os registros do telefone, que é como eu descobri que não só Javier não fez a chamada, ele não usou o telefone nenhuma vez. Literalmente. Ele nunca sequer esteve na mesma sala com o telefone. Eu respirei fundo, queimando as minhas narinas de propósito. —Então, estamos de volta para um quadrado? —Não é verdade—, disse ele com entusiasmo. —Por causa dessa encomenda de flores, eu fui capaz de obter um mandado de seus registros financeiros, e devido a um juiz que me deve um par de favores, eu já os tenho. Nesta pasta azul. —Ele deslizou a pasta na frente dele e descansou as mãos sobre ela. —Então esse cara vive em uma área muito feia nos arredores de Minneapolis. Lotes de crime e drogas existem lá. Ele é um trabalhador da construção civil, sem um emprego estável, e seu apartamento é modesto na melhor das hipóteses, com mobiliários decadentes e pratos de segunda mão. Ele definitivamente não vive como uma estrela do rock. Meu pescoço estava quente, e as paredes pareciam que estavam se aproximando de nós. Eu não dou à mínima com o que estava em seus pratos ou se seu sofá era confortável. — Onde você quer chegar?
—Bem, quando eu estava indo sobre seus registros, uma coisa saltou fora de mim. Um grande, coisa de quinze mil dólares. —Ele abriu o arquivo e transformou-o ao redor. Dani e eu nos inclinamos para frente para que pudéssemos lê-lo. Vários meses atrás, cerca de uma semana depois de Dani começar a trabalhar para mim, um depósito foi feito em sua conta no valor de quinze mil dólares. —O que um cara assim estava fazendo com esse tanto de dinheiro? — Perguntei quando me sentei para trás. —Exatamente,— Detetive Larson exclamou quando ele bateu a mão com força sobre a mesa, fazendo com que Dani saltasse do seu assento. —Então nós fizemos um pouco mais de escavação e encontramos que o criador do depósito veio de uma conta no alto mar na Europa. —É Cole!— Dani deixou escapar quando ela descruzou as pernas e sentou-se em linha reta na frente de seu assento. Detetive Larson e eu ambos nos encolhemos com sua explosão e olhamos para ela, totalmente confusos. Ela o ignorou e olhou diretamente para mim. —Andy, eu estava certa. É Cole. Tem que ser. Todos os atletas têm contas no exterior que eles escondem dinheiro... do governo, de seus cônjuges, qualquer que seja. Você sabe disso. Belisquei meu lábio superior entre os dentes e balancei a cabeça, pensando sobre o que ela tinha acabado de dizer. Eu olhei para Larson. —Ela está certa. Muitos deles têm essas contas. Alguém pode encontrar um nome para nós? —O problema com essas contas é que elas são mais fáceis de falsificar do que as contas dos EUA. Já olhei para
cima de onde isso veio, e eu tenho que dizer, embora não seja impossível, não parece ser uma conta que um jogador de futebol profissional teria. —Ele virou duas ou três páginas sobre até que veio para uma folha com uma linha amareladestacada sobre ela. —Ah, aqui está. Mais uma vez ele se virou para nos encarar, e, logo que vi o nome, todo o ar deixou meus pulmões. Meu peito doía, e eu lutava para respirar. Sentei-me e coloquei as palmas das mãos firmemente no braço da cadeira, empurrando-me para cima. Eu estava tentando alongar meu torso para tomar uma respiração profunda, mas não estava funcionando. Dani desenhou suas sobrancelhas juntas e franziu a testa para mim. —Andy? Você está bem? —Sr. Shaw? —Larson disse enquanto se levantou e caminhou ao longo da parede de trás de repente a sala era muito pequena. Dani correu, colocando as mãos no meu peito para me parar. —Está me assustando muito. O que é isso? Fui até o jornal e apontei para a linha de destaque, sem dizer uma palavra. Storybook Productions, LLC. —Sim?— Ela deu de ombros e olhou para mim novamente. —É isso aí. Esse é o restaurante. Lembra do que eu disse a você que Blaire e eu usamos para ir para a faculdade? —Eu não podia acreditar que as palavras estavam saindo da minha boca. —Não há nenhuma maneira que está é uma porra de coincidência.
A respiração de Dani engatou, e quando toda a emoção deixou seu rosto, o sangue junto com ele. Ela ficou branca como eu nunca tinha visto, e eu estava preocupado que ela ia desmaiar. —Aqui. Sente-se. —Eu peguei a mão dela e a guiei para a cadeira, que ela sentou-se, completamente atordoada e olhando para frente. —Quem é Blaire? — Perguntou Larson, pegando uma caneta e bloco de notas do bolso. Eu coloquei uma mão no meu quadril e corri a outra através do meu cabelo, não estando pronto para dizer as palavras em voz alta. Como poderia ser possível que ela desceria tão baixo? Ela tinha sido uma puta manipuladora, faminta por dinheiro durante a maior parte do nosso casamento, mas ela nunca tinha sido uma criminosa. —Sr. Shaw? — Repetiu ele. —Uh... ex-mulher. Minha ex-esposa psicopata, que é obviamente a maneira mais louca que eu alguma vez a vi agir. Ela fez isso. Não sei como, mas ela fez isso. —Eu afundei na minha cadeira, descansando os cotovelos sobre os joelhos, e me inclinando para frente, olhando impassível no tapete preto, enquanto uma lágrima escorria da ponta do meu nariz.
CAPÍTULO 38 Danicka Enquanto Andy preenchia Detetive Larson sobre a história por trás Storybook Productions, LLC e os fatos importantes de seu passado com Blaire, eu recuei para dentro de mim. Eu ouvi o som de suas vozes, mas não conseguia distinguir as palavras deles quando os meus olhos fixaram sobre a mesa de madeira laminada. Minha mente começou a caminhar para o reino do e-se. E se eu nunca tivesse enfrentado Cole? E se eu nunca saísse do meu trabalho com os irmãos Leighton? E se eu nunca enviasse o currículo para a Empresa Shaw? E se eu nunca tivesse ido para o Penalty Box naquela noite com Sadie? Perguntas jogavam mais e mais na minha mente, mas com cada pergunta, a resposta era sempre a mesma... então eu nunca teria conhecido Andy. —Ok.— Detetive Larson suspirou alto, trazendo-me de volta à terra. —Eu tenho que ir fazer algumas chamadas e fazer a bola rolar sobre isso. Com alguma sorte, podemos trazê-la para interrogatório hoje.
—Eu gostaria de estar lá quando você questionasse—, Andy disse com firmeza. —Absolutamente não. —Isso não foi uma pergunta. Larson suspirou, descansando seus antebraços na borda da mesa, enquanto olhava para Andy. —Sr. Shaw, enquanto eu simpatizo completamente com a sua situação e o que isso parece estar a se transformar, eu tenho protocolo a seguir, e tê-lo na sala colocaria em risco tudo. Eu estou supondo que você quer quaisquer encargos que somos capazes de trazer contra ela, certo? A mandíbula de Andy apertou quando ele se inclinou para trás na cadeira, cruzando os braços na frente dele. Ele não disse uma palavra, mas ele não tinha que fazer. A raiva irradiava dele. —Eu vou fazer-lhe uma concessão, porém,— Detetive Larson continuou. —Eu vou deixar você ver a nossa conversa a partir de um espelho unidirecional. Andy rolou a sua língua entre seus dentes superiores e lábio, ponderando sobre a oferta do detetive. —Bem. Eu aprecio isso. —Bem, você está indo me fazer um favor, também. Você a conhece melhor do que ninguém, por isso, se ela diz algo que é falso ou que eu preciso saber mais sobre, eu vou precisar de sua entrada. De repente, me senti como uma espectadora da minha própria vida, como se eu estivesse assistindo a um episódio de loucura de Law & Order, que estava ficando mais e mais
estranho. Eu queria mudar o canal desesperadamente, mas não tinha controle remoto à vista. O pensamento de estar na sala com Andy enquanto ele assistia a sua ex-mulher, a mãe de Logan e de Becca, ser interrogada pela polícia sobre o seu envolvimento em meus ataques foi além esmagador. —Tudo bem.— Detetive Larson disse. —Vocês podem sair ou ficar por aqui, é inteiramente com vocês. Não há garantias de que seremos capazes de trazê-la aqui hoje, em tudo. No minuto em que entrar em contato com ela, eu vou chamá-la. Andy assentiu e estendeu a mão para Larson, que balançou de volta com um sorriso tenso. —Se ela não vier, nós vamos ter que fazer isso da maneira mais difícil, mas a maioria das pessoas são curiosas, então quando eu lhes peço para vir, eles fazem. Manteremos contato. Nós fizemos nosso caminho pelo corredor e através da estação de polícia em silêncio. Havia uma estranha tensão entre Andy e eu que me deixou desconfortável e assustada ao mesmo tempo. Assim que saímos, ele respirou fundo e exalou alto. Ele enfiou as mãos nos bolsos enquanto caminhávamos para o estacionamento. —Dani, eu nem sei como dizer isso ou por onde começar. Oh Deus. Estou sob a sua asa. Não faça isso. Por favor, não, não, não. —Mas eu estou tão, tão triste sobre isso. Eu me sinto impotente, como se fosse tudo culpa minha.
Parei de andar e segui-o com os meus olhos quando ele deu mais alguns passos. Quando ele percebeu que eu tinha parado e virou o rosto para mim, eu fiz uma careta para ele. —A culpa é sua?— Eu exclamei. —Como isso é culpa sua? —Eu sou o único que lhe dá pensão alimentícia. É o meu dinheiro que ela usou para pagar aquele idiota para fazer isso para você. —Os olhos dele caíram no chão, e ele sacudiu a cabeça. Eu dei um par de passos para frente e descansei a minha mão em seu peito. —Andy, é realmente o que você acha? Ele assentiu sutilmente, e pela primeira vez pude ver que tudo isso estava tomando o melhor sobre ele. Os círculos escuros pendurados sob seus olhos azuis normalmente espumantes, todo o seu corpo estava tenso, e eu não tinha visto um dos seus grande, e famoso sorriso de Andy há um tempo. —Como você poderia saber? Sério. Pense sobre isso. Com dois anos de divorciados atrás, como você teria qualquer ideia de que um dia, no futuro, ela ia usar um pouco de sua pensão
alimentícia
para
fazer
coisas
ruins
para
sua
namorada? Seus olhos se levantaram para o meu, mas ele não disse nada. —Soa ridículo quando eu digo isso assim, não é? Ele
limpou
a
garganta
e
as
bochechas
ficaram
avermelhadas. —Um pouco... Mas eu me sinto então...
—Pare com isso—, eu interrompi, balançando a cabeça. —Isso não é culpa sua. Isso nunca foi e nunca será, por isso, apenas concorde em nunca discutir isso de novo, ok? Uma pequena risada deixou a sua boca quando ele se aproximou e me envolveu em seus braços. —E nunca me assuste assim de novo! — Eu murmurei em sua jaqueta, dando suas costelas um soco com a minha mão boa. Ele se encolheu para trás e cobriu suas costelas na defensiva. —Assustar você? —Sim!— Eu fiz uma careta, quando eu aterrei outro soco em seu braço. —Eu pensei que você estava terminando comigo! —O que?! —Você nunca começa uma frase tipo “eu não sei como dizer isso”! Mulheres ouvem essa frase e imediatamente pensam que está rompendo com a gente. Eu quase o empurrei para fora no tráfego! Ele se dobrou, segurando o estômago, porque ele estava rindo tanto. —Eu sinto Muito. Eu juro que eu não queria. —Idiota!— Eu bati novamente, brincando. —Espere, espere.— Ele se levantou e tentou parar de rir quando puxou o telefone tocando do bolso. Ele arqueou uma sobrancelha quando olhou para a tela e atendeu. —Shaw. —Quem é?— Eu murmurei baixinho. Ele esticou o polegar e fez um gesto em direção à delegacia. —Mm-hmm... OK ... sim, vamos estar certo. —Ele
clicou o telefone e colocou de volta no bolso. —Era Larson. Ele já fez contato com Blaire. —O que? De jeito nenhum. —Sim. Eles ligaram e disse que eles estavam realizando uma investigação e tinha algumas dúvidas, que ela deveria vir e falar com eles. Aparentemente, ela disse que tinha um compromisso mais tarde, mas poderia vir agora. Ela está a caminho. —Caralho! Isso foi rápido! Meu coração começou a bater, cada batida alimentada por uma emoção diferente. Nervosismo. Esperança. Raiva. Medo. Excitação. Preocupação. —Vamos voltar e esperar.— Andy estendeu a mão, e eu agarrei. —Você acha que nós vamos finalmente obter algumas respostas hoje?— Eu perguntei ansiosamente. Ele deu de ombros e deu um passo para trás, segurando a porta aberta para mim. —Com base em como tudo parece ir para nós, eu diria que não, mas vamos ter esperança por uma vez e dizer talvez... Detetive Larson levou-nos por um corredor diferente e em uma sala com uma grande janela ocupando um lado inteiro. A mesa e quatro cadeiras foram empurradas para o
lado, junto com várias caixas vazias. Fui até a janela e respirei fundo. —Ela vai estar lá? —Sim.— Ele balançou a cabeça, apontando para uma porta ao lado da janela. —Essa porta leva lá, mas nós estaremos trazendo-a pela porta do outro lado da sala. Ela não vai ter nenhuma idéia que você está aqui, e ela não está sob prisão, então lembre-se disso. Nós não podemos usar qualquer coisa que ela diz contra ela até que tenha lido seus direitos. E não podemos ser capaz de fazer isso hoje. Eu esfreguei meu queixo e estreitei os olhos para ele. — Por que não? Ele encolheu os ombros. —Se ela negar tudo, o que ela provavelmente vai, nós vamos ter que falar com Javier e construir nosso caso a partir desse ângulo, o que seria um saco, porque ele não era o cara mais falador. E, infelizmente, uma conta offshor24 e suspeita de um ex-marido não são suficientes para obrigar um juiz para nos dar um mandado de seus registros financeiros. —Entendo. —Agora, existem algumas regras básicas para serem autorizadas nesta sala. Realmente apenas uma. Faça o que fizer, não bata, e nem sequer toque nessa janela. De fato, nem sequer respire sobre ela, entende? Andy e eu balançamos a cabeça, dando um passo para trás, assim quando uma policial bateu duas vezes e abriu a porta. —Desculpa por interromper. Detetive Larson, sua entrevista está aqui. 24
alto mar
—Ok, a leve para lá, por favor. Através da outra porta. —Sim, senhor.— Ela assentiu com a cabeça uma vez e fechou a porta. Meu coração começou a bater tão alto que eu tinha certeza de que tanto Andy e Detetive Larson podiam ouvi-lo. A porta do outro lado da sala abriu, e a policial feminina entrou, acenando a Blaire em direção à mesa, assim quando Detetive Larson deu volta por mim e virou um interruptor de luz ao lado da janela. —Elas
podem
nos
ouvir?
—
Perguntei
o
mais
silenciosamente que pude. —Não, você pode ouvi-las, mas elas não podem ouvi-la, — respondeu ele quando colocou a mão na maçaneta da porta e voltou-se para nós, segurando um dedo para cima. —Lembre... não toque esta janela — alertou mais uma vez antes de entrar na sala. Andy deu um passo atrás de mim, descansou a cabeça no meu ombro, e passou os braços em volta da minha cintura. —Pronta? —Eu acho.— Minhas mãos tremiam enquanto eu levantava para o meu peito e nervosamente jogava com um botão na minha camisa. —Eu te amo. Virei à cabeça ligeiramente, roçando a minha bochecha contra seus lábios. —Eu te amo.
—Oi, Sra. Shaw. Sou o detetive Larson, o que você falou no telefone. Obrigado por ter vindo tão rapidamente. Meu estômago virou quando ele a chamou de Sra. Shaw. Eu sabia que era o nome dela, e eu não culpava por querer manter o mesmo sobrenome de seus filhos, mas eu estava me sentindo insignificante, e isso me irritou. —Oi, Detetive Larson.— Ela deu um sorriso branco, e falso para ele, enquanto segurava a mão. Ele apertou-a rapidamente e sentou-se em frente a ela. Enquanto movia as pernas para debaixo da mesa e as cruzou, percebi o fundo vermelho de seus sapatos. Sapatos Christian Louboutins, vale mais do que a maioria das pessoas faziam em uma semana inteira, perfeitamente combinava com seu short, vestido em seu bronzeado apertado. Seu cabelo longo, branco-loiro fluia por cima do ombro como uma nuvem, e seus lábios vermelho-cereja brilhava nas luzes do teto fluorescentes. —Como eu disse no telefone, estamos investigando um incidente com uma das funcionárias do seu marido, e nós estamos questionando qualquer um que poderia ter tido qualquer contato com ela. Ela apertou os lábios. —Mm-hmm. —Agora, senhora... —Oh, por favor. Não me chame de senhora. Me faz sentir velha, — ela disse em um tom quase de flerte, acenando com a mão, brincando com ele. —Me chame de Blaire.
—Oh
meu
Deus—,
eu
murmurei
sob
a
minha
respiração. Andy riu baixinho, levantando-se em linha reta. —Uh.— concordamos
Ele com
limpou Sra.
a
garganta.
Shaw?
Sra
—Por Shaw,
que
não
você
está
obviamente ciente da empresa do seu ex-marido? —Obviamente— ela respondeu com um rolo de seus olhos. —Você já conheceu algum de seus empregados? Ela assentiu com a cabeça. —Quem você conheceu? Blaire suspirou e jogou as mãos no ar. —Todos eles. Fomos casados por muitos anos. —Sra. Shaw, eu só vou começar isso. O nome Javier Delgado significa algo para você? Oh Deus, aqui vamos nós. Seus olhos dispararam para o teto, como se estivesse imersa em pensamentos. —Sim, eu acredito que eu conheço Javier. Ele fez alguns trabalhos de carpintaria em minha casa durante o verão. —Ele ainda está trabalhando para você, Sra. Shaw? —Não, eu não vi ou falei com ele há meses... desde que ele deixou a minha casa. —Você se lembra do trabalho que ele fez em sua casa?— Detetive Larson perguntou enquanto rabiscou algo em seu bloco de notas. —Uh, sim. Ele construiu um belo bar no meu porão. Isso é sobre o quê? Javier está em algum tipo de problema? —O tom de sua voz era tão falso e ensaiado que eu orei a
Deus que Detetive Larson não estivesse comprando qualquer coisa que ela estava dizendo. —Isso é o que estamos tentando descobrir. Você se lembra de mais ou menos quanto você pagou ao Sr. Delgado para instalar este bar em sua casa? —Sim, foi cinco mil. A testa de Andy caiu para o meu ombro enquanto ele gemia com o número. —OK. Você já fez um pedido de flores, por qualquer motivo, com a Floral de Debbie no centro de Minneapolis? — Ela apertou os lábios vermelhos gordos e estreitou os olhos para o detetive Larson. —Não que eu me lembre. A fim de que teria flores a ver com Javier, de qualquer maneira? Detetive Larson ignorou a pergunta. —Sra. Shaw, você já conheceu uma mulher com o nome de Danicka Douglas? —Ugh—,
ela
zombou,
revirando
os
olhos.
—Sim,
parceira de negócios irritante do meu ex-marido. Ela é uma verdadeira peça de trabalho, essa menina. Ela está envolvida com Javier de alguma forma? Eu não ficaria surpresa. Eu pensei que a menina não era nada além de problemas desde que ela começou a trabalhar com Andrew. Belisquei meus olhos com força, tentando mantê-lo juntos quando os braços de Andy apertaram em volta da minha cintura. —Sra. Shaw, você teria qualquer motivo para perseguir Sra. Douglas?
Andy deixou cair os braços e deu um passo ao meu lado enquanto meus olhos saltaram para trás aberto à pergunta do detetive Larson. —Perseguir ela?— Ela olhou para ele, incrédula. —Por favor. Não, eu nunca assediei. O que me importa o que ela faz com sua vida? —Ela é uma baita mentirosa—, Andy vaiou quando ampliou a sua posição e cruzou os braços sobre o peito. —Eu não posso acreditar que ela está negando isso. —Você
realmente
acha
que
ela
viria
aqui
e
confessaria?— Inclinei-me e sussurrei, mesmo que ela não pudesse nos ouvir. —Você já falou com a senhora Douglas? —Uma vez, na casa de Andrew, e antes que você pergunte, não, eu não me lembro do que se tratava. Não era exatamente um momento monumental na minha vida. —Ela descruzou as pernas e se inclinou para frente. —Sr. Larson, estamos feitos aqui? Eu tenho coisas para fazer hoje. —Só mais algumas perguntas, Sra Shaw. Você teria tido qualquer razão para pagar alguém para perseguir a Srta. Douglas? —Detetive Larson continuou. Sua boca caiu aberta na ofensa. —Exatamente o que você está insinuando, Detetive Larson? Eu absolutamente não paguei ninguém me preocupando com essa pequena vagabunda, ou qualquer outra pessoa para essa matéria. Eu vim aqui para ajudar, não para ter acusações lançadas contra mim!
—Sra. Shaw, quero pedir-lhe mais uma vez, apenas para que fique claro... você teve algum contato, qualquer contato em tudo, com Javier Delgado desde que ele terminou o trabalho de carpintaria na sua casa? Ela sentou-se e bateu com as duas mãos sobre a mesa. —Eu já lhe disse, não! Você é um idiota? Você escuta? Assim como eu pensei que ela estava prestes a voar sobre a mesa e tocar suas longas unhas de acrílico em seus olhos, a porta do outro lado da sala se abriu, e a policial feminina enfiou a cabeça. —Desculpe-me, eu sinto muito. Detetive Larson, precisamos de você por apenas um segundo. É urgente. Ele balançou a cabeça e olhou para Blaire. —Sinto muito sobre isso. Por favor, sente-se, eu já volto. — Oferecendo, um sorriso educado apertado, ele se levantou e saiu da sala. —Ela vai conseguir acabar com isso—, Andy rosnou com um olhar confuso em seu rosto. —Ela não pode ir longe com isso. Antes mesmo que eu tivesse a chance de perguntar o que ele quis dizer com isso, ele foi em direção à porta que dava para a sala dela. —Andy! Não! —Eu gritei, mas já era tarde demais. A cabeça de Blaire estalou em direção à porta batendo e seu queixo caiu. Ela levantou-se da cadeira. —Andrew! O que diabos você está fazendo aqui? E o que você estava fazendo lá? Quem está com você?! —Ela olhou para o espelho e apertou os olhos, tentando olhar por ele.
—Sua puta miserável! Você sabe sobre Javier e você sabe que ele atacou Dani! Eu estava totalmente congelada, não tendo certeza se eu deveria chamar alguém do corredor ou deixá-los falar um com o outro. Ir lá só iria piorar as coisas, então eu parei preocupada que se eu fizesse um som, ela saberia que eu estava lá. —Eu disse que eu sei quem é Javier, mas para ele atacar Dani, eu não sei nada sobre a sua vida patética.— O tom que ela usou quando falou dava calafrios na espinha. —Ela não fez nada para você! Por que você fez isso? —Por que eu fiz o que?— Ela levantou a cabeça para trás e seus lábios transformaram-se em desgosto. —Você está realmente começando a me assustar, Andrew. Desde que ela começou
a
trabalhar
para
você,
você
está
agindo
irracionalmente. Pode apostar na hora que eu sair daqui eu vou chamar o meu advogado e deixá-lo saber de tudo isso. Eu esperei, pronta para Andy virar uma mesa ou jogar uma cadeira, mas para minha surpresa, ele se levantou e suspirou. Ele se aproximou e se agachou com as costas contra a parede de blocos de concreto e pôs a cabeça entre as mãos, tocando a parte superior dela com o dedo indicador, claramente tentando se acalmar. Um minuto de silêncio sólido se passaram quando os meus olhos corriam de Blaire para Andy para a porta. Finalmente, Andy calmamente ficou para trás e colocou as mãos nos quadris, olhando diretamente para Blaire. —O que aconteceu com você? —Ele perguntou em voz baixa.
Blaire e eu vacilamos na sua pergunta. —Do que você está falando? — Ela retrucou. —Você não era essa pessoa, quando começamos a namorar. Você não estava mesmo tão ruim quando chegamos a casar e tivemos Logan. Algo mudou em você, e não para melhor. O que foi isso? Ele a tocou legal, mas eu poderia dizer pelo mergulho sutil na sua sobrancelha que as suas palavras a machucou. —Eu não tenho ideia do que está falando.— Arrastando a cadeira no chão, ela se jogou de volta para baixo e bufou. — Eu pensei que eu estava aqui para ajudá-lo, o pai dos meus filhos, e agora você praticamente me ataca... —Blaire... Eu sei. Eu sei tudo. Eu sei que você pagou Javier uma tonelada de merda de dinheiro logo que Dani começou a trabalhar para mim, e não foi por apenas um bar. Sei também que ele começou a persegui-la logo depois disso. Storybook Productions? Não é preciso ser um cientista para ligar os pontos, Blaire. A única coisa que eu não sei é por que isso. Ela virou os lábios para cima e de boca aberta. —Você tem uma imaginação fértil, Andrew. Você provavelmente deve ser conferido. —Storybook Productions não significa nada para outras pessoas, mas eu sabia o que significava para nós. E não há coincidência no mundo que pode explicar isso ou o dinheiro. Eu só quero saber o porquê. Por que, Blaire? Por Dani? Ela nunca fez nada para você.
Blaire olhou para o lado da sala e lambeu os lábios, recusando-se a falar de volta. Uma lágrima escorria pelo meu rosto enquanto eu observava a conversa intensa. Tanto quanto eu a odiava pelo que ela fez para mim, ela era claramente uma mulher muito quebrada, danificada. —Blaire, não é nenhum segredo que ser mãe nunca foi realmente a sua coisa, mas você tem uma chance de fazer isso direito. Você tem que fazer isso direito. Se não for por si mesma, faça por Logan e Becca. Esta situação está tomando um pedágio sobre eles muito mais do que comigo. Pela primeira vez em sua vida, faça a coisa maternal. Eles precisam que isso acabe, e honestamente, eu acho que você precisa disso muito mais, também. —Ele se aproximou e encostou-se à parede, que ela estava olhando, a forçando a olhar para ele. —Eu acho que você está cansada, Blaire. Eu acho que você está cansada deste ato que você já vem realizando durante todos estes anos, e você precisa desta pausa tão ruim quanto o resto de nós. Salve-se enquanto ainda há tempo para a redenção. As crianças ainda são jovens. Eles não precisam saber que esse lado seu já existiu. Quando a porta se abriu e o detetive Larson voltou, minha respiração ficou presa. —Desculpe o atraso— Ele congelou quando viu Andy. — O que diabos você está fazendo aqui? Andy
se
endireitou
e
suspirou,
parecendo
completamente exasperado. —Eu pensei que talvez eu pudesse falar algum sentido para ela.
—Sr. Shaw, você precisa sair imediatamente, — Larson ordenou, apontando para a porta para a minha sala. Os ombros de Andy caíram em deflação quando ele se virou e caminhou em direção à porta. —Foi eu— disse Blaire em um tom suave, quase inaudível. A cabeça do detetive Larson recuou. —O que? Andy virou-se e olhou para ela em completo silêncio. —Ele tem razão. Eu não posso colocar os meus filhos através de mais dor. —Ela colocou a cabeça entre as mãos e começou a chorar, sacudindo os ombros para cima e para baixo. —Eu vou assinar o que quer que você precise de mim para assinar e fazer o que eu preciso fazer— disse ela em um tom abafado. Detetive Larson limpou a garganta. —Uh... Eu vou precisar de uma declaração oficial sua e responder a mais algumas perguntas. —Se ele ficou chocado com o que aconteceu, ele fez um bom trabalho de esconder isso. —Tudo bem— disse ela entre soluços. —Qualquer coisa que você quiser. A mulher em mim queria ir na sala e confortá-la, dizerlhe que tudo ficaria bem, eventualmente. Mas, quando eu olhei para minha mão fudida, pensei em todas as mensagens, eu pensei sobre o meu carro, eu pensei sobre o meu doce cão, lembrei-me do tormento que senti quando Javier me chutou mais e mais, e naquele momento, eu decidi que não tinha necessidade de salvá-la. Eu não queria salvá-la. Ela se
colocou nesta situação, e ela precisava sentir cada emoção, queimando com dor, ou ela nunca iria crescer com isso. —Ok, você pode vir comigo, por favor?— Detetive Larson levantou e estendeu o braço para fora para Blaire segui-lo. Ela fungou mais algumas vezes e limpou o rímel de suas bochechas enquanto ela saia. —Espere— Andy ordenou, olhando Blaire diretamente nos olhos. —Pode me dizer por quê? Eu tenho que saber o porquê. Blaire mordeu o lábio e pensou sobre a pergunta por alguns segundos. —Eu nunca quis nosso divórcio, Andrew. Nem um pouco. Você era o amor da minha vida, mas eu não sabia como mostrar que eu te amava. Quando terminou o nosso casamento, eu estava tão devastada e chocada, eu não poderia funcionar por meses. Eu queria te machucar tão ruim quanto você me machucou. Para paralisar você tão ruim quanto você me paralisou. —Então, porque não veio atrás de mim diretamente? Os cantos dos lábios de Blaire viraram ligeiramente para baixo. —As crianças. Eles precisam de você mais do que eles precisam de mim. Então eu feri a próxima melhor coisa. Ambos ficaram em silêncio, olhando nos olhos um do outro por alguns segundos até Detetive Larson limpar a garganta e Blaire segui-lo para fora da sala. Algo mudou entre Blaire e Andy quando ela passou por ele. Eu senti da outra sala. Não era ódio, não era raiva, não era vingança. Era justo... sobre.
Assim quando o detetive Larson fechou a porta atrás dele, corri para a sala de interrogatório. Andy tinha deslizado pela parede e estava sentado no chão com as pernas arrancadas e os cotovelos apoiados nos joelhos, olhando para a frente com um olhar confuso em seu rosto. Eu estava sentada no chão ao lado dele, sem saber o que dizer. Essa foi à única interação mais intensa que eu já vi entre duas pessoas em toda a minha vida, e eu estava atordoada. —Eu queria matá-la— Andy disse, finalmente, em um tom tão vazio que me deu arrepios. —Andy, não diga isso. —Quero dizer. Sabendo que ela é a única por trás de seus ataques e tudo mais, eu queria dar um soco nela como eu fiz com Javier, mas então quando ela estava na minha frente e eu tive a oportunidade, eu só sentia... pena dela. Eu
respirei
fundo
e
soltei
lentamente,
sabendo
exatamente como se sentia. —Não pena que eu não queira que ela vá para a prisão para sempre— ele corrigiu, —mas muito por quem ela é por dentro. Concordei, mas antes que eu pudesse responder, ele continuou. —Como adultos, temos roupas de grife e cirurgia plástica e bons carros, e nós podemos nos retratar, no entanto no que queremos do lado de fora, mas se você é feio no interior, não importa o quanto você gaste e quão duro você
tente, você não pode escapar disso. Ela foi presa em sua própria feiura toda a sua vida. Quando a minha cabeça caiu sobre o ombro de Andy, uma lágrima escorria pelo canto do meu olho e desembarcava na manga do seu paletó, rolando lentamente em direção ao chão. Aquele homem não tinha um osso feio em todo o seu corpo.
EPÍLOGO Danicka 2 meses mais tarde —Não é a minha menina!— Disse meu pai, abrindo os braços para um abraço enquanto eu caminhava até a mesa onde ele já estava esperando. —Oi, papai— eu disse, abraçando-o debaixo de seus braços enquanto ele apertou meus ombros. Dei-lhe um beijo na bochecha com barba. —Como você está? —Eu estou bem— eu respondi com um suspiro feliz. — Muito bem, na verdade. —Bom te ver sem esse gesso. — Ele apontou para a minha mão. —Sim, ele saiu esta semana. Eu vou ter que fazer um pouco de fisioterapia para construir a minha força de novo, mas pelo menos eu posso ter a minha mão molhada agora. Tomar banho era uma dor. —Eu aposto.— Ele se sentou de volta contra sua cadeira e cruzou os braços sobre o peito. —Então o que mais há de novo no seu fim? —Uh, bem... Corri para Cole Woods, na semana passada. Sua boca se abriu. —O que? Onde? Você falou com ele?
—Sim. Andy e eu estávamos no jogo Vikings, e nós sabíamos que ele estaria lá, mas é um estádio enorme, então eu não estava preocupada com isso. Bem, após o jogo estávamos indo em direção ao vestiário, e ele saiu, quase batendo em nós. Papai estava sentado com a boca ainda ligeiramente aberta, esperando por mim para dizer mais. —Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele disse que tinha ouvido falar sobre o que aconteceu comigo e lamentou. Ele também pediu desculpas por agir como um babaca no meu escritório. —Uau! Não é isso que eu estava esperando. —Nem eu.— Eu balancei a cabeça. —Mas estou feliz que isso aconteceu, porque agora acabou e eu não preciso me preocupar em vê-lo novamente. —Exatamente. Não há mais stress, agora acabou. Falando de stress... o que está acontecendo com os casos criminais? — ele perguntou quando levantou a caneca de café aos lábios. —Nós realmente ouvimos o promotor no outro dia. Blaire foi para frente e para trás por um tempo, uma vez que ela foi para a prisão e percebeu que não era um clube de campo, ela decidiu tomar uma súplica. Eu não sei os termos ainda, mas eu sei que vai ser por muito tempo. As sobrancelhas do meu pai dispararam. —Bom! Ela merece isso. Eu digo para trancá-la e jogar a chave fora. Pressionei meus lábios e dei ao meu doce, pai super protetor um sorriso tenso.
—E o que acontece com o idiota que a ajudou? — Perguntou. —Ele decidiu ir a julgamento, eu acho. O promotor diz que ele não tem chance, especialmente se eles podem fazer Blaire testemunhar contra ele, o que ele parece pensar não ser um problema. Os
lábios
de
meu
pai
torceu
para
cima.
—Um
julgamento? Uau. Como você se sente sobre isso? Dei de ombros, inalando acentuadamente através do meu nariz. —Não é ótimo, mas é o que é. Contanto que ele acabe na prisão, não me importa o que temos que fazer para colocá-lo lá. —Bom ponto—, disse ele sombriamente, balançando a cabeça. —Ok, novo tópico,— eu anunciei, não querendo perder mais tempo em qualquer um deles. —O que há de novo com você? Você está gostando do meu lugar? —Eu estou! Está em uma excelente localização. É uma casa fantástica... —Ele parou. Eu fiz uma careta para ele, percebendo que ele estava escondendo alguma coisa. —Mas... ? —Essa June, porém, Dani... fale-me sobre ela. —Awww, você não a ama? Eu sinto falta de June como uma louca. —Ela
é
muito
agradável—
meu
pai
ergueu
as
sobrancelhas, enrugando a sua testa —, mas também um pouco intrometida. Ela para... muito.
—Ela provavelmente tem uma queda por você, assim como todas as outras,— eu provoquei. —Sim, bem, eu estou fora do mercado— disse ele com um pouco de orgulho, saindo de seu peito. Meus olhos se arregalaram. —O que? Desde quando? Por que você não me contou? —Eu apenas fiz, não foi? —Brincou. —Detalhes, velho. Ele deu de ombros, enquanto seus olhos caíram para sua xícara de café. —Não há muitos detalhes para contar. O nome dela é Sandy, e nos encontramos no cinema. Nós dois estávamos lá durante o dia e decidimos em vez de estar sozinhos, nós nos sentarmos ao lado um do outro. O resto é história... Por agora. —Quando recebo um convite para conhecer a essa mulher misteriosa que roubou o coração do solteirão incurável? —Em breve. Conheci seu filho no outro dia. Ele é um pouco mais jovem do que você, mas ele é casado e tem um filho pequeno. Isso me fez pensar... Estou pronto para netos. —O quê?— Eu exclamei, incrédula. A senhora na mesa próxima a nós me lançou um rápido olhar, e eu afundei de volta no meu assento. —Netos? Lembra-se de um par de anos atrás, quando você me disse que se eu tivesse filhos, eles tinham que chamá-lo pelo seu primeiro nome para que as pessoas não soubessem que você era o avô? —Sim, sim. Bem, os tempos mudam. Não foi mais do que alguns anos atrás, que você me disse que nunca quis se
casar. Você estava indo para se concentrar em sua carreira em vez disso. —Ele ergueu as sobrancelhas e olhou para mim incisivamente. —Não há nenhum anel no meu dedo, não é?— Eu segurei minha mão para cima. —Ainda não, mas parece que ele pode estar se movendo dessa forma. É isso? Pressionei meus lábios em um pequeno sorriso e encolhi os ombros. —Talvez. —Olhe para isso. —O que? —Você. Aquele sorriso. Eu nem sequer disse o nome dele e você já está sorrindo. Você gosta muito dele, não é? —Estou passada com isso pai. Ele é o único homem que eu já imaginei um futuro. Eu posso nos ver daqui a dez anos com o Logan, Becca, talvez um par de nossos próprios filhos, indo aos jogos e aos mercados e mercado dos agricultores. A lista continua e continua. —Dani, minha menina. Se você encontrou o que faz você se sentir assim, segure firme e nunca deixe ir.
Caminhei até a porta depois do almoço, e tudo estava fechado e estranhamente silencioso. Peguei meu telefone e dei uma olhada para ver se eu tinha uma chamada não atendida ou texto de Andy, mas não havia nada. Talvez ele levou as crianças e correu para a empresa? Dei de ombros e segui pelo
corredor até o meu quarto. A porta de Gloria estava fechada, o que também era estranho, mas eu percebi que talvez com todos os outros saindo, ela decidiu tirar um cochilo. Abri a porta do quarto e joguei a minha bolsa na cama, congelando quando aterrei com um baque em um colchão simples. Meu quarto estava vazio. Meus frascos de perfume, meu espelho de corpo inteiro, a minha prateleira de lenço... tudo se foi. Abri as gavetas. Vazio. Abri o armário. Vazio. Abri a gaveta no banheiro onde eu guardava todas as minhas coisas pessoais. Vazio. O que… Deixei meu quarto e corri até as escadas. Quando cheguei mais perto para a porta de Andy, eu ouvi o som inconfundível de Becca e Logan rindo do outro lado. Sorrindo para mim mesma, eu lentamente virei à maçaneta e coloquei a minha cabeça para dentro. —Olá? O que vocês estão fazendo? —Gritei. —Nós não ouvimos você entrar, pequena pirralha. Ainda não está acabado. —Andy caminhou em minha direção com um sorriso enorme no rosto e passou os braços em volta de mim. —Não fez o que?— Eu disse, tentando olhar em volta dele. —Parabéns!— Ele estendeu os braços largos, suas palmas das mãos viradas para o teto. —Você acabou de se mudar.
—Eu fiz?— Eu levantei na ponta do pé e dei-lhe um beijo de obrigada, demorando apenas um par de segundos. Eu puxei seu lábio inferior em degustação do xarope em minha boca e chupei suavemente. —É melhor você parar com isso— ele rosnou no meu ouvido quando ele passou os braços em volta da minha cintura novamente — ou eu vou ter que tirar Logan para o outro quarto e ter os pássaros e as abelhas falando com ele. —Você pode tê-lo comigo, também?— Passei a língua na área logo abaixo da sua orelha, sabendo que o deixava absolutamente insano. —Uh, eu prefiro mostrar a você. —Dani! Dani! Olhe! —Becca correu e agarrou a minha mão, me arrastando para a cômoda. Ela puxou uma gaveta aberta. —Eu coloquei todas as suas meias dentro! —Você que fez tudo? Ela assentiu com orgulho, seus cachos loiros saltando fora de controle. —Eu estou tão orgulhosa de você. Você realmente é uma boa ajudante. —Eu segurei a minha mão para ela bater. —E olhe aqui.— Ela pegou minha mão e me puxou para o armário. —Eu coloquei todos os seus sapatos aqui, no fim do arco-íris. Eu não poderia deixar de sorrir quando meus olhos seguiram
as
minhas
linhas
de
saltos,
perfeitamente
alinhadas. No final estava um par rosa minúsculo de saltos de Bela Adormecida.
—Esses últimos parecem um pouco pequeno para mim, — eu disse, colocando um cacho atrás da sua orelha. Seu rosto ergueu para o meu. —Eu queria manter meus saltos de princesa aqui com o seu. Tudo bem? —Absolutamente.— Eu assenti. —E você pode usar meus saltos sempre que quiser, ok? Seus olhos brilharam quando ela jogou os braços em volta de mim. —Obrigada, obrigada, obrigada! Uma vez que ela me deixou ir, eu a deixei terminar a sua organização de sapato quando eu voltei para o quarto. Andy estava sentado na beira da cama, esticando o pescoço. Eu me sentei ao lado dele. —O que trouxe tudo isso? —Eu não sei— disse ele calmamente. —Você nem sequer dormia lá mais, e as crianças já sabem que eu estou louco de amor por você, então eu percebi... Por que não? Você está louca? —Não!— Eu soltei. —Estou emocionada de estar aqui permanentemente... com o resto de vocês. Andy
colocou
a
mão
no
meu
joelho
e
apertou
delicadamente. —Vamos dar uma pegada no resto e guardar, ou nós não vamos ter qualquer lugar para dormir esta noite. Todos nós passamos os próximos minutos agitados ao redor do quarto, colocando tudo fora e limpando a bagunça que inevitavelmente segue uma mudança de quarto. Depois que acabou, uma vez que não tínhamos grandes planos e Gloria tinha saído para passar o dia com seu namorado depois de tudo, decidimos passar o dia inteiro nos aconchegando na cama e assistindo a filmes. Nós pedimos
pizza para o jantar e comemos na cama enquanto eu introduzia Logan e Becca para o meu filme favorito da infância... The Goonies25. Assim que os créditos sobre o filme correram, as crianças estavam desmaiadas. A cabeça de Becca descansou no meu estômago, os olhos vibraram e sua boca estava aberta enquanto ela dormia pacificamente. Logan estava para baixo em direção ao pé da cama, com as pernas entrelaçadas com Andy. —Isso
é
coxo?—
Andy
perguntou,
seu
rosto
se
iluminando pelo brilho da tela da TV. Eu fiz uma careta para ele. —O que é coxo? —Isso.— Ele acenou com a mão sobre a cama. —É sábado à noite e, em vez de estar fora para jantar com os amigos ou fazer algo legal, você está aqui. Meus olhos deslizaram para baixo em direção ao final da cama para os dois corpos sem vida drapeados sobre nós e a caixa vazia de pizza entre eles. Eu balancei a cabeça lentamente, voltando o olhar para Andy. —Não é coxo, é perfeito. Ele exalou alto, tirando o seu rosto para fora. —Estou feliz que você disse isso. Abra a sua gaveta do criado mudo. Eu puxei as minhas sobrancelhas apertada. —Hã? —Sua gaveta do criado mudo. Abra. Deixei-lhe um pequeno presente lá dentro. Inclinando-se sobre os cotovelos lentamente, tive o cuidado para não acordar Becca quando cheguei à minha Os Goonies encontram um misterioso mapa do tesouro e começam a seguir as pistas, entrando num fabuloso mundo subterrâneo de passagens secretas, perigosas armadilhas e um antigo galeão pirata que esconde moedas de ouro. 25
esquerda e puxei a gaveta preta pequena aberta. Dentro havia uma pequena caixa preta com um laço amarelo amarrado em torno dela. Imediatamente a minha boca ficou seca, e meu pulso começou a correr quando a minha mão trêmula estendeu e pegou a caixa. Fiquei olhando para a caixa, um pouco assustada para abri-la. —Andy... —Escuta, eu sei que nós não falamos sobre isso ainda, e esse pode não ser o jeito que você imaginou esse momento acontecer, mas vamos ser honestos... nós não fizemos uma coisa, tradicionalmente, desde o dia em que nos conhecemos. —Ele segurou meu rosto com a mão e gentilmente esfregou a minha bochecha com a ponta do polegar. —Por isso estou aqui, na nossa cama, com as crianças espalhadas sobre nós como bonecas de pano, pedindo-lhe para ser a minha esposa. Eu te amo, Danicka Douglas, e nada neste mundo me faria mais feliz do que se você dissesse sim. Meus olhos se encheram de lágrimas quando eu olhei para ele, o homem que eu amava, o homem que me ensinou o que era amar incondicionalmente, o homem que era pai de meus filhos escolhidos, e o homem que seria pai de meus filhos biológicos e assenti. —Sim. Meu Deus, Andy. Sim! —Você nem sequer abriu a caixa ainda.— Ele riu, puxando a fita. —Pode haver um anel quebrado lá, e isso não mudaria a minha resposta. Ele levantou os olhos para mim, e nós dois nos inclinamos na medida em que precisávamos até que nossos
lábios foram capazes de se conectar. Não era o mais profundo, beijo romântico, mas naquele momento... era perfeição. Ele abriu a caixa, e eu tentei difícil não ofegar. Eu não era uma menina de grande jóia, então eu não tinha idéia sobre o tamanho, mas era um enorme diamante quadrado com pequenos diamantes em tudo sobre uma aliança de prata simples. Quando ele colocou o anel no meu dedo, soltou uma risada baixa. —Felizmente para você, os anéis estavam todos fora de estarem quebrados. Eu furtei uma lágrima dos meus olhos e olhei para a minha mão. Ele avançou o seu caminho até o mais próximo que pôde e esfregou a boca na curva do meu pescoço. —Um centavo por seus pensamentos? Funguei e virei a minha cabeça em direção a ele, piscando
as
lágrimas.
—Eu
só
estava
pensando
que
provavelmente deveríamos levar essas crianças para suas próprias camas, porque eu realmente gostaria de fazer amor com meu noivo em nosso quarto, e então eu gostaria que ele me dobrasse sob a sua asa para que eu possa dormir um pouco.